Se ele ganhou em pistas teoricamente fracas para a Red Bull, era de se imaginar que Cingapura seria um passeio. Mas os 32s6 de Vettel para Alonso tendo visto sua liderança ser ceifada na metade da prova com o Safety Car e fazendo um pit stop – perda de cerca de 28s – enquanto o espanhol andava com os pneus desgastados deixaram todo mundo de queixo caído.
É normal ler que as performances de Vettel crescem na segunda metade do ano, mas um comentário de Eric Boullier após a prova me fez refletir que talvez isso não seja coincidência. “Esse nível de pressão aerodinâmica favorece nosso carro e é nesse nível que andaremos nas próximas pistas da temporada.”
Ora, todos sabem que o carro da Red Bull é superior basicamente por seu nível de aerodinâmica – fato evidenciado pela maneira como ele cresce andando em classificação e sozinho na corrida – então quem quiser brigar com Vettel – que também faz sua parte se classificando muito bem e minimizando erros – por algum campeonato terá de levar isso em consideração e abrir uma bela vantagem quando os tipos de circuitos são mais variados no calendário. E, ainda por cima, fica claro que a equipe que menos tropeça em termos de desenvolvimento é a Red Bull, o que aparece decisivamente no final.
Falando em Boullier e Lotus, parece que os estrategistas do time ouviram as preces do blog e acertaram a mão, usando sua vantagem com os pneus de forma agressiva, e não defensiva. A antecipação da primeira parada de Kimi para tirá-lo do tráfego já havia servido para o finlandês pular de 11º a oitavo quando o Safety Car entrou na pista. A aposta de parar foi usada pela maioria, mas notadamente não pelos carros com melhor ritmo, o que demonstra que era arriscado ir até o final. Mas é nestas condições que pilotos como Raikkonen e Alonso brilham com sua consistência. Uma pena por Grosjean, que também lutaria pelo pódio.
O que não deu para entender foi a opção da Ferrari com Massa, colocando-o nos supermacios e obrigando-o a fazer mais uma parada. Usar o pneu mais rápido para abrir caminho já não tinha dado certo com Grosjean em um dia no qual ambos os compostos tiveram um rendimento estranhamente semelhante. Mas essa conversa fica para o post das estratégias, ao longo da semana.
E para vocês, quais foram os destaques positivos e negativos deste GP de Cingapura?
27 Comments
Além dos pilotos no pódio, Button merece ser destacado positivamente. Mais uma vez levou o MP4-28 até onde era possível e elevou a McLaren de insignificante a coadjuvante no GP. Idem para Hulkenberg, que, para mim, é o piloto do ano ao lado do Vettel.
A dupla de Mercedes foi mal esse fim de semana. Hamilton não acertou a classificação e sofreu na prova. Rosberg se classificou bem, mas errou na 1a curva e foi, francamente, fraco e inofensivo a prova toda. Curioso notar como só andou bem enquanto Hamilton o perseguia de perto. Um companheiro rápido, implacável e obcecado – como Alonso ou Vettel – já teria acabado com sua reputação.
Lembre-se do que Perez disse quando perguntado quem era o alemão mais rápido da F-1.Para ele é Rosberg certamente Alonso com sua classificações ruins seria presa fácil para Rosberg.
http://www.auto123.com/en/news/f1-sergio-perez-says-nico-rosberg-faster-than-sebastian-vettel?artid=151761
Perez estava brincando, certamente. Rosberg e perfeitamente mediano com dois ou tres GPs excepcionais por ano. Por isso que a Mercedes rachou o cofre e apostou, corretamente, no Hamilton.
Destaque positivo: a corrida de Kimi e a largada de Alonso
Destaque negativo: o oba-oba em cima da corrida do Espanhol
Oba-oba em cima da corrida do Espanhol pelo menos pela transmissao americana
Destaques postivos: A corrida do Alonso, a do Kimi e o ritmo avassalador de Vettel.
