F1 O que muda na F1 2021: pilotos e equipes - Julianne Cerasoli Skip to content

O que muda na F1 2021: pilotos e equipes

@Scuderia Ferrari Press Office

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Cinco pilotos estão em times diferentes, três vão estrear e duas equipes terão mudado de nome e identidade e outra de fornecedor de motor quando os carros da Fórmula 1 alinharem para um início também diferente da temporada 2021 no Bahrein, dia 28 de março (por si só, um começo atrasado). Pelo menos não haverá tantas novidades em termos de regras, que verão uma revolução em 2022. 

Tempo suficiente, então, com 23 GPs programados, para se acostumar com Sainz na Ferrari, Ricciardo na McLaren, Vettel na Aston Martin (não é Force India, não é Racing Point!), Alonso na Alpine (não na Renault!), Perez na Red Bull, Ricciardo na McLaren e até o sobrenome Schumacher de volta.

Pilotos que estão de equipe nova na temporada 2021 da F1

Vettel na Aston Martin
Racing Point vira Aston Martin
Alonso na Alpine
Renault vira Alpine
Sainz na Ferrari
Perez na Red Bull
Ricciardo na McLaren
Mick Schumacher
Nikita Mazepin
Yuki Tsunoda

Sebastian Vettel na Aston Martin

Foram duas temporadas dolorosas para Sebastian Vettel ao lado de Charles Leclerc na Ferrari, que aceleram um processo de desgaste que começou com os erros (Alemanha) e destemperos (Baku) do alemão que acenderam o alerta em Marchionne de que Kimi Raikkonen não estava  forçando-o o bastante. 

Some-se a isso um carro que não lhe dava a confiança que marcou sua pilotagem nos anos do tetracampeonato, um sonho de ser campeão pela equipe de Schumacher que acabou com uma ligação antes mesmo de a temporada começar avisando-o que seu contrato com a Scuderia não seria renovado e a temporada passada beirou o desastre para Vettel. 

Mas especialmente ética de trabalho e, é claro, sua imagem, fizeram com que ele tivesse mais uma chance, em um projeto interessante na Aston Martin. Pesa a seu favor ter em Lance Stroll um companheiro muito inconstante, mas o melhor que a equipe pode fazer por ele é dar-lhe um carro equilibrado. Fora das pistas, ele estará em seu ambiente representando uma marca icônica, com direito a participação nas ações da Aston Martin.

Fernando Alonso na Alpine

(Renault)

Depois de dois anos fora da Fórmula 1 cuidando de sua lista de desejos e correndo de tudo um pouco, de Daytona ao Dakar, Alonso está de volta – e, com a pandemia cancelando muitos eventos – acabou tendo tempo de sobra para se preparar e se integrar (de volta) à ex-Renault. Não é de se esperar um novo Alonso, mas tem chamado a atenção a forma como ele está mantendo as expectativas mais baixas desta vez, dando a entender que ainda não está no nível que gostaria. 

Mas não se engane: na pista, Alonso é o piloto mais adaptável de sua geração, tirando consistentemente o máximo possível do equipamento que tem em mãos. Só não venceu mais campeonatos porque não transfere os ‘poderes’ para fora da pista. Melhorou neste sentido? O retorno, já beirando os 40, será interessante justamente por isso. 

Carlos Sainz na Ferrari

Foi uma contratação consciente e decidida: a Ferrari deu o pontapé na dança das cadeiras da F1 ao não renovar com Vettel e logo viu em Sainz seu substituto. A ideia é clara: trazer um piloto cuja ambição é se firmar em um time grande, e não, pelo menos inicialmente, pensar em liderar um time grande. Para isso, afinal, a Ferrari já tem Leclerc, e não se espera (ou se deseja) que Sainz desafie isso. Mas, sim, que force o monegasco a continuar evoluindo e garanta que a Scuderia pontue bem com os dois carros. Um limite tênue.

Sainz é o grande acerto da Ferrari na era pós-Marchione. O espanhol é consistente e especialmente bom em corrida – lembra um jovem Alonso nesse sentido – e aprendeu com o pai os meandros de como se apresentar como um pacote completo para uma equipe. Não surpreende, inclusive, a despedida toda especial que ganhou da McLaren. Porém, ele também sabe que está entrando não só na equipe de Leclerc, como também no time que espera que Mick Schumacher evolua o bastante para poder, um dia, estar de vermelho.

