Tem piloto que garante até esquecer que tem mãe quando entra no cockpit. Exageros à parte, foi curioso como Romain Grosjean, nas entrevistas dadas logo que saiu do carro, reconheceu que a largada do ano passado estava em sua mente quando as luzes se apagaram neste GP do Japão.
Afinal, foi na prova de Suzuka de 2012 que o francês ganhou o apelido de “maluco da primeira volta”, cortesia de Mark Webber. Naquela ocasião, largara no quarto posto. Webber era segundo. Ao tentar ultrapassar o australiano, deu no meio da Red Bull de forma bizarra.
Um ano depois, Grosjean foi perfeito nos primeiros metros e pulou da mesma quarta colocação para se colocar na liderança, roubada justamente de Webber. Impossível ser mais simbólico do que isso. “Não sei de onde veio aquela largada. Quando soltei a embreagem, pensei ‘wow, essa será boa’. Estava meio preocupado por causa do ano passado, mas agora deu tudo certo”, admitiu Grosjean.
Quando chegou ao Japão ano passado, os acidentes em primeiras voltas não eram novidade para o francês, que fazia sua primeira temporada completa na Fórmula 1: antes da etapa japonesa ele já havia causado nada menos que sete incidentes do tipo, inclusive levando a primeira suspensão em 18 anos na categoria após o strike do GP da Bélgica.
Neste ano, o cenário é outro. A evolução de Grosjean é notável e está relacionada às mudanças feitas nos pneus a partir do GP da Alemanha, que o ajudaram, inclusive, a superar Raikkonen em cinco das últimas seis classificações. Mas também têm a ver com o trabalho feito pelo francês para minimizar seus erros.
E não era uma das missões mais difíceis. Convenhamos, Grosjean sempre demonstrou velocidade, algo destacado com os engenheiros que trabalham com ele. Seu problema parecia ser a noção de espaço. Em 2013, o francês ainda teve seus relapsos, especialmente no péssimo final de semana em Mônaco, mas nada comparável a sua temporada de estreia.
Agora, é uma questão de consistência. Grosjean dá a impressão de ser um piloto que embala quando a fase é boa e trava quando as coisas começam a dar errado. Se não tem a classe de um Prost e nem apareceu como um cometa como Alesi, já fez por merecer sua primeira vitória e, se seguir com este mesmo momento positivo, tem uma equipe que já lhe conhece para complicar a vida de quem estiver a seu lado em 2014.
38 Comments
Julianne, acredito que a primeira vitória de Grosjean não demorará a acontecer, talvez este ano ainda, com um pouco mais de sorte e respaldo dos estrategistas da Lotus. É mais fácil lapidar um piloto rápido do que dar velocidade a um piloto lento. Grosjean sempre foi muito rápido, não se pode negar isso. Quanto às lambanças (perigosas) de Grosjean, lembro que em Silverstone, no GP da Inglaterra de 1973, o ainda agressivo e inexperiente Jody Schekter fez – ao final da primeira volta – um impressionante strike detonando 8 carros e, em 1979, já bem amansado, viria a se tornar campeão mundial. Não estou prevendo que Grosjean venha a ser campeão mundial, estou apenas citando um fato para ilustrar a questão do amadurecimento de um piloto.
Estou realmente torcendo para Hulkenberg ir para a Lotus, assim veremos mais um interessante campeonato particular entre dois pilotos numa mesma equipe (um polêmico e outro quase uma unanimidade – com a exceção da minha insignificante opinião), além daquele já confirmado entre Alonso e Raikkonen, no ainda imprevisível campeonato GERAL de 2014. Será muitíssimo interessante ver esse duelo. O francês fez uma grande corrida hoje, por algum tempo até pensei que fosse vencer. Mas Vettel é Vettel, e o francês precisará sempre de uma dose extra de inspiração para lidar com ele, sem falar que a Lotus não é a Red Bull, mas nada é impossível, o grandíssimo Raikkonen já fez essa façanha, vencendo na abertura da atual temporada.
