Toda vez que o mundo da Fórmula 1 tem de lidar com uma ordem de equipe que custa uma vitória, não tem jeito: o clima do paddock fica mais pesado, mesmo que todos compreendam o que motiva, ano após ano, equipes a tomarem este tipo de decisão. Afinal, em dias como este o esporte fica um pouco menor porque os interesses de uns foram colocados em cima dele.
Prova disso é o quão confortável que Lewis Hamilton estava com os pontos que tinha ganhado, e o quão pouco orgulhoso estava com a maneira como os tinha conquistado. Olhando toda aquela reação que deixava claro o desconforto, não pude deixar de perguntar: “Você diz que gosta de vencer do jeito certo. Então pensou em devolver a posição?” A resposta foi longa e muito interessante. Hamilton disse que ficou, sim, dividido, entendendo a importância dos pontos, mas sentindo que aquilo não estava certo. E que por fim decidiu manter sua posição porque “ninguém lembra dos certos e errados da temporada, mas sim de quem ganhou.” E citou Michael Schumacher como exemplo.
Bottas, por sua vez, disse que leva como consolo a certeza de que, “em condições normais, de igual para igual, teria ganhado”. Perguntei se ele foi mesmo dar uma olhada nos pneus de Hamilton quando desceu do carro, como a imagem mostrou. Ele confirmou que sim e disse que tinha “um pouco” de blistering no pneu do companheiro, com um meio sorriso no rosto. A desculpa foi tão esfarrapada que nem os pilotos quiseram mantê-la depois da bandeirada.
Mas a pergunta que não quer calar é por que a Mercedes sentiu a necessidade de garantir 50 pontos de folga – e nem vou citar o Mundial de Construtores porque uma dobradinha é uma dobradinha. Será que eles imaginam que a vantagem vista na Rússia foi circunstancial?
Toto Wolff disse que a Mercedes aprendeu muito com a derrota da Bélgica. A equipe analisou que a desvantagem era toda na Les Combes e na La Source, indicando que falava de tração. Focou em solucionar isso e daí veio a melhora no rendimento do carro, quem também tem a ver com a diminuição, por meio de um novo design das rodas, do calor gerado internamente nos pneus.
Ou seja, eles sentem que evoluíram, mas não veem o campeonato como decidido, até porque o ritmo de corrida da Ferrari continua forte, como Sebastian Vettel provou em Sochi. Mas, do lado ferrarista, desde Cingapura há algo que intriga os rivais: aquela vantagem que os vermelhos tinham no final das retas, que vem do melhor uso da energia híbrida no motor, desapareceu. Na FIA ninguém confirma que algum ultimato foi dado, mas os dados de GPS mostram que a vantagem que vinha sendo a tônica do campeonato desde Baku não está mais lá.
Veremos as cenas dos próximos capítulos. Suzuka guarda certa semelhança com Spa, então as soluções da Mercedes serão testadas. Mas, com apenas quatro dias até Hamilton e Bottas estarem diante das câmeras novamente, não vai ter como o peso que eles carregaram hoje no pódio não entrar na mala para o Japão.
21 Comments
“até porque o ritmo de corrida da Ferrari continua forte, como Sebastian Vettel provou em Sochi.”
Come on. Hamilton passou Vettel como quem passa um retardatário, depois a Mercedes fez o pace da corrida como bem lhe convinha. não abriu 10s. 20s pra poupar pneus e equipamento, enquanto Vettel vinha penando atrás deles saindo da pista pra não deixar os caras desaparecerem na frente.
Estou com você sobre alguma coisa que aqueles tais sacos de gelo escondiam e que de repente fizeram a Ferrari voltar a ser a Ferrari de antes da mágica.
No mais, Bottas vem fazendo papel de bom cordeirinho desde o começo do campeonato, como outros já fizeram antes. Hamilton quer ganhar e Wolf quer é levar 2 canecos pra mostrar pro chefes dele em Affalterbach. Justifica assim tantos Euros gastos.
Ótima análise, como sempre.
Ninguém abre 10 ou 20 segundos na F1 atual. Não estamos em 2002 que a corrida eram 2 ou 3 sprints super velozes detonando os pneus com o tanque na metade.
Todos andaram no ritmo que era seguro para os pneus, que são o maior fator limitador já há uns bons 5 anos no mínimo.
