F1 Conjuntos afiados - Julianne Cerasoli Skip to content

Conjuntos afiados

Em 2012, Fernando Alonso foi vice-campeão do mundo mesmo largando por 15 vezes, ou seja, em três quartos do campeonato, da terceira fila para trás no grid. Boas largadas, primeiras voltas agressivas, estratégias corretas, boa leitura de corrida e um carro cujo ritmo se aproximava bastante dos rivais aos domingos foram a receita para que o espanhol ganhasse, em média, quase 3 posições por prova em relação à largada.

Mas faltava velocidade para a Ferrari poder dizer que estava na briga pelo campeonato apenas pelas próprias pernas. O início ruim da Red Bull e as quebras e falhas da McLaren criaram um ambiente propício para Alonso desfilar seus dotes. Para lutar pelo título, era preciso largar mais à frente, para correr sem tráfego e impor o bom ritmo de corrida que o carro já tinha.

Sim, até que os carros andem em uma gama mais ampla de circuitos/condições com os quatro compostos, ainda podemos ter lapsos de adaptabilidade de um carro com determinado composto/circuito e não dá para cravar que carro X ou Y é superior.

Porém, começa a aparecer um padrão: Mercedes e Red Bull são melhores aos sábados e Ferrari e Lotus ganham nos domingos – a não ser, como ficou claro na Malásia, com água.

A Mercedes, segundo Lewis Hamilton, se livrou do desgaste acelerado de pneus, mas ainda deve em termos de ritmo puro. A Red Bull tem uma queda bem menos acentuada do sábado para o domingo e muito provavelmente teria um resultado melhor na China não tivesse apostado em uma estratégia arriscada. E sabe-se lá o que Raikkonen poderia ter feito se realmente a perda pelo bico danificado fosse da ordem de 0s25, como diz a equipe.

Ou seja, as diferenças são pequenas e o GP da Espanha, tradicionalmente palco de grandes evoluções nos carros, ganha importância, lembrando que as equipes vivem a dúvida do quanto apostar no projeto de 2013, que ficará obsoleto em novembro.

Enquanto Barcelona não vem, fica claro que há alguns conjuntos afinados. E são os mesmos há algum tempo. As execuções aos domingos de Alonso-Ferrari têm sido perfeitas, enquanto Raikkonen completa um ano nos pontos e Vettel, mesmo em um dia ruim, fica a 0s2 do pódio. Sim, os três primeiros do ano passado, que passaram com louvor pelas três “fases” de interação com os pneus de 2012. Lembre-se de que as provas iniciais foram marcadas pelo alto desgaste e a dificuldade em compreender as reações da borracha. Depois tivemos algumas das melhores corridas do ano, como Canadá e Valência. E, no final, como as equipes já haviam domado os pneus, passaram a fazer duas paradas com facilidade e as disputas ficaram engessadas. Agora, a Pirelli “resetou” o jogo, mas o mesmo padrão deve se repetir. E com os mesmos personagens, talvez ganhando o ingrediente Hamilton na Mercedes. E ainda que há quem tente vender a imagem de “pneus farofa” e “corridas artificiais”, como se isso trouxesse resultados randomizados.

Quem já comentou por aqui antes vai perceber que completei o último parágrafo, pois vi que anteriormente ele abria para outras interpretações. Minha intenção era apenas mostrar que os melhores conjuntos se adaptam a quaisquer situações. Mas certamente voltaremos ao tema do modelo de disputa atual em breve. Parece-me, pelos comentários divergentes, que o gosto por determinado estilo de corrida tem a ver com as expectativas. E dá para entender por que quem liga a TV querendo ver brigas ferrenhas e velocidade pura anda desanimado.

31 Comments

  1. Ju, os espectadores reclamam dos Pirelli, do seu término proposital, mas fica a pergunta: então a F-1 “boa” era dos indestrutíveis Bridgestone e suas “velozes” filas indianas? Na real, tá ficando chato essa história de “corridas dominadas por pneus”, ora, não são os mesmos pneus para todos? É conversa fiada que os pneus não tinham influência substancial nas corridas do passado, pois como não se lembrar dos Bridgestone, que de tão aderentes/ indestrutíveis (perfeitos), proporcionavam tocadas “tão agressivas”, mas por outro lado propiciavam aderência tão absurda que permitiam contornos de curvas extremos, freadas quase na saída das curvas, onde os rendimentos eram tão iguais que quase não permitiam diferenças de velocidade (agregados ao refinamento aerodinâmico/ super freios), resultado: ninguém ultrapassava ninguém! Naquela época (meados de 90/2000) o “DRS” em questão era o “reabastecimento” que criava as ditas “disputas artificiais”, mas quando as táticas de reabastecimento foram se equiparando, a saída foi a entrada dos “Farrelli” e o fim do reabastecimento. Ok, tá artificial, esperemos pelas mudanças substanciais de 2014 e gozemos o momento atual, que nos brinda com pilotagens brilhantes de pilotos como Alonso, Raikkonen, Hamilton, Vettel, Button, Rosberg, Hulkenberg e até Massa…Ps1: puniram Webber para a próxima corrida com perda de posições, mas o que dizer daquela “fechada” proposital ou não de Perez em Kimi que no “mínimo” merecia um drive-through penalty de 10 seg! Pesos e medidas diferentes?! Ps 2: falam tanto de artificialismo hj, mas o que há na realidade é o fato que com tanta tecnologia, tanto de pistas quanto carros, errar ficou cada vez mais difícil na F-1, pois antes, motores quebravam, pistas não permitiam erros, não existiam simuladores de corrida, câmbios manuais propiciavam erros que valiam segundos preciosos, pneus estouravam, motores turbo contra aspirados, enfim antes, algo que era natural, passou a ser cada vez mais remoto na categoria, tornando a disputa ainda mais acirrada. O que a FIA busca com 2014 é uma chacoalhada na mesmice buscando novos pensamentos , caminhos de disputa, desníveis de rendimento… Ps3: quando a F-1 começou na década de 50, como imaginar um motor durar 3, 4 , 5 corridas!?

