F1 Depois de Vettel, agora Alonso também está na corda bamba - Julianne Cerasoli Skip to content

Depois de Vettel, agora Alonso também está na corda bamba

Depois de Daniil Kvyat se tornar o primeiro a sofrer – e ter, neste final de semana, a companhia de Pastor Maldonado – uma punição por exceder o limite de cinco peças de qualquer uma das seis partes que compõem a unidade de potência, a expectativa é de que pilotos de ponta comecem a sofrer daqui em diante.

Passada a sequência que mais força o motor – Monza e Spa por serem circuitos de alta velocidade e Cingapura pelas condições climáticas – vários pilotos estão utilizando, neste final de semana, sua quinta e última opção. E faltam cinco provas para o final.

A situação mais delicada é de Sebastian Vettel, que já admitiu estar estudando quando – e não se – toma sua punição. Como a primeira pena é de 10 posições no grid, o alemão falou, inclusive, em sequer participar da classificação quando tiver de trocar a unidade de combustão e aproveitar para substituir todas as peças, largando do pit lane.

Essa é uma opção plausível para quem não tem um problema localizado e está na corda bamba em vários itens, como é o caso de vários pilotos que utilizam a unidade de potência da Ferrari. A própria dupla de Maranello está pendurada: Alonso, por exemplo, estreia no Japão a quinta unidade de combustão, central eletrônica, turbo e MGU-H.

Agora, as equipes buscam a melhor estratégia para levar a punição. Pagar punições na Rússia é teoricamente indicado devido às longas retas do circuito. Porém, como a pista de Sochi é desconhecida, o ideal seria aguentar até o GP do Brasil, por ser uma corrida com mais chances de ultrapassagens.

Se as punições são inevitáveis, o jeito é se acostumar com as regras. Cada piloto pode usar, ao longo da temporada, cinco unidades de cada componente. O motor foi “desmembrado” em seis itens, que são contabilizados separadamente. A partir da sexta unidade de qualquer um destes itens, o piloto perde 10 posições no grid. Caso isso ocorra com um segundo item, serão mais cinco posições e, se toda a unidade for trocada pela sexta vez, o piloto larga do pit lane.

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ICE = Internal combustion Engine/ Motor de combustão
TC = Turbo Charger/ Turbo
MGU-K = Motor Generator Unit – Kinetic/ Gerador a partir de energia cinética
MGU-H = Motor Generator Unit – Heat / Gerador a partir de energia calorífica
ES = Energy Store / Armazenamento de energia
CE = Control Electronics / Central de controle eletrônico

11 Comments

  1. Ué, o Choronso não é um gênio que sabe como ninguém economizar pneus, motor e combustível e ainda assim ser melhor do que todos?

  2. Seria trágico se o campeonato fosse decidido numa punição destas.
    Não acha, Ju?
    Ainda não consigo entender/aceitar como a FIA, no primeiro ano de um motor novo, congela o seu desenvolvimento ao longo do ano e, ainda por cima, impõe um limite pífio de 5 de cada um dos 6 componentes da unidade de potência.

    • Ainda mais com pontuação dobrada (!), seria ruim essas punições ou uma quebra decidir o campeonato.
      Em relação regulamento, ele foi assinado pelas equipes. Agora é correr atrás para cumpri-lo.

  3. Julianne, aguardando o treino de classificação em Suzuka e pasmo com a decisão de Vettel (ainda que essa transferência dele para a Ferrari já viesse há muito tempo sendo especulada), ocorreu-me agora o seguinte: o projeto da Ferrari para 2015 já é totalmente orientado por James Alisson e imagino que em suas linhas mestras já esteja todo delineado. Kimi gosta de uma dianteira bem presa ao chão e Vettel, bem ao contrário, sente necessidade de uma traseira bem grudada na pista. Humm. . . Como vai ficar isso? Ou será que ainda existe espaço para um novo tufão lá por aquelas bandas que leve também Raikkonen, praticamente em fim de carreira? . . .