Mesmo que a ação tivesse um quê de compreensível, a forma como ela foi gerida foi totalmente desnecessária, fora de hora e anti-ética, servindo apenas para manchar a reputação da equipe, dos pilotos, do chefe-de-equipe (autor dessa ideia atroz) e principalmente da categoria, cujo confuso e equivocado regulamento precisa de uma urgente revisão.
Não entendo pq quando acontece esse tipo de situação, segundo piloto classificando na frente, primeiro piloto precisando da vitória, a equipe já não diz, na reunião antes da corrida, que a inversão será necessária e feita, que o segundo vai ter q ceder e que não é para ficar com uma tromba quando sair do carro, e também para o primeiro não ficar todo incomodado, pq todos na equipe estão trabalhando para que ele ganhe. Ele é um privilegiado e não uma vitima do sistema. Bottas já deveria ter entendido que Hamilton é melhor que ele e que o máximo que vai conseguir na sua carreira são umas vitórias circunstâncias e que portanto a Mercedes espera q ele somente ajude. Quando o campeonato já estiver decidido ele vai ter uma vitória com a ajuda do próprio Hamilton e todos ficaram felizes. Não precisa ficar nesse clima de “ganhamos mas é o pior dia das nossas vidas”.
Apesar desse jogo de time ser “normal”, é um pouco decepcionante, um piloto com 4 títulos mundiais não ter devolvido a posição, pois, se fosse o contrário, tenho certeza que ele iria querer (e ficaria reclamando com a equipe) que a posição fosse devolvida.
O ar estranho que ficou no pódio, demonstrou bem isso, o Hamilton quis passar um ar de “triste com a situação”, mas na verdade, ele não estava nem aí, só queria ter mais vantagem, uma vantagem que mesmo que ele tivesse chego em segundo, seria proporcionalmente igual.
Mas o Bottas demonstrou, mais uma vez, ser um bom piloto e principalmente um “diplomata” no jogo de equipe, não sei se isso vai ser bom para o futuro, pois, o Ocon tá louco pra pegar a vaga.
Toda vez que vejo essas ordens de equipe na F1 penso que o campeonato de pilotos deveria “ser abolido”.
Poderiam manter somente o Campeonato de construtores e os dois pilotos seriam considerados campeões no final da temporada.
Ou deveriam abolir os dois carros e cada equipe só teria um carro na corrida + um carro reserva, que poderia ser utilizado em caso de abandono.
Considero essa questão da ordem de equipe complicada na F1, o mundial é vendido como um campeonato de pilotos, mas quem realmente conhece, sabe que é um campeonato de construtores. Por isso quem conhece melhor a história da F1, até entende as ordens de equipe, mas não acha legal.
Grande abraço a todos do Blog!
P.S.: Mais alguém achou o Vettel um tanto passivo na ultrapassagem do Hamilton? Achei que foi porquê ele ficou com medo de uma punição por ter se mexido durante a freada.
… na America se diz que a F1 e’ um campeonato de engenharia entre equipes. As melhores solucoes de engenharia sao as que vencem. Os pilotos… sao como jockeis.
Esse Toto Wolf é um sujeito esquisito. Manipula tudo a bel prazer e depois surge com todo drama para se fazer de bonzinho.
Lembro bem que na Austria o mesmo elogiou a Ferrari por não ter invertido as posições dos seus pilotos alegando que isso seria um duro golpe pra Mercedes.
O que me questiono é: por que Hamilton sabendo de tudo isso, que tem o carro mais rápido agora, como Vettel não está na sua melhor forma e sua equipe idem, enfim, sabe que já sacramentou o campeonato, não deixou Bottas retomar a posição original? Ele que é um sujeito tão humano, tão cheio de si, tetra que já está virando penta e ainda assim faz parte dessa cena horrenda rebaixando mais seu companheiro que passa por um ano difícil mas que ao menos conseguiria uma vitória de maneira digna e real. Enquadro tudo na mesma categoria de Dick Vigarista.
Parabéns pelo ótimo post, Ju.
Olá, meus amigos!
Como sou fiel torcedor de Lewis, eu não teria capacidade de fazer um comentário imparcial neste momento, tendo em vista que o meu lado parcial não deixa eu olhar para o lado do esporte(F1), antes de observar os benefícios que o meu piloto preferido conseguiu com esse resultado.
