F1 Missão: destruir a corrida de Hamilton. E daí? - Julianne Cerasoli Skip to content

Missão: destruir a corrida de Hamilton. E daí?

Tem até quem compare ao episódio de Nelsinho Piquet na mesma Cingapura em 2008. Não é para tanto. Mas é fato que surpreende o tom da mensagem de Rob Smedley para Felipe Massa durante o GP disputado em Marina Bay. “Segure Hamilton o máximo que puder, destrua a corrida dele o máximo que puder. Vamos lá, garoto!”, instrui o engenheiro.

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É bom lembrar que o vídeo insinua que a mensagem tenha sido dada logo antes da batida que comprometeu a corrida de ambos, mas isso não é claro. Outro fator a ser levado em consideração é que as ordens de equipe, ou seja, atitudes que manipulem o resultado da prova (é assim que versa o regulamento), estão liberadas, sendo apenas julgadas pelo artigo que cuida da reputação do esporte.

E mais: como ficou claro no episódio “Fernando is faster than you” em 2010, qualquer imagem fica muito mais forte com as conversas de rádio – na mesma Hockenheim, dois anos antes, Kovalainen havia recebido ordem semelhante, como admitiu após a prova Ron Dennis, mas ninguém ouviu e o caso passou batido.

Dito isso, não é segredo para ninguém que a Ferrari tem o terceiro carro, e com diferença em relação à McLaren no momento. Em condições normais, Alonso e Massa lutam pelo quinto e sexto lugares e têm de contar com tropeços dos rivais para chegar mais adiante. Foi o que aconteceu com Hamilton na largada, caindo de quarto para oitavo nas primeiras curvas. Tendo isso em vista, a mensagem, mesmo que antes da batida, pode não ser a mais bonita esportivamente falando, mas é perfeitamente cabível. Afinal, dá para dizer que o quarto lugar de Alonso se deu pelo acidente.

Feio mesmo teria sido se a batida fosse causada por Massa, e disso ninguém pode acusá-lo.

7 Comments

  1. Concordo inteiramente! Estão fazendo um “auê” sem necessidade, pois não há ordem para que o Massa batesse deliberadamente, tampouco foi o que se viu na pista. Seria como um treinador gritando à beira do campo: “pega, pega”. O jogador sabe que precisa apertar a marcação e não quebrar o adversário.

  2. Olá, Julianne.

    Se observarmos estritamente a 1ª parte da frase do Rob Smedley, ele se refere a segurar ( ou atrasar) o Hamilton o máximo que puder, já que a Ferrari era mais lenta que a McLaren. Então não tem nada de anti-esportivo.

    Complementando o seu post sobre a deficiência aerodinâmica da Ferrari comentada pelo Alonso. Tem algum quê de verdade na notícia do retorno do Rory Byrne, projetista de sucesso da época das vitórias do Schumacher?

    Abs.

    • Pelo que sei, extra-oficialmente ele nunca deixou a Ferrari. Era uma espécie de consultor informal. Então duvido que isso seja decisivo para o carro do ano que vem.
      uma coisa curiosa que o Lobato falou na transmissão de Cingapura é que Alonso está até “assustado” de tão extremo que parece o carro de 2012.

  3. Não muda quase nada mesmo em relação ao incidente. Mas mostra como a Ferrari se preocupa em usar Massa para obter vantagem para Alonso. A questão não era a corrida de Massa e se Hamilton passaria, mas quando passaria. Visando é claro, dar uns segundos a mais de folga ao espanhol.

    O ideal seria que Filipe desistisse do alto salário e procurasse uma equipe onde pudesse competir de verdade, se ainda dá tempo …

  4. desculpa ae, mas você tá totalmente equivocada na sua interpretação da mensagem. você reparou que eles tão mandando o massa “segurar” o hamilton?

    corrida de carro é pra frente, filha… ninguém deve ter o objetivo de segurar alguma coisa numa corrida de carro… é PRA FRENTE.

  5. Não sei porquê tem gente que ainda insiste em ‘defender’ o Massa, parem, por favor!!!!!!! Olha a mediocridade do Brasileiro!!!

  6. Nem sempre, prejudicar o stint de um adversário tb tem as suas vantagens


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