Um treino livre a menos. No sábado, uma classificação na manhã e corrida mais curta à tarde. No domingo, outra classificação e a corrida mais longa e que vale mais pontos. Depois de uma sequência de alterações (muitas delas tão complicadas que só ajudaram a afastar o espectador menos assíduo) no regulamento técnico nos últimos anos, a F-1 estuda revolucionar suas regras esportivas.
Essas são algumas das ideias que estão sendo discutidas no momento, além de alterações no sistema de punições, liberdade de escolha dos compostos dos pneus e a eterna tentativa de diminuir os gastos. Sem muitos detalhes de como seria o formato da classificação ou a distribuição de pontos, por exemplo, é prematuro cravar se seriam mudanças positivas.
Com o fim do terceiro treino livre, atualmente realizado horas antes da classificação, no sábado, as equipes teriam apenas 3h para acertar seus carros e testar novas peças: um incentivo para que elas coloquem os carros na pista, ao contrário do que acontece hoje. Porém, isso só vai acontecer se as regras dos motores também forem alteradas. Afinal, os treinos livres só não são mais movimentados devido a necessidade das equipes pouparem equipamento e evitarem punições.
O final de semana com rodada dupla também aumentaria o valor do sábado, incentivando os torcedores a comparecerem. Afinal, em qualquer circuito do mundo, é visível a diferença de público entre o sábado e o domingo. É claro que isso diminui um pouco a relevância do domingo, mas seria um equilíbrio interessante. E, mais importante, nada disso tira o brilho da disputa esportiva ou cria mecanismos artificiais de competitividade, como grids invertidos, por exemplo.
O que está claro é que apenas mexer no campo esportivo não resolve o problema. Toda a experiência do final de semana deve ser atrativa para os fãs, com shows, como ocorre em GPs que atraem grande público, como na Áustria, Inglaterra ou Cingapura, e entretenimento para antes e depois da atividade de pista.
Outro ponto é a regra para os motores. Especialmente as últimas duas provas deixaram claro que o atual sistema de punições – que divide a chamada unidade de potência em seis itens, sendo que dependendo de quantas delas ultrapassar o limite de quatro unidades, um tipo de pena é aplicada – precisa ser simplificado urgentemente. Dá para entender por que se tornou algo tão complexo, assim como a própria tecnologia híbrida utilizada hoje, mas isso não faz favor nenhum ao esporte ou ajuda a categoria a atrair novos públicos.
3 Comments
Olá Julianne, tudo bem? Regras e mais regras, não aguentamos mais isso… Tudo poderia voltar a ser assim, mas no caso aí sem um Schumacher e sem uma Ferrari dominate!!!! Muito obrigado e abraços.
https://www.youtube.com/watch?v=PqPrYFuqCBQ
A DTM criou rodadas duplas este ano. E as corridas podem ser assistidas no site da categoria. Dá até para assistir as corridas na câmera onboard de alguns carros. Bom exemplo para ser copiado.
Sobre as punições, estão beirando o ridículo. O carro da McLaren quase não anda e quando anda larga mais atrás e ainda cumpre punição nos boxes. Que incentivo eles têm. E que animo os torcedores deles tem de assistir as corridas. Limitar o equipamento de uma tecnologia nova é muita burrice.
Hoje sabemos que as Mercedes vão sumir na frente. Depois vem o Vettel e atrás as Willians brigando com o Kimi. Disputa mesmo só do sétimo para trás. Na frente sólida alguma posição se um dos 3 tiver problemas.
É uma idéia terrível que torna o fim de semana desnecessariamente convoluto. O formato do fim de semana não é problema urgente. As corridas mornas e previsíveis do domingo, por sua vez, são. Além da total desconjutura e desfuncionalidade entre equipes, FOM, FIA e promotores de GPs. O grupo de estratégia é inepto só produz idéias toscas e terríveis. Pontos dobrados, relargadas do grid após SCs…
Sinceramente, nunca estive tão desencantado com o presente e futuro da F1. Não consigo pensar em um fator que ainda me encante e faça acreditar que a F1 é, de fato, o pináculo do esporte a motor. Assisto por inércia, mas um dia acaba.