Mesmo que eu venha entender os comentários do colegas, a favor ou contra, quanto ao acontecido no GP da Rússia, a verdade é que os que entenderam que foi um ato desnecessário, tende a torcer para outro piloto, já os que juntam argumentos para dizer que está tudo dentro da normalidade, deixa entender que inclina sua torcida ao piloto que foi beneficiado. Falo isso, porque há pouco tempo a Ferrari fez o jogo de equipe dela, e mesmo sabendo que isso não é um crime, que é jogo de equipe, o meu lado torcedor(parcial) me fez criticar a atitude, também argumentando que isso seria ruím para o esporte.
Então, Toto Wolff foi muito a dizer que: “melhor ser vilão hoje do que idiota em Abu Dabhi”. Essa frase tem total sentido e todos sabem disso, inclusive Hamilton, tendo em vista que em 2007 ele perdeu um campeonato que estava mais ganho do que esse. Para ele, o campeonato só termina, quando acaba. Rsrs.
Ademais, acredito que essa decisão, apesar de ser meio desconfortável para Wolff, não foi difícil de ser tomada, pelos seguintes motivos: PRIMEIRO, quando o time precisa, quem entrega o resultado é Hamilton, pois graças a ele a equipe esta nesta situação no campeonato. SEGUNDO, Bottas esta fora da briga e 07(sete) pontos a mais da o direito de Lewis poder chegar em segundo lugar em mais uma corrida do campeonato, caso seja necessário. TERCEIRO, como ninguém pode prever o futuro, não existe garantia de que a Mercedes possa quebrar ou ter qualquer problema em uma corrida futura. QUARTO, caso Hamilton venha ser campeão de forma antecipada, com certeza ele premiaria o seu companheiro de equipe da mesma forma, haja visa que em um passado não muito distante, ele o fez. QUINTO, 07(sete) pontos e a vitória retirada de Bottas JAMAIS custaria o campeonato do Finlandês nesta temporada, o mesmo não pode ser dito em relação ao Inglês.
Por esses motivos, dentro outros que poderiam ser elencados aqui, que Toto NÃO titubeou na hora de tomar a decisão, e la no seu íntimo, ele e toda equipe Alemã sabe que ou é Hamilton ou Nada, porque Bottas, mesmo não querendo, pelo que entrega a equipe, sabe que é um segundo piloto, porque o segundo piloto só entrega quando tem carro, o Hamilton entrega quando não era para entregar, isto é, mesmo nos dias que o time não esta com o melhor carro no grid.
Em suma, DECISÃO FÁCIL PARA EQUIPE e DIFÍCIL PARA QUEM TORCE.
Olá!
Então a sua verdade é que todos os jornalistas sérios que cobrem a F1 torce pro Vettel por que não concordou com essa ordem ridícula? Interessante!
Fora os argumentos que não merecem ser comentados, queria entender sua posição de que 7 pontos a mais pro Bottas, que agora está em 3° e apenas 3 pontos na frente de Kimi, não fará o mesmo perder sua posição no campeonato mas sim pro Hamilton que agora está 50 pontos na frente do Vettel, que claramente agora está com o carro menos forte e menos preparado psicologicamente.
Sempre procuro correr dos comentários de fanáticos, dos dois lados, mas dessa vez vc me deixou curioso.
Abraço
Meu estimado colega, ALEXSANDER, já dizia o filósofo Francês, François-Marie Arouet, mais conhecido pelo pseudônimo Voltaire: “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.” Isto é, mesmo não concordando com você, quando afirma no seu comentário que sou um FANÁTICO, faço questão de salientar que defendo o seu direito de dizer.
Pois bem, também entendo a revolta de alguns( NÃO SÃO TODOS, COMO O SENHOR ALEGOU EM SEU COMENTÁRIO) jornalistas sérios que cobrem a F1 em dizer que essa decisão, TALVEZ, não fosse a melhor para o mundo do esporte. Todavia por detrás dessas decisões há uma infinidade de informações e profissionais que mesmo o mais respeitado jornalista ou o mais bem informado torcedor não seria capaz afirma de forma categórica se aquela decisão foi ou não, NESTE MOMENTO, a mais correta. Neste ponto, eu vou pedir vênia a Julianne Cesaroli, para indicar ao meu nobre colega Alexsander que faça a leitura de uma postagem feita pelo também renomado Jornalista Livio Oricchio, onde ele aponta que os dirigentes das equipes tem um pensamento diferente dos jornalistas e dos torcedores, nestes casos.
