Uma São Paulo que tomou bomba. Foi assim que um jornalista inglês definiu a Cidade do México, palco de uma etapa da Fórmula 1 pela primeira vez em 23 anos. O barulho, a desorganização e o trânsito caótico não passam despercebidos. E lembram muito a capital paulista, outro lugar que a Fórmula 1 ama odiar.
Isso porque, quando as luzes se apagam no domingo, os problemas ficam para trás e o GP do Brasil costuma ser palco de corridas épicas. O clima de arquibancada da reta dos boxes de Interlagos, uma das possibilidades dos
torcedores ficarem mais perto dos carros em todo o ano, é outra característica que também marca o Autódromo Hermanos Rodriguez – no caso dos mexicanos, trata-se de um estádio de verdade, que costumava receber partidas de beisebol. E o circuito também promete protagonizar corridas movimentadas, temperadas com as inesperadas mudanças climáticas e a altitude, que faz com que os carros não gerem tanta pressão aerodinâmica mesmo usando suas configurações de maior downforce.
Isso tornará os carros nervosos e dará trabalho aos pilotos, que também terão de gerir com mais atenção temperaturas de freios e do motor. Tudo relacionado ao ar rarefeito de uma prova disputada 2.250m acima do nível do mar. Lembrando que o local de maior altitude do calendário antes do retorno mexicano era justamente São Paulo, com ‘míseros’ 760m.
É uma injeção de ânimo em um campeonato cuja maior emoção é a projeção do que se desenha para os próximos anos, com o crescimento da Ferrari e as expectativas que recaem sobre Red Bull e McLaren. Afinal, com um Lewis
Hamilton praticamente perfeito e um projeto bastante afinado entre carro e motor na Mercedes, não houve disputa pelo campeonato e nem as grandes polêmicas que a F-1 adora. Tanto, que o tal ‘duelo dos bonés’ da antessala do pódio no GP dos Estados Unidos, quando Hamilton jogou o boné de segundo colocado no colo de Rosberg, que retribuiu o gesto, deu o que falar.
O retorno ao México mais de duas décadas depois também é um caminho interessante de uma categoria que errou a mão algumas vezes na escolha de novas sedes, indo a lugares em que corria diante de poucos, somente apostando no retorno financeiro com a cobrança de taxas exorbitantes, como na Coreia do Sul e na Índia. A venda rápida dos ingressos e o interesse das pessoas por um esporte no qual nunca conseguiram fazer um campeão mostram que
não são apenas alguns endinheirados que querem ver os carros da pista.
Mesmo se o barulho das buzinas abafar os tímidos motores V6.
4 Comments
Este GP é mais um exemplo que existe muitos que gostam da F1. Precisam “popularizar” a categoria no sentido de permitir que o público normal,e não só os endinheirados estejam próximos dos pilotos e das equipes. Voltar a pistas boas, com casa cheia e por um custo acessível, já é um caminho. Teremos uma equipe americana na F1 e eles sabem muito bem como tornar um evento interessante para o público. Fora isso,deveria ter mais disputas nas pistas. E a internet é o caminho natural é necessário. Mas a um custo bem acessível também.
Boa notícia é que a Aston Martin vai assumir a Force Índia. Mais uma montadora chegando, os motores continuam da Mercedes, mas deve vir mais grana e um nome de respeito.
Adoro o Mexico. É um país muito bacana e com uma vocação ímpar para a festa, como tantos outros na América Latina.
Sempre digo que a F1 precisa de pilotos latino americanos disputando o título. Sempre que isso acontece as arquibancadas ficam cheias e a categoria ganha muito.
Hehe, fico imaginando do lado de cá, kkkk, Tilke deve ser um cirurgião frustrado, afinal vai gostar de esculhambar com as parte boas dos autódromos pqp!!! O ápice do GP do México era a curva peraltada, que foi amputada sem piedade…aquele estádio fajuto no meio da curva mor é a assinatura da incompetência desse senhor…
Oops: partes e não parte, kkkk e Peraltada ao invés de peraltada jr, kkkkk