Destaque Negativo: A punição em Hulk.
Quem parece que também leu o blog foi o Barrichello, Ju, que tocou hoje na questão do acerto dos carros da Red Bull para andar com pista livre e não no ar sujo do meio do pelotão.
O destaque positivo ficou por conta das voltas finais. Várias disputas.
Mas o negativo é algo preocupante > A carona de Alonso a Webber.
Com a F1 falando em segurança aqui, segurança ali, segurança lá e segurança no quinto dos infernos, não deveriam aceitar tal comportamento. (E se Mark caísse? E se tomasse uma “molada Felipe Massa” na testa?)
Infelizmente, o Australiano só foi punido por ser a 3ª advertência do mesmo.
É engraçado:
* Uma carona = Advertência.
* Sutil, em Monza, ao bloquear Hamilton no treino = Perda de posições.
Não consigo aceitar tal dinâmica. Nota zero a Webber, Alonso e FIA.
PS:
Julianne,
As vaias para o Vettel estão se tornando muito comum. Pergunto > Você, mulher das estatísticas, sabe de algum piloto que já foi vaiado constantemente?
Obrigado desde já.
Ju, quando vc cita se classificar bem para pressionar Vettel, fica a dúvida, afinal mesmo com o Mercedes em seu encalço, abria com facilidade. O fato é, no campo da especulação, com o ritmo de corrida forte e que desgasta menos os pneus, me parece que mesmo assim, em segundo, ficaria mais na pista e ultrapassaria na estratégia. Vettel está em grande forma, mas não possui adversários. Com um equipamento que lhe rende 2 seg por volta, não tem pra ninguém. Vettel em nenhum momento foi incomodado, por isso coloco a corrida do alemão abaixo das de Alonso e Raikkonen, que tiveram que se virar no meio do pelotão. Muitos irão dizer que o carro não é perfeito, pois Webber não faz o mesmo, mas é como comparar joio e trigo, Alonso x Massa, Kimi x Grosjean, enfim, níveis diferentes…Vettel não é culpado de guiar o melhor carro, mas seu trabalho é menos pesado do que os de Alonso, Hamilton e Raikkonen, pois tem as características positivas do carro e tem que efetua-las com precisão,(méritos), algo que Ferrari, Lotus e Mercedes não possuem, sendo carros montanha russa, sendo fortes em determinados pontos. A RBR é constante em qualquer pista, e conta com “um” piloto que sabe explorar suas enormes virtudes. Webber não serve de referencial para Vettel. Reitero, Vettel é bom, mas não possui concorrentes com carros do mesmo nível, mas sempre foi assim na categoria quando víamos domínios sem luta. Não sei se sou muito exigente, mas acelerar sem ninguém no seu encalço torna-se enfadonho!
“por isso coloco a corrida do alemão abaixo das de Alonso e Raikkonen, que tiveram que se virar no meio do pelotão. Muitos irão dizer que o carro não é perfeito, pois Webber não faz o mesmo, mas é como comparar joio e trigo, Alonso x Massa, Kimi x Grosjean, enfim, níveis diferentes”
– O Barrichello, hoje, disse uma coisa muito perspicaz > Os carros de Adrian Newey casam com Sebastian Vettel. O engenheiro da RBR poderia ir para uma Ferrari e tal, mas prefere ficar onde está, pois sabe que o carro dele é perfeito para o estilo de pilotagem do Alemão. Ou seja, se o mesmo fosse para uma Lotus/Ferrari, talvez não seria tão “gênio” assim. (Não foram com essas palavras, claro, mas o sentindo é o mesmo. A Julianne poderá comentar mais sobre isso no “post das transmissões”)
O Vettel, obviamente, tem o melhor carro do grid, mas a Ferrari e Lotus são conhecidas por serem melhor em ritmo de corrida, já a RBR, em classificação, ou seja, mesmo respeitando a sua visão, não acho justo desmerecer o trabalho de Sebastian só por ele largar na pole e voar durante a corrida. Se o mesmo estivesse numa Ferrari, por exemplo, iria escalar o pelotão, assim como faz Alonso. É uma questão de carro, da oportunidade que o mesmo oferece.
