F1 GP da Austrália em dados: voltas mais rápidas - Julianne Cerasoli Skip to content

GP da Austrália em dados: voltas mais rápidas

As segundas-feiras seguintes aos GPs serão recheadas de dados aqui no Faster. Teremos as voltas mais rápidas, a disputa entre os companheiros para ver quem termina o ano com as melhores marcas no domingo, as maiores velocidades atingidas e uma tabela mostrando como cada piloto administrou suas paradas nos boxes, num ano em que a estratégia promete ser fundamental.

Durante a temporada, acompanharemos ainda a quantas anda o consumo das cotas de motores e câmbios. Será que alguém chegará no final do campeonato rezando para que a prova do Bahrein não seja realizada?

Melhores voltas do GP da Austrália

Massa Alonso Gp da Austrália 2011
Os dois últimos carros a fazerem suas paradas foram os mais rápidos do dia
Piloto Equipe Tempo Dif. Volta
1 F. Massa Ferrari 1:28.947 55
2 F. Alonso Ferrari 1:29.487 0.540 49
3 M. Webber Red Bull 1:29.600 0.653 50
4 S. Vettel Red Bull 1:29.844 0.897 44
5 J. Button McLaren 1:29.883 0.936 49
6 S. Perez Sauber 1:29.962 1.015 39
7 V. Petrov Renault 1:30.064 1.117 55
8 L. Hamilton McLaren 1:30.314 1.367 41
9 K. Kobayashi Sauber 1:30.384 1.437 51
10 J. Alguersuari Toro Rosso 1:30.467 1.520 41
11 S. Buemi Toro Rosso 1:30.836 1.889 44
12 R. Barrichello Williams 1:31.404 2.457 47
13 A. Sutil Force India 1:31.526 2.579 55
14 P. Di Resta Force India 1:31.941 2.994 40
15 N. Heidfeld Renault 1:32.377 3.430 43
16 J. Trulli Lotus 1:32.550 3.603 52
17 N. Rosberg Mercedes 1:33.503 4.556 21
18 P. Maldonado Williams 1:34.102 5.155 7
19 J. d’Ambrosio Virgin 1:34.523 5.576 44
20 H. Kovalainen Lotus 1:34.918 5.971 19
21 M. Schumacher Mercedes 1:35.319 6.372 13
22 T. Glock Virgin 1:35.789 6.842 48

É claro que os dados são mascarados pelos diferentes momentos das trocas de pneus. Mas é interessante cruzar os dados dos pitstops com das voltas mais rápidas. Entre Vettel e Hamilton; Webber e Alonso, por exemplo, que tiveram estratégia similar, qual a diferença?

Os 0s540 de Massa para Alonso podem surpreender, mas, sabendo que a volta do espanhol, seis giros antes, foi com pneus duros, é de espantar. A comparação não é 100% válida, mas dá uma boa noção da diferença entre os compostos: na classificação, as Ferrari fizeram a primeira tentativa com pneus duros e giraram entre 0s7 (Massa) e 0s9 (Alonso) mais lentas que com os macios, que colocaram logo depois.

Luta entre companheiros pela volta mais rápida

Vettel 0 x 1 Webber
Button 1 x 0 Hamilton
Massa 1 x 0 Alonso
Schumacher 0 x 1 Rosberg
Heidfeld 0 x 1 Petrov
Barrichello 1 x 0 Maldonado
Sutil 1 x 0 Di Resta
Kobayashi 0 x 1 Perez
Buemi 0 x 1 Alguersuari
Kovalainen 0 x 1 Trulli
Liuzzi 0 x 0 Karthikeyan
Glock 0 x 1 d’Ambrosio

5 Comments

  1. A borracha fraca da Pirelli basicamente acabou com a relevância da volta mais rápida. Vide a incrível diferença entre pilotagem, voltas mais rápidas e corridas de Massa e do Hamilton.

  2. Julianne,

    Ainda é cedo para bater o martelo na definição de qual é a melhor estratégia para uso dos pneus, pois ainda estamos na primeira corrida e Melbourne é uma pista atípica.

    O que dá para perceber é que temos duas linhas principais:

    1º) Quem está entre os top-10 vai partir com pneus macios, pois no Q3 irá tentar se posicionar o mais à frente possível para se ver livre de tráfego e enroscos da largada. Vão tentar abrir a maior vantagem possível, para quando estiverem com pneus duros, não ficarem muito vulneráveis às equipes que vêm de trás usando a 2ª estratégia.

    2º) Quem está abaixo dos top-10 deve optar por largar com pneus duros e tentar utilizar a tática da Sauber, de economizar 1 parada e botar pneus macios nas últimas trocas para ganhar velocidade e posições. Koba já fez isso várias vezes no ano passado, mérito seu e do carro da Sauber que é gentil no desgaste. Para quem vêm de trás, talvez seja mais útil a ATM e o KERS, para não perder muito tempo nas ultrapassagens.

    Seria interessante ver uma Williams ou Toro Rosso se posicionar entre os top-10 e no Q3 abrir mão da disputa optando por partir já com pneus duros na 9ª ou 10ª posição e utilizar a 2ª estratégia, talvez embole o final da corrida.

    Acredito que só após a 3ª corrida teremos uma visão mais clara da melhor estratégia.

    • Perfeito, Ricardo. Falarei mais sobre isso amanhã. A ordem dos compostos é outro fator que faz mais diferença.
      O problema da tática da Sauber é que, ao contrário do ano passado, não dá para estender muito o período com pneus duros. Perez parou com pouco menos de 40 voltas e – é claro que depende do carro, circuito, temperatura, etc. – parece que não dá para andar muito mais que isso. Sobrariam mais 20 a 30 voltas com o pneu macio. A chance de ficar exposto no final é bem grande – a diferença para as estratégias do Kobayashi ano passado é que ele poderia colocar o pneu macio faltando 10 voltas, por exemplo. Perez mostrou que é possível, mas é circunstancial.
      Seria muito interessante alguém arriscar o pneu duro no top 1, certamente!

  3. Posso estar sendo extremamente precipitado, mas dois fatores ainda travam esses maravilhosos Pirelli, no caso a obrigatoriedade de usar dois compostos, e a necessidade de se largar com o pneu da pole. Acredito que quem parar menos, será mais feliz, afinal a grande quantidade de paradas que se fazia anteriormente com os Bridgestone (como Shumacher, perderam espaço), tinham dois fatores mt importantes, no caso o reabastecimento, e os pneus japoneses absurdamente duráveis (podia-se pisar loucamente e descartar). Acredito que táticas o mais conservadoras possível para quem larga na frente, será o ideal.

    • Essa obrigatoriedade de largar com o pneu com que se classifica, para mim, está obsoleta.
      Com a grande diferença de rendimento entre os pneus, vejo as estratégias mais como uma questão de reação à situação da corrida neste ano, mais flexíveis em relação ao passado.
      Veremos como tudo se acomoda. Sempre há a possibilidade de todo mundo fazer a mesma coisa e o pneu não fazer tanta diferença assim.


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