Sergio Perez na Red Bull

(Mark Thompson/Getty Images/Red Bull Content Pool)

Falando em limite tênue, o mesmo ocorre na Red Bull: Sergio Perez foi contratado para ter como meta ser o que Bottas é para Hamilton. O finlandês não deixa o inglês relaxar em classificações, e defende os pontos da equipe enquanto o heptacampeão coleciona números por ser mais consistente. É o sonho de qualquer equipe, e algo de que a Red Bull precisa se quiser lutar por vitórias mais consistentemente, uma vez que, com dois pilotos mais próximos entre si, e especialmente tendo, em Perez, um especialista em cuidar dos pneus Pirelli, abre-se a possibilidade de atacar a Mercedes em duas frentes, e usar os pit stops, sua maior arma contra os alemães nos últimos anos.

Não deixa de ser uma contratação estratégica, também, já que Perez só correu com motores Mercedes na era híbrida, e estava a bordo de uma Mercedes B ano passado. Para ele, já aos 31 anos, é a chance que nunca esperou ter – focou por muito tempo na Ferrari, achando que a Red Bull seria uma porta fechada. Fará de tudo para não ficar só no um ano de contrato.

Daniel Ricciardo na McLaren

Antes de a temporada 2020 começar, a ida de Sainz para a Ferrari parecia um passo para frente. E a transferência de Ricciardo da Renault para a McLaren, um passo para o lado. Que diferença uma temporada não faz! Se a Renault, de fato, evoluiu, a McLaren ligou o turbo. Mesmo tendo enfrentado alguns percalços financeiros ao longo de 2020, é uma equipe de corrida que trabalha muito bem em todos os aspectos, fruto direto da liderança de Andreas Seidl. E, para 2021, eles terão a chance de usar a mesma base conceitual do carro com um motor melhor, ou seja, se o conjunto não começar tão bem, como menos parâmetros mudaram em relação ao que era inicialmente planejado (novo motor + novas regras), é mais fácil encontrar a fonte do problema em teoria.

E a imagem de Ricciardo também melhorou: ao anunciar depois de apenas uma temporada que estava deixando um projeto que investiu tão pesado nele, a impressão não foi das melhores, mas ele definitivamente não pilotou como se estivesse indo para uma rival direta na hora da verdade. É consistente, sabe vencer, sabe, como poucos, ultrapassar. E vai se encaixar como uma luva nesta nova (e mais leve) McLaren.

Estreantes da temporada 2021

Mick Schumacher

(Andy Hone / LAT Images)

Mick ainda estava na F3 europeia quando ouvi de um colega alemão que ‘’não importa o que ele faça, ele vai chegar na F1, só espero que evolua até lá’’. De fato, Mick nunca foi aquele talento de saltar aos olhos, mas sempre se mostrou um trabalhador nato. Existe, e sempre vai existir, algumas dúvidas a respeito da forma como, de uma hora para a outra, ele começou a andar muito melhor na F3 e na F2, mas a parte dele de sempre evoluir e não acreditar que a vaga na F1 viria de mão beijada, ele fez.

Na Haas, já é clara a atenção extra que a parceira Ferrari vai ter com ele, com nomes experientes da Scuderia (Simone Resta e Jock Clear) já tendo sido deslocados para garantir que essa evolução continue (no caso de Clear, foi um papel que se expandiu na verdade, se ser o ‘coach’ de Leclerc para cuidar de outros pilotos da academia ferrarista). Ao mesmo tempo, ele terá como companheiro e grande fonte de comparação um piloto que, no papel, é inferior, mas que está financiando parte considerável do orçamento da equipe. Já dá para apostar que vamos falar muito da Haas nesta temporada, talvez não pelos melhores motivos.