  2. Julianne,, acho que meu comentário ficou bloqueado, você por favor pode liberá-lo pra mim?

  3. Se nem os pilotos estão felízes com as corridas, vide Hamilton na Malásia que apesar de um 3° lugar classificou a corrida como ruim e não se divertiu e o próprio Sebastian Vettel que nessa corrida foi além e disse: “Saber a atual divisão de forças no momento é uma piada, não parece muito uma corrida atualmente já que tudo depende exclusivamente dos pneus.” (Fonte: http://www.totalrace.com.br/blog/blogdoico/2013/04/14/a-volta-do-matador/) me surpreendo que você consiga ficar excitada com o modelo atual de disputa da F1.

    Primeiro que os pneus são farofa sim, ou não são? A imagem ao final da corrida com a pista coberta de detritos de borracha corrobora com essa afirmação. Observe que não estou culpando a Pirelli por fazer o serviço que ela é paga para fazer. Mas entender isso não significa fechar os olhos para tal fato. Aliás, não é nenhum segredo da alta degradação de pneus presente nas corridas.

    “Pneus farofa” é apenas um termo vulgar para designar isso, assim como à granulação dos pneus se dá o nome de “macarrãozinho”. É mera escolha de palavras para denominar a mesma coisa.

    Bem e eles estão sendo determinantes não é? Ou não? O tempo inteiro nas transmissões, nas reportagens e nos posts em blogs especializados, não se fala mais em outra coisa que não seja dos compostos Pirelli. Neste sentido, a F1 podería ser chamada de F1 powered Pirelli. É apenas outro termo, que em vísta da realidade atual, sería bm apropriado.

    Os pneus ganharam uma importância exagerada na competição e isso afeta diretamente o coração do esporte que sempre foi a velocidade. E isso não há como contestar. Quando se pensa em automobilismo, pensamos sempre no limite, é algo que intuitivamente nos vem á cabeça. No rally associamos ao tempo e na F1 à velocidade.

    O que quero dizer com isso não é que as corridas devam ser disputadas necessariamente com pé embaixo e sem nenhuma estratégia, mas que pelo contrário, o regulamento e as condições técnicas permitam pilotos que tenham perfis diferentes – uns arrojados e agressivos, outros mais cadenciados e estratégicos – terem as mesmas chances de obter êxito na categoría, o que hoje não é possível, uma vez que a obrigação de conservar os pneus está ferindo com seu princípio idealizador, a busca pela vitória nos limites da velocidade – ao invés de hoje ser disputada ao “limite da borracha”.

    Está havendo uma certa padronização no modo como os pilotos têm de correr: todos precisam se concentrar nos pneus, não havendo mais espaço para disputas intensas, fritadas de pneu sem que hajam sérios prejuízos no resultado da corrida e ao final disso tudo o que temos é um espetáculo morno, que é decidido predominantemente pelas estratégias de pit-stop e pelo cuidado com os pneus – eles novamente!

    O campeonato em termos de pontos está sim bem disputado, mas o espetáculo em sí não agrada. Observe, mais uma vez, que essa é uma reclamação constante não apenas do público mas também de pilotos.

    Como se pode achar interessante uma classificação em que os carros não correm – tudo em nome da estratégia? E como ter apelo com o público nessas condições? Isso não faz sentido pra mim.

    Por fim, seu último comentário: “E ainda há quem tente vender a imagem de ‘pneus farofa’ e ‘corridas artificiais’ ” parece desconsiderar a opinião das pessoas que assistem ao espetáculo e que não gostam/discordam de seu formato, querendo empurrar goela abaixo a ideia de que não há artificialidade na categoria e que as corridas estão uma maravilha – OBA!

    • Meu ponto é que há um certo tipo de reclamação que leva a crer que os resultados são completamente ilógicos, o que não é verdade. A noção de que a F-1 já foi um espaço democrático para todos os tipos de pilotos e que já foi apenas calcada na velocidade é falsa. O mais comum durante a história foi a predominância do equilíbrio entre velocidade e consistência, assim como hoje. E os grandes pilotos sempre foram e sempre serão os que se adaptam melhor a carros, circuitos, pneus, seja o que for.

      Ainda que tenha havido provas nessa época da Pirelli em que aconteceram exageros – e a Malásia foi um caso destes, como coloquei no blog na época, assim como o início do ano passado – prefiro estas corridas do que as provas da primeira década dos anos 2000.

      • Sei que a F1 nunca foi um espaço justo e igualitário, mas creio que em determinados anos – note que falei anos e não em épocas, ela conseguiu oferecer condições mais justas na disputa entre pilotos, além de não ter tído como preocupação principal os pneus.

