Há certa confusão a respeito dos números que Vettel vem batendo. Afinal, ele é o recordista de vitórias consecutivas ou não? A marca mais antiga da história da Fórmula 1 foi oficialmente batida no GP dos Estados Unidos, com a oitava conquista do alemão, mas um olhar mais cuidadoso aponta para uma decisão definitiva no GP da Austrália do ano que vem.
Isso porque Alberto Ascari, detentor do recorde, não participou do que seria o oitavo GP, disputado em Indianápolis e que raramente contava com pilotos do restante do campeonato. Excluindo essa prova, a sequência do italiano é de nove vitórias entre 1952 e 1953, algo que Vettel só poderá superar no primeiro GP do ano que vem.
Falando em 2014, a Red Bull também pode ao menos igualar o recorde de vitórias consecutivas de uma equipe, que pertence à McLaren de 1988: 11. Se todas estas conquistas forem de Vettel, a equipe chegará a este número no mesmo GP em que o alemão igualará as 41 vitórias de Ayrton Senna.
Para a prova do Brasil, o tetracampeão pode chegar a outra marca que muitos consideravam absoluta: 13 vitórias em uma temporada, como Michael Schumacher conseguiu em 2004 – e olha que o atual campeonato tem apenas uma etapa a mais.
Se servir de alento para quem não anda muito animado com tanta hegemonia, aquele ano do monótono hepta de Schumi foi o último antes de uma mudança de regulamento e precedeu o aparecimento da Renault como grande força.
Maior número de vitórias em uma temporada
| Piloto | Ano | Vitórias/GPs | % de vitórias | |
| 1º | Michael Schumacher | 2004 | 13/18 | 72.22 |
| 2º | Sebastian Vettel | 2013 | 12/18 | 66.67 |
| 3º | Michael Schumacher | 2002 | 11/17 | 64.71 |
| 4º | Sebastian Vettel | 2011 | 11/19 | 57.89 |
| 5º | Nigel Mansell | 1992 | 9/16 | 56.25 |
| 6º | Michael Schumacher | 1995 | 9/17 | 52.94 |
| 7º | Michael Schumacher | 2000 | 9/17 | 52.94 |
| 8º | Michael Schumacher | 2001 | 9/17 | 52.94 |
| 9º | Ayrton Senna | 1988 | 8/16 | 50.00 |
| 10º | Michael Schumacher | 1994 | 8/16 | 50.00 |
Últimas de Vettel: apesar de sempre tentar a volta mais rápida e levar bronca do engenheiro, o alemão tem muito mais vitórias (38) e poles (44) do que voltas mais rápidas (22). Assim, conquistou apenas seu oitavo hat-trick, igualando-se a Prost. Fangio (9), Jim Clark (11) e Schumacher (22!) são os únicos a sua frente.
Em termos de circuitos, Vettel agora venceu em 20 dos 25 nos quais correu. Dos cinco que faltam, provavelmente só voltará a andar em dois deles. A lista tem Hungaroring, Hockenheim, Indianapolis, Magny-Cours e Fuji.
A ‘rapa’
O GP dos Estados Unidos marcou a estreia nos pontos para um consistente Valtteri Bottas que, com seu oitavo lugar livrou a Williams de sua pior temporada da história: em 2011, o time fez os mesmos 5 pontos, mas teve como melhor resultado um nono lugar. Enquanto isso, seu compatriota Heikki Kovalainen perdeu a chance de estancar seu incômodo recorde de piloto com mais provas em sequência fora dos pontos, agora com 61 GPs.
A última vez que Kovalainen pontuou foi no GP de Cingapura de 2009, de McLaren. Aquele fim de temporada, inclusive, marcou também a última vez em que Alonso ficara cinco provas sem pódio, algo que se repete agora.
Já o segundo lugar de Romain Grosjean, igualando seu melhor resultado na carreira na primeira corrida que fez sem um campeão do mundo como companheiro, coloca a Lotus ainda mais à frente da Mercedes em número de pódios na temporada: 14 a 9. Mas o ano iô-iô do time de Enstone significa que eles estão a 33 pontos dos alemães.
11 Comments
Roman Grosjean no mesmo caminho de Jody Schekter?
