F1 Onde Perez perdeu GP de Miami - Julianne Cerasoli Skip to content

Primeiras voltas selaram destino de Perez: análise do GP de Miami

O GP de Miami tinha alguns ingredientes que apontavam para uma corrida acidentada. O asfalto era novo, e os pilotos vinham tendo dificuldade de segurar o carro quando saíam da trajetória. Os muros são próximos. E o grid estava embaralhado depois que Charles Leclerc causou uma bandeira vermelha no final da classificação. O piloto mais rápido do final de semana, Max Verstappen largava em nono e teria que abrir caminho, e o próprio Leclerc estava mais atrás, Lewis Hamilton estava em 14º, Lance Stroll saía de 18º.

A corrida acabou sem nenhuma bandeira amarela sequer, e com todos os 20 carros cruzando a linha de chegada. Mas não foi uma procissão. Mesmo com a diminuição de 75m de duas das três zonas de DRS, os carros fora de posição e que vinham na estratégia inversa a quem estava na frente movimentaram a prova. 

A disputa Verstappen x Perez

Principalmente Verstappen, que chegou a cair para décimo na primeira volta, largando com o pneu duro, e foi escalando o pelotão. Na volta 15, ele já era o segundo. Isso deu pouco tempo para que o pole position Sergio Perez pudesse abrir vantagem, mas também havia outros fatores. Choveu entre sábado e domingo, e a temperatura da pista na corrida foi a mais baixa de todo o final de semana. Esses dois fatores contribuíram para o graining nos pneus dianteiros para quem estava começando a corrida com os médios, o que era o caso de Perez. O mexicano acabou parando cedo, na volta 20, por conta disso. Naquele momento, Verstappen estava a apenas 1s5 dele.

Também é verdade que Verstappen teve um ritmo superior por todo o fim de semana, ganhando tempo especialmente nas curvas rápidas do primeiro setor. Do outro lado da garagem, foi mais um daqueles finais de semana em que Perez não conseguiu se encontrar.

O ritmo de Verstappen depois que ele limpou o grid foi impressionante. Quando foi alçado à liderança da prova com a parada de Perez, ele não deixou que a diferença entre os dois aumentasse, e ainda levou os pneus até a volta 45. 

Quando parou, Verstappen voltou colado em Perez, com muito mais aderência em seu pneu médio novo. E demorou só uma volta para passar, mesmo com o mexicano tentando defender.

No final das contas, começar a corrida com os duros e terminar com os médios foi a melhor estratégia porque o composto mais macio sofria menos com o carro mais leve. Mas isso foi descoberto pelas equipes durante a corrida, já que a condição de pista estava diferente do que eles encontraram nos treinos livres.

Hamilton de 13º a sexto

Hamilton foi outro que se deu bem com a estratégia, em mais uma boa performance no domingo. Ele saiu da 13ª posição no grid para a sexta posição na corrida, passando Magnussen, Gasly e Leclerc no final da prova. Para a Mercedes, foi o máximo que ele podia fazer após a classificação ruim, em outra corrida em que o carro pareceu ganhar vida no domingo. George Russell, que largou em sexto, passou Carlos Sainz na pista e foi quarto, depois de superar também Gasly e Magnussen, que estavam largando fora de posição.

Problemas para a Ferrari

A ultrapassagem em cima de Sainz foi na volta 37, quando o espanhol estava sofrendo com os pneus duros. A Ferrari, aliás, esteve muito arisca em Miami por conta do vento e, enquanto o espanhol teve dificuldade na segunda parte da prova, seu companheiro Leclerc sofreu com os pneus médios no começo. Largando em terceiro, Sainz até conseguiu pressionar Alonso e foi chamado cedo para os boxes para tentar um undercut. Mas ele voltou no trânsito enquanto a opção da Aston foi não responder e ficar na pista, fazendo sua própria corrida. Com um ritmo superior, eles estavam certos, e Alonso foi terceiro fazendo uma prova solitária a partir daí.

A parada antecipada pioraria o sofrimento de Sainz no final, e ele só não foi superado por Hamilton também no final porque o inglês largou muito atrás. Sem a melhor estratégia de largar com duros e colocar médios no fim, Leclerc não passou de sétimo. Gasly e Ocon se recuperaram do final de semana ruim de Baku e chegaram em oitavo e nono, voltando ao lugar em que a Alpine merece estar no momento. E um desidratado Magnussen conseguiu um pontinho em casa pela Haas depois de largar em quarto.

2 Comments

  1. Pq “desidratado Magnussen”, Ju? Passou a corrida toda sem pôr um líquido na boca? rs

    Aliás, o dinamarquês ficou com o lugar que, em tese, deveria ser do Stroll. Fim de semana muito ruim do canadense. Sofreu pra passar os carros mais lentos largando de trás.

  2. Perez perdeu a corrida quando o Max resolveu fazer 40 voltas de classificação com o pneu duro.


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