F1 Vettel e Hamilton igualam Piquet e Cingapura coroa sua realeza - Julianne Cerasoli Skip to content

Vettel e Hamilton igualam Piquet e Cingapura coroa sua realeza

Depois de Fernando Alonso igualar – e, em de Cingapura, superar – o número de pódios de Ayrton Senna, desta vez foram Sebastian Vettel e Lewis Hamilton que alcançaram as marcas de outro tricampeão brasileiro, Nelson Piquet. Enquanto o alemão conquistou sua 23ª vitória na carreira, o inglês largou na pole position pela 24ª oportunidade. Com isso, ambos entraram no top 10 na história da categoria.

Apesar da grande porcentagem de 24,4% de vitórias em 94 largadas, essa foi apenas a segunda oportunidade em que Vettel ganhou largando fora da primeira fila, repetindo a história do GP da Malásia 2010, quando também largou em terceiro.

Hamilton, por ouro lado, poderia mesmo prever que sua pole não seria convertida em vitória, principalmente depois do resultado do GP da Itália. Afinal, nenhum piloto conquistou duas provas em sequência neste ano. Isso só aconteceu por uma temporada completa em uma oportunidade na história, em 1974, ano que contou com 15 etapas.

A 14ª etapa foi mais um baixo na montanha-russa vivida pelo inglês nos últimos oito GPs: três vitórias e quatro corridas sem pontos – e o inglês só pode ser culpado por um dos abandonos, em Valência. De resto, estava apenas no lugar ou com o carro errado.

Carro que, até sábado, havia dado mais uma prova de que é o mais rápido do grid atual. A sequência de quatro pole positions da McLaren remonta a1999, ano do penúltimo título conquistado pela equipe, com Mika Hakkinen. Por outro lado, só terminou a corrida com ambos os carros no top 5 em duas oportunidades em 2012.

A primeira fila com dois dos times mais tradicionais da história, McLaren e Williams, era algo inédito desde 2005, quando Raikkonen largou ao lado de Heidfeld.

Mas há uma combinação que curiosamente jamais aconteceu: Hamilton, Vettel e Alonso nunca dividiram um pódio, ao passo que a cena que vimos em Marina Bay domingo, com Button no lugar do companheiro ao lado dos bicampeões, se repetiu pela sétima vez.

Se o título de pilotos é cada vez uma disputa mais restrita, o prêmio de dono do maior número de voltas mais rápidas pode terminar nas mãos de, na prática, qualquer piloto do grid. A atual temporada já igualou o número de detentores de voltas mais rápidas, 10 em 14 etapas. Nico Hulkenberg foi o dono do feito em Marina Bay, pela primeira vez na carreira.

Outro dado que mostra os resultados inesperados deste ano é o fato de, em nove oportunidades, o companheiro de equipe do vencedor não ter marcado pontos. Isso só ocorreu em Marina Bay após a punição de Mark Webber por ultrapassar Kobayashi por fora da pista. O australiano deveria saber que isso não acabaria bem, afinal, em 2009, foi obrigado a devolver a posição a Alonso por uma manobra muito semelhante exatamente no mesmo lugar.

A realeza de Cingapura

Em Mônaco, tivemos ao longo da história o mister Graham Hill e o rei Ayrton Senna. Em cinco anos, o circuito de Marina Bay pode começar a eleger sua realeza. Alonso conquistou o quarto pódio – e, quando não saiu de Cingapura com um troféu, foi quarto, em 2011 – sendo duas vitórias, mesmo número de Vettel, que não terminou abaixo de quinto nas cinco edições da prova, mesmo em seu primeiro ano, de Toro Rosso. O alemão tem três pódios, sendo que nos últimos três anos fez segundo-primeiro-primeiro.

Mas há pilotos com carros mais “modestos” que se destacam no circuito. Paul Di Resta andou duas vezes por lá: foi sexto em 2011 e conquistou seu melhor resultado na carreira, com o quarto lugar, no último domingo. E Timo Glock, que conquistou um pódio pela Toyota em 2009, obteve o melhor resultado da história da Marussia – e igualou o máximo conquistado por um dos três times que estrearam em 2010: foi 12º, assim como Heikki Kovalainen no GP do Japão de 2010.

São histórias bem diferentes do que está parecendo uma espécie de maldição de Cingapura para Felipe Massa. Como se não bastassem os dramas de 2008, quando ficou por segundos intermináveis esperando os mecânicos socorrê-lo com a mangueira de reabastecimento presa ao carro, nos últimos dois anos o brasileiro teve de dar uma bela volta com um pneu furado – e, tanto na batida com Hamilton em 2011, quanto com Petrov no último domingo, não teve culpa alguma. Para completar, em 2010, largou em último após um problema eletrônico na classificação. Com esse currículo, a única sorte do piloto da Ferrari em Cingapura deve ter sido a não participação em 2009…

4 Comments

  1. Hahaha! Último parágrafo hilário! Hahahah!

  2. Com esse currículo, a única sorte do piloto da Ferrari em Cingapura deve ter sido a não participação em 2009…

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    ——————-

    Ótima reportagem! E fechando com chave de ouro…hehe

  3. Ju, me lembro de vc ter falado do toque de Hamilton no muro no final do qualifying, sendo assim – no campo da especulação- vc acredita ser possível uma das causas da quebra do câmbio? Seguindo esse raciocínio, Senna também bateu nos muros, causando problemas na caixa…

    • É uma hipótese, principalmente depois que o engenheiro disse no rádio “fizemos tudo o que podíamos ontem”. De qualquer forma, a equipe negou que houvesse algo de errado antes da corrida.


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