“Não sei se sou muito exigente, mas acelerar sem ninguém no seu encalço torna-se enfadonho!”
– Se você disser a mesma coisa sobre os campeonatos de 1988 e 1989, irei respeitar a sua visão, mas caso contrário…
PS:
Na transmissão de Lobato (GP Espanha 2013), enalteceram a corrida de Alonso e disseram, mais ou menos assim > “Isto mostra que Fernando foi fantástico, pois com a mesma estratégia, colocou quase 30 segundos pra cima de Massa”.
Mas quando Vettel faz o mesmo com Webber, “esquecem” de enaltecer o Alemão. Por exemplo > Hoje, Sebastian detonou o Australiano, mas ninguém tocou no assunto.
(Vejo você neste mesmo patamar. Muito Alonsete. Não quero te ofender, cara, mas é o que vejo)
Abraços.
Caro, Red, não é torcida, mas pegando uma amostra apenas dos quatro melhores pilotos do grid, em uma situação hipotética, surreal, e que nunca vai acontecer: Vettel, Alonso, Hamilton e Raikkonen em uma RBR teriam em condições normais de pressão e temperatura, 2 segundos por volta de diferença? “Chutaria” no “máximo” 0,3 décimos de segundo…2segundos por volta não é só braço! Tenho minhas dúvidas se o ritmo de Ferrari e Lotus são tão bons quanto o da RBR quando larga na frente(o carro da RBR é tão fundamental, que Kimi na Austrália, e Alonso na China, quando fizeram corridas “perfeitas”, conseguiram abrir “apenas” 10 segundos!!!). Sobre o fato de Alonso colocar 30 segundos em Massa, é fato, mas Vettel não só colocou em Webber(mesmo carro), mas em todo grid…Acredito que se o alemão estive na Lotus, Ferrari ou Merces, faria corridas mais apertadas quanto os primeiros pilotos dessas equipes fazem, sempre brigando roda a roda. Vettel tem sobrado em relação aos outros 3 tops, não por si só, mas pelo “conjunto”, pois na base do chutômetro, Alonso, Kimi ou Hamilton fariam o mesmo que ele. O mais estarrecedor desse domingo, é que se não houvesse esses 2 safty car, esses 32 sgundos para Alonso poderiam ser 50, 60 segundos!!! Só braço não explica a questão.
Wagner,
“2segundos por volta não é só braço!”
– E eu nunca disse o contrário, afinal, piloto + máquina é que determina a situação.
Por exemplo, o Alonso na Renault (2008,09) não fez porcaria alguma, mas com a Ferrari, cujo mesmo adora dizer ser uma “carroça”, consegue vitórias e pódios. (Carroça era a Renault)
“Kimi na Austrália, e Alonso na China, quando fizeram corridas ‘perfeitas’, conseguiram abrir ‘apenas’ 10 segundos!!!”
– Sim, a mesma diferença da média de Vettel (vitória) até antes do GP Singapura. Mas e o que isso quer dizer? Que, Vettel, só por abrir 30 segundos nesta última corrida, não merece respeito? 🙂
“Sobre o fato de Alonso colocar 30 segundos em Massa, é fato, mas Vettel não só colocou em Webber(mesmo carro), mas em todo grid”
– Mas isto não interessa. Estamos comparando “companheiro x companheiro”. Vettel e Alonso detonam os seus. Esta é a questão.
“Vettel tem sobrado em relação aos outros 3 tops, não por si só, mas pelo ‘conjunto'”
– Jura?????? Acho que só você pensa assim… 🙂
Cara, é lógico que é o conjunto. Acorda! Desde 1950 é assim.
Pergunto > Na Espanha e China, Alonso ganhou porque ele é O BOM ou porque a Ferrari foi bem na corrida?
