Ele é, para muitos, o grande vilão da falta de ultrapassagens na F-1 atual. São do arquiteto alemão Hermann Tilke quase todas as novas pistas que entraram no calendário da categoria nos últimos 10 anos. Bahrain, Malásia, China, Singapura, Abu Dabhi, entre outras.
Mas é um erro culpar somente o designer de circuitos por esse ‘marasmo’, até porque, ele também acerta a mão. É o caso da Turquia. As curvas fluem de tal maneira que um pequeno erro é capaz de comprometer boa parte da volta, além de proporcionar grandes ultrapassagens, como vimos ontem, com destaque para a disputa entre Hamilton e Button. Cada curva é inspirada em alguma outra dos grandes circuitos da temporada. Por exemplo, as curvas 1 e 2 têm como inspiração o S do Senna de Interlagos.
O irônico é que ele acertou exatamente no lugar errado. Ninguém aparece para ver as corridas na Turquia. O interesse local é zero e Istanbul Park fica em um local afastado e com estrutura pouco convidativa para o público.
E com uma longa lista de cidades que demonstram interesse em sediar etapas da F-1, esta pode ter sido a última corrida turca.
Publicado em 31.05
2 Comments
sei não Ju! acho que tilke leva mais fama do que merece. amadurecendo as idéias, muita coisa que foi mudada na f1, favorece ao marasmo. os carros, devido ao regulamento estrábico, também não ajudam. o sujeito possui menos pecados no final.
Também acho. Mas acho que há dois problemas nos circuitos dele: a repetição de fórmulas – parece que a única forma de ultrapassar é disputando a freada, o que não é verdade – e as áreas de escape (isso, com todo o aval da FIA). Precisamos de mais Canadá, Melbourne, essas coisas…