F1 Drops do GP do Azerbaijão e a cabeça de piloto - Julianne Cerasoli Skip to content

Drops do GP do Azerbaijão e a cabeça de piloto

Baku vai conquistando a F-1. Um lugar fácil para as equipes trabalharem, em que há o interesse de receber a categoria, em uma pista que fica bem no vídeo e tem os muros sempre perto, prontos para gerar confusões nas corridas. Mas tudo tem seu preço. Quando o contrato de 10 anos foi assinado, a posição de barganha da F-1 era grande e os azeris aceitaram pagar 60 milhões de dólares por ano, entre os maiores valores do calendário. O contrato previa uma renegociação depois de três anos, em que qualquer uma das partes pode romper. E agora é claro que os organizadores pressionam por uma redução de custos.

 

E a Liberty Media pode não ter tantos motivos assim para ceder, uma vez que o governo norte-americano estaria questionando o envolvimento de certas pessoas na organização, situação parecida com o que está acontecendo em Sochi e pode tirar a prova do calendário. Seriam perdas muito significativas, pois trata-se das duas que mais pagam para receber a F-1.

 

Os problemas não param por aí. As dúvidas em relação à concretização da prova no Vietnã parecem ter fundamento, com um certo sumiço dos organizadores de lá.

 

Algumas candidaturas, por outro lado, estão ganhando força. Fala-se em Miami, Buenos Aires e Copenhagem aparecendo calendário se não em 2019, pelo menos em dois anos, e existe a vontade de aproveitar a febre Verstappen na Holanda.

 

Mas isso significa um calendário com 25 corridas ou algo do tipo? Além da questão de Baku e Sochi, a Alemanha é sempre uma prova ameaçada, há conversas sobre problemas já aparecendo com os franceses e Silverstone cancelou a extensão de seu contrato ano passado, então se não conseguir uma negociação melhor o GP por lá não passa do ano que vem. Isso sem falar no Brasil, que perdeu sua situação de barganha com Ecclestone fora, a questão da segurança, que ainda é muito comentada no paddock, e uma rival tão próxima quanto a Argentina.

 

Só para explicar como a cabeça dos pilotos funciona, uma história curiosa. O tailandês/britânico Albon ganhou a primeira corrida da F-2 e é um piloto geralmente muito elogiado pelos outros de sua geração, que dizem que ele é melhor que Charles Leclerc. Esteban Ocon explicou o porquê: os Verstappen não gostam de Leclerc porque ele jogou o Max para fora da pista uma vez no kart, e meu problema com ele é por causa de uma menina.

 

O próprio Ocon tem outra inimizade no grid, Gasly. Eles eram muito amigos até, segundo o piloto da Force India, “eu começar a ganhar dele sempre”. Há quem diga que o motivo é outro.

 

Falando em um motivo que parece, mas não é, chama a atenção a baixa velocidade de reta da McLaren nas primeiras corridas. Isso indica que, primeiramente, o motor Honda não era o único responsável pela falta de velocidade do time, como também mostra que toda a propaganda sobre o “segundo melhor chassi do grid segundo as medições de GPS em pista de baixa velocidade” na verdade é um carro que gera muito mais arrasto do que deveria.

 

Enquanto isso, a Honda já começou as negociações para ceder motores à Red Bull a partir do ano que vem.

 

Falando no futuro das equipes, depois de sondar a compra da Force India, papai Stroll agora tenta viabilizar um plano para tornar a Williams tão ligada à Mercedes como a Haas é com a Ferrari. Até porque ele já percebeu que, no que depender dos profissionais que estão na equipe no momento, vai jogar dinheiro fora.

 

Voltando a Baku, já imaginou o que passou pela cabeça de Ross Brawn quando ele viu a batida entre Verstappen e Ricciardo? “Ele não pode mudar de trajetória duas vezes… ou pode?” As regras acabaram ficando tão vagas a esse respeito que nem ele sabe.

 

E para acabar com um toque humano, se eu que desci para a zona de entrevistas com umas cinco voltas para o final já quase congelei, imagine os repórteres e câmeras de TV que ficaram lá desde a largada, com uns 15 graus de temperatura e vento gelado na cara? Quando o último piloto, Lewis Hamilton, chegou, mais de 1h depois do fim da corrida, Mariana Becker já batia os dentes. Literalmente mesmo! A ponto do inglês parar por um instante de falar e colocar suas mãos na dela para ajudar a esquentar. Quem disse que a F-1 é um mundo frio?

19 Comments

  1. A pergunta que não quer calar: qual o real motivo da inimizade entre Ocon e Gasly, Ju?

    • Não se sabe. Na verdade todos achavam que eles continuavam amigos até o assunto surgir numa coletiva e Gasly dizer que eles se afastaram porque ele começou a bater Ocon e Esteban ficou irritado. A resposta dele foi “jura que ele disse isso? Prefiro não comentar mais nada”. Pilotos franceses têm uma certa reputação de dividirem as mesmas namoradas. Isso gerou uma treta gigante entre Vergne e Bianchi no passado, inclusive. Então há quem ache que tem mulher no meio dessa briga também.

      • Esse negócio de piloto francês dividir as mulheres é antigo… vide a situação entre Prost e Laffite!

      • Prost e Arnoux também realizaram algum compartilhamento…

    • Tô mais interessado em saber quem foi o Inglês interessado em esquentar a Mariana Becker… ficou só mão-na-mão? kkkkkk

      • Respeito, ela é casada. E tinha esquecido de mencionar quem tinha sido o último piloto. Foi o Lewis.