“O mais estarrecedor desse domingo, é que se não houvesse esses 2 safty car, esses 32 sgundos para Alonso poderiam ser 50, 60 segundos!!! Só braço não explica a questão”
– Já que diz isto, também posso dizer que > “O mais estarrecedor deste domingo é que se Vettel estivesse na Ferrari/Lotus, teria escalado o pelotão, assim como fizeram Alonso e Raikonnen. Só braço não explica a questão”.
É por isso que sempre prezo o “conjunto (máquina x carro)”
Positivo a belíssima largada de Alonso e o quebra-cabeça das estratégias.
Negativo a falta de disputas entre as voltas 10 e 46.
Um abraço!
Julianne,
Vettel, sublime, cada vez mais como Jim Clark. Alonso como Alonso mesmo, transcende sempre às dificuldades, nunca pode ser descartado. Raikkonen nem posso definir como surpreendente (tendo em vista os percalços que enfrentou) porque nada pode ser surpreendente no excelente finlandês. Hamilton pagou o preço de um mau treino, como ele próprio reconheceu, mas é sempre o sal e a pimenta das corridas, vide a caçada “mui fraterna” a Rosberg, que, justiça se lhe faça, resistiu bravamente. Massa convalescendo razoavelmente. Ricciardo vai ter que comer muito feijão para ser Webber. . . Mas a automotivação de Vettel dispensa pressão de companheiro, qualquer que seja ele. No entanto, Ricciardo, assim como Hamilton, assume com franqueza seus erros, o que é elogiável. Concluindo, registro Max Chilton chegando à frente de Bianchi.
Muito boas tuas considerações finais Aucam. Eu só agregaria que na turma do fundão O Maldoso chegou a só 4 seg da zona dos pontos. Vinha babando com os supermacios, Não duvido que com mais duas voltas ou passava os cuatro de pneus na lona ou fazia um strike de pegar palco que daría até para Vandergarde pegar um pontinho.
Na GP2 uma lastima o Nasr perder essa vitoria, mas depois do Palmer passar, foi que deu para notar todo o esforço que fez o brazuca para tentar manter essa posição. Calado esfriou apos a promoção. O cara parece ser Lehmer mesmo.
Quem Ganhou: Cingapura por presentar um bonito GP (como sempre) e “como sempre” Tio Bernie que é quem brinca com a grana
Quem perdeu: Eu perdi duas horas assistindo uma porra de corrida
O Melhor é que já falta menos uma para terminar este campeonato que já tem dono ha duas corridas. Que chegue logo 2014
O Pior é que ainda faltam 6 GPs e inevitavelmente vamos seguir suportando analises quando já não ha nada para analizar. Lastima que a GP2 só tem mais uma corrida.
SACO!! De aqui até março vou ver corridas de baratas. Vou me emocionar com Lorenzo – Eu Acredito – Dando Caça a um genio em ascenso.
Com uma Ferrari, uma Lotus ou uma Mercedes, esse Vettel também sería campeão. Se ofuscam com a caranga azul aqueles que pensam o contrario.
Amigo Bruz,
Desde o ano passado venho dizendo nas abobrinhas que escrevo aqui no blog da nossa competente Julianne que Leimer é muito rápido e combativo. Na minha simples opinião, Calado e Leimer são os dois melhores nomes da GP 2, agora que absurda e irresponsavelmente jogaram fora Robin Frijns. Francamente. . . Na F 1 não deram também uma chance a Razia, ele a merecia muito, fez algumas ultrapassagens hipnóticas no ano passado, induzindo seus adversários ao erro. Mas esse é que é o problema: bons valores ficam anos empacados na GP 2 porque a fila na F 1 não anda (nem vou falar dos aspectos financeiros). E ainda por cima não estão dando sorte, porque hoje na F 1 temos dois bichos-papões que são extremamente jovens (VET/HAM) e já experientes, e os outros dois (ALO/RAI) ainda têm muita lenha pra queimar. Obviamente, olho em Félix da Costa, Sttofel Vandoorne e Kevin Magnussen (tomara que não repita a trajetória do pai dele). Mas observe bem, será que algum deles tem a chama da genialidade de um Vettel, de um Hamilton, de um Alonso (não gostamos de suas choradeiras e das atitudes do asturiano, mas não podemos negar suas habilidades ao volante, não é mesmo? Sei que você pega pesado com o galináceo-mor, hahahahahaha, sorte minha que não torço por ele, hahahahaha)! Respondendo à pergunta, eu acredito que não, embora seja cedo para fazer essa afirmação, reconheço.