E pergunto: você não carregou um pouquinho na “pimenta” no finalzinho do seu excelente post, Julianne (rsrsrsrsrs. . .)? Acho que vou ter que indeferir seu “habeas corpus preventivo” impetrado em favor do futuro e ainda desconhecido companheiro de Grosjean, hahahaha!!! Se ele for “bão” mesmo não poderão fazer isso e o próprio saberá se impor, acredito eu. Veja o caso presente, com Raikkonen.
Parabéns também ao apedrejado estreante Gutiérrez, que levou sua “tranqueira” ao 7º lugar, posicionando-a atrás do festejadíssimo e experiente Hulkenberg, que corre numa “tranqueira” igual e chegou em 6º. “Tranqueiras” que hoje chegaram atrás apenas das duas vitoriosas Red Bull, das duas Lotus e da Ferrari de mestre Alonso. Ou a abóbora de repente virou carruagem, explicando algumas coisas? Interessante notar que Gutiérrez recebeu a bandeirada de chegada com uma diferença menor em relação ao incrível Hulk do que aquela entre Raikkonen e Grosjean.
Ai está o X da questão. Ontem não deixei de apostar em Grosjean de segundo, despresando um pouco a Webber que sempre é uma roleta chinessa. Mas quando assistia a belissima corrida que presentou o Frances, não deixava de me lembrar que o ano passado muitos jornalistas e outros comentaristas de plantão, queríam a cabeça do Galo por achar que não merecia estar na F1 e era perigoso demais. Eu prefiro ver o espetaculo que nos brindam caras arrojados a aqueles pilotos medianos que insistem em pernacer no circo por patrocinios ou jogos de interesses.
É claro que grande merito tem a Lotus ao apresentar uma carroça muito estavel, mas o Groja estava ai para peitar os dois bolidos que tudo mundo diz que são superiores, mas que na realidade são também dirijidos por caras competentes. Cade o resto??.
Pois é Aucam, chegou um momento que até pensei que o día era hoje. Mas acredito como vc que não vai demorar.
Vale dizer que a estrategía de 3 paradas de Webber foi boa para o segundo, mas quase não consegue pela habilidade do Franchute. Boa Groja, valeu garoto!!
e cito:
“É mais fácil lapidar um piloto rápido do que dar velocidade a um piloto lento”,
É verdade meu respeitado Aucam, tão assim que eu gostaria de uma volta por cima de Williams, e que apresenta-se uma caranga decente para ver se o Maldonado aprendeu alguma coisa danzando com as “bestas” do pelotão do fundão. O Venezuelano já demostrou que é muito rápido e estou seguro que com um bolido à altura, presentaria bom careo nas feras da frente. Mas sabe de quem eu tenho duvidas, justamente do festejado Hulk. Sei não, o Gutti de fato é lesma, e está andando muito com a Sauber, que pode sim ter encontrado de novo o ponto perdido.
Veja a outra cara da moeda na Force India, quem disse que Sutil e Di Resta são isso. Outro cara que estou gostando de ver é o Bottas… Ah Williams, resucita Frank que ainda estas vivo.
Ah, Bruz, nem me fale da Williams! Que tristeza vê-la assim, no fundo do abismo, com apenas 1 ponto no campeonato e à frente apenas das nanicas com suas dificuldades de toda ordem! Uma equipe que já foi o sonho de consumo de dez entre cada dez pilotos. Nela correram em momentos diferentes os quatro nomes da 2ª Era de Ouro, Piquet, Senna, Mansell e Prost. Uma equipe vencedora que produziu tantos vencedores e campeões, a partir de Alan Jones! E que não se deixou abater com o drama pessoal de Sir Frank Willliams, um cara “tough”, que soube superá-lo. Às vezes temo que a McLaren esteja entrando pelo mesmo caminho: perdeu Lewis e Lowe, deixou Newey partir – assim como a Willliams -, dizem que tem problemas de patrocínio etc. Penso que Ron Dennis faz muita falta à McLaren, e Whitmarsh é um Domenicali mclariano. Se bem que quanto aos rumos de Newey, muitos são de opinião que as pessoas às vezes sentem necessidade de mudar de ambiente para estarem sempre se renovando com novos desafios, seria como arar a terra já estiolada para novas colheitas. Com a chegada do motor Mercedes, apregoado por todos como um canhão, torço muito para que o time de Grove volte ao topo produzindo excelentes carros, mas será que seu atual corpo técnico é capaz disso? Dizem que as suas instalações técnicas ainda são uma maravilha, é verdade Julianne?