    • cro aucam, aprecio muito seus comentarios, mas pelo que entendo de f1, o grande , maior e unico veja bem unico motivo da saida de vettel , atende pelo nome de daniel riccardo, visto que nao fomos somente nos que nos surpreendemos com o australiano, a velocidade de daniel pegou de surpresa principalmente o tetracampeao, um piloto sabe quando seu limite foi superado, historias de adaptaçao melhor de um novato na equipe, sao meras desculpas, riccardo vem sendo o melhor piloto da temporada disparado e sebastian foi o primeiro a perceber isso

      • Se Alonso não saísse, Vettel também não sairia. É um jogo de xadrez, e não “medinho” de companheiro.

        • O alemão não poderia perder a chance de pilotar pra Ferrari.

          • Sem falar da grana, red;-) e tbm da aposentadoria de Newey

      • Meu caro Hermes, em primeiro lugar, obrigado por considerar meus pitacos. Sobre Ricciardo, que grata surpresa, acho que não apenas para mim mas para a grande maioria; por isso sou favorável ao terceiro carro para as grandes equipes, para que talentos como ele não sejam desperdiçados nas nanicas, onde infelizmente não há possibilidades de aparecerem (hoje já suspeito que Vergne é melhor do que os seus resultados sugerem; mesmo que a Toro Rosso não seja nanica, pelas suas deficiências pode mascarar talentos, veja que Kvyat chegou chegando lá e Vergne frequentemente o bate). Quanto a Vettel, eu continuo a acreditar em seu talento, mas me surpreendi muito com a sua dificuldade de adaptação a um carro diferente, entretanto é necessário, a meu ver, considerar uma série de outros fatores, talvez até psicológicos, embora possa não parecer, pois a vida profissional desses caras se desenrola em um universo medido em milésimos de segundos. Sem dúvida – concordo com você – que o talento insuspeitado de Ricciardo ajudou muito Vettel a tomar a decisão de mudar de ares, embora não tenha sido o único fator, a meu ver. Com pouca idade (apenas 27 anos), quatro títulos nas mãos e estatísticas em números astronômicos, Vettel pode se dar a esse luxo de fazer uma aposta de alto risco enquanto vai tentar se reencontrar com ele mesmo para novas façanhas, agora livre de pressões mais imediatas como essa de Ricciardo. Creio que a perda de Newey como projetista também contribuiu para a sua decisão. E não sei se foi apenas impressão minha, mas notei nos treinos em Suzuka um clima de muita frieza entre Vettel e Marko, que antes o tratava com um afeto e atitudes quase paternais. Impressionante como o tempo age. O tempo não tira férias e a tudo transforma, implacavelmente. Por último, ficou claro que Ricciardo tem potencial para ser campeão mundial a curto prazo, bastando ter um carro competitivo frente ao bicho-papão Mercedes. O australiano veio para ficar.

        Grande abraço.

    • Meu Caro “e invisivel” amigo Aucam. Celebro voltar a ler seus comentarios. Deixei recado uns dois post atrás para você.
      Lamento muito que o Hamlton não podia tomar essa decissão “agora”, no meio da luta pelo campeonato. Mas lendo você, se me ocorre que lá nas arabias não tem tufão, mas podem acontecer terrificas “tormentas de areia”. Imagina um Kimi defenestrado (de novo vai ser foda) e um negão “vestindo de vermelho”…. Eu te disse que de repente você vai ter que vestir tua casaca vermelha. Ainda pode acontecer.

      • Ei Aucam, voltei lá e vi que não só você leu, mas também o fio da conversa continuou com Medeiros e Chris (dois bones é foda Chris, hehehehe).
        O artigo é fenomenal, e sim, o Hamilton na Ferrada seria de antología, muito mais do que Seb. mas ainda eu tenho esperanças, e seria um campeonato aparte essas dois grandes pilotos dividindo garagem.
        Sobre o rilipojas… pelo último que tenho lido, a coisa tá tomando mais cara de dispensado. Quem diria, hein? A morte do Botin, e essa nova diretoria da Ferrada dando um “Obrigado meu filho mas não. Vai com deus”… Assim são as coisas.


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