Mas tenho mil porcento de certeza da GENIALIDADE de Marc Márquez (estou dizendo o que está à vista de todos). Esse guri caminha para ter a estatura de um Giácomo Agostini ou de um Valentino Rossi e, vamos nos lembrar, de John Surtees (7 títulos em 2 rodas e 1 em 4). Olha Bruz, sei que você não concorda, mas vou continuar cometendo aquela heresia: gostaria que a Formiga Atômica ganhasse uns dois títulos na MotoGP e, em seguida, fosse PEITAR VET/HAM/ALO. Se existe alguém que pode repetir o velho Surtees é Márquez, pela sua destreza, pelos seus reflexos excepcionais e pela intimidade que tem com a relação distância/velocidade. Seria fantástico! Quem você acha que vai ganhar o título na Moto GP? Eu acredito firmemente que vamos ter o PRIMEIRO ESTREANTE CAMPEÃO mundial da História, mesmo sendo Lorenzo um piloto genial (e agora ele está até se parecendo com o lendário Tazio Nuvolari, que fez uma corrida de moto todo enfaixado). Meu amigo, aquela corrida que Lorenzo fez menos de 24 horas depois de ter colocado uma porção de pinos de platina no ombro vai ser citada nos livros no futuro).
Forte abraço.
Grande Aucam!!! É muito dificil não apostar no Marquez, mas lembra que na MotoGP as quedas são faceis de acontecer, e o garoto gosta do risco. Sim sería muito legal ver esse talento nas 4 rodas mas acho dificil de acontecer porque agora existe preambulo quase que definido na F1, e como vc salientou, a fila não anda (olha o Massa que mesmo sem dente não quer soltar o osso).
Não desconheço o talento do Alonso, ainda que acho que tem mais talento em se autopromover e a mágica dele é em fazer parecer o que não é. Um exemplo clássicfoi justamente na corrida passada. Tudo mundo exaltou seu pulo de gato desde o 7° para 3°, Gostaría ver o que ele faria saindo do 6°. Quem tava na parte suja da pista (que em cingapura estava bastante suja) ficou comprometido. Ele só teve que pular encima do Hamilton (que saiu lento) expremendose pelo muro (a grande tacada). Pasar por cima do cuidadoso Grosjean (ta cuidando o asento) foi de praxe. Claro que é muito bom, mas não tem nada de extraordinario, apenas mágica de fazer acreditar. Insisto em que foda é o Vettel, que podería ter deixado o Rosberg para não arriscar, mas o cara sempre ta com a faca nos dentes. Por isso é que ja fecho o campeonato de este ano.
Grande Abrazo Velho.
Falou e disse, Bruz: logo depois da largada, aquela “devolvida” do Vettel em cima do Rosberg foi magistral, um drible, rsrsrs. . .
Jim Clark fazia absolutamente o que Vettel faz hoje. E ninguém discute os feitos do escocês (são 8 Grand Chelems. Schumacher, o recordista de vitórias, tem “apenas” 5), em parceria com o maior engenheiro de todos: Colin Chapman.