Nikita Mazepin

O tal companheiro de Mick Schumacher é Nikita Mazepin que, em poucos dias, deu seu cartão de visitas à F1. Dentro da pista, na última rodada dupla da F2, escapou por pouco de levar uma suspensão por, insistentemente, jogar rivais para fora da pista. Dias depois, teve um comportamento inaceitável que fez os fãs cobrarem por uma posição mais enérgica até mesmo da FIA, que se calou. Safou-se, como costuma acontecer com os endinheirados, mas muito provavelmente vai ter uma chuva de críticas acompanhada de cada passo que der.

Do lado positivo, ele só tem a melhorar sua imagem, dentro e fora da pista. Safar-se totalmente diante da opinião pública, será mais difícil. Porém, é por conta do dinheiro de seu pai, em última análise, que a F1 segue com 20 carros no grid. Na Haas, digamos que ele não está exatamente correndo por sua vaga e será interessante ver como os demais pilotos vão se comportar com ele dentro e fora das pistas.

Yuki Tsunoda

(Peter Fox/Getty Images/Red Bull Content Pool)

O mais rápido dos estreantes de 2021 ao mesmo tempo em que é o menos experiente, Tsunoda foi passando de ano rapidamente nas categorias de base, tendo uma carreira meteórica na Europa mesmo não tendo corrido por favoritas. Tendo isso em vista, não havia melhor equipe para o japonês começar sua carreira na Fórmula 1 do que a AlphaTauri, time que vem em evolução, mas que ainda não é figurinha fácil nos top 10 e tem de adotar estratégias justamente de azarão para conseguir mais pontos no domingo.

E também é uma equipe acostumada a ajudar pilotos a se desenvolverem – que o diga seu companheiro Gasly, um benchmark e tanto para um piloto que certamente vai cometer erros, mas cuja marca é aprender rápido. De quebra, tendo trabalhado com a Honda por três anos, a AT é a mais japonesa das equipes do grid.

Equipes com nomes novos

Renault vira Alpine

Em teoria, seria só um novo nome, já que a equipe segue controlada pela Renault. Mas na verdade a mudança é só a ponta do iceberg de uma transformação arquitetada pelo novo CEO, Luca De Meo, após a montadora francesa passar por momentos turbulentos.

Essa turbulência não acabou, obviamente, mas a ideia é centralizar toda a divisão de alta performance, dentro e fora das pistas, na sub-marca que passou por um período meio esquecida dentro da montadora francesa. Para a estrutura da equipe em si, não muda muita coisa: desde que comprou sua ex-equipe de volta em 2016, a agora Alpine vem melhorando sua infraestrutura e fortalecendo-se em todas as áreas. Com o teto orçamentário trazendo as equipes mais próximas de seu orçamento e com uma estrutura potencialmente mais simples, os sinais são positivos. Todo o esforço da Renault foi para se preparar para as mudanças que vão acontecer em 2022, então a hora é essa de acertar a mão. 

Racing Point vira Aston Martin 

É a mudança mais esperada de 2021: é fato que Lawrence Stroll já vem deixando suas marcas ao longo das duas últimas temporadas, começando pelo luxuoso motorhome para atrair clientes com bala na agulha (que ele acabou não podendo usar ano passado por conta da pandemia) até dinheiro suficiente para mudar totalmente a filosofia do carro e a construção de uma nova fábrica, que deve ser a mais moderna da F1 quando estiver pronta, no final de 2022.

Sabendo que precisava de um nome forte para atrair investimento, Stroll olhou para o mercado, viu quem estava em dificuldades e tornou-se o acionista majoritário da Aston Martin. Próximo de Toto Wolff desde os tempos de Williams, hoje tem uma aliança inabalável com o dono de um terço da Mercedes, o que lhe garante força política e técnica. A Aston Martin já nasce com pinta de grande, daí a grande curiosidade despertada pelo novo time de Sebastian Vettel.

A temporada 2021 da Fórmula 1 começa com o GP do Bahrein, dia 28 de março, e os testes coletivos de pré-temporada serão no mesmo circuito, de 12 a 14 de março.

3 Comments

  1. Esta temporada promete ser bastante interessante, quer pelas mudanças dos pilotos, como pela entrada da Aston Martin e também do Fernando Alonso, apesar de não ter grandes espectativas no espanhol da Alpine.

    Cumprimentos

    visitem: https://estrelasf1.blogspot.com/

  2. Teremos Ju ao vivo na tv esse ano?


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