Quanto o fato do meu nobre Camarada dizer que alguns argumentos que apresentei não merecem ser comentados, faço questão de salientar que estamos em um Estado Democrático, onde BRIGAM AS IDEIAS E VENCEM OS ARGUMENTOS. Sendo assim, o Companheiro tem total liberdade de contra-argumentar o que eu disse e provar que eu estava equivocado. Perdeu um ótima oportunidade. Eu também não teria problema algum em mudar de opinião,caso conseguisse me convencer.
Indo um pouco adiante em seu comentário, o estimado colega diz querer entender a minha posição quanto aos 07(sete) pontos retirados do Bottas, pois, em sua visão, o Finlandês está na terceira posição do campeonato, apenas a 03(três) pontos do conterrâneo, e isso poderia fazer com que ele viesse a perder essa posição do campeonato. Essa sua dúvida também me deixou com uma dúvida(me desculpa pela REDUNDÂNCIA), que é a seguinte: ou eu estou com dificuldade na escrita ou você na interpretação, das duas, uma. Isso porque, EM MOMENTO ALGUM eu disse que Bottas não perderia POSIÇÃO no campeonato. Eu disse que esses 07(sete) pontos e a vitória retirada de Bottas JAMAIS custaria O CAMPEONATO do Finlandês nesta temporada, e não a POSIÇÃO no CAMPEONATO. Posição é posição, campeonato é campeonato. Eu entendo que são coisas diferentes.
Por ultimo, e já pedindo desculpas ao nobre colega e aos leitores pela resposta longa, confesso que concordo com você quando diz que menos preparado psicologicamente é Vettel. Mas essa conclusão eu não tirei desse campeonato, mas, na minha concepção, ele nunca esteve preparado psicologicamente, basta olhar para o que ele fez no circuito de BAKU no ano passado. Apesar de concordar com o meu estimado colega quanto ao ponto fraco do emocional do piloto Alemão, não consigo enxergar, como você afirmou em seu comentário, que tirando por base apenas corrida da Russia, o carro da Ferrari teria passado a ser o mais fraco, prefiro aguardar as cenas dos próximos capítulos.
Forte abraço e até a próxima!
Essa história de a Ferrari ter o melhor carro nunca engoli muito… No ano passado falaram a mesma coisa e o campeonato terminou faltando 2 corridas… Nesse ano a mesma história e possivelmente o campeonato termine no México denovo !!! Vamos parar com essa história, os 2 carros tem o mesmo desempenho… Algumas corridas a Ferrari é melhor outras a Mercedes… Mas depois das Férias a Mercedes evoluiu e parece ter um pouco mais de desempenho
Maior prova da superioridade da Ferrari é Hamilton ter vencido já 8 corridas, 6 das últimas 8, enquanto Vettel só 2 das últimas 8, e quem liderou mais voltas no ano ainda é Vettel, que venceu na sorte na Austrália, venceu com melhor carro no Bahrein, Canadá, Inglaterra e Bélgica, e perdeu com melhor carro em China, Azerbaijão, Alemanha, Hungria e Itália.
Achei desnecessário da parte do Hamilton colocar o Bottas junto a ele no 1o. lugar do pódio e oferecer a troca dos troféus. Achei a situação humilhante para o Bottas.
Concordo total; o Brit ficou perdido-da-Silva na situação, talvez bastasse não ser efusivo na celebração – o Finn esteve lúcido o tempo todo e foi certeiro em ‘orientar’ Hamilton quanto à atitude no pódio.
(a mim principalmente a troca de troféus pareceu tolice; puxar o Bottas para junto no degrau + alto ao menos afrontava a ‘ordem geral’ do protocolo e talvez não parecesse humilhante.)
Boa tarde,
Bottas é técnico, comete poucos erros, porém, igual a vários bons pilotos que já passaram pela F1, enfim, não é nenhum gênio.
Recentemente vem experimentando certa notoriedade, constante nos pódios, largando nas primeiras filas, vencendo vez ou outra e óbvio, ganhando uma boa grana, para fazer, talvez o que mais ame na vida.
E tudo graças a Mercedes, que lhe paga muito bem, oferece um equipamento, em cada prova, no mínimo superior a 16 carros participantes do grid.
Portanto, nada mais natural que obedecer aos desígnios da empresa que o contratou, reconhecer que Louis é melhor, ajudar o time e continuar decorando sua estante com muitos troféus.
