Nico Rosberg melhorou sua taxa de conversão de poles positions em vitória, que não chega a 40%, e conquistou o primeiro hat trick da carreira (pole, vitória e volta mais rápida) com a conquista do GP do México.
Com isso, mesmo com o campeonato decidido – aliás, o GP do México foi o 81º da história disputado já com o título assegurado por algum piloto – Rosberg ainda tem chances de levar um troféu para casa. Não é dos mais significativos: o título por ter mais voltas mais rápidas na temporada, oferecido por um patrocinador. Atualmente, o placar é de 6 a 5 a favor de Hamilton.
A vitória do alemão fez com que o quinteto Vettel, Hamilton, Rosberg, Alonso e Ricciardo tenha ultrapassado Piquet, Senna, Prost, Mansell e Berger no número de vitórias seguidas: são 54, contra 53 dos cinco pilotos dos anos 80.
Para a Ferrari, contudo, foi uma corrida para esquecer: o primeiro abandono duplo desde o GP da Austrália de 2006. Curiosamente, o time também não terminara com ambos os carros nas últimas duas edições do GP do México. Para Vettel, foi o primeiro abandono desde o GP da Áustria de 2014 e a primeira vez que o alemão não terminou uma corrida devido a uma batida em mais de 100 GPs, desde 2010.
No caso de Raikkonen, foi a segunda colisão com Valtteri Bottas em três corridas, em mais uma temporada na qual o finlandês vem deixando a desejar. O campeão de 2007 tem menos da metade dos pontos de Vettel, ‘respeitando’ uma tradição na Ferrari iniciada por Felipe Massa em 2010. Porém, a comparação com o companheiro atualmente é melhor do que ano passado, quando Raikkonen marcou apenas 34,2% dos pontos que Fernando Alonso conseguiu.
Falando em Alonso, a McLaren teve mais um capítulo de sua temporada horrorosa: Jenson Button está usando simplesmente a 12ª unidade de potência da temporada. No total, os pilotos do time inglês receberam punições de 285 posições perdidas no grid – ainda que muitas delas tenham ocorrido justamente porque passaram a não ser efetivamente pagas na segunda metade da temporada, com a mudança nas regras. De qualquer maneira, a soma de todas as punições das demais equipes totaliza 336. E olha que Mercedes e Williams ainda estão zeradas.
11 Comments
O que é um carro dominante de verdade. O nada além de mediano Rosberg vai ser bi vice campeão. Além disso, esse domínio da Mercedes turbinou os números de Nico. São 20 poles, 39 pódios, 12 vitórias e 14 voltas mais rápidas, números quase todos obtidos no último biênio. Mais um ano assim da Mercedes e Rosberguinho, sem ganhar nenhum título, terá números mais expressivos que muito bi ou tricampeão. No próximo ano ele deve superar o número de poles do Piquet, por exemplo.
Já o Kimi é um caso a parte, o finlandes está visivelmente decadente desde 2012, sua última boa temporada na F-1. Em termos proporcionais a derrota pro Alonso foi maior do que a que está tendo pra Vettel, o que seria esperado, posto que, nesta análise, é leviano desconsiderar que o carro dessa temporada foi projetado bem mais ao estilo do finlandês do que na temporada passada. É fato que tanto Vettel quanto Alonso estão num patamar acima de Räikkönen, mas os números deste ano são bem mais realistas do que na temporada passada.
Pra entender melhor
http:// grandepremio.uol.com.br/f1/noticias/raikkonen-rasga-elogios-a-arrivabene-por-igualdade-entre-pilotos-e-diferente-em-relacao-a-2014-e-muito-melhor
Quando vejo alguma referencia ao Berger me lembro que quando ele surgiu era considerado um potencial campeao, alguem que teria um futuro brilhante.
Deu naquilo.
Quando vejo as pessoas falando que o Ricciardo sera isso, he aquilo, me lembro do Berger.
Tempo dira, e isso dependendo dos carros que ele tera.
Em relacao ao Rosberg eu o acho bem longe de ser mediano. Se nao tem o talento do Lewis, a inteligencia do Alonso e a velocidade do Vettel, ele sabe liderar e ganhar corridas, he rapido nos treinos, e certamente sabe passar informacoes aos engenheiros. Ajuda que nao parece ser alguem que deixe o ambiente podre de proposito. Da um 7.5 para ele. Bem acima da media. Media he Kimi hoje, um Massa, Patrese foi….
