E expectativa de um grid – e, consequemente, uma corrida – com surpresas é bastante justificável no GP da Hungria, uma vez que o fato de ser uma pista curta e travada costuma gerar classificações apertadas, a exemplo de Mônaco. E, em uma temporada na qual tem sido comum ver 12-14 pilotos separados por três ou quatro décimos no Q2, o treino de sábado tem tudo para ser alucinante.
Com pouco espaço, apenas uma reta e predominância de curvas de 2ª a 4ª marchas, dá mesmo para comparar Hungaroring com Mônaco. Aliás, trata-se do circuito permanente com menor velocidade média em toda a temporada. A semelhança com Monte Carlo será um desafio interessante para a Lotus, que teve problemas com a superfície ondulada, algo que também aparece na Hungria.
Também a exemplo de Mônaco, não espera-se que a DRS seja fundamental para as ultrapassagens. As corridas na Hungria geralmente não são muito movimentadas, salvo quando a chuva resolve aparecer, como ano passado. E, a julgar pelo clima nos últimos dois dias, quente, abafado e encoberto, não é de se duvidar que ela venha em algum momento do final de semana.
Falando sobre estratégia, a Pirelli até tinha a oportunidade de dar uma apimentada a trazer os mesmos pneus de Mônaco, supermacios e macios, mas optou por uma escolha mais conservadora (médios e macios) que deve fazer com que o padrão de duas paradas se mantenha, mesmo que o pitlane em Hungarirung seja curto (15s). No entanto, como é uma pista que gasta menos pneu que as anteriores, será interessante perceber se o médio será ou não o preferido na corrida. Caso não seja, abre a necessidade de economia de borracha no sábado, fazendo com que alguns times tenham de priorizar a corrida ou a posição de largada.
Em uma pista considerada técnica, ambos os pilotos da McLaren ganharam a prova em duas oportunidades. Alonso ganhou em 2003 – sua primeira vitória na F-1 – Raikkonen em 2005, Webber em 2010 e Kovalainen em 2008, em prova dominada por Felipe Massa.
Falando sobre as equipes, este pode ser um bom final de semana para a Ferrari, especialmente após a FIA ter restringido os mapas de motor da Red Bull. Isso tende a diminuir a vantagem de Vettel e Webber nas curvas de média e baixa velocidades, que são maioria em Hungaroring. Ainda é difícil dizer o quanto isso afetará a equipe, mas certamente o rendimento não será o mesmo visto nas últimas etapas. A McLaren, cujo desempenho em curvas mais lentas parece ter melhorado com as atualizações de Hockenheim, corre por fora, lembrando que a classificação será determinante para o resultado da corrida.
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Acertou em cheio…