Quanto a Maldonado, compartilho da mesma opinião sua, Bruz. Desde a primeira vez que comentei aqui no blog da Julianne, há quase dois anos, venho dizendo o óbvio: assim como Grosjean, o venezuelano tem o que se exige de MAIS BÁSICO para um grande piloto: a extrema velocidade. E Bottas está me surpreendendo nesse quesito, pois tem se mostrado muito rápido também, tomando como ÓTIMA comparação o velocíssimo Maldonado. Veja que até o político francês PROST – o maior e mais eficaz representante do TIPO de automobilismo que não arrisca, sem emoção, que eu não aprecio, o CEREBRAL – como superpiloto também tinha muitíssima velocidade, refletida flagrantemente nas suas estatísticas. (No entanto, respeito os que pensam diferente, são essas diferenças que tornam o automobilismo tão emocionante e geram as paixões). Maldonado tem TUTANO também, não se intimida com os Quatro Grandes de hoje, peita-os sem complexo, já disputou até as últimas consequências com Hamilton (não recordo agora o GP), venceu Alonso com autoridade naquele duelo que o levou à vitória na Espanha em 2012, além de ter vencido em Mônaco na GP 2 – segundo a sábia opinião de Sir Jackie Stewart é preciso respeitar quem já venceu no Principado, qualquer que seja a categoria. Ficou 4 anos na GP 2 porque a fila na F 1 não anda. Di Resta, por exemplo, que até hoje não disse a que veio, deveria ser encaminhado de volta ao DTM (apesar de ter sido campeão lá, possivelmente seria “devorado” pelo Farfus e pelo Bruno Spengler).
Forte abraço.
E Márquez, hein Bruz? Depois de ter esbanjado velocidade e arrojo, agora está esbanjando MATURIDADE também: foi com tudo pra cima de quem deveria (o grandíssimo Lorenzo) e respeitou Pedrosa, hahahaha, que ficou até sem graça no pódio rsrsrs. . . Desse jeito, quem vai conseguir vencer a Formiga Atômica, daqui pra frente?
Pois eh Aucam, esta era a última corrida que eu esperaba ve-lo cair. Mas o “petiso” é muito bom e saiu airoso nesse duelo – precioso duelo – com o “ex-campeão”. Sim Senhor!! com essa lavada já Lorenzo é ex. Tem novo rei na pista. E eu abro um sorriso de alegria.
Esse campeonato também acabou!
Acho que não escolhi bem as palavras no final do post. Nem me passou pela cabeça qualquer tipo de interferência, só vi que poderia deixar essa interpretação em aberto quando li seu comentário. Apenas valorizo bastante a vantagem quando piloto e equipe já se conhecem. A Lotus sabe como tirar o melhor dele e vice-versa, enquanto quem chegar terá de se adaptar.
Desculpe, Julianne, bem que eu achei estranho o arremate do post: não estava compatível com o padrão de isenção que você sempre imprime em suas análises. Creio que fui induzido subliminarmente a interpretar suas palavras de modo diferente de tanto ler por aí que Grosjean é o “queridinho” de Boullier. Esclarecimentos feitos de parte à parte, considere-se “absolvida” rsrsrsrsrs. . .
“É mais fácil lapidar um piloto rápido do que dar velocidade a um piloto lento.”
É o que sempre pensei. Vettel é um bom exemplo. Sempre foi rápido, mas se atrapalhava algumas vezes.