Lembrar que Jacques e Damon foram campeoes… e que me perdoem os malucos de plantao, mas ate James Hunt deu aquela sorte. Enquanto isso Sir God Moss so chupou dedos…
A diferença entre Rosberg e a dupla Damon-Jacques é que não tinha um Hamilton na Willians. Foi uma coisa tipo “Rosberg x Rosberg” em 1996 e 1997. Num ano ganhou um e no outro ganhou o outro. No fim, ambos também tiveram na F-1 números acima de suas qualidades. É o que vai acontecer com o Rosberguinho, que já tem números bem melhores que o próprio pai, só não tem um título caído no colo como Keke teve. A família Rosberg tem bastante sorte na Fórmula 1.
Roberto,
Não se esqueça que Piquet correu quando haviam apenas 10 a 12 corridas por temporada mais ou menos, agora são em torno de 19 a 21 corridas por temporada, esses números tem que ser levado em consideração quando se faz qualquer comparação com os tempos áureos da F1, é uma relação direta e simples:
Se existe aumento no número de etapas, existe um aumento nos números e recordes dos pilotos, portanto vamos essas comparações tolas com o passado, que é exatamente por causa disso que a F1 tem sido uma procissão atrás da outra.
A tempo, não discordo de você que Rosberg seja na melhor das hipóteses de mediano pra bom, coloque Vettel ou Alonso na outra Mercedes e teremos campeonato de verdade!
Michael, tenho algumas particularidades e discordâncias em relação ao exposto por vc. Quando vc cita Berger, me lembrei de Barrichello, que apareceu como fenômeno e salvador da pátria…Rubens possuia talento para ser campeão, assim como Webber, Rosberg, Massa, enfim, mas tiveram o chamado infortúnio de estarem no lugar e hora errados, kkkk, tendo aos seus lados, os famosos fora-de-série. Tenho o mesmo pensamento do Tramarim, pois Nico e apenas um bom piloto, do segundo escalão, diga-se de passagem, que se aproveita do carro muito superior para projetar números que seu potencial com um carro mediano não possibilitaria…Webber na recente RBR, Massa na Ferrari e Rosberg na Mercedes, são vistos em suas equipes como pilotos nº2, pois se não o fossem, não haveria motivo para a contratação de Vettel, Alonso e Hamilton respectivamente, os quais sabemos terem o talento acima da média…a aposta da Ferrari na época de Rubens, me pareceu uma forca para o brasileiro, pois sabíamos do modus operandi da Scuderia, e que Michael era a aposta número 1, e o jovem brasileiro, que tinha futuro, e poderia ser um rival perigoso (em outra equipe grande), foi levado para Maranello (para somar pontos e não incomodar) e teve seu potencial tolhido pelas amarras e principalmente genialidade do alemão, fato. Como vemos nos grandes conglomerados industriais hj, onde compra-se as empresas menores com potencial de crescimento e concorrência, de forma a potencializar o mercado, somando-se esforços na obtenção de pontos para os construtores, mas sabemos quem é a empresa favorita, oops, o piloto favorito na hora de ganhar o titulo de pilotos, kkkkk, enfim, assim como a vida, nada na F-1 é por acaso, todas as peças são movidas por interesses, e os melhores sempre terão privilégios, essa é a regra implícita que fingimos não ver…Ps;reitero: Hamilton é genial como Alonso e Vettel, mas com esse carro, Maldonado, Hulkenberg ou Ericsson seriam campeões, se não tivessem Hamilton como companheiro, é claro, kkkkk
MICHAEL e TRAMARIM, permitam-me algumas considerações sobre os pilotos citados.
Até que não acho Rosberg tão fraco como muitos dizem, ao contrário, acho-o um piloto rápido, o problema é que Hamilton é realmente muito superior a ele. Acho, por exemplo, que Rosberg – sob todos os aspectos – é muitíssimo melhor que o seu endeusado compatriota Hulkenberg, o grande hipnotizador das massas. (Acho que você concorda comigo neste ponto TRAMARIM).