        Compartilho da sua opinião de que pilotos talentosos consigam se adaptar sempre às mudanças de regulamento, carro, etc… mas não questionei em momento nenhum isso.

        Uma das coisas para que chamei a atenção foi ao fato de como as disputas não empolgam e que por isso não agradam – minha opinião. A F1 está cada vez mais complexa, cheia de detalhes técnicos, atrelada à estratégias e por fim aos pneus.

        Veja que mesmo gostando muito do esporte, meu interesse diminui á medida que não vejo uma competição real nas pistas, mas cada vez mais as corridas decidindo-se nas estratégias de p… você sabe do que estou falando.

        Você falou que a F1sempre foi um balanço de velocidade/consistência, mas hoje o lado da balança está mais para a estratégia do que qualquer outra coisa.

        Minha crítica também foi ao seu comentário, que como disse, pareceu impor a ideia de que está tudo bem, está tudo muito legal, mas isso se trata de uma opinião pessoal, que você acabou de destacar na sua resposta ao meu comentário “– prefiro estas corridas do que as provas da primeira década dos anos 2000” e que não reflete a visão de muitos que acompanham a categoria.

        Veja bem, também não gostava dos primeiros anos de 2000, no auge da era Schumacher, mas também não gosto de como as corridas estão agora e não acho que levar adiante a categoria nesses moldes seja benéfico para ela a longo prazo.

        Gostei dos anos 2005, 2006, 2007, 2008 que por mais que não houvessem muitas disputas entre todos os pilotos, entre os ponteiros em muitas oportunidades elas eram muito disputadas, como vímos algumas vezes no duelo Schumacher x Alonso em 2006 ou Hamilton x Alonso x Raikkonen x Massa em 2007.

        Algumas das corridas eram boas, movimentadas mas algumas eram ruins e isso históricamente empre foi assim na F1.

        A questão é que desde os apelos de 2009 para que toda corrida ela fôsse um espetáculo começaram a recorr a artificialismos e a uma categoría afastada do público, longe da internet e que a todo ano muda de regulamento. Não vejo um potencial da F1 em atrair público com tantas dificuldades que se cria para se entender um esporte. Não imagino as pessoas deliberadamente indo atrás de blogs para “estudarem” e compreenderem melhor a competição.

        Em minha opinião, para se tornar mais atraente, interessante e dinâmica acho que ela devería simplificar mais as coisas.

        • “Minha crítica também foi ao seu comentário, que como disse, pareceu impor a ideia de que está tudo bem, está tudo muito legal, mas isso se trata de uma opinião pessoal, que você acabou de destacar na sua resposta ao meu comentário “– prefiro estas corridas do que as provas da primeira década dos anos 2000″ e que não reflete a visão de muitos que acompanham a categoria.”

          Essa também é SUA opinião. Que também não reflete a visão de muitos que acompanham a categoria. Então ambos estão errados, certo? Falácia argumentum ad lapidem.

          E lembrando que o fato da categoria estar afastada da internet, sem acesso ao público em paddoks e mudança de regulamentos por si só não muda o fato dela ser um espetáculo ou não, e sim sua competição. Nova falácia no seu argumento aqui.

          Do meu ponto de vista, a DRS é errada por não apresentar chance de defesa ao piloto que vai ser ultrapassado. E só. Kers, pneus, tudo é questão de adaptabilidade para o piloto/equipe. Até mesmo o carro o é.

          E por último, seu último parágrafo denota total completa e absoluta falta de eloquência. Um esporte complexo que depende ajustes de tantos itens (cambagem, eixos, pneus, asas, pressão aerodinâmica, fluxos do ar, assoalho, etc, etc, etc, não pode ser dado como simples. É por si só complexo e dificilmente poderá se simplificar, visto que as tecnologias só avançam e não o inverso.

      • Concordo com você. A Fl moderna, pelo menos desde os anos 90, costuma lançar enigmas para que os conjuntos (escuderias, pilotos, engenheiros) resolvam, procurando evitar as hegemonias que minavam o interesse do público e dos patrocinadores, embora tais mudanças nem sempre funcionem. Saber de antemão que o seu piloto ou escuderia favorita está fadada a não ganhar uma mísera corrida ou vincular a sua marca num conjunto perdedor não é bom para ninguém. Ou legal foi 92, com Mansell ganhando quase todas as corridas ou Schumacher levando um de seus campeonatos com uma antecedência espantosa? Ou assistir a hegemonia técnica absoluta de uma escudeia sobre o resto do grid?

  4. Juliana, De novo sua análise é perfeita. O Vettel diz que a corrida é uma piada quando só quando ele não ganha. O Hamilton tb reclama só pq ele não ganhou. Na F1 de hoje a competëncia em dosar desgaste com velocidade premiam os melhores. Quem critica a F1 de hoje diz que sente falta dos anos 80. Lembro que na década de 80 o professor Prost cansou de ganhar corridas não sendo o mais rápido mas o que cuidava mais do carro. Na era Schumacher o poder econömico da Ferrari dava as cartas num carro que sempre era o mais veloz e que não quebrava. Depois da era Schmacher o mago Newey deu a aerodinámica uma importancia maior que da própria competencia do piloto. Então para mim, esses pneus de hoje voltam a dar aos pilotos mais inteligentes aos maiores chances de vitória. E prefiro que o diferencial seja o piloto e não o engenheiro x ou a quantidade de dinheiro de uma equipe que possa testar infinitamente que determine quem ganha e quem perde.

