Os quase 25 segundos de vantagem de Nico Rosberg para seu rival mais próximo na prova de abertura da temporada 2014 da Fórmula 1, na Austrália, deram a medida da supremacia da Mercedes neste início de ano. Ainda que a diferença de rendimento não seja tão grande como alguns dos rivais temiam – o chefe da Red Bull, Christian Horner, chegou a prever que os carros prateados venceriam com duas voltas à frente – a corrida de Melbourne deixou claro que as demais equipes precisam correr atrás do prejuízo.
“O ritmo da Mercedes não me surpreendeu, sabíamos que eles eram fortes”, afirmou Felipe Massa, da Williams, que abandonou logo na largada após ser abalroado pelo japonês Kamui Kobayashi. “A gente acreditava que eles tinham segurado um pouco no [teste de pré-temporada no] Bahrein e, por isso, fizemos praticamente o mesmo tempo. Sabíamos que eles estariam na frente quando chegássemos aqui”, disse o brasileiro, que foi o mais rápido dos testes, dois décimos à frente de Hamilton. “A corrida também mostrou uma Red Bull forte. Talvez, quando eles solucionarem os problemas com o motor, vai ser um carro que estará brigando. A McLaren também mostrou que tem um carro bom. Mas a corrida mostrou ainda que nós temos carro para estar brigando com eles, tirando a Mercedes.”
O brasileiro se refere ao desempenho do companheiro, Valtteri Bottas, que mesmo com um erro que lhe fez ir para o fundo do pelotão, conseguiu se recuperar para ser o quinto. “Isso é positivo, independente da minha corrida ter sido muito negativa”, avaliou.
O único porém da prova da Mercedes, destacado pelo próprio Rosberg, é em relação à confiabilidade do carro. Largando da pole position, seu companheiro, Lewis Hamilton, perdeu duas posições logo de cara. O inglês já sabia antes mesmo de alinhar no grid que pilotaria com um cilindro a menos em seu motor e acabou sendo instruído a parar sua Mercedes para poupar o equipamento. Nesta temporada, os pilotos têm apenas cinco unidades de potência para usar durante o ano. “Certamente é um fato que não estamos 100% ainda. A equipe fez um grande trabalho para fazer meu carro funcionar muito bem na corrida, mas ainda há muito a ser feito. Houve várias mudanças no carro durante o final de semana e não quero mais fazer isso”, alertou o vencedor.
Dois fatores chamaram a atenção: Rosberg completou o GP em 1h32, dois minutos mais lento que Kimi Raikkonen ano passado – se por um lado a prova deste ano teve uma volta a menos, em 2013 não houve Safety Car. E, mesmo que praticamente todas as equipes tenham tido um desafio ou outro ao longo do final de semana, a confiabilidade também surpreendeu: foram apenas cinco abandonos por quebras, mostrando aos alarmistas que não se deve duvidar da capacidade dos engenheiros da Fórmula 1.
42 Comments
É, a Mercedes parece de outro mundo mesmo. Acho que nem usaram do máximo do carro, já que não precisou defender posições. Mas muito triste foi ver o Koba atropelar o Massa e o Bottas mais rápido que o próprio carro… do jeito que foi, duvido que o Rosberg colocava 25s no 2° lugar (talvez “só” uns 15s).
Fiquei de cara como Magnussen estava tranquilo/frio no 1° pódio de sua primeira corrida. Esse cara já é lider da nova geração (Kyvat e Ricciardo foram ótimos tbm). Achei interessante também a satisfação do Ron Dennis na classificação conforme o Mag ia avançando nos tempos.
Pra finalizar, colocando a Mercedes na frente, gosto da ideia de pensar que veremos Mclaren, Red Bull (incrível a recuperação de 50% da equipe – Vettel pagou alguns pecados esse final de semana) e Williams no segundo pelotão das corridas e Ferrari, Force India e Toro Rosso num 3° pelotão, claro que Ferrari sempre mais no 2º do que no 3º pelotão.
E o Chilton conseguiu completar mais uma corrida, no velho e bom, devagar e sempre.
Elizandro, as previsões antes da corrida sobre quebras eram tão apocalípticas que eu pensei até que ele fosse ganha-la, já que piano, piano se va lontano. . . E o currículo dele ano passado foi mesmo impecável. . .