Jacques Villeneuve é outro que, a meu ver, é muito subestimado, afinal ele foi campeão dos dois mundos: da nobre, sofisticada e top F 1, e da rude e mais casca grossa Fórmula Indy, onde inclusive venceu as 500 Milhas de Indianápolis. Portanto, não foram poucos os seus feitos. Também foi autor de algumas grandes ultrapassagens sobre Schumacher, inclusive POR FORA, usando nitidamente uma técnica própria de ovais, os quais dominava. Não tinha respeito por Schumacher na pista, enfrentava-o de igual para igual, sem submissão, e acabou se impondo ao alemão como campeão mundial, o que não foi pouca coisa também, ainda mais considerando-se aquele lance SUJÍSSIMO em que Schumacher – a exemplo do que já fizera com Damon Hill – jogou seu carro contra o canadense. Mas, estranhamente, além de algumas decisões profissionais equivocadas que tomou, Jacques Villeneuve teve um declínio muito rápido, parece que sua habilidade incruou, involuiu. Deu pena vê-lo correndo melancolicamente quase no final do pelotão de uma corrida da STOCK aqui no Brasil.
Acho também que em geral Damon Hill é muito subestimado, pois normalmente o parâmetro que usam para medí-lo é Ayrton Senna. Aí a coisa complica. Damon começou tarde na Fórmula 1. E provou ser capaz de vencer um GP com um carro inferior, a Jordan. Além disso, com uma improvável Arrows, impulsionada por um inusitado motor Yamaha, deu um show épico em cima de Jacques Villeneuve e Schumacher no GP da Hungria, perdendo a corrida no finalzinho por um problema hidráulico, mas ainda conseguindo chegar em segundo. Nenhum piloto que ganhe 22 GP’s pode ser considerado fraco.
Kimi na minha opinião é o mais fraco dos três finlandeses, pois embora Keke Rosberg não tenha números tão brilhantes, o pai de Nico era um piloto extremamente audaz, rápido, impetuoso e arrojado (características que o filho não herdou). E Mika Hakkinen – pilotaço – tinha tanta velocidade que chegou a incomodar Ayrton Senna, sendo de cara mais rápido que o brasileiro, substituindo Michael Andretti, demitido da McLaren.
AUCAM, o RuimQuemBerg nessa Mercedes ia fazer a mesma coisa que o RuimBerg. Algumas poles, vitórias e os pódios que voce(e eu) tanto questionamos. O Rosberguinho antes da Mercedes também tinha uma coleção de resultados intermediários na Willians, onde ele estreou na F-1 sendo derrotado por, pasmém, Mark Webber. É o que o Rosberg é, um Webber com grife. O sobrenome e a influencia do pai ajudaram muito. Foram os casos de Hill e Villeneuve filhos. Sobrenomes famosos ajudaram a dupla a pilotar um carro acima do talento deles, o que foi fundamental para os títulos. Além de não terem um colega de equipe muito superior, como Hamilton. Sim, muito superior mesmo. Se a diferença não fosse enorme na dupla da Mercedes, o campeonato não acabava com tanta antecedência.
TRAMARIM, discordo um pouco de sua opinião quanto a Mico Hulkenberg e Nico Rosberger. Acho que não dá para situá-los no mesmo patamar. Rosberg está acima de Hulk. Lembre-se daquela corrida de 2012 em Interlagos: Hulk INESPERADAMENTE, pela primeira vez, se viu com uma Force India nas mãos em condições absoluta de vencer, chegou a colocar mais de 30 s em cima do segundo colocado, em determinado momento. Seu carro voava nas retas. Aí ele vai e entrega a rapadura, num erro de avaliação bisonho para quem não era a primeira vez que pilotava um F 1, e que já tinha passado muitas vezes pelo mesmo local, a Curva 1, onde rodou sozinho (levando com ele involuntariamente Hamilton). Aliás, Hulk já tinha dado uma boa entortada sozinho, antes, no miolo. Muitos podem argumentar que um piloto não deve ser julgado por uma única corrida apenas. OK. Mas depois da rodada, ele não conseguiu sequer um lugar ao pódio, nem em terceiro (aliás na F 1 nunca esteve no pódio). Vejo essa vitória ganha que Hulk acabou jogando fora como a cereja do bolo de sua decepcionante temporada de estreia na F 1, na qual, para quem tinha ganho TUDO nas categorias de acesso, acabou sendo sovado por um Barrichello já em fim de carreira, não apenas em colocações na chegada, mas também mas também nos grids de largada. Eu pensei que Hulk fosse arrebentar em sua temporada de estreia, tipo assim um Max Verstappen, e não foi isso o que se viu, tanto que Frank Williams preferiu continuar pagando um salário alto para o Barrica e dispensar o Hulk (mais barato) para a temporada seguinte.