    • Que argumentação pobre. Bem, eu não tive idade nem para acompanhar a época de Senna, quanto mais a década de 80, por isso não posso sentir saudade da época que não ví ou viví.

      Se você díz que “quem critica a F1 de hoje diz que sente falta dos anos 80” posso reverter seu argumento e dizer: os defensores implacáveis da F1 atual (e que não aceitam nenhuma crítica a ela) defendem-se com o velho e já batído discurdo do – seu argumento – quem critica a F1 de hoje é porque sente falta dos anos 80.

      • Theo, Se vc não viu a F1 dos anos 80 então a crítica não serve para vc, não sei pq vc se sentiu atingido. Eu gosto da competição e que preferencialmente vença o melhor piloto. Na classificação atual os quatro melhores são os quatro primeiros classificados. E desde que temos esses pneus da Pirelli as corridas tem sido muito interessantes com varias alternativas, nunca podemos dizer com certeza quem vai ganhar olhando para o grid do sábado, muito diferente de outras épocas. E só por isso, já está muito bom. Quem não conhece aspectos técnicos e acompanha deve tb estar adorando. Agora se a F1 atual não te serve vc pode bem ir assistir outra coisa ao inves de atacar a opnião dos outros e martelar seu comentário dizendo que não gosta de nada.

    • Hehe, concordo com vc Dennis, afinal, “quem não chora não mama”. Não me recordo de Vettel chorando em 2011 quando seu carro construído baseado no escapamento/difusor detonou todos os recordes…Ou mesmo Hamilton em 2007/2008 chorando quando podia reabastecer e acelerar com os Super Bridgestone…Pergunta pro Alonso se ele está preocupado com os Farrelli, se a disputa está sem graça, hehe, ele deve estar amando como as coisas estão. Na real, cada um olha seu umbigo. O fato é, se Bernie fosse dar ouvidos a todas reclamações de torcedores, talvez a F1 tradicionalista poderia ter quebrado a categoria, com a não inclusão dos tilkódromos…Hehe, 2014 é logo ali. Ps: gosto cada um tem o seu.

    • Falou tudo, o Vettel só reclamou porque ele nao ganhou, senao seria maravilhosa. Isso já é classico da parte dele.
      Abrçs

    • Paulo Autuori ao ganhar o título mundial pelo São Paulo e ouvir uma reclamação do time do Liverpool que “nunca viu um time brasileiro jogar tanto na retranca”: Quem ganha comemora, quem perde justifica. Assim é todo esporte. Ta aí uma frase que eu NUNCA vi ser diferente. E quando é o Alonso que perde também é assim.

  5. Julianne,

    Esta última corrida não me agradou muito, torço que as equipes comecem a entender logo o funcionamento destes pneus. Não percebi lutas reais de pilotos VERSUS pilotos, e sim pilotos VERSUS desgaste dos próprios pneus.

    Já começou na classificação, com o pessoal demorando para sair e às vezes fazendo apenas uma tentativa de volta lançada ou abortando no último minuto como o Button para economizar uma mísera volta de retorno. Já na corrida os pilotos não lutam mais pela posição, com receio de acabar com os pneus ou ficam perguntando para os boxes se podem lutar ou não. Só a 4 ou 5 voltas do final após a última troca do Vettel foi possível ver o verdadeiro ritmo que o carro da RBR poderia andar quando foi liberado pelo engenheiro para dar tudo que o carro poderia dar.

    Ficou claro que todo mundo tava controlando o ritmo.

    Para mim, só isso explica o bom resultado do Ricciardo com a Toro Rosso ou das últimas boas provas da Force India. A competição está sendo nivelada para baixo pela contenção de velocidade em função do desgaste dos pneus. Não acredito que estas duas equipes melhoraram tanto de uma hora para outra.

    O negócio é esperar pelas próximas provas e ver se teremos uma emoção de verdade, pois essa prova da China foi meio fake.

    abs.

    • Sua visão da corrida concorda exatamente com o que eu observei.

      • Theo,

        Concordo plenamente com o seu ponto de vista exposto acima. Sempre disse isso nos comentários que eventualmente faço aqui no Blog da Julianne. A essência do automobilismo é a velocidade e a emoção, a adrenalina, principalmente na Fórmula 1, que deveria ser como uma prova de 100 metros rasos, uma explosão de velocidade, e não ter característica de uma maratona – essa sim comparável às provas de resistência, de longa duração, tipo 12 Horas, 24 Horas, 1.000 Milhas e outras. Até no rallye de velocidade há necessidade de empenho máximo. Nunca deixarei de gostar de automobilismo, é uma paixão muito forte e um vício e, do alto da minha insignificância, nada posso fazer para mudar, nem o que sinto nem as coisas como estão sendo conduzidas nesse complexo mar de interesses de várias origens que cerca a Fórmula 1 atual. Mas é fácil deduzir que quem não for absolutamente fanático pode realmente perder o interesse. Não vi a prova de abertura deste ano, mas acompanhei as provas de GP 2 todas nas temporadas e são bastantes movimentadas, com as coisas ocorrendo de maneira natural, sem KERS nem DRS. Lá, por espeficifidades da categoria, os Farelli degradam menos, também. E ali existem pegas e disputas sensacionais e eletrizantes. Creio que a F 1 deveria ter humildade e olhar para o que é sucesso lá e retirar lições. Em um esporte (?) onde o competidor já depende tanto do meio que tem em mãos, ele não pode ser prejudicado de se exprimir em sua plenitude por regras e aspectos técnicos estapafúrdios. Temo que pilotos de talento fora-de-série possam ser prejudicados por regras descabidas e aspectos técnicos mirabolantes. O show deve ser a exibição do domínio das forças da Física pelo homem com a sua máquina e não a submissão a estrategistas encarapitados nos boxes. É muito fácil ficar a corrida toda num ramerrame, poupando tudo, enquanto os outros “se matam” lá frente e depois se apresentar cínicamente para a vitória, e esses fareli podem ensejar esse tipo de coisa (não me refiro aqui à excelente performance de Alonso hoje, ele foi pra cima e acelerou muito, mas a sua Ferrari TAMBÉM estava voadora na pista chinesa, muito equilibrada e muito bem adaptada aos farelli, é preciso que se diga).

