F1 Números da temporada colocam Red Bull entre as melhores da história - Julianne Cerasoli Skip to content

Números da temporada colocam Red Bull entre as melhores da história

O final de semana do GP Brasil marcou o 100º GP de Felipe Massa com a Ferrari. No momento, não há muito o que comemorar, tendo em vista que o piloto brasileiro se tornou em Interlagos o primeiro a completar uma temporada pela Scuderia sem um pódio sequer desde Didier Pironi, em 1981. E isso em um ano no qual seu companheiro ficou entre os três primeiros em mais da metade das etapas, tendo vencido uma.

No entanto, trata-se de uma marca importante, pois Massa é o décimo na história a ter largado por 100 vezes – na verdade, 99, mas a Ferrari inclui o GP da Hungria-2009 na conta – por uma mesma equipe.

Piloto Largadas Equipe
Michael Schumacher 180 Ferrari
David Coulthard 150 McLaren
Jacques Laffite 132 Ligier
Mika Hakkinen 131 McLaren
Alain Prost 107 McLaren
Nelson Piquet 106 Brabham
Fernando Alonso 105 Renault
Pierluigi Martini 102 Minardi
Rubens Barrichello 102 Ferrari
Felipe Massa 100 Ferrari

As poles de Vettel

O recorde que todos esperavam que cairia de fato foi obtido por Sebastian Vettel. O alemão agora é o piloto que fez mais poles em uma temporada, 15, contra 14 de Nigel Mansell em 1992. No entanto, em termos de porcentagem, sua marca é a quinta da história. Com mais duas poles, Vettel passaria Mansell também na média – três foram conquistadas pelo companheiro Mark Webber e uma por Lewis Hamilton.

Ano Piloto Poles Largadas Média
1992 Nigel Mansell 14 16 87.5%
1993 Alain Prost 13 16 81.25%
1989 Ayrton Senna 13 16 81.25%
1988 Ayrton Senna 13 16 81.25%
2011 Sebastian Vettel 15 19 78.95%
1956 Juan Manuel Fangio 6 8 75%

O mais impressionante, contudo, é o número total de poles de Vettel na carreira. Aos 24 anos, o alemão já é o sexto da lista dos maiores da história no quesito. E, se calcularmos que 29 de suas 30 poles foram conquistadas nos últimos três anos, é de se imaginar que antes dos 30 o alemão possa bater a impressionante marca de Michael Schumacher, de 68 na carreira.

Para se ter uma ideia, o recorde de poles, que pertencia a Ayrton Senna – com grande margem – foi um dos últimos quebrados por Schumacher, apenas no GP de San Marino de 2006, quando o alemão já era heptacampeão e tinha 37 anos.

Piloto Poles Largadas Média
Michael Schumacher 68 286 23.78%
Ayrton Senna 65 161 40.37%
Jim Clark 33 72 45.83%
Alain Prost 33 199 16.58%
Nigel Mansell 32 187 17.11%
Sebastian Vettel 30 81 37.04%
Juan Manuel Fangio 29 51 56.86%

Além do domínio do alemão, chamam a atenção os números obtidos pela Red Bull nas últimas duas temporadas e meia. Só Ferrari e McLaren têm melhores médias de vitórias por largada, o que é especialmente impressionante pois a equipe só passou a ser competitiva com os três últimos carros, ou seja, quatro anteriores ao RB5 não ganharam nada.

Ou seja, 53 corridas foram disputadas após a primeira vitória da Red Bull (China 2009), e desde então eles ganharam 27, mais da metade (50,9%). Nas últimas duas temporadas, os números sobem para 21 vitórias nas últimas 38 corridas (55,2%).

Com isso, o último pódio em que nenhum piloto da Red Bull, McLaren ou Ferrari subiu no pódio foi o GP da Malásia de 2009, que teve Button de Brawn, Heidfeld de BMW e Glock de Toyota. Curiosamente, três equipes que não existem mais.

Equipe Vitórias Largadas Média
Ferrari 216 831 25.99%
McLaren 175 703 24.89%
Williams 113 572 19.76%
Lotus 79 529 14.93%
Brabham 35 394 8.88%
Renault 35 300 11.67%
Benetton 27 260 10.38%
Red Bull 27 126 21.43%

A vitória de Webber acabou com a possibilidade de termos uma temporada apenas com campeões do mundo no lugar mais alto do pódio pela primeira vez na história, com conquistas de Vettel (11), Hamilton (3), Button (3) e Alonso (1).

