F1 Safety Car neles - Julianne Cerasoli Skip to content

Safety Car neles

XPB_826137_HiRes-470x313

Quando começam a cair as primeiras gotas do céu, especialmente se isso acontece pela primeira vez no final de semana logo nos minutos anteriores à largada, não tem torcedor que não se anime. Afinal, a chuva é uma variável difícil de controlar para pilotos e engenheiros e costuma gerar resultados inusitados.

Melhor ainda quando ela vem na largada, obrigando os pilotos a mudarem suas configurações sem experiência prévia sob aquelas condições e sem poderem ser ajudados pelos engenheiros, que agora não podem mais dar instruções após os carros alinharem. Eles teriam que prever a aderência e tentar reagir de acordo. O que, no final das contas, é parte fundamental de seu trabalho dentro do cockpit.

Este seria um dos cenários mais emocionantes possíveis para o início de uma corrida de F-1. Mas chuva antes da largada tem significado que o piloto que estará na frente ao final da primeira volta será o do Safety Car.

É fácil culpar os pilotos por isso, mas eles têm pouco a ver com essa decisão, pautada especialmente pelas características dos pneus de chuva da Pirelli. Como a janela de temperatura dos pneus de chuva – tanto os wets, quanto os intermediários – é alta, fica realmente perigoso largar do grid com a pista molhada.

O mesmo motivo explica por que, logo que o Safety Car sai da pista, a tendência é que todos coloquem rapidamente os pneus intermediários: o problema não é a quantidade de água em si, mas sim a temperatura à qual os pneus precisam chegar para os pilotos simplesmente conseguirem se manter na pista.

Claro que o fato dos carros da F-1 andarem muito baixos, facilitando a aquaplanagem, também é um fator importante, ainda mais depois que foi adotado o regime de parque fechado, impedindo que as equipes façam alterações nos carros. Em outras palavras, o tal acerto de chuva se tornou coisa do passado.

Todos estes fatores juntos geraram esse cuidado que parece excesivo para quem compara decisões tomadas em um passado nem tão remoto assim. Mas o fato é que, desde que a F-1 usa esses pneus de janela de temperatura mais alta e que não é possível alterar significativamente os carros do sábado para o domingo, esse tipo de situação tem se repetido

O mesmo ocorre no crossover entre pneus intermediários e de pista seca, pois, especialmente com os compostos mais macios, a janela de temperatura é bem alta e fica difícil arriscar quando ainda há muitos pontos úmidos.

Esse deve ser um dos pontos revistos pela Pirell para os pneus do ano que vem, pois para fazer com que os carros sejam mais rápidos é melhor que sua janela de funcionamento seja mais ampla. Até lá, vai ser bem difícil vermos Bernd Maylander nos boxes em uma situação como a de Silverstone.

9 Comments

  1. Desculpa mas isso é ridículo. A Fórmula 1 daqui a pouco tem 1 século de história é não sabem fazer pneus que funcionem na chuva?
    A comparação mais espantosa não é com o próprio passado mas com a atual concorrência. Se a MotoGP larga e corre na chuva com a metade dos pneus que um F1 tem e com muito menos área de contato com o solo, não aceito desculpas.
    Que cancelem a prova então, se for para tirar a pouca emoção que resta.

    • Concordo. Os pilotos que se virem.

      • Boa comparação Gustavo. É por isso que cada vez mais gosto da MotoGP e tenho sono da F1 (que acompanho desde o final dos anos 70)

  2. Viu, Ico?

    • Gustavo, não percebi o artigo do Ico como contrário ao do Julianne, acho que os dois são complementares.

      “São os engenheiros que precisam se adaptar às regras, mas no caso da pista molhada, foi a FIA (que faz as regras) quem se adaptou ao trabalho dos engenheiros. Um absurdo.”

      A Julianne explicou o lado técnico da situação de pista molhada hoje, e o Ico deu o viés crítico.

      Ambos defendem mudanças, tanto pelo lado técnico, tanto pelo lado do regulamento.

      Mas acho que todo mundo concorda com uma coisa: as nuances técnicas e de regulamento estão ficando muito mais determinantes do que antigamente, e tirando os leitores como nós, deve estar muito difícil pro espectador entender de verdade o que se passa/passou nas corridas.

      Muito da perda de audiência da F1 vem desse fato…

    • O primeiro parágrafo já é uma contradição por si só: contratar Alonso devido ao clima pesado entre Hamilton e Rosberg.

      • Eu sei que esta notícia éh “no sense” mas uma coisa agente deve ter em mente sobre a F1: Nunca diga nunca!

    • Esse site “AutoRacing” é a Sônia Abrão da internet; sobrevive de fofoca.

      Não existe a mínima possibilidade de o Alonso dividir uma equipe de F1 com o Hamilton. NENHUMA!


Add a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquise
Redes Sociais
As últimas
Navegue no Site

Adicione o texto do seu título aqui