        Quanto a tempos de fila indiana, as coisas nem sempre necessariamente eram assim: Kobayashi, por exemplo, em 2009, quando ainda não havia KERS nem DRS, PROVOU que era possível ultrapassar na “impossível” Abu Dhabi, ao jantar de maneira descomplicada e inesperada Button, “carimbando” a faixa novinha de Campeão Mundial que ele já estava ostentando, naquele mesmo traçado onde um ano depois houve o “affair” Alonso x Petrov. E o que dizer da vitória antológica de Gethin em Monza em 1971, com uma improvável BRM, quando uma fila indiana se desfez num instante e ele ultrapassou 4 carros para vencer por meio carro em cima da linha de chegada? E o famoso duelo roda a roda Gilles x Arnoux na França, em 79? Piquet x Senna, Hungria 86? São apenas alguns exemplos, existem muitos. Na GP 2 ultrapassagens espetaculares foram comuns ano passado, sem KERS nem DRS (Razia fez algumas que classifico como hipnóticas em cima de adversários, induzindo-os ao erro). Isso é automobilismo feito de adrenalina e emoção, na minha opinião.

        • correção: acompanhei as provas de GP 2 todas nas temporadas PASSADAS etc.

          • especificidades

        • Caro, Aucam, o grande problema que vejo na F-1, é que por ser a categoria top, é impensável (para eles) retroceder no quesito tecnologia, seja por interesses econômicos ou ostentação. Concordo que a velocidade é importante, mas pelos caminhos de contenção de custos seguidos, fica difícil pensar em 100%. Outro fator que passa desapercebido pelos olhos menos atentos, é que por tanto mapeamento de motor, freios potentes, aerodinâmica refinada, pistas a prova de erros, carros inquebráveis, motores congelados, enfim, muita tecnologia e pouco acaso, a categoria fica engessada. Estão tentando revigorar, mas fica a dúvida: aceitarão retroceder a tecnologia? Próximos capítulos em 2014…

  6. Fazendo uma analogia entre os esportes “humanos” e os humano/maquinas, mais especificamente a F1 x volei, futebol, basquete, tenis…é que por mais que no segundo, os atletas sejam treinados, dependem unicamente do seu corpo, estando fadados primordialmente aos erros próprios. No caso da F1, o casamento homem/ máquina torna o sucesso relativo, afinal como estipular a contribuição de cada um para a vitória. Reitero, o estágio avançado da tecnologia criou uma categoria quase a prova de erros, portanto nivelada, criando nichos de competitividade entre 1º, 2º e 3º escalão. Quando se fala em falta de velocidade, o que dizer quando em vários momentos da corrida Alonso chegou ao fim da reta em 322 km/h? O fato é: os pneus são os mesmos para todos…Me lembro de algumas corridas dos anos 80, onde a questão “sorte” influenciava mais na categoria. Me lembro das disputas de pneus, os quais tinham os compostos macio, médio e duro, cabendo ao piloto fazer sua escolha. Me lembro que Prost na maioria das vezes escolhia os pneus duros, fazendo apenas uma parada, ao passo que pilotos mais agressivos como Senna, Mansell, optavam por pneus mais moles, parando mais e voando nas pistas, mas ficava impressionado como aquele francês, que guiava na surdina conseguia chegar na frente, aparecendo menos, andando mais lento, mas no fim, vencia os mais rápidos…Outros tempos: carros quebravam mais, a aerodinâmica não era tão fundamental quanto hj, o “grip mecânico” era maior, não existia simuladores e as corridas eram meio as cegas, portanto, épocas diferentes. Os fatos são muitos, afinal com toda tecnologia disponível hj, se houvesse uma guerra de pneus, teríamos custos de desenvolvimento altíssimos, pneus perfeitos, enfim, voltaríamos aos anos 2000. Se a situação financeira mundial e da categoria são ruins hj, imaginemos se liberassem jogos de pneus e estratégias…O fato, que tudo na vida evolui, mas pensemos: se não for por regulamento, alguém acha que as equipes aceitariam voltar no tempo e cortar os câmbios automáticos, down force dos difusores, mapeamento de motor, superfreios, direção hidráulica? Resposta, não! A velocidade sempre foi muito relativa na F1, afinal Ferraris, Mclarens, RBRs sempre serão mais “rápidas” que Marrussias da vida, enfim, por quê vemos uns chorando claramente, e outros não, ora, simples, pois cada um chora pelo que lhe convém! Como a Ju bem expôs, Lotus e Ferrari preservam melhor os pneus, por isso ambas equipes são contra a mudança nos compostos, ao passo que RBR e Mercedes que possuem carros velozes, mas não cuidadores de pneus, choram as pitangas, portanto, se dessem mais resistência para os pneus, fatalmente RBR e Mercedes dominariam as provas, bem, onde quero chegar: os pneus foram feitos antes de começar o campeonato, e agora, no meio da disputa, mudar algo que é comum a todos apenas para beneficiar quem se sente prejudicado, seria no mínimo desleal…O fato é : sejam pilotos e equipes camaleão! Ps: no passado, a guerra de pneus existia, mas pensemos: a tecnologia da época não conseguia criar pneus perfeitos da era Michellin/Bridgestone, os quais “todos” compostos tinham velocidade e durabilidade muito próximos, portanto pneus perfeitos. No passado, a diferença de durabilidade e velocidade dos compostos eram gritantes. Além do fato da economia daquela época propiciar gastos exorbitantes como víamos um motor por corrida, motor de classificação, 12 jogos de pneus por fim de semana, enfim, fartura de $$$$$$$. Hj vence quem consegue produzir mais gastando menos, uma filosofia a la Margaret Thatcher.