Olá Junianne, olá pessoal,
O que acharam das ultrapassagens? Fora o que fez o Bottas, achei o resto bastante conservador. Ia dizer que a agressividade do Bottas era porque ele estava fora da sua posição, mas acho que isso só vale para na segunda parte da corrida; na primeira ele genuinamente estava indo para cima, até tocar o muro.
Diante de tanta expectativa sobre essa primeira corrida, acho que a montanha pariu um rato. Com Hamilton e Vettel fora logo no início, o GP ficou sem sal e sem molho, insípido. É que fico imaginando duas coisas: que os dois da Mercedes pudessem duelar roda a roda entre si como o fizeram Lewis e Button em um GP de 2011 ou 2012 (não me lembro agora qual) e que Vettel com o problema de software eventualmente resolvido pudesse fazer uma eletrizante corrida de recuperação. Magnussen (com sua tocada veloz e segura), Kvyat e Bottas confirmaram minhas grandes expectativas sobre eles. Bottas foi o animador da corrida. Esses três guris vão longe.
Creio que teremos mais um ano das velhas e famosas ladainhas “Alonso tira leite de pedra” e “El mejor de la parilla” no Marca e AS (não obstante ali existirem também hilariantes comentários de iracundos antialonsistas espanhóis classificando-o como “paquete” rsrsrs), mas gostei do belo passão que o asturiano deu em Hulk, “O Encantador das Massas”, mostrando sua garra e sua categoria. Raikkonen já foi contaminado pela Síndrome de Massa e o Alonso é comprovadamente o vetor desse vírus.
Sérgio Perez está merecendo mesmo ser posto para caminhar na prancha (mais uma vez, agora da Force India, a fila anda), depois da sova que levou do hipnótico Whokenberg (este se instalou mais uma vez em seu lugar cativo, por ali entre o 4º e o 8º lugares, com unidade de força Mercedes e tudo). Perdi a paciência com Perez. Bem que o Bruz sempre desconfiou desse mexicano.
Kobayashi parece ter sido traído pela tal intermediação eletrônica do freio traseiro, perdendo a freada, com consequências para ele próprio e para o Massa, um aspecto sobre o qual eu já havia perguntado à Julianne em post anterior, externando minha preocupação com a segurança desse break-by-wire.
E a Lotus em Melbourne foi uma HRT rediviva. Que pena. . .
Por último, confesso que Ricciardo me surpreendeu Em corridas com eventual favoritismo para a Red Bull (e as haverá, ninguém se iluda que não), ele até poderá eventualmente ganhar se Vettel tiver problemas em seu carro (minha convicção sobre a volta por cima da Red Bull .e de Vettel continua firme e forte. O mesmo vale para Hamilton).
Desculpem, esqueci de meter aspas no trocadilho break-by-wire. . .
Não foi tão ruim para Lotus não Aucam. Pelo apresentado nos treinos eu achava que nem largavam. Maldoso andou 30 voltas e Groja 45 (e não bateram em ninguem, hehehehe), isso é muito mais do que andaram nunca de uma vez só, e muito mais do que andaram nos 3 treinos + o Qualificatorio. Colherom muitos dados que não tinham tido oportunidade de colher ainda. O consumo de pneus foi espectacular (nem dados disso eles tinham), evidenciando o que já sabemos de Lotus, eles iríam a uma parada só. Mesmo com a falha do sistema-K, passaram muitos dados para a Renault e seguramente veremos um treino mais decente na Malasia. (I Believe)
Sim, não boto muita fe no cheliquento Perez, mas estava num dia de TPM. Foi atropelado pelo paisa gutierrez e teve que ir a box porque o pneu furou na primeira volta, e depois ficou quase toda a prova atras de Sutil com essa Sauber de meia boca. esses dois da Sauber e o Peres são alguns que deben deixar que a fila avance.
Vamos a esperar o que da o caso dos “sensores de fluxo”, se ficar por ai, realmente vou a creditar que a RBR quería sentir o pulso da FIA. A coisa é mais quente do que parece
“E não bateram em niguém”, hahahaha, nem entre si, acrescento eu, hahaha. Brincadeiras à parte, gosto da velocidade, da garra e do espírito de luta desses dois. Vamos então aguardar uma Lotus mais competitiva.
O Jean Toddt deve ter participado de algum fórum secreto no Fluminense, creio eu.
