F1 Piloto frustrado, o jeito foi Frank Williams virar chefe - Julianne Cerasoli Skip to content

Piloto frustrado, o jeito foi Frank Williams virar chefe

Depois de Bernie Ecclstone e Ron Dennis, o Café com F1 e o Faster F1 voltam com mais um especial para você, leitor. Nesta semana será a vez de tratar com detalhes a vida de uma das grandes personalidades nos 60 anos de Fórmula 1: Frank Williams. Serão cinco capítulos durante a semana, viajando desde a infância e a fase piloto de Frank até os dias atuais.

Francis Owen Garbatt Williams, ou simplesmente Sir Frank Williams, nasceu no dia 16 de abril de 1942, na Inglaterra. Filho de um piloto de bombardeiro, que combateu na Segunda Guerra Mundial e de uma professora de crianças especiais, foi morar com os avós depois que os pais se separaram. Aos sete anos foi enviado para um internato escocês para estudar. Foi lá que o menino começou a ter contato com revistas sobre carros e se apaixonou pelo automobilismo, lendo as histórias da Jaguar nas 24 Horas de Le Mans.

De colega de "república" a piloto: com o amigo Piers Courage

Em 1961, teve a primeira experiência como piloto, ao andar com um Austin A40 numa competição que tinha entre os pilotos inscritos um tal Graham Hill. Em 1963, Frank retornou à Inglaterra e se instalou em Londres, onde dividia um flat com o amigo (piloto) Piers Courage. Para arrumar dinheiro, trabalhou como garçom num restaurante que servia sopas, mas foi demitido pouco tempo depois por não prestar muita atenção no trabalho. “Naquela época eu era obrigado a usar um chapéu ridículo, que divertia os clientes no mesmo grau que me desagradava”. Ele também tentou a carreira de taxista, mas só durou três semanas no cargo.

Incapaz de bancar a vida como piloto, Frank virou mecânico do amigo Jonathan Williams na Fórmula Júnior e começou a viajar a Europa com a categoria. Frank continuou, vez ou outra, se aventurando nas pistas, mas no fim de 1966 ele percebeu que não iria muito longe como piloto e resolveu pendurar de vez o capacete e se dedicar ao sonho de ter a própria equipe. Para juntar o dinheiro necessário para realizar o desejo, Frank Williams começou a trabalhar com revendas de carros de corrida.

Frank comprou o Brabham BT26 para Courage competir em 1969

Em 1967, ele adquiriu um Brabham BT24 e inscreveu o companheiro de flat, Piers Courage, para uma prova em Brands Hatch. Vieram algumas provas na F3, F2 e F1, no Grande Prêmio da Holandade 1970, em Zandvoort, Courage faleceu após um forte acidente. Apesar da dor pela perda do amigo, Frank não se deixou abater e em 1972 expandiu a participação da equipe na F1 com a inscrição de dois carros que contavam com os pilotos Henri Pescarolo e José Carlos Pace. Estava nascendo então a equipe Williams, uma das mais vitoriosas na história da Fórmula 1, que será tratada em mais detalhes durante a semana, nos próximos capítulos deste especial sobre Sir Frank Williams.

1 Comment

  1. coincidentemente, é uma história muito parecida com a de bernie e dennis. talvez em uma época, onde a voracidade do capitalismo ainda engatinhava, poderia haver brechas para crescimentos tão heróicos, algo meio difícil de se imaginar hoje em dia. frank, apesar da fama de pão duro, faz parte, junto com mclaren e ferrari, da espinha dorsal da f1. adimiro sua luta, apesar do sufoco econômico, em manter “o sonho” da autonomia.


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