Depois de conseguir o 1º hat trick do ano em Monza, de que podemos chamar o desempenho de Fernando Alonso em Cingapura? Foi a 1ª vez desde Schumacher no GP da Hungria de 2004 que um piloto fez pole, volta mais rápida e venceu após ter liderado todas as voltas. E ainda assim não foi uma corrida monótona.
O Safety Car logo no início fez os pilotos andarem com níveis de desgaste de pneus diferentes e o resultado, como sempre, foram mais ultrapassagens que o normal – mais que nos outros 2 anos em Cingapura.
Webber correu um risco grande ao parar logo no início, mas contou com uma ajudinha do péssimo ritmo de prova da McLaren com pneu macio. Isso, somado à estranha decisão da equipe de manter seus pilotos na pista mesmo andando num ritmo 2s mais lento que Alonso e Vettel, colocou Webber na frente de Hamilton. O inglês viu uma oportunidade e julgou mal o espaço que deixara para o australiano. Resultado: das últimas 5 provas, não completou 3 e fez apenas 37 pontos.
Largando lá atrás, num carro que não se adaptou ao circuito, Sutil sobreviveu à pressão do ousado Hulkenberg e chegou, na pista, em 8º – ambos penalizados após a prova com 20s. O fato de Massa não ter conseguido chegar de forma definitiva no alemão mostra o rendimento da Williams, mas não apaga o bom resultado de Barrichello.
Mas o mais impressionante foram as voltas em que Glock conseguiu permanecer à frente de Sutil. O piloto da Virgin, que sempre andou muito em Cingapura e foi 2º em 2009, não só evitava a pressão do alemão, como também não perdia muito para Kobayashi, que estava à frente. Pena que outra quebra tenha acabado com sua corrida. Seu companheiro Di Grassi sobreviveu e conseguiu a melhor posição de chegada da carreira, 15º.
Na prova de Monza, dizia que era a volta dos que não foram. De fato, o campeonato nunca deixou de ter 5 claros concorrentes, mesmo após a Bélgica. O que está pesando agora são as falhas, que já foram de Alonso, passaram para Vettel e agora contaminam Hamilton, curiosamente os mais rápidos dos 5. Será que mais alguém pegar esse “vírus”?
8 Comments
eu não sei qual é o nome disso. mas, se não existe ainda, alguém tem que inventar agora.
sensacional buscar a informação de que Schumacher foi o último a conseguir esse feito, lá em 2004.
destaques foram alonso (obviamente) e webber, que foi arrojado e seguro nas suas ultrapassagens logo depois do safety car.
concordo que hamilton julgou mal o espaço. também não sou duro com o inglês. acho que foi um erro que acontece com frequência. infelizmente, para ele, aconteceu quando não podia e ainda junto com um concorrente direto ao título.
e parece que o vírus ainda não contaminou o button.
hat trick mais todas as voltas na liderança = grand chelem.
vi no blog do menino Tomás.
Tinha visto este termo nos sites ingleses, mas será que tem nome em português? Grand chelem é meio estranho, não? rsrs
Tanto é verdade o que você disse sobre o Hamilton que houve vários choques semelhantes na prova. A questão é: precisava?
Hamilton é Hamilton por isso também. Ele nunca pode ser culpado por não tentar e é o que queremos ver. Só esperava um pouco mais de cabeça tendo os pontos que tem e estando pela 3ª vez na luta pelo título. Chega uma hora no campeoanto que arrisca mais quem tem menos a perder.
Mas claramente é difícil ele não colocar o instinto dele acima disso.
até agora não vi uma tradução de “grand chelem” para português. o galvão bueno diria que é “barba, cabelo, bigode e nariz”, ou algo nesse estilo.
sobre a batida do hamilton, acho que era obrigação dele tentar aquela ultrapassagem. ele vinha com pneus novos e webber com velhos, num momento em que o webber negociou mal a ultrapassagem sobre retardatário.
o erro ali foi ele não ter feito a curva na linha correta, levando-se em conta que o australiano não iria entregar a posição tão fácil. tivesse feito a curva no traçado correto (como fez Kubica), teria sido genial. não acho que ele foi ousado demais, ele só errou o movimento final da ultrapassagem mesmo. enfim, erro de técnica, não de estratégia.
É, analisando melhor, acho que foi um momento de afobação hamiltoniana na execução aliado a uma baita falta de sorte – já vimos impactos piores não darem em nada.
De qualquer maneira, prefiro ele assim do que um Massa da vida. O desempenho dele hoje lembrou 2008: depois que foi lá pra trás do pelotão por causa da infame mangueira, não fez nada, mesmo com o melhor carro.
realmente, o massa não fez nada especial. na verdade, se fizermos uma revisão da temporada toda, o massa não se destacou muitas vezes.
revisão não. retrospectiva.
isso é genial!