Hamilton é o outro lado da moeda na questão de lapidar: infelizmente, não foi lapidado até hoje.
Não sei se você concorda, caro Eric, mas vejo Hamilton bem mais maduro hoje, mais focado. Não tem é dado muita sorte. Ano passado, por exemplo, a McLaren pisou muito na bola com ele.
Aucam,
Eu concordo que o Hamilton estah *muito*, mas muito mesmo, mais maduro atualmente. Emancipou-se de seus tutores que foram incapazes de ver a maturidade do jovem piloto chegar. Seus tutores a que me refiro aqui, sao seu pai e ex-empresario, e a McLaren. Equipe que o encaminhou ate a F1, mas que tirava qualquer liberdade de expressao do piloto.
Hamilton foi lapidado na pista. Mas ninguém nunca fez nada pela mente do rapaz. Por isso se atrapalhou tanto. Por isso não foi ele a erguer a taça em 2010 e ele a ter chance de ter o destaque que Button teve em 2011.
Sobre Grosjean… Ele é bom. E só. Não acho que chegará ao nível de Alonso, Vettel, Lewis. Ele vai ser aquele cara competente, que todo mundo vai confiar, que nos circuitos em que ele corre, ele corre muito e nos outros ele pelo menos faz um bom trabalho. Mas não vai realmente se destacar tanto. Minha opinião, claro… E como sempre, posso estar falando uma pá de m@#$%. Não seria a primeira nem a última.
O Estebam saiu de decimo quarto para sétimo, uma corrida de gente grande, brigando no final com uma mercedes, vou acompanhar de perto esse piloto e torcer para ele continuar na formula 1 hoje sem teste um piloto jovem e cru sentar num formula 1 como a sauber que embora não sendo uma grande é uma das mais tradicionais em revelar pilotos ex Kimi, esse mexicano é humilde e consciente de suas limitações quer aprender torço para ficar. quanto a Grosjean eu tinha dito o ano passado que ele éra uma grande promessa devido sua velocidade e acredito que ele pode sim ser campeão tem talento para isso. quanto a vettel é o melhor dessa geração já e uma lenda com 26 anos.
Olha, caro Lúcio, você observou uma coisa importante, a humildade do Gutiérrez (o que já levou muitos a tacharem isso como insegurança, nada a ver). Humildade no bom sentido – de reconhecer sua própria inexperiência, isso leva qualquer um a tentar se aperfeiçoar, aprender – porque na pista ele manda ver! Claro que está em desenvolvimento ainda. Acho que devemos estar sempre atentos aos detalhes: Gutiérrez não foi campeão na GP 2, mas foi na GP 3. Gosto muito da tocada combativa desse mexicano (aliás, como digo sempre, não gosto do automobilismo de espera). Veja que Hulk – campeão de tudo nos acessos – tinha uma postura bem mais autoconfiante quando chegou à F 1, lembro que li na época que Patrick Head chegou até a podá-lo nesse aspecto antes mesmo de ele estrear efetivamente, e no fim das contas sucumbiu na soma dos grids e das chegadas a um senhor de quase 40 anos em fim de carreira – Barrica. Não estou desmerecendo Hulk, apenas não consigo entender tanta unanimidade em torno de seu suposto mas apregoadíssimo talento. Estou torcendo para que o alemão vá para a Lotus, se medir com Grosjean. Vettel bem que poderia pedir a Hulk para ensinar-lhe o pulo do gato, pois já ganhou 3 campeonatos e está a meio passo do 4º, ganhou de Toro Rosso e ainda leio comentários tachando Sebastian até de pilotinho, como pode isso?
Infelizmente, quem comanda as coisas na F 1 é a necessidade de dinheiro, então vemos coisas que não gostamos.
