F1 KERS será mais fundamental para a Red Bull na Malásia - Julianne Cerasoli Skip to content

KERS será mais fundamental para a Red Bull na Malásia

A Red Bull sobreviveu sem grandes traumas de um grande prêmio em que todo o domínio de seus carros poderia ter sido seriamente ameaçado na largada e nas primeiras voltas. Mesmo no sábado, essa era a grande preocupação da equipe austríaca. O motivo: Vettel e Webber lutariam contra o exército do Kers.

Lewis Hamilton ficou incrédulo quando, sentado ao seu lado na coletiva de imprensa após a classificação do GP da Austrália, Sebastian Vettel e Mark Webber afirmaram que não haviam utilizado o dispositivo durante a sessão. Mesmo assim, o alemão tinha assegurado a pole por incríveis 0s7 de vantagem.

Não demorou para começarem a surgir as mais escabrosas teorias, pautadas pela genialidade do projetista Adrian Newey. A que ganhou mais força foi do jornalista inglês James Allen, de que a Red Bull teria um sistema mais compacto, a ser usado apenas para as largadas. Por não precisar se recarregado durante as corridas, apenas nos boxes antes da prova, não necessitaria das pesadas baterias.

Largada do GP da Austrália 2011
Para sorte da Red Bull, as McLaren tiveram que se preocupar em defender as posições na largada

Os carros largaram e não havia nenhum sinal de uso do Kers na câmera onboard de Webber. Segundo a equipe, a questão é bem menos mirabolante: com problemas de confiabilidade, a Red Bull decidiu retirar o sistema de seus carros, confiante de que a superioridade de seu conjunto seria suficiente para bater os rivais. E foi, ao menos com Vettel.

O problema é que Newey não quis mudar o conceito do carro para equipá-lo com o Kers e o RB7 é tão enxuto que a equipe teve problemas para refrigerar o sistema. Isso reabre a questão de 2009: apesar do empecilho do peso, que desencorajou muitas equipes há dois anos, não fazer mais sentido, a adoção do aparato pode interferir na aerodinâmica. Num carro tão bom e compacto como o Red Bull, a dúvida é se os cerca de 0s3 por volta de ganho compensam o sacrifício.

Mesmo assim, haveria um momento em que os carros ficariam severamente expostos, como vimos em várias ocasiões em 2009, quando poucas equipes utilizavam o Kers: a largada. O entanto, ambas as McLaren, que estavam lado a lado com Vettel e Webber, largaram mal e só puderam ativar o sistema ao final da reta. Com isso, as posições da Red Bull foram salvas.

Albert Park sempre seria um circuito em que, largando das primeiras filas, o prejuízo de não ter o Kers seria menor, uma vez que a primeira curva é bem próxima da posição da pole, apenas 200m.

O cenário não poderia ser mais diferente para o próximo GP, na Malásia. Caso a versão de Christian Horner e companhia seja a verdadeira, eles não poderão se dar ao luxo de correr sem o Kers novamente.

8 Comments

  1. Muito bacana a foto, Ju!

    Interessante tb o “pulo do gato” do Schumacher, apesar de ter ficado para trás depois da primeira curva…

    Abraço

    • Sim, o ângulo é até melhor que o da TV. Todos os pilotos que ficaram por fora se deram mal. Ano passado, a confusão foi na linha de dentro…

  2. As vezes, a continuidade não é prejudicial (além dos progressos é claro), como vem mostrando Newey em seus RBs. “Sua” leitura da curva próxima da largada, deve mt bem ter sido levada em conta pelos taurinos. Fico imaginando isso em Monza! No comparativo com 2009, não tinham o KERS, mas tbm não tinham contra, a ATM. Acredito que por mais artificial que seja, em reta, a ATM, na China,em Monza,na Coréia, são fatais. Pode ser um devaneio mt grande da minha parte, mas quando vc falou da má largada das Mclaren, pode haver dois pontos. Ou o asfalto pouco abrasivo, aliado a esses novos compostos, mais o KERS, não responderam adequadamente, ou pode ter sido um erro mesmo, mas que é estranho os carros que largaram com o KERS ficarem para trás, isso é. Ficou a dúvida tbm, será que Petrov que largou mt bem estava de KERS?

    • Wagner, todos os carros ao redor estavam com Kers. E o Petrov tem histórico de largar muito bem, como fez no domingo. Os únicos, além da Red Bull, que não estão usando são Lotus, Virgin e Hispania.

  3. Wagner, pelo que li, o Hamilton fez uma alteração na regulagem da embreagem e ela patinou na saída.

  4. Belo Blog, parabéns…

    É isso que eu havia comentado no blog do Flávio Gomes, mesmo que as RedBull não sejam ultrapassadas na 1ª volta, será bastante improvável que consigam resistir a um ataque de um carro com KERS e asa aberta em um circuito que apresente uma grande reta (caso de Sepang).

    Sem treinos, será que a RedBull vai conseguir solucinar a questão.

    Bom, de qualquer forma, é bom para o campeonato que o KERS da RedBull esteja dando problemas, afinal, se estivesse 100% a concorrência só teria uma opção: rezar muito.

    • Obrigado, Rogério!
      Se os problemas forem mesmo de refrigeração, como se tem dito, a Malásia não é exatamente o melhor lugar para resolvê-los…


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