  7. “CONTO DO VIGÁRIO”
    Já estou ficando com o saco cheio deste pseudo campeonato de Fórmula 1. Gostaria que, realmente, fosse a habilidade dos pilotos que determinasse uma vitória ou uma derrota. Devido o refinamento da aerodinâmica dos carros, hoje, quase não existe o arrasto necessário para a criação do vácuo usado nas ultrapassagens. Como num passe de mágica, seguindo a orientação daquele, que aos poucos segue tendo um procedimento que cria uma falsa disputa entre os pilotos, surgiu a “DRS”. A partir de então, em lugar das ultrapassagens, que dependia do arrojo, do braço e da técnica de pilotagem dos pilotos, passamos a ver uma verdadeira covardia; uma coisa feia; antidesportiva, sem nexo e sem sentido. E os pneus? Essa, também, é uma outra história. Até 1997, foram usados os pneus slicks, que surgiram na Fórmula 1 em 1960. Em 1993, por determinação da FIA, visando a diminuição da velocidade atingida pelos carros nas curvas, tiveram suas larguras máximas diminuídas de 457 para 387 milímetros. Em 1997, foram criadas ranhuras e os pneus slicks saíram de cena. O campeonato de pilotos de Fórmula 1, até 1988, teve uma grande redução no número de ultrapassagens. Evidentemente, uma disputa automobilística sem ultrapassagens, foge à tônica do esporte a motor. Por isso, voltaram à cena, em 2009, os pneus slicks. Em 2010, a Bridgestone se retira da Fórmula 1 e entra no palco os pneus farofa da Pirelli. Mais uma vez, a pedido daquele que visando seus interesses pessoais toma atitudes que aos poucos vai diminuindo o interesse do público pelo Campeonato da Fórmula 1, a Pirelli criou o famoso pneu farofa. A diminuição da lárgura máxima e a criação de ranhuras nos pneus, não influenciou em nada o estilo e a técnica de cada piloto na condução do carro. Houve apenas uma pequena adaptação a diminuição de velocidade nas tomadas de curva. E os pneus farofa? Bom, essa estupidez estapafurdia, criou um novo Campeonato de Fórmula 1: “ O CAMPEONATO DOS PNEUS FAROFA”. A principal preocupação dos pilotos nesse novo campeonato, não é acelerar para ganhar a corrida, mas sim, economizar os pneus farofa para chegar na frente. Atualmente, o que melhor faz isso, é Dick Vigarista Fernando Alonso. Hoje, escutei um ícone daquele hino: “ESTE É UM PAIS QUE VAI PRÁ FRENTE”, que ajudou a criar, de uma maneira ufanista, o mito Airton Senna (Para mim, sem ufanismo, é o melhor de todos os tempos), dizer que Dick Vigarista Fernando Alonso havia tirado tudo que o carro tinha do início ao final do GP da China. Mentira. Engodo. Hoje, o carro dele estava mais equilibrado que os dos outros, proporcionando uma grande economia dos pneus farofa e possibilitando uma direção mais agressiva. Ele não é, nunca foi e nunca será mais rápido que Lewis Hamilton ou que Felipe Massa.

    Todos criticam Felipe Massa. Dizem que ele nos treinos é um leão e no dia da prova é um bichano. Lembrem-se dele até o GP da Alemanha de 2010. Depois daquela ordem de equipe, obrigando-o a dar passagem para Dick Vigarista Fernando Alonso, ele teve uma queda muito grande no seu nível técnico de pilotagem. Em 2011, para agravar mais ainda a sua situação, houve o advento dos pneus farofa, que não se encaixavam no seu estilo agressivo de pilotagem. Surgia ai, os pilotos celebrais; que sabiam tirar tudo dos pneus farofa da Pirelli. Esses pilotos, como Dick Vigarista Fernando Alonso, Kimi Haikkonen (Levou pau de Felipe Massa em 2008), Jeson Button e etc, passaram a ser chamados de gênios. Na realidade, para ganhar corridas, eles, em vez de acelerar, tiram o pé e saem vitoriosos, graças ao desgate dos pneus farofa dos outros carros. Essa atitude, podemos dizer, é a antítese do que eles deveriam fazer para se sagrarem campeões de uma corrida.