Caro Aucam,
com relação ao Hulkenberg, ele me chamou atenção na GP2 onde foi campeão com sobras. Na estréia pela Williams, perdeu pro Barrichello mas não vejo demérito nenhum, afinal ele era estreante e tinha ao lado um companheiro rápido e muito experiente (lembre-se que o Maldonado que também é bem veloz também ficou atrás do Rubens). Na Force India em 2012, começou perdendo pra o Di Resta (ele estava parado há um ano e o Di Resta vinha embalado do ano anterior) mas terminou o ano bem a frente (63 a 46 pts), lembro da corrida de Interlagos do ano passado em que ele teve uma ótima tocada, chegou a liderar se não me engano.
Realmente ele não impressionou tanto como o Vettel no seu início (o que é algo difícil de igualar), mas acho que deixou uma ótima impressão. Queria muito vê-lo ao lado do Grosjean ano que vem.
Quanto ao Gutiérrez, também gosto do seu estilo agressivo. Acho que ele decepcionou um pouco na GP2 ano passado, mas isso não quer dizer que não tenha um bom potencial.
Grande abraço
Caro Flavio,
Compreendo e respeito seu ponto de vista diferente do meu, em relação a Hulkenberg. Quando manifesto minha perplexidade em relação à unanimidade da excelência dele, sempre registro que ele ganhou TUDO nas categorias de acesso, daí essa perplexidade ser maior ainda diante do pouco – a meu ver – que ele que apresentou até aqui na F 1, contrariando as expectativas minhas. A superioridade de Barrichello foi muito flagrante, tanto nos grids de largada (à exceção da pole que Nico obteve em condições atípicas em Interlagos) como nas chegadas. Em 2012, em Interlagos, no momento em que liderava Hulk tinha o carro mais rápido da prova, mas se atrapalhou todo com a proximidade de Hamilton, rodou SOZINHO na Curva 1 na frente do inglês e, INvoluntariamente, tirou Lewis da corrida. Fiz a leitura disso como mais um indicativo de suas limitações.
Quando Maldonado chegou na Williams em sua estréia na F 1 encontrou um carro muito, mas muito pior que aquele Hulk dirigira no ano anterior, mas demonstrou logo que era rapidíssimo, levando-o ao Q3 por TRÊS vezes durante aquela temporada, contra nenhuma vez de Barrichello, que marcou mais pontos que ele devido à sua experiência, como você observa. Portanto, na condição de estreante o venezuelano SE IMPÔS em velocidade a Barrichello, ao contrário de Hulk. Subitamente, agora, Hulk vem fazendo boas corridas, mas observe também que Gutiérrez – um estreante – também passou a frequentar o Q3, uma das vezes com uma diferença de tempo bem menor entre ele e Hulk do que entre Rosberg e Hamilton, entre Webber e Vettel e Massa e Alonso. Então, vemos que a Sauber com os novos pneus parece ter recuperado a competitividade que tinha em 2012, quando Pérez foi ao pódio três vezes, além de ter chegado em 2º no GP da Malásia, quase vencendo a corrida sobre ninguém menos que Alonso. É o que eu espero que Hulkenberg faça daqui por diante: que chegue no pódio para justificar as imensas expectativas que depositam nele quase unanimemente, pois todo mundo o vê HOJE como acima da média ou mesmo um fora-de-série. Creio que sou o único a dizer que ainda tenho dúvidas quanto ao talento de Hulk. E veja que Vettel vem detonando TUDO e TODOS e não há unanimidade em torno dele, interessante, não? As pessoas em geral têm mais certezas em torno de Hulk do que de Vettel, como pode isso?
Mas, da mesma maneira que você, Flavio, TAMBÉM quero ver Hulk na Lotus se medindo com Grosjean, que é rapidíssimo, igualmente foi campeão na GP 2 e por isso é um bom parâmetro para que eu mude ou não a minha insignificante opinião. (E ainda tem o fator carro, não sei qual a competitividade que a Lotus terá em 2014, com a perda de tantos bons engenheiros). Por enquanto prefiro aguardar antes de me juntar à UNANIMIDADE em torno de Hulk. Mas não terei problemas em admitir que estava errado em minha avaliação se o alemão apresentar consistentes ou espetaculares resultados com um carro melhor, afinal não se pode negar fatos, até porque estou raciocinando em cima do que o alemão entregou até aqui. Agora mesmo, por exemplo, Bottas está me surpreendendo favoravelmente.
