F1 Turquia – classificação: Espanhóis viram a casaca - Julianne Cerasoli Skip to content

Turquia – classificação: Espanhóis viram a casaca

As transmissões começam com brasileiros e espanhóis desconfiados com rendimento da Ferrari no último treino livre. “Fernando não aproveitou volta com pneus macios e ficou a 7 décimos com os duros. Não sabemos o que esperar”, diz o narrador Antonio Lobato. Galvão Bueno e Marc Gené, piloto de testes da Ferrari, que comenta na espanhola La Sexta, são mais otimistas. “Felipe pegou tráfego em todas as voltas e Alonso estragou o pneu. Eles podem ser melhores que 6º e 8º”, espera o narrador da Globo. “Nossas simulações mostram que estamos a 3 décimos da Red Bull”, promete Gené. Para Martin Brundle, comentarista da BBC, inglesa, classificação será prateada e Alonso, azarão. “Não figurou no topo da lista de tempos em nenhum momento. Mas pela 1ª vez a Red Bull se sente ameaçada aos sábados, pela McLaren.” Era o indício de que, em alguns minutos, os italianos prefeririam arrancar o adesivo comemorativo dos 800 GPs de seus carros.

Isso que dá comemorar antes da hora

Mesmo assim, nada abala a confiança de espanhóis e brasileiros na Scuderia. Enquanto, na La Sexta, sonha-se com a presença de 3 pilotos da casa no Q3 (!) – “Fernando está tranquilo, vamos ver o que conseguem Pedro e Jaime” –, Reginaldo Leme usa até a Copa do Mundo para explicar que renovação de Massa está próxima. “Falta só 2 vírgulas”, Galvão tranquiliza a nação. Falando em sonhos, o narrador confessa que o seu mostrara que este seria o último GP na Turquia. “Seria triste sair daqui”. Verdade.

E o Q1 rolando. Galvão valoriza Di Grassi andando mais rápido que Glock “porque tem o mesmo carro pela 1ª vez no ano” (isso não é verdade, só aconteceu em Barcelona) e Lobato busca explicações para o 1s de diferença entre Alguersuari e Buemi. “Ele deve ter tido problema.” (queria ganhar R$ 1,00 cada vez que alguém disser isso na transmissão).

Os ingleses armaram uma fogueira para queimar Liuzzi quando o italiano foi degolado no Q1. “Não passa mesmo com o carro que colocou 2 pilotos nos pontos em Mônaco. Será que ele é bom o suficiente para a F1?”, pergunta o narrador Jonathan Legard, louco para arrumar uma vaga para o escocês Paul Di Resta, reserva dos indianos.

Interessante foi a crítica de David Coulthard a Bruno Senna ao ver o piloto apoiando a cabeça no cockpit na curva 8. “Os carros mais rápidos é que são mais difíceis de guiar porque geram mais downforce, por isso me surpreende que ele tenha que descansar com um carro lento. Isso significa que não está bem preparado.” Minutos depois, questionam o piloto ao vivo sobre o assunto. “Só faço isso nas voltas em que não estou tão rápido para me preservar para domingo.” Tá explicado.

Enquanto isso, não vimos o começo do Q2 no Brasil, pois certamente o link com Mauro Naves na concentração da seleção brasileira comentando o tamanho do campo de golfe que eles têm por lá é mais importante.

Preocupação para uns, diversão para outros quando Alonso não passa de 11º na 1ª tentativa. “É interessante que Massa tenha colocado os pneus moles e feito uma volta normal, enquanto Kubica voou. A Ferrari não gosta desses pneus”, observa Ted Kravitz. “Me preocupa, porque Massa tampouco fez uma volta brilhante e é 8º”, teme Lobato. “É quando começa a pesar na cabeça do piloto. Será que eu vou conseguir?”, Galvão pergunta e Reginaldo responde: “É por isso que eles são pilotos, superam a pressão.”

Diferenciado ou não, Alonso não melhora. E Lobato cai na real. “Sonhávamos com 3 espanhóis no Q3 e ficamos sem nenhum!”, enquanto tentavam arrumar uma explicação. “É estranho porque em relação a Massa de manhã…”, esboça o comentarista Jacobo Vega. “Sí, sí. Quase não melhorou o tempo da manhã”, completa Gené. “Erro de pilotagem estragou os pneus, mas mesmo assim estou surpreso”, admite Brundle. Mas Galvão tem a explicação na ponta da língua. “É que esse carro vermelho pesa mais. Por isso o trabalho de Felipe é tão bom e seu contrato será renovado.”

O baque espanhol dura pouco e eles não tardam em supreendentemente virar a casaca. “Seria bom que o Hamilton fizesse a pole porque tem menos pontos no mundial e pode complicar a vida das Red Bull”, teoriza Gené. Os ingleses agradecem o apoio inesperado. “A McLaren adoraria se colocar no meio das Red Bull porque têm a velocidade reta para superá-los na corrida”, imagina Legard.

"Os brincos mágicos não combinam com meus olhos?"

Foi o que de fato aconteceu. Enquanto isso, Schumacher fica pelo caminho em sua última tentativa. A BBC acerta na mosca – “Você tem que começar a corrida com o pneu do melhor tempo, e certamente não é esse”, explica Brundle –, Galvão prefere tirar uma – “Numa dessas ele deve tá pensando: ‘o que vim fazer aqui’?” – e Gené viaja – “Desconheço o regulamento, não sei se há alguma penalização.”

Mas os novos torcedores de Hamilton não se deixam esmorecer. “A volta da namorada coincidiu com sua melhor posição no sábado”, comemora Lobato. “E os brincos também”, observa Vega. “Brincos mágicos?”, arremata o narrador.

2 Comments

  1. os caras chutam muito, torcem muito. a melhor parte hehe, foi o lado cômico/econômico da senhorita! hehe! R$ 1 heim? hehe!!!


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