Billy,
Clark é, para mim, talvez a maior referência em EXCELÊNCIA de pilotagem. Liderou com classe a Primeira Era de Ouro da F 1, enfrentando (como Vettel agora com HAM/ALO/RAI) outros três MONSTROS: Brabham (excepcional engenheiro e piloto), Surtees (ÚNICO ATÉ HOJE a ser campeão mundial em duas e quatro rodas) e G. Hill (tríplice coroado, 24 Hs.Le Mans, Indy 500 e Mr. Mônaco 5 x). Não foi à toa que o citei lá em cima como parâmetro para a avaliação de Vettel. Ultra veloz, tinha um estilo limpo e costumava sumir na frente, no início da corrida, enquanto seus competidores ainda estavam se estabilizando (Stewart também tinha essa característica). Vencia com qualquer tipo de carro (suas atuações com os Cortinas apoiados apenas em três rodas eram inesquecíveis e as fotos eram material obrigatório nas revistas da época). E enfrentou não apenas aqueles três monstros, mas gente também excepcional, como o seu maior competidor na F 2, o acrobático Jochen Rindt, o naturalmente habilidoso e veloz Dan Gurney, Masten Gregory, Bruce McLaren, Chris Amon (velocíssimo, tive o privilégio de assistir pessoalmente a única vitória desse neozelandês na F 1, na Argentina em 71, com direito a uma trilha sonora diferentíssima, exótica e agudíssima, nunca igualada, do V-12 que empurrava sua Matra, mas não foi um GP válido para o Mundial).
Recomendo àqueles que quiserem saber da grandeza de Clark a leitura de “A História de Jim Clark”, de Bill Gavin. Dificíl vai ser encontrar esse maravilhoso livro aqui no Brasil, pois creio que está esgotado há longos anos, pode-se encontrá-lo somente em sebos. Nesse livro estão descritas EM MINÚCIAS muitas de suas peripécias (incríveis). Pilotos como Clark, Nuvolari, Peterson, Rindt, G. Villeneuve (só para citar alguns) levaram a habilidade humana ao volante de um carro às fronteiras do Impossível e além. Nenhum deles era praticante do automobilismo de espera, do ganhar pelo mínimo apenas, gostavam de ganhar com o coração, amantes inseparáveis da emoção que eram e que generosamente a ofereciam em doses superlativas aos aficionados.
Abs.
JuCera, o que mais gosto de ver, em qualquer corrida e nessa aconteceu só um pouquinho, é o companheiro de equipe tentando superar seu adversário não encontra espaço ou velocidade, eu vibro com isso. Um pouquinho só de Lewis forçando no Nico.
Negativo é esse negócio de vaiar o Seb. Pô, o cara faz cama, mesa e banho na corrida, humilha seus adversários, não faz nada de errado e é vaiado?
Vamos lembrar que não basta só o melhor carro, o cara tem que ser piloto. Em 2009 rubinho tinha o foguete da Nasa e os demais um Chevettão 1.4 com um cilindro pipocando e 4 marchas e nem assim ganhou, nem vice foi…
As vais começaram após os episódios da malásia e o tal do multi 21
Acredito que as vaias a Vettel não são pessoais, mas a forma dominadora como foi construida, sem lutas, sem ultrapassagens, sem adiversários. Ninguém vai a um evento esperando massacre, mas disputa, e nesses últimos anos devido ao domínio Vettel/RBR, talvez o único momento de disputa roda a roda tenha sido em 2010…No mais, tudo se resume a largadas perfeitas e velocidade. O público quer ver o melhor ganhar, mas com disputa direta. Ok, Vettel não é culpado, mas pra quem busca disputa direta, está vendo um passeio. Além do mais, o esportista tem que se acostumar com vaias e aplausos, desde que sejam respeitosos, sem abusos. Ora, Vettel e RBR não inventaram a roda, e qual o problema em serem vaiados? Outros esportistas não já foram? É muito puritanismo! Vettel está entre os maiores de todos os tempos, mas o nível dos pilotos que chegam na F-1, que em uma situação hipotética de carros iguais para todos, Vettel em “minha humilde e ignorante” opinião, não colocaria 2 segundos por volta nem em Chilton…