Forte abraço.
Obrigado pela resposta aucam. Como sempre, você fez uma grande análise! O Bottas também está me causando uma boa impressão.
Abraço
O Grosjean pode ficar tranquilo quanto ao título “maluco da primeira volta”. Neste ano, Alonso (Malásia) e Hamilton (Suzuka) roubaram para si tal designação.
O Espanhol e o Inglês só se esqueceram de uma coisa > Cometer erros estúpidos com outro carro, pois a Red Bull de Vettel é feita de ‘adamantium’. 🙂
[O alemão pode até ter o melhor carro, mas os incompetentes o ajudam ainda mais a conquistar o título… (Reclamar é fácil, difícil é pilotar sem erros)]
Ué, onde Alonso e Hamilton cometeram erros estúpidos nestes dois GP citados? Na Malasia, Vettel freou cedo demais e Alonso tocou sua traseira danificando o bico. Em Suzuka, Hamilton foi obrigado a jogar para o lado de Vettel pois o Webber tb se movia para a direita quando era ultrapassado. E teve o azar de tocar o pneu na asa do Vettel. Dois casos bem longe das largadas estabanadas de Grosjean em vários GPs. E não foi esses dois acidentes que estão dando o título ao Vettel. E quando o carro é muito bom é bem mais fácil pilotar sem erros, pode crer.
Dennis, concordo com você. Não há como culpar os pilotos nos dois eventos citados pelo redhorse. Pode até ter faltado malícia ao Alonso no toque da Malásia, mas longe de ter sido culpa dele; quanto a Suzuka, eram 4 carros praticamente um ao lado do outro, o Hamilton largou melhor que o Vettel, o Webber se movimentou para a direita, o alemão não cedeu espaço e o toque ocorreu de forma a não haver culpados (principalmente se visualizar todos os onboards).
Dennis,
Felipe,
Alonso e Hamilton foram agressivos em demasia e provocaram danos. Simples assim.
Não sou fã de “azar”. Sou fã da competência e incompetência.
OBS:
Ah, e até o GP da Espanha, Alonso dizia estar no mesmo nível da Red Bull, portanto, sem desculpas furadas.
Que raiva toda é essa… Tem umas terapias ótimas para isto, experimente.
Ju, existe alguma explicação lógica e bem fundada em números para justificar a terceira parada de Webber na corrida além do desejo da Red Bull ?
Vou fazer um post de estratégia com essas informações ao longo da semana, Davis.
Oba! Assim vou saber, certamente, a resposta da minha pergunta (pessimamente formulada p/ o credencial) se era possivel Webber ter arriscado ir ate o fim sem a ultima troca de pneus.
O carro da RBR é tão superior, que os dois colocaram 35 segundos novamente para o quarto colocado, pois Grosjean, para mim, foi o vencedor verdadeiro da prova, pois fez uma largada perfeita, e andou no ritmo da RBR sem ter carro para tal, enfim, vimos nesse fim de semana do francês uma pilotagem acima do que o carro poderia oferecer. A RBR é tão superior, que trabalhou com a melhor e a pior tática e mesmo assim venceu com sobras a concorrência. Não tenho dúvidas que a melhor tática era duas paradas, ao passo que a terceira parada de Webber foi o famoso “multi 12”, kkkk, será que precisava de jogo de equipe, afinal não existe mais campeonato, pois todos estão cumprindo tabela…
Não só cumprindo tabela. A Lotus ta de olho no segundão de construtores. Eles precissan dessa grana e de visivilidade para patrocinadores no ano que vem. Eles sabem que tem pilotos para conseguir. Eu acho que levam.
O Kimi vai querer levar a grana pra Ferrari. Já parou de correr faz tempo.