Rosberg, por outro lado, no primeiro ano em que teve Hamilton como companheiro, obteve duas vitórias contra apenas uma de Lewis, e aquela Mercedes ainda tinha muitas deficiências (consumo de pneus, em epecial). Pode-se objetar que Lewis ainda estava se ambientando na Mercedes, com falta de confiança nos freios, mas, ainda assim, temos que considerar as duas vitórias em cima de Hamilton. Não vou considerar sua supremacia em cima de Schumacher, pois acho que o heptacampeão já estava desdentado em sua volta (na minha insignificante opinião, Schumacher nunca deveria ter voltado).
Sem dúvida, nesse atual Mercedes W-06, Hulkenberg até poderia ganhar eventualmente uma ou outra corrida, MAS EM CIMA DE ERROS DE HAMILTON – que como o próprio inglês diz, em autocrítica, “é o seu principal adversário”. Não consigo imaginar Hulkenberg botando a pressão que EVENTUALMENTE – aqui e ali – que Rosberg já pôs ou é capaz de por em cima de Lewis. Hulk não está conseguindo se impor nem a Pérez, neste ano! Quanto mais a Hamilton! E Hulk até que ERA mais rápido que Pérez nas classificações e mais consistente nas corridas, embora PERCA LONGE para o mexicano em arrojo, impetuosidade e combatividade, na hora do “vamos ver”. Pérez é um cara “tough” em seus duelos.
Grande abraço!
Oi AUCAM, concordo com o que diz do RuimQuemBerg. Vale lembrar que naquela corrida ele não só destruiu sua chance de ganhar quando cometeu um primeiro erro bisonho, como ainda fez um segundo erro tão grave quanto e acabou com o único pódio que ele teria, além da última corrida de Hamilton na McLaren e por pouco não acabou até com o Tri do Vettel. Realmente teria sido o grande MICO da história da F-1.
É que eu não engulo o RuimBerg de jeito nenhum. O cara só leva cacete do negão e passa a vida a chorar, reclama de tudo. Tenho que torcer pra ele fazer a pole pra ter corrida, porque com esse domínio da Mercedes, só tem corrida enquanto o Hamilton está atras do RuimBerg, porque é ele passar que acabou, o chorão não passa Lewis na pista nem a pau. Ano passado, as 3 vitórias do Ricciardo só aconteceram quando Hamilton não teve chance. Abandonos no Canada e na Bélgica, e na Hungria, largando do pit lane ele fez muito de chegar em 3º, e pasmem, na frente do RuimBerg que largou da pole e terminou em 4º. Correndo contra o burocrático da Mercedes, o australiano da RBR fez o nome ano passado. Esse é um dos motivos de eu ainda não considerar o canguru sorridente como piloto de ponta. Das 21 dobradinhas dos 2 até aqui, está 15 x 6 pro Hamilton, baita surra. O Jenson Button daria muito mais trabalho, como deu. Esta 3×0 pro inglês e ano que vem vai a 4×0. Não há qualquer perspectiva em contrário. O negão espalhou em Austin porque sabia que o b*#dão ia arregar, duvido que ele fizesse o mesmo contra a maioria dos pilotos do atual grid. O cara arrega e depois fica chorando os tubos, tanto que está até dando crise na melhor equipe disparada, bicampeã de piloto e construtor. E sim, só ganhou do Schumacher porque este estava mais decadente que o Kimi atualmente. O que me faz rever o potencial da Mercedes de 2010 a 2012, talvez fosse um carro bem melhor do que os resultados entregues por sua dupla, um aposentado e um burocrático.
Mas claro, respeito, e muito, a sua opinião.
Abraço idem 🙂
A vida movida por interesses. Isso mesmo.