Julianne, você já viu isso?
http://somersf1.blogspot.co.uk/2013/11/theorizing-red-bulls-splitterstay.html
Eu cheguei a twittar essa imagem do pit stop do Webber ontem, mas não tinha visto o texto. Obrigada! O quebra-cabeças começa a se fechar…
Então não deixe de nos contar o segredo!
Será que alguém já contabilizou quanta coisa o Adrian Newey já inventou na F1?
Que eu me lembre tinha o carro com suspensão ativa da Williams FW15. As asas dianteiras flexíveis da Red Bull. O difusor soprado. A mudança de mapeamento do motor que fazia o motor acelerar sozinho e soprar o difusor. As baterias do kers separadas e menores para melhorar a distribuição do peso do carro. Fora o desenvolvimento da área aerodinâmica na F1.
Sem falar de quanta coisa ele inventou que a FIA proibiu/baniu pois os outros não conseguiram acompanhar a inventividade dele.
Alguém se lembra de mais alguma coisa?
Pois é. Adoro essas coisas técnicas e fiquei impressionado com a ideia. Como um amortecedor de massa da Renault. Esses caras são malucos! Agora é só esperar sua análise.
“Se servir de alento para quem não anda muito animado com tanta hegemonia, aquele ano do monótono hepta de Schumi foi o último antes de uma mudança de regulamento e precedeu o aparecimento da Renault como grande força.”
Bem pra mim essa frase.
Números e estes recordes só servem para post como este, para discussão de botequim.
Afinal, Indianapolis, valia ou não para o mundial de pilotos em 52? Contava pontos?
SIM, INDIANAPOLIS valia para o campeonato de 1952 e contava pontos.
A palavra consecutiva tem um significado muito importante.
1. Que se segue imediatamente.
2. Sucessivo.
Este papo de pulou uma corrida não cola. AHHHH, mas os europeus não participavam, e eu com isso?
A corrida valia ou não? Ponto final na discussão.
Sim, a corrida de INDIANAPOLIS valia para a pontuação do mundial de F1, logo o cara pulou a corrida fim de conversa.
Que papinho nojento,
Foram 8 provas em 1952, OITO, não foram 7, FORAM OITO (8), INDIANAPOLIS CONTAVA SIM.
Então o ganhador de Indianapolis Troy Ruttman, tem 8 pontos vindo da onde se ele não participou das outras corridas?
8 pontos era a pontuação do vencedor, Troy Ruttman foi o sétimo colocado da temporada.
Credo, me decepciona as pessoas ainda discutirem isso.
Ser consecutivo só vale para o individuo agora ? Não mais para o coletivo da temporada de F1.
E finalizando o Ascari venceu 6 consecutivas em 1952 e mais uma na abertura de 53 que lhe deu o recorde de 7 seguidas, mas o Schumacher era o detentor de vitórias consecutivas na mesma temporada e igualava o Ascari em vitória consecutivas gerais.
Tudo já quebrado pelo Vettel.
Eu também acho que o record de vitórias consecutivas em grandes prémios foi batido pelo Vettel no entanto a marca do Ascari também deve ser considerada como outro tipo de record.
O Ascari nao participou no Indi 500 porque apesar de contar para o mundial a especificaçao do carro era tao distinta às regras para os outros gp’s que nao valia a pena ir. Entao eu acho que o numero de corridas ganhas de forma consecutiva por um piloto independentemente de corridas pelo meio em que nao participou também é um record a ter em consideraçao. Nao é o mesmo record, é um record diferente e é esse que o Vettel agora procura igualar.
Marcas impressionantes, sem dúvidas. Nos EUA, não fossem aquelas duas voltinhas de Grosjean na liderança e o alemão teria anotado também mais um Grand Chelem no currículo.
Jim Clark ganho 7 corridas em 10 possíveis em 1965. Portanto com 70% deveria estar em 2o na tabela do post.
Só para causar um aumento da temperatura dos neurônios da blogueira, GP de Mônaco foi marcado para o mesmo dia da Indy500. Clark optou pela Indy, e venceu, porisso conto 7 vitórias. Mas só contavam os 6 melhores resultados, então Clark descartou esse resultado. Afinal, Indy é corrida de F1?
Paulo, a lista está organizada por número de vitórias/ano, e não porcentagem.