Webber poderia ter lutado pela vitória se tivesse se livrado de Grosjean rapidamente, assim como fez Vettel. Ao contrário, ele passou de 3 a 4 voltas atrás do francês, mesmo tendo pneus médios novos contras duros usados. Não dá para culpar a estratégia da Red Bull por isso.
Julianne,
Em quem acreditar no momento? No esperançoso Boullier?
http://www.gptoday.com/full_story/view/467663/Boullier_Hlkenberg_is_our_choice/
Ou no oráculo da F 1, Eddie Jordan?
http://www.gptoday.com/full_story/view/467637/Hulkenberg_to_Force_India/
Achei estranha essa declaração do primeiro link. Eu tenho o áudio dessa entrevista e, pelo que entendi, o Boullier estava falando do Grosjean quando diz “he’s our choice”, e não do Hulkenberg. Do Hulk ele só fala algo como “desde que vocês o ligaram a nossa vaga ele está andando bem”, num tom irônico.
Mas concordo com você que está difícil entender o movimento atual do mercado. Quanto a isso, sou mais do estilo “let’s wait and see” do Kimi.
Preferiria ver Hulk na Lotus. Seria o upgrade que todos os fãs dele ansiam e, medindo forças com Grosjean, ele acabaria com parte das dúvidas que tenho sobre ele. Só não sei é onde estará tecnicamente a Lotus em 2014, com essa debandada de ótimos técnicos/engenheiros de lá. Queria ver não apenas os dois se digladiando, como também quem teria mais condições de peitar os 4 Grandes. Obrigado pela resposta sobre os links, Julianne.
pos, anseiam
ops, hahaha, tá brabo hoje!
Olha ai! Parece que o Gabriel Lima tambem “got lost in translation” na entrevista…
http://www.totalrace.com.br/site/noticia/2013/10/boullier-sobre-huelkenberg-adoraria-te-lo-ele-e-nossa-escolha
Eddie Irvine, ex-piloto de Fórmula 1, não tem dúvidas de que o principal responsável pelo sucesso da Red Bull é Adrian Newey, a mente que, ano após ano, tem vindo a projetar o carro da equipa.
A escuderia austríaca escalou até ao topo na Fórmula 1 e está perto de somar o quarto título consecutivo de pilotos e construtores. Mesmo que seja Sebastian Vettel que festeja no final, Irvine acha que a culpa do carro.
“Já muitos tipos ganharam nos carros do Adrian Newey. Não é grande coisa”, afirmou, em declarações à Sky Sports. “O verdadeiro génio é o Adrian Newey. Há o Schumacher, há o Senna e agora há o Newey”, atirou.
A acrescentar a esta ideia, Irvine, que foi companheiro de Michael Schumacher na Ferrari, considera que ter um bom carro é essencial para o sucesso na Fórmula 1 atual.
“Se não tens um bom carro, não ganhas o título. A não ser que te chames Michael Schumacher ou Ayrton Senna”, completou.
Pura abobrinha! Tanto Senna quanto Schumacher tinham os melhores carros quando ganharam. Talvez a Benetton de 94 e 95 nao fosse o melhor carro, mas ai tem filtro de reabastecimento removido e abalroamento proposital para ganhar o campeonato….
Irvine eh um recalcado!
Claro que ele fala isso. Em 1999 ele perdeu o título pro carro do Newey. Só pra lembrar, o carro do Newey aquele ano não era o melhor, e sim a Ferrari. Tanto que o Schumi deixou de correr 6 corridas, deu o carro pro Mika Salo (que tem um talento conhecidíssimo) e ainda ganhou o mundial de construtores. É claro que prum cara como ele, ganhar com o carro do Newey não é nada… Ele precisa desvalorizar a vitória brilhante do Hakkinenn em cima dele mesmo.
Todas as intenções por trás de uma declaração dita devem ser analisadas. E pra mim, o Irvine só tentou desmerecer o Newey por ter tomado um coro de um carro que o Newey projetou, mesmo com o melhor carro.