    A partir do GP da Hungria de 2012, Felipe Massa, parece que entendendo que os pneus farofa era a peça mais importante do espetáculo, passou a tirar o pé nos momentos que deveria acelerar. Nos GPs dos Estados Unidos da América e do Brasil, Foi mais rápido que Dick Vigarista Fernando Alonso nos treinos e durante a prova. Em 2013, mais uma vez, a Pirelli mexeu nos compostos dos pneus farofa. Por isso, Felipe Massa, nos treinos, passou a ser mais rápido que Dick Vigarista Fernando Alonso, mas na corrida, passou a ser mais lento. No GP da China não foi diferente. Não fosse um erro cometido por ele na sua volta lançada, nos treinos, teria se classificado na frente de Dick Vigarista Fernando Alonso. Durante a corrida, demonstrou que ainda não conseguiu adaptar o seu estilo de pilotagem aos novos pneus farofa. Por outro lado, o uso maciço de tecnologia de ponta na Fórmula 1 de hoje, transformou os pilotos em meros adereços, manipulados pelos engenheiros, dentro dos cockpit dos seus carros.

    Para mim, Fórmula 1 é um vício prazeroso. Mas aos poucos, estou começando a procurar uma maneira de me curar desse vício. O vício, que antes me dava prazer, hoje me deixa irritado. Ninguém gosta de ser enganado; eu também não. Com toda certeza, logo logo, deixarei de fazer papel de trouxa. Certamente, muito em breve, deixarei de perder o meu tempo, fazendo papel de bobo diante de tanta sacanagem. Vou propor um lazer alternativo para o pessoal que se ilude diante de tanta irrealidade, e que vivem perdendo seu tempo alimentando essa indústria podre que transformou a Fórmula 1 em um “CONTO DO VIGÁRIO”.

    Escondidinho de bacalhau
    Ingredientes:
    – Macaxeira cozida
    – Queijo coalha ralado
    – Bacalhau
    – Cebola picada
    – Azeite
    – Leite
    – Requeijão
    – Carne moída
    – Avental da patroa sem o uso da calcinha (A calcinha queima o filme)

    A massa
    O prato tem gosto sofisticado, no entanto, a receita é muito simples. Para fazer a massa, primeiro coloque o avental da patroa sem o uso da calcinha, depois misture o leite, o catupiry e a macaxeira cozida. Bata os ingredientes no liquidificador por cerca de 2 minutos, ou até ficar consistente. Faça tudo isso sem rebolar. Mesmo usando o avental da sua patroa, não esqueça que você não é ela.

    Recheio
    Em uma frigideira aquecida, doure a cebola usando um bom azeite. Depois, acrescente o bacalhau e 1/2 xícara de molho de tomate. Refogue. Coloque a mistura dentro de um refratário. Para cobrir, use a massa já preparada anteriormente. A finalização é com o queijo coalha ralado. Leve ao forno por 20 ou 30 minutos. Depois do prato pronto, retire o avental da sua patroa. Se, também, vestiu a calcinha fio dental, retire-a rapidamente, mas cuidado para não dá bandeira.

    Convide os amigos e bom apetite!!!

    • Espera. Você quer que o melhor piloto ganhe, mas não admite que o melhor seja o Alonso? Isso é fanatismo, lamento.

      O Alonso é sim melhor que o Massa, verdade seja dita. E se o que você quer é velocidade pura, então só a qualificação já encerra o final de semana. E nos 3 anos que trabalharam juntos até agora, Alonso ganhou do Massa nos três (13×3, 14×2, 17×0). E nem vem com rompimento no lacre, que seria só 16×1 no último ano.

      A “fãzisse” tem que dar lugar à uma admiração pelo espetáculo, pois é este que importa. Ingleses adoravam ver Ayrton Senna correr, e ele destruiu Mansell. Até os franceses gostavam de Senna mais do que de Prost. O que ocorre é que, infelizmente, hoje não temos pilotos brasileiros a altura do título mundial. Assim como tantos outros países outrora campeões não tem, como Argentina, França, Itália. É esperar o Fittipaldinho e o Nars, pra ver qual a deles. E enquanto isso parar de malhar o judas e dar desculpas para o sucesso desse ou daquele. E fica aquela frase que define praticamente tudo. Contra fatos não há argumentos.

  8. Ao ler alguns comentários aqui chego à seguinte conclusão: o fã de Fórmula 1 é o sujeito mais chato que há no universo.

    Fórmula 1 – e o automobilismo todo – é complexo demais. Não há um elemento só que determina um bom desempenho. São dezenas, senão centenas de fatores que devem concorrer para uma vitória. Até a sorte entra na equação. Hoje o desgaste de pneus é UM DOS FATORES que fazem parte da equação da F1. E este tem sido favorável aos pilotos mais inteligentes e capazes de melhor adaptar aos pneus. Se há um tempo foram os pilotos capazes de guiar quase a corrida inteira em rítmo de classificação, hoje prevalecem aqueles que sabem ser velozes com mais suavidade, no melhor estilo Juan Manuel Fangio de pilotar que dizia ser a receita da vitória guiar na frente de forma mais “lenta” possível.