Pódios de campeões viraram rotina

Como os quatro haviam se dividido na ponta nas últimas 25 provas – desde o GP da Hungria de 2010 – estavam muito próximos de bater a marca de Prost, Senna, Berger e Mansell, de 26 vitórias seguidas entre os GPs de Portugal 1987 e dos EUA de 1989. O quarteto empatou com a série entre os GPs do Japão de 2006 e de Mônaco em 2008, nos quais apenas Alonso, Massa, Raikkonen e Hamilton subiram ao lugar mais alto do pódio.

No entanto, deu continuidade à sequência que agora é de 42 GPs nos quais um mesmo quinteto dividiu as vitórias: o grupo  Webber, Button, Hamilton, Vettel e Alonso é o segundo mais vencedor da história, atrás apenas de Piquet, Senna, Prost, Mansell e Berger, que dividiram os troféus de ganhadores por 53 vezes em sequência, do GP do Brasil de 1986 ao dos EUA em 1989.

A volta mais rápida de Webber no GP Brasil ratificou seu título de campeão do quesito em 2011 – foram sete no total. Foi a 13ª vez que obteve o feito, colocando-se em décimo em número de voltas mais rápidas em uma temporada na história.

Isso, no primeiro circuito no qual venceu duas provas. Na verdade, nos últimos três anos, o australiano igualou a marca de Felipe Massa entre 2006 e 2008 em Interlagos: duas vitórias e um segundo lugar.

Voltas mais rápidas em uma temporada

Piloto Ano GPs Voltas mais rápidas Porcentagem Temporada
Michael Schumacher 2004 18 10 55.55%
Kimi Raikkonen 2008 18 10 55.55%
Kimi Raikkonen 2005 19 10 52.63%
Mika Hakkinen 2000 17 9 52.94%
Nigel Mansell 1992 16 8 50.00%
Michael Schumacher 1994 16 8 50.00%
Michael Schumacher 1995 17 8 47.05%
Nelson Piquet 1986 16 7 43.75%
Alain Prost 1988 16 7 43.75%
Michael Schumacher 2002 17 7 41.17%
Mark Webber 2011 19 7 36.84%

Curiosamente, pelo terceiro ano em sequência, o GP Brasil não foi vencido pelo pole. Na verdade, nas últimas quatro corridas, foram quatro construtores diferentes largando na ponta: Red Bull, Williams, Brawn e Ferrari. Para quem sentiu falta da McLaren na lista, a última pole da equipe no circuito foi em 2000, com Mika Hakkinen.

Hora do adeus

De Renault, a equipe que correu com Vitaly Petrov e Bruno Senna já há algum tempo só tem o nome, mas ainda assim o GP do Brasil marcou a despedida oficial dos franceses enquanto construtores. A equipe passará a se chamar Lotus a partir do ano que vem.

Em 300 GPs, a Renault teve algumas fases na F-1. Apareceu em 1977 pela primeira vez e somou 35 vitórias, 51 poles e dois títulos de pilotos e construtores. O maior vencedor pela equipe é Fernando Alonso, com 17.

O nome Virgin também se despediu, com o incômodo recorde de maior número de largadas sem um ponto sequer (38).

2 Comments

  1. Acabei de encontrar este blog.Gostei muito , parabens.Gostei de suas analises que li nos posts anteriores e quando escrevia no faster f1.Quanto aos numeros e estatística , penso ser mais importante para analises futuras, porque, comparar a pilotos e equipes do passado tem que se levar em conta o numero de provas por temporada com o mesmo carro e regulamento, quebras que aconteciam na epoca dos turbos por exemplo, e equilibrio no campeonato entre as equipes.Muitos pilotos como reuteman, villeneuve, peterson, tiveram o azar de ter rivais muito fortes ou tiveram a carrreira interrompida numa insegura f1.Damon Hill , alan jones,jody schecter não foram exemplo de grandes pilotos, porem ganharam titulos,Jack stewart tem tres titulos em uma epoca que o cara começava tarde e se sobrevivesse ficava uns cinco anos.O mais dificil é estabelecer um padrão.A f1 busca soluções tirando dos carros de rua,ao contrário dos anos 50, 60, 70 ,80.De 93 pra cá só esta usando paliativos demonstrando estar perdida em equilibrar habilidade humana com tecnlogia.Um dilema meio antropofágico ,já que está sendo devorada pelo o que era sua virtude.


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