F1 Drops do paddock – GP do Brasil - Julianne Cerasoli Skip to content

Drops do paddock – GP do Brasil

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Acho que nunca tinha passado uma semana sem escrever no blog a não ser em tempos de festas de fim de ano desde o início do Faster, em junho de 2010. É um indicador de quão alucinantes foram os últimos dias, da cobertura do GP do Brasil em si a algumas questões pessoais que vim resolver a quase 10.000km de distância.

  • Não que tenha faltado assunto. O que mais chamou a atenção no final de semana foi como Toto Wolff está se tornando, a passos largos, o novo Bernie Ecclestone da F-1. Absolutamente todas as peças que se fecharam no mercado de pilotos nos últimos dias têm a mão dele – mesmo as que já estavam encaixadas faz tempo, como Stroll na Williams.
  • Não se sabe exatamente por que o chefe da Mercedes ajudou Nico Hulkenberg a ir para a Renault, mas sua relação próxima com Vasseur ajudou. Kevin Magnussen na Haas, para mim a escolha mais difícil de entender pelo fato do piloto estar andando menos até mesmo que Jolyon Palmer no momento, já ter tido duas oportunidades sem mostrar muita coisa, e ainda não trazer muito dinheiro, também teve a ajuda de Wolff por motivos não claros.
  • Ocon na Force India é mais fácil de entender. O time britânico, que ficou entre a pressão de Wolff e de Ecclestone, devendo favores aos dois, demonstrou saber quem vai ter mais influência daqui em diante.
  • Não enxergar essa mudança de cenário foi uma das más avaliações que os Nasr fizeram nos últimos meses e que deixaram Felipe em situação complicada. Até porque agora é Wolff quem bate à porta da Sauber para colocar Wehrlein. A boa notícia para o brasileiro é que, pelo menos entre os nomes circulam na Manor, ele é claramente o mais forte no pacote experiência, qualidade e dinheiro. Veremos na parte política.
  • Talvez ir para a equipe com menos dinheiro do grid não seja algo dos mais vantajosos olhando agora, mas aproximaria Nasr de Wolff, o que parece ser o melhor dos caminhos nesse acidentado caminho do meio para o fim do pelotão, em que tudo é decidido muito mais fora do que dentro da pista.
  • A influência do austríaco também ficou clara quando o sumido Jos Verstappen voltou ao paddock. A presença do holandês significa pressão em cima de Horner, que pediu que o ex-piloto ficasse em casa e foi atendido. Isso pelo menos até que Wolff o chamasse de volta, dizendo que era importante para o menino ter o pai por perto, como ocorreu por toda a carreira. Deve ser mesmo melhor para Max, mas o que o chefe da Mercedes quer mesmo é ver o clima piorar na equipe que tem tudo para ser sua grande rival ano que vem.
  • Horner também não é nenhuma flor que se cheire e abriu tudo para a imprensa para pressionar Wolff. Quando o austríaco se explicava em uma coletiva de imprensa lotada, o chefe da Red Bull passou pelo vidro do escritório da Mercedes e fez uma careta para o austríaco em tom de brincadeira. O dirigente pediu que ele entrasse para explicar a polêmica e ele, ironicamente, fez sinal de “me liga”.
  • Falando em ironias, o que foi aquela despedida do Massa em SP? O piloto esteve muito tranquilo e feliz com sua decisão desde quando a anunciou a aposentadoria na verdade, e isso ficou muito claro em todos seus movimentos no GP Brasil. Mas como parece que sempre há um porém na carreira de Massa, a despedida veio com um acidente, vindo da necessidade de arriscar após uma classificação muito ruim e uma má decisão estratégica. Como uma ironia do destino, contudo, o brasileiro parou seu carro em uma das principais arquibancadas do circuito e, sob Safety Car, pôde caminhar ao pitlane para ser recebido de forma apoteótica pela própria F1 e por sua família. Não se enganem: não são muitos no grid que teriam algo parecido.

18 Comments

  1. Acompanho teu blog faz tempo, muito esclarecedor.

    Pra mim é uma novidade essa, de Toto Wolff, ter toda essa influência.

    Poderia fazer um artigo sobre como/onde começou isso.

    Outra coisa, por que Jos Verstappen não é “bem vindo”, que pressão ele faz?

    • Oi Jorge, não é de hoje que o Jos pressiona a FIA, vide o que ele disse em relação ao Schumacher na temporada de 1994, afirmando que em todas as categorias anteriores, havia dado uma surra no heptacampeão, mas que o Schumacher era protegido pelo Bernie e pela FIA e andava com um carro com ajuda eletrônica ilegal, “inguiável” quando estavam desligadas. O Jos até suspensão ou não sei qual pena tomou por falar essas coisas na época.

    • Jos está lá para garantir que Max seja beneficiado em tudo o que for possível. E Horner sabe o quão longe ele é capaz de ir com as manobras que fez no início do ano para acelerar a ida do piloto à Red Bull, fazendo um jogo duplo com a Ferrari para pressioná-los e basicamente deixá-los sem opção.

  2. A despedida de Massa na equipe Ferrari também foi única, nenhum outro piloto teve!

    • Isso devido ao peso na consciência!
      A Ferrari lhe deve 2 títulos!

  3. Jú, realmente estranhei sua ausência aqui no blog, no GP vi várias vezes o Ico no link da Sky mas não te vi, vc fez entrevistas no cercadinho também?
    Em relação ao Wolf, realmente é ele quem dá as cartas no momento, pois o motor é o principal no momento, o que é uma enorme moeda de troca e a Scuderia completamente perdida que não consegue nem satisfazer o garoto Blue Flag…rs
    O Jos eu até tinha te perguntado se ele havia sumido, pois na toro rosso ele sempre estava lá infernizando, e se a tática do Wolf foi tumultuar a Red Bull quase que deu errado, pois o Max fez a senhora corrida e se a equipe não erra na estratégia ele ficava em 2° ou 1° ai o Toto não ia gostar…rs
    Jú a tempos que não vejo alguém guiar como o Max no domingo, se o pai e o ego não o deixarem fazer besteira não tem pra ninguém.

    • O cercadinho é restrito à imprensa de TV e rádio, Daniel. A imprensa escrita faz entrevistas em outro formato.

      • Entendi Jú, e você fez aquela corrida marota na pista?…rs O tempo estava ótimo…

        • Corri com um pouco de chuva na quinta, mas a pista é top 3 pra mim junto com Bélgica e Japão. Posso dizer que a Subida do Café não foi o ponto mais crítico apenas no domingo… 🙂

  4. Ju, será que a situação do Nasr na Sauber muda alguma coisa depois dos pontinhos em Interlagos? Ou será que agora está tudo na mão do Wolff?

  5. Olá Ju. Sabe, afinal como serão os cockpits do ano que vem? Terão o Halo, o AeroScreem ou ficarão como são hoje?

    • É uma grande oportunidade de ganhar, mas é claro que depende tem quem ocupar seu lugar. Nesse sentido, espero que a decisão de ter um comitê seja realmente provisória.

  6. Toto Wolff, mein gott. Du bist deutsche jetst?

    Julianne, Austria…..mein beloved Austria….

  7. Julianne, nao existe nenhum indicio de promocao de um piloto da GP2 para a F1 no ano que vem ? Giovinazzi ou Gasly nao merecem ?


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