As segundas-feiras seguintes aos GPs serão recheadas de dados aqui no Faster. Teremos as voltas mais rápidas, a disputa entre os companheiros para ver quem termina o ano com as melhores marcas no domingo, as maiores velocidades atingidas e uma tabela mostrando como cada piloto administrou suas paradas nos boxes, num ano em que a estratégia promete ser fundamental.
Durante a temporada, acompanharemos ainda a quantas anda o consumo das cotas de motores e câmbios. Será que alguém chegará no final do campeonato rezando para que a prova do Bahrein não seja realizada?
Melhores voltas do GP da Austrália
Piloto | Equipe | Tempo | Dif. | Volta | |
1 | F. Massa | Ferrari | 1:28.947 | – | 55 |
2 | F. Alonso | Ferrari | 1:29.487 | 0.540 | 49 |
3 | M. Webber | Red Bull | 1:29.600 | 0.653 | 50 |
4 | S. Vettel | Red Bull | 1:29.844 | 0.897 | 44 |
5 | J. Button | McLaren | 1:29.883 | 0.936 | 49 |
6 | S. Perez | Sauber | 1:29.962 | 1.015 | 39 |
7 | V. Petrov | Renault | 1:30.064 | 1.117 | 55 |
8 | L. Hamilton | McLaren | 1:30.314 | 1.367 | 41 |
9 | K. Kobayashi | Sauber | 1:30.384 | 1.437 | 51 |
10 | J. Alguersuari | Toro Rosso | 1:30.467 | 1.520 | 41 |
11 | S. Buemi | Toro Rosso | 1:30.836 | 1.889 | 44 |
12 | R. Barrichello | Williams | 1:31.404 | 2.457 | 47 |
13 | A. Sutil | Force India | 1:31.526 | 2.579 | 55 |
14 | P. Di Resta | Force India | 1:31.941 | 2.994 | 40 |
15 | N. Heidfeld | Renault | 1:32.377 | 3.430 | 43 |
16 | J. Trulli | Lotus | 1:32.550 | 3.603 | 52 |
17 | N. Rosberg | Mercedes | 1:33.503 | 4.556 | 21 |
18 | P. Maldonado | Williams | 1:34.102 | 5.155 | 7 |
19 | J. d’Ambrosio | Virgin | 1:34.523 | 5.576 | 44 |
20 | H. Kovalainen | Lotus | 1:34.918 | 5.971 | 19 |
21 | M. Schumacher | Mercedes | 1:35.319 | 6.372 | 13 |
22 | T. Glock | Virgin | 1:35.789 | 6.842 | 48 |
É claro que os dados são mascarados pelos diferentes momentos das trocas de pneus. Mas é interessante cruzar os dados dos pitstops com das voltas mais rápidas. Entre Vettel e Hamilton; Webber e Alonso, por exemplo, que tiveram estratégia similar, qual a diferença?
Os 0s540 de Massa para Alonso podem surpreender, mas, sabendo que a volta do espanhol, seis giros antes, foi com pneus duros, é de espantar. A comparação não é 100% válida, mas dá uma boa noção da diferença entre os compostos: na classificação, as Ferrari fizeram a primeira tentativa com pneus duros e giraram entre 0s7 (Massa) e 0s9 (Alonso) mais lentas que com os macios, que colocaram logo depois.
Luta entre companheiros pela volta mais rápida
Vettel | 0 x 1 | Webber |
Button | 1 x 0 | Hamilton |
Massa | 1 x 0 | Alonso |
Schumacher | 0 x 1 | Rosberg |
Heidfeld | 0 x 1 | Petrov |
Barrichello | 1 x 0 | Maldonado |
Sutil | 1 x 0 | Di Resta |
Kobayashi | 0 x 1 | Perez |
Buemi | 0 x 1 | Alguersuari |
Kovalainen | 0 x 1 | Trulli |
Liuzzi | 0 x 0 | Karthikeyan |
Glock | 0 x 1 | d’Ambrosio |
5 Comments
A borracha fraca da Pirelli basicamente acabou com a relevância da volta mais rápida. Vide a incrível diferença entre pilotagem, voltas mais rápidas e corridas de Massa e do Hamilton.
Julianne,
Ainda é cedo para bater o martelo na definição de qual é a melhor estratégia para uso dos pneus, pois ainda estamos na primeira corrida e Melbourne é uma pista atípica.
O que dá para perceber é que temos duas linhas principais:
1º) Quem está entre os top-10 vai partir com pneus macios, pois no Q3 irá tentar se posicionar o mais à frente possível para se ver livre de tráfego e enroscos da largada. Vão tentar abrir a maior vantagem possível, para quando estiverem com pneus duros, não ficarem muito vulneráveis às equipes que vêm de trás usando a 2ª estratégia.
2º) Quem está abaixo dos top-10 deve optar por largar com pneus duros e tentar utilizar a tática da Sauber, de economizar 1 parada e botar pneus macios nas últimas trocas para ganhar velocidade e posições. Koba já fez isso várias vezes no ano passado, mérito seu e do carro da Sauber que é gentil no desgaste. Para quem vêm de trás, talvez seja mais útil a ATM e o KERS, para não perder muito tempo nas ultrapassagens.
Seria interessante ver uma Williams ou Toro Rosso se posicionar entre os top-10 e no Q3 abrir mão da disputa optando por partir já com pneus duros na 9ª ou 10ª posição e utilizar a 2ª estratégia, talvez embole o final da corrida.
Acredito que só após a 3ª corrida teremos uma visão mais clara da melhor estratégia.
Perfeito, Ricardo. Falarei mais sobre isso amanhã. A ordem dos compostos é outro fator que faz mais diferença.
O problema da tática da Sauber é que, ao contrário do ano passado, não dá para estender muito o período com pneus duros. Perez parou com pouco menos de 40 voltas e – é claro que depende do carro, circuito, temperatura, etc. – parece que não dá para andar muito mais que isso. Sobrariam mais 20 a 30 voltas com o pneu macio. A chance de ficar exposto no final é bem grande – a diferença para as estratégias do Kobayashi ano passado é que ele poderia colocar o pneu macio faltando 10 voltas, por exemplo. Perez mostrou que é possível, mas é circunstancial.
Seria muito interessante alguém arriscar o pneu duro no top 1, certamente!
Posso estar sendo extremamente precipitado, mas dois fatores ainda travam esses maravilhosos Pirelli, no caso a obrigatoriedade de usar dois compostos, e a necessidade de se largar com o pneu da pole. Acredito que quem parar menos, será mais feliz, afinal a grande quantidade de paradas que se fazia anteriormente com os Bridgestone (como Shumacher, perderam espaço), tinham dois fatores mt importantes, no caso o reabastecimento, e os pneus japoneses absurdamente duráveis (podia-se pisar loucamente e descartar). Acredito que táticas o mais conservadoras possível para quem larga na frente, será o ideal.
Essa obrigatoriedade de largar com o pneu com que se classifica, para mim, está obsoleta.
Com a grande diferença de rendimento entre os pneus, vejo as estratégias mais como uma questão de reação à situação da corrida neste ano, mais flexíveis em relação ao passado.
Veremos como tudo se acomoda. Sempre há a possibilidade de todo mundo fazer a mesma coisa e o pneu não fazer tanta diferença assim.