    • Muito bom Armínio!!!

      No fim Niki Lauda deve ter razão quando disse que foi 70% Verstappen 30% Ricciardo

  2. Uma coisa que eu reparei é que para compensar a ausência de aderência as equipes usaram muita asa, os carros passavam dos 300 mal começava a reta, dai a velocidade subia devagar até superar pouco os 320 bem antes do fim da reta quando começa a ocilar, quando um carro vai no vácuo e com a asa aberta esse murro aerodinâmico que segura a velocidade dos carros é retirado e a diferença de velocidade é absurda, maior do que em qualquer pista.

  3. Independente da disposta acabar em acidente foi a disputa da prova, o momento mais belo da prova foi quando o Riccardo passou por fora e o Verstappen em vez de tentar espremer usou a tática de fazer a curva por dentro e enfiar o carro por dentro espremido pelo murro para dar o troco, independente do Verstappen ter movido o carro duas vezes o Riccardo foi otimista ao extremo em tentar colocar o carro por dentro no último momento, suas manobras de ultrapassagem vem dando tão certo que sua confiança estava lá em cima e passar o Verstappen por fora não estava dando certo, lembro que na China se o Bottas não recua os dois tinha se enroscado lá e não seria culpa do Bottas, só para terminar, gosto da Nascar porque lá não tem frescura, se alguém broquear o Newman vai para o muro a 320 e não tem essa de ficar discutindo de quem é a culpa ou se mexeu o carro mais de uma vez, o cara é mal e pronto, se não estiver contente se arrisca a trocar porrada com ele.

  4. Independente das atitudes na pista, das declarações em entrevistas ou mídia social, Ju, gostaria de saber como é de verdade o Verstappen no paddock, uma imagem real.

    • Fiz a pergunta porque muitas vezes a mídia cria uma imagem de bom mocinho ou bad boy que nem sempre é verdadeira, na globo quando o Massa disse que visitou o Verstappen o Galvão em vez de deixar o Massa falar desse encontro tratou como a coisa mais absurda que existe, como! Visitar o Verstappen.

      • Ele é um cara muito determinado, profissional na sua conduta com a imprensa, mas ainda tem um jeito de moleque. Então às vezes escapam uma bobagens. Na avaliação de muitos, ele vai evoluir bastante quando deixar o pai um pouco de lado.

  5. Sempre afirmei por aqui que havia exagero em culpar a Honda pelo mau desempenho da McLaren e como a equipe não conseguia andar era impossível avaliar o chassi.
    Eis o tempo colocando as coisas em seus devidos lugares e se a McLaren tivesse tido paciência com a Honda, provavelmente estaria tendo resultados similares ou melhores nesta temporada com a vantagem de ter mais liberdade em projetar o chassi do carro. Vamos como fica até o fim do ano…
    Alonso pilota demais, mas também é um grande marqueteiro, quase toda corrida é a melhor corrida da carreira dele, deve estar cavando uma vaga na Mercedes ou Ferrari (tá duvido que isso vá acontecer sejamos realistas).
    As equipes que devem estar gostando de ter menos corridas nos próximos anos, aparentemente todas reclamam do excesso de etapas no calendário, pelo é o que parece pelas notícias que saem sobre a quantidade de etapas.
    Muito se fala sobre o LeClerc e o Gasly, mas ainda não consigo achar ambos isso tudo que se fala deles, me parece que ainda falta aquele “algo a mais” nesses pilotos como Lewis, Vettel e Alonso têm.
    Curiosamente acho o Occon, que é relativamente menos badalado que os dois, bem melhor que eles.
    Sobre o acidente das RedBulls, Verstappen sabe muito bem que Ricciardo dá o drible do “vou pra lá venho pra cá” e Ricciardo sabe muito bem que o Verstappen se mexe duas vezes na curva.
    Ambos deveriam ter previsto isso, pensado na possibilidade de colisão e evitado a mesma.
    Burrice dos dois, principalmente por serem companheiros de equipe 50%-50% a responsabilidade da batida.
    Grande abraço a todos!

    • Sobre os jovens pilotos vou fazer minha avaliação pelo que fizeram antes de chegar a F1, Leclerc fazia chover com certa frequência, Verstappen quase sempre, ambos na F3 numa equipe mediana conseguiram muito, Ocon é de uma solidez única, praticamente não tem dia ruim mas não faz chover e Gasly é apenas bom piloto, tem condições de fazer carreira na F1 mas não vejo ele sendo piloto de destaque.

  6. Em tempo:
    Ainda bem que papai Stroll não comprou a Force India, acabaria com a equipe a política de “tudo ao Lance Stroll”. Sou fã do trabalho dessa equipe, com um dos menores (ou o menor) orçamento do grid, faz um trabalho cirúrgico utilizando pontualmente seus recursos e andando na frente de equipes que deveriam disputar o título.
    Falando em Force India Ju, como anda a vida financeira da equipe? Eles conseguem se manter no grid em 2019?
    Grande abraço a todos!

  7. Lembrando que a questão da segurança no GP do Brasil parece ter sido proposital, com vazamentos de WhatsApp dos policiais dizendo que havia ordens para não abordar ninguém. Somando-se a isso a aposentadoria de Thamas Rohony, o promotor, o futuro do nosso GP é sombrio…

  8. Vendo as caras e bocas de papi Jos nos boxes dos Toro Seniores penso que a solução para Max seria menos Verstappen e mais Kumpen.


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