F1 Drops do GP da Estíria entre surpresas e pegadinhas - Julianne Cerasoli Skip to content

Drops do GP da Estíria entre surpresas e pegadinhas

Só uma enorme surpresa tira Portimão do campeonato

Especialmente os britânicos da F1 ficaram em choque na sexta-feira ao receberem a lista de restrições que terão de respeitar na Hungria. Depois de respirar aliviado ao não ter nenhum caso positivo de coronavírus em duas semanas na Áustria, a categoria acreditava ter feito o suficiente para passar confiança às autoridades. Essas restrições não estavam acordadas anteriormente e, se tivessem sido explicitadas pelo governo local antes, talvez até dificultassem a realização da prova. Para quem não viu do que se trata, quem tiver passaporte de fora da União Europeia não pode sair do roteiro hotel-circuito para absolutamente nada.

 

E para quem ouviu a história de que a corrida correu risco de ser cancelada, consegui encontrar a fonte da história toda: Imprimiram um “comunicado” falso com o Ross falando que a corrida podia ser cancelada para fazer uma pegadinha com um câmera que estava reclamando de ficar tanto tempo na Áustria. O cara acreditou e passou para frente. Isso chegou no ouvido do Wurz, que falou ao vivo na TV austríaca e pronto, a pegadinha chegou a alguns sites como verdade! Mas bem cedinho no domingo já chegou um email da Liberty dizendo que era tudo fake.

 

Os mais atingidos são os jornalistas, totalmente descobertos pela FIA, que é responsável por eles. Eles não vão ficar nos hoteis pelo menos 4 estrelas em que as equipes ficam, dirigem os próprios carros alugados (não será permitido usar o transporte público ou táxis), não têm escolta da polícia e têm mais dificuldade em comprovar o que estão fazendo lá no caso de serem parados. Imagine passar por tudo isso para fazer uma cobertura em que sequer podem entrar no paddock. Obviamente, quem lutou tanto para estar lá, embora ainda considere a experiência válida do ponto de vista jornalístico por conta do ineditismo da situação, já começa a ficar de saco cheio.

 

Dá para sentir nas mídias sociais a expectativa dos portugueses para a confirmação da volta de seu GP ao calendário, e muita gente achou estranho ver o anúncio de Mugello e da Rússia, e não ouvir nada sobre Portimão. Parece ser só uma questão de tempo, com os portugueses “pagando” por sua posição geográfica. Explico: a prioridade da Liberty é conseguir correr na China e no Vietnã, recebendo por estas provas. Houve quem questionou se não haveria restrições a eventos internacionais na China, mas o documento do governo abre brechas e isso não é um problema para a F1. A questão são as restrições de viagem que ainda estão em vigor.

 

Mas o que isso tem a ver com Portugal? Caso não seja possível ir para China e Vietnã, o plano reserva é colocar Imola e Hockenheim no calendário, e isso jogaria a prova portuguesa mais para o final de outubro por conta do clima mais ameno em relação aos outros dois circuitos. 

 

Muita gente perguntou sobre o Drive to Survive 3: o pessoal da Netflix está gravando os bastidores dos GPs sim, mesmo com todas as restrições. Eles têm de respeitar as mesmas regras das TVs, ficando a 2m de todo mundo porque são de uma bolha diferente. Mas eles já gravavam a uma certa distância de qualquer jeito, e podem também simplesmente deixar câmera e microfone em uma sala para gravar, já que estão lá somente para documentar. E de um certo time vermelho, às vezes é melhor manter a distância mesmo!

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