Vai ser interessante voltar para Xangai para o primeiro GP da China depois da pandemia. Afinal, era uma cidade que já mudava bastante de um ano para o outro. E também para entender o que aconteceu com a própria F1 nesse período afastada do país.
Não é segredo para ninguém que a corrida não lotava. Lembra da arquibancada enorme que virou propaganda? Mas os torcedores que apareciam eram bastante empolgados, em um nível de fã de boy band, que apareceu com muito mais força em outros lugares só depois.
Sobre estar na China, a primeira coisa que é muito clara é o nível de controle para tudo. Você vai precisar de um VPN para fazer o seu Google funcionar, seu WhatsApp, tudo o que você usa. E esse é só o começo.
Compre ingresso para: general admission
Sabe aquele hairpin onde vemos um monte de ultrapassagem e um monte de piloto devolvendo a manobra e dando o X? Bem ali tem uma área de general admission. Ou seja, não tem arquibancada, mas você pode se sentar na grama com o ingresso mais barato, que sai 235 dólares pelos três dias.
Um outro ponto legal que dá para ficar com esse ingresso é no final da reta principal, que leva a uma sequência bem técnica de curvas em descida. Então uma boa tática seria começar a corrida lá e depois ir para o hairpin. Não é longe.
São pouquíssimas as opções de arquibancadas. Somente no final da grande reta antes do hairpin, naquela pequena reta que une esse trecho à reta principal, e na frente dos boxes.
Hospede-se em: Jing’An ou Hangpu
A ideia aqui é ficar ao mesmo tempo perto da linha 11, que vai até o circuito, e perto também de pontos turísticos. E uma boa conexão é entre a linha 11 e a linha 2, que de quebra vai até o aeroporto principal (Pudong).
10 coisas que você (provavelmente) não sabia sobre a China
Vá para o GP da China de: transporte público
O metrô funciona muito bem e te deixa na entrada no circuito. Ok, não é uma viagem rápida. O circuito não fica exatamente em Xangai, e sim no distrito de Jiading, ao noroeste da cidade. Mas o metrô chega até lá, e imagino que você vá querer curtir Xangai também, então é a opção que faz mais sentido.
Não perca: Bund
Sim, essa será a primeira dica em qualquer manual e a primeira imagem que você tem na cabeça de Xangai, mas são várias as opções de ver o tempo passar na beirada do rio Huangpu e curtir a arquitetura, ora francesa, ora modernista. E há inúmeras opções para comer e ir às compras
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Combine com: Jardins de Suzhou
Esse é um passeio que dá para ser feito facilmente de Xangai e que mostra um pouco mais da cultura chinesa por meio dos jardins zen, que inclusive acabaram influenciando os japoneses. Mas essa é apenas uma opção.
Com visto de jornalista, eu simplesmente não posso explorar outros cantos do país sem a autorização do governo. Se pudesse, iria curtir o Yangshuo County e o Parque Nacional Zhangjiajie, com seus cenários naturais bem diferentões.
Quanto fica ver o GP da China ao vivo?
Se você já estiver por perto, o GP da China é um dos mais baratos para ver ao vivo. Xangai é uma cidade extremamente bem conectada em termos de voos, e há opções para todos os bolsos para acomodação e comida.
Outra vantagem é o ingresso relativamente barato e com um ótimo custo-benefício e a facilidade de se chegar na pista.
Turistas brasileiros não precisam de visto para a China se ficarem por até seis dias no país. Mas vale lembrar que você só poderá ir para um número limitado de cidades (incluindo Xangai).
Lembrando que este não é o gasto mínimo para ver o GP. E, sim, o melhor custo-benefício:
Vale a pena ver o GP da China ao vivo?
É claro que não seria a primeira opção em nenhuma situação a não ser estar por perto na época da corrida e não ter dinheiro ou não conseguir ir para o Japão. Mas a etapa tem seus pontos positivos, como não ser tão concorrida, a facilidade de acesso e o preço.
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