    Lembro que na década de 80 Senna pilotava um Lotus Renault com um motor potentíssimo, mas que era frágil e beberrão. O brasileiro se aproveitou da melhor maneira o que tinha nas mãos sendo um leão de treinos classificatórios e extremamente agressivo durante as corridas como forma de “fazer o seu filme” até seu carro abrir o bico. O que quero dizer com isso é que o talento do piloto está em tirar o máximo o que seu equipamento permite e converter em resultados, nem que seja sua projeção na carreira buscando um futuro melhor em outra equipe.

    Sinceramente, quem não consegue enxergar as mudanças, as diferenças nas épocas da F1, a capacidade de pilotos e equipes se adequarem da melhor forma para alcançar seus objetivos, até a beleza de fazer uma corrida cerebral como, por exemplo, Button sabe fazer mesmo não sendo tão veloz quanto um Lewis Hamilton, não entende da natureza do automobilismo.

    Eu gosto muito de ver um piloto que sabe, junto com sua equipe, colocar um carro na pista de forma a maximizar o resultado, como Alonso e Ferrari fizeram ano passado. Em um carro inicialmente horroroso Alonso conseguiu disputar até a última prova um campeonato que parecia perdido já no primeiro treino. Emerson Fittipaldi, mesmo sem ser o piloto mais veloz do grid, ganhou dois campeonatos do mundo sabendo equilibrar velocidade e resistência do carro. Piquet, Prost, Lauda e outros ganharam assim também. E nem por isso são tem seus títulos contestados.

    Penso que quem vê Fórmula 1 hoje deveria abrir a cabeça para enxergar a beleza de todo o quadro.

    É a minha OPINIÃO.

    • Tbem concordo com vc…o torcedor de F1 ele gosta ou desgosta conforme o piloto que ele torçe está no campeonato, se o cara está bem, entao é fantastico, se ele perde entao é uma b@st@.
      E falou tudo, sao vários fatores que fazem ser campeao, até a sorte. Hoje o pneu é mais uma variavel nesta matemática. Eu gostei muito da corrida de hoje, mostrou quais pilotos e carros estao mais adaptados e quem é possível domar os Pirellis.
      Boa defesa de Hamilton mesmo sem pneu soube segurar o Vettel babando pra ultrapassar, o Kimi com o bico avariado soube admisnitrar a corrida e segurar o 2°lugar etc…etc
      Abrçs

      • Pois é. Quando Senna dominava a F1, vencia corridas de ponta-a-ponta, sumia na frente dos adversários, não havia tanta reclamação. Afinal, era o “Brasil-sil-sil” ganhando.

        Hoje se reclama de tudo. É muito especialista de coisa-nenhuma falando do que não conhece. Lembro quando a Ferrari substituiu o “homem do pirulito” pelo sistema de luzes nos boxes em 2008 e, por um erro do operador, Massa saiu com a mangueira no carro no GP de Cingapura. Descascaram a equipe, falaram que o sistema era um fracasso, etc. Hoje quase todas equipes usam o sistema de luzes. E aí? Quem estava certo?

        Agora a moda é falar dos pneus. Já começaram a reclamar do ronco dos motores de 2014, V6 turbo com 13.000 RPM. Mas se esquecem de que na década de 80 era a mesma coisa e muita gente sente saudades da época.

        Povo chato pacas!

  9. Eu estou com vc Julianne, gostei da corrida e estou gostando do que a Pirelli fez, hoje temos mais equipes lutando pelos pódios, antes era a RB e o resto. Espero que seja assim até o final do campeonato.
    Abrçs parabéns pelo texto.

  10. Fora do post, mas, Julianne, você viu a bombástica declaração de Moss dizendo que “Mulheres não têm aptidão para vencer uma corrida de F1”? Tsc, tsc, tsc!!! Será que o grande Moss desconhece que Jutta Kleinschimidt venceu o duríssimo Paris Dakar em 2001? E as vitórias no WRC da grandíssima Michèle Mouton nos insanos e incríveis tempos do Grupo B? Ela deu calor em Walter Rohrl! E a vitória de Danica Patrick no GP do Japão da Indy? Cada um tem direito a ter a sua opinião, mas a escassez de mulheres no lugar mais alto dos pódios tem a ver, isso sim, com os números rarefeitos de sua presença nas competições automobilísticas. Simona de Silvestro toca uma barbaridade e foi ridículo ver Marco Andretti dando totós intencionais no carro dela, na penúltima prova da Indy. Está na hora de levá-la para a F 1. É preciso motivar as meninas! Estamina e habilidade para pilotar e vencer elas têm, na minha opinião. Sugestão para uma matéria com o seu ponto de vista. Vou apreciar muitíssimo!

    • Eu concordo com você. O crescimento de qualquer esporte em qualquer país/grupo de qualquer tipo depende de quantidade. De lá, se tira a qualidade.

      • É isso aí, Julianne, você sintetizou muito bem: da quantidade se tira a qualidade.

  11. quer ver uma coisa que desmonta esse esquema da f1 atual: o button, perguntando pro engenheiro “devo lutar pela posição?”

    baita balela esses pneu farofa, asa, kers etc! 😉

  12. Aquela máximo do Galvão “Chegar é uma coisa, passar é outra…” já era.
    Gosto deste formato de corrida. A única coisa que me desagrada é que os pilotos estão abrindo mão de defender posição pra não gastar pneu, e isto tira um pouco a graça.


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