O campeonato de construtores é ótimo para os participantes embolsarem os milhões da premiação oferecidos pela FIA, contudo, o maior prestígio para uma equipe advém do mundial de pilotos e as equipes têm papel preponderante na conquista do titulo.
Uma frase domina a F1 há anos: mais fácil um piloto ruim vencer com um excelente carro, que um ótimo piloto vencer com carro ruim.
Injusto, se Bottas fosse contratado por imposição política de um alto executivo da montadora e Hamilton obrigado a servir de escudeiro para o finlandês.
Sou totalmente favorável as ordens, tais como: Massa, Alonso está mais rápido que você; Rubens, deixe Shummaker passar e esta de Domingo na Russia.
O que se sempre me atraiu na F1 foi o lado esportivo da coisa (sim, eu acreditava…).
Se fosse para acompanhar lances e movimentos calculados pelo investimento, seria melhor perder tempo com a bolsa, tutoriais financeiros, livros de cases etc.
Não consigo engolir essas desculpas de “valores em jogo”, de regras interna “corporis” e toda essa hipocrisia pomposa que apenas tenta esconder o imoral, o feio, o estarrecedor.
Como uma marca pode investir rios nisso para ter sua lisura questionada?
Como disse o colega acima, se for para ser assim, melhor um só carro.
Equipe não significa um grupo? Então, qualquer um que vence representaria o grupo. Mas não tem sido assim.
Penso que vencer um título de F1 para um piloto é o ápice. Mas, se isso for conquistado nas costas dos outros, que mérito terá? Hamilton é um gênio, não precisava enveredar por esse caminho.
Nesse momento atual, precisamos mais do que nunca de atitudes verdadeiras, de posturas humanas. Estamos saturados de atitudes comerciais, da prevalência do “business” sobre os verdadeiros valores da vida, de ídolos pasteurizados, que só pensam na glória por si mesma, sem apresentar o desenvolvimento humano que é necessário para a verdadeira glória. De tanto pensar pequeno, estamos viramos anões morais.
Daqui pra frente vou pensar como gastar melhor duas horas em frente à tv durante os domingos. #ChupaToto!
CARO LEANDRO,
Acho louvável pautar pela ética, porém as corridas sempre estiveram mais ligadas aos construtores que propriamente aos pilotos, nos anos 20/30, ganharam corpo como uma peleja entre marcas de automóveis.
A Stock Car, modalidade mais popular nos Estados Unidos, em seus primórdios ganhou destaque, pois os carros envolvidos na disputa, apesar de modificados, eram semelhantes aos veículos que os aficionados tinham em suas garagens e torciam pelos seus modelos prediletos, pouco importava quem os dirigisse.
Os jóqueis têm La sua fama, mas a grande estrela do páreo são os cavalos, afinal, eles que vencem, certo está Nato, ao publicar que o campeonato de pilotos deveria ser abolido.
Existe grande disparidade de forças na temporada, impossível determinar quem é o melhor, será que Hamilton estaria liderando caso dividisse o time com Versttapen ou se Alonso fosse da Ferrari e Vettel na Mercedes e os restantes 16 pilotos, fazem apenas o papel de cabos eleitorais?
Repito e enfatizo quem vence corridas são as equipes, como no Futebol, os títulos pertencem aos clubes. Nem Senna, caso não pilotasse uma Mac Laren, entre 88 e 92, seria tri campeão.
Não quero polemizar com você Leandro, apenas defendi a atitude da Mercedes, através de um ponto de vista, e os interesses comerciais deixam de ser privilégio apenas dos construtores, estão presentes de maneira insofismável, nas entidades organizadoras do mundial de pilotos, dos esportes a motor em geral.
Parabéns Julianne, ótimo o teu texto! Grande abraço
Ainda tem a pretensão de se comparar a Senna, o brasileiro começou por baixo em carros bem inferiores e venceu varias vezes e quando no top de pilotos nunca precisou que lhe dessem vitoria!
O que assistimos hoje na formula um é como se pode fabricar um vencedor, ao mandar um piloto que está na frente seja de qual equipe for vc acaba com a surpresa do resultado premiando alguem que por si não teria condições necessárias para vencer , lamentavel, uma vez Juca Kfouri disse que Formula ! não era um esporte, acredito que ele esteja certo!