F1 Corridaça de Norris no GP do México- Julianne Cerasoli Skip to content

Verstappen com requintes de crueldade e a corridaça de Norris no México

Quando Kevin Magnussen bateu violentamente após uma quebra de suspensão na volta 32, Max Verstappen já tinha 16s de vantagem para o então segundo colocado do GP da Cidade do México, Charles Leclerc. Ele estava forçando o ritmo porque sabia desde antes de largar que faria duas paradas, uma estratégia mais lenta para a prova mexicana.

O Safety Car apareceu na hora certa para que ele fizesse a segunda parada e voltasse ainda à frente de Leclerc, o que o irritou. “Queria provar que era possível fazer essa estratégia de duas paradas funcionar”, disse Verstappen. Com o Safety Car, que acabou virando uma bandeira vermelha, ficou fácil demais. Era só relargar bem (da mesma forma que já tinha largado da primeira vez, partindo de terceiro no grid para primeiro) e a vitória de número 51 estava no bolso.

Verstappen era apenas um dos carros que estavam largando fora de posição, após uma classificação complicada pelas temperaturas que foram caindo, diminuindo os níveis de aderência. As duas Ferrari saíam da primeira fila, com a surpresa Daniel Ricciardo em quarto, o dono da casa Perez em quinto e a primeira Mercedes, de Lewis Hamilton, só em sexto. Depois de errar e também ter azar com uma bandeira amarela na classificação, Lando Norris saía de 17º.

Corrida de Perez em casa dura alguns metros

A tarde começou a se complicar para a Ferrari na largada. Perez conseguiu chegar emparelhado na primeira curva com Leclerc e Verstappen, mas se tocou com o monegasco e abandonou, deixando a asa dianteira da Ferrari quebrada.

Mas Leclerc continuou na pista, sem esboçar qualquer tentativa de seguir Verstappen de perto, com Sainz logo atrás e Hamilton atacando (e, na volta 11, passando) Ricciardo.

Nessa fase da corrida já dava para ver muitos pilotos saindo do traçado na reta para tentar resfriar os freios, o que seria o grande drama com o calor do domingo na pior pista para a temperatura dos freios de todo o campeonato. Ficar muito tempo preso atrás de algum rival custaria muito caro por conta disso.

Verstappen surpreendeu quando parou na volta 16, indicando que usaria os dois jogos de duros que guardou para fazer duas paradas e ter o ritmo liberado. Isso mostra a vantagem da Red Bull também no quesito refrigeração, porque os outros pilotos não estavam exatamente limitados pelos pneus. E, sim, pelas temperaturas dos freios e, no caso das duas Ferrari, do motor também.

Hamilton logo chegou em Sainz e a Mercedes antecipou a parada do inglês para conseguir um undercut, na volta 24. O jeito para a Ferrari seria criar um offset, ou seja, deixar Sainz várias voltas na pista para que ele tivesse pneus mais novos no final e pudesse recuperar a posição. O espanhol só trocou os médios pelos duros seis voltas depois.

Freios esquentam e Magnussen muda história do GP

Mas não veríamos se daria certo ou não. Andando sempre perto de outros pilotos, Magnussen viu a temperatura dos freios subir tanto que o calor quebrou a suspensão do carro, e ele foi parar no muro. 

Com a bandeira vermelha, todos puderam trocar pneus, mas isso não interessava a muitos. Poucos pilotos tinham guardado dois jogos de pneus duros para a corrida, e ainda faltavam 37 voltas para o final.

Mesmo assim, a Mercedes optou pelo pneu médio novo, até porque seus pilotos tinham parado cedo. Não faria sentido relargar com um duro tão usado. Os ferraristas tinham ficado mais tempo na pista, e seguiram com os mesmos duros com os quais estavam, e se defenderam bem na relargada mesmo assim.

A bandeira vermelha foi boa para uns, péssima para outros. O próprio Leclerc tinha parado só duas voltas antes. Sainz, três. Bottas, Stroll, Gasly foram outros que saíram perdendo. Já Norris e Albon aproveitaram para parar no Safety Car, ganhando tempo. 

Como Norris virou o nome do GP da Cidade do México

Foi aí que o piloto da McLaren começou a aparecer como o nome da corrida. Ele já tinha feito cinco ultrapassagens para ir de 17º a oitavo quando parou. Caiu para 14º após a relargada, e veio escalando o pelotão novamente. Foram cinco ultrapassagens até ele chegar no companheiro Oscar Piastri, que ouviu da equipe a instrução para que desse passagem a fim de que o inglês pudesse tentar passar Ricciardo, que vinha logo à frente.

Norris não só fez uma bela ultrapassagem em Ricciardo como também foi buscar Russell, sofrendo com seus pneus após ter que diminuir o ritmo para abaixar as temperaturas dos freios. Largou em 17º e terminou em quinto.

Os pneus médios ajudariam Hamilton a atacar Leclerc, embora ele tivesse que ser bastante decidido para usar essa vantagem pelas poucas voltas em que ela exisitiria. E ele foi pela grama mesmo para tomar o segundo lugar, consolidando as posições do pódio, com Sainz em quarto.

Russell vai mal, e Ricciardo ressurge

Russell conseguiu se segurar em sexto, mesmo sendo pressionado por Ricciardo. O australiano viveu um fim de semana de renascimento, finalmente conseguindo usar um acerto que casa melhor com seu estilo de pilotagem. A AlphaTauri esteve bem no México, ajudada pelo upgrade de algumas corridas atrás e também pelo desempenho do motor Honda na altitude. E só não pontuou com ambos os carros porque Yuki Tsunoda exagerou ao atacar Piastri.

O australiano foi o oitavo. Ele conseguiu segurar Russell por boa tarde da prova até perder terreno na relargada. Albon usou bem a economia de tempo por ter feito seu único pitstop no SC e foi nono, com Ocon em décimo.

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