O único fato revoltante do fim de semana é a FIA (Ferrari Interest Association) punir a Red Bull e Ricciardo. Um sensor de fluxo que ela própria recomendou e homologou ontem depois da classificação, ciente de que estava apresentando problemas de leitura foi o motivo da desclassificação? Por que então deveria a equipe reduzir de fato o fluxo de combustível durante a corrida e comprometer seu resultado por uma situação que a própria federação é responsável por acontecer? Tapetão na Red Bull.
Teorias da conspiração não costumam me cativar mas pouco nesse mundo é feito por coincidências.
Olha só o que foi publicado, ainda na quinta feira:
http://www.autoracing.com.br/f1-montezemolo-insiste-que-a-fia-coiba-malandragem-nas-regras/
Sacou?
Abs
Ju, sei que é um chute no escuro, mas o fato da Force India de Hulkenberg ser mais rápida que a Ferrari de Alonso em reta com DRS acionado, teria uma explicação plausível, tipo: melhor motor ou relação de cambio, down force, ou seria tudo junto? PS: o som dos turbo é um anticlímax para uma categoria que se orgulhava do berro de seus motores…nada comparável com a sinfonia dos anos 80!!!
Wagner, posso incluir o alemão nesse “tudo junto”? Afinal, a excelência dele é praticamente uma unanimidade, rsrsrs. . .
As duas Ferrari sofreram problemas elétricos na unidade de potência por toda a prova e, para evitar uma quebra, a equipe trabalhou com uma configuração que prejudicava a velocidade final.
Vixe! Veja isso, Julianne!
http://www.gptoday.com/full_story/view/481605/Report_claims_Mercedes_V6_turbo_producing_900_horspepower/
Eu fiquei quieto esse tempo todo porque foram tantas mudanças que só após a primeira corrida daria pra começar a fazer prognósticos. Por enquanto o que eu previa pra Mercedes e Ferrari se confirmam; Mercedes a mais rápida e Ferrari uma das mais confiáveis. A RBR parece que não será nem uma coisa e nem outra.
Julianne, não entendi bem essa regra de combustível que usaram pra punir o Ricciardo. Se possível, poderia explicar a nova regra? Nos fóruns que participo tem muita informação(ou interpretação) diferente.
É uma boa ideia de nota para o site! Fique de olho.
Como fale no meu comentario sobre a punição ao Ricardão, e sei que tem sido tema meio que tabu, vou tentar te explicar com uma analogia. Imagina que vc tem uma distancia de 100 km a recorrer até Piracicaba, más vc sabe que não pode ir a mais de 100 Km/h por lei e a policia federal tem radares. O fato é que se vc andar a 150 não significa que vc recorra mais de 100 Km, mas seguro que o radar te pega. Se anda perto dos 100 Km/h não significa que vc não possa gastar 2 horas (parou para fazer xixi, parou no pedagio, baixou a 6o num trecho de buracos).
Igual, agora os carros de F1 dispoem de 100 litros de gasopa para a corrida, e o consumo máx, não pode pasar dos 100 litroes/ h (como no caso da velocidade não é constante porque nem sempre andam a toda potencia, só não pode pasar, se quizer saber cuanto por segundo, faz o calculo TRamarim).
Controlar debe ser do mais simples, basta uma valvula que controle o fluxo, cada equipe debe ter seu trambique (o problema é obter a melhor performance com esse max que debe pasar).
É claro que não se trata só de por a regra e confiar de que todo mundo não vai pasar de 100 Km/ hr, a policia rodoviaria alem dos radares que tudo mundo ja sabe onde ficam (com os GPS, Waze, etc), também dispoem os radares moviles. A FIA também não confía que os caras vão afinar suas valvulas, eles fornecen un sensor padrão que mede – imagina só – 5 vezes por segundo o fluxo de conbustivel.
Parece que o sensor esta sendo contestado desde faz un tempinho. Eles já tinham alertado a RBR, e Horner retrucou dizendo que o sensor pode apresentar falhas, pode deixar de funcionar para outras equipes (hehehehe, imagina teorias conspirativas). Se eles dizem a verdade não debe ser dificil de provar. Só testar os dois componentes.
Eu acho que é ingerencia demais da FIA. limitar a 100 litros já estava de bom tamanho, e tanta regulagem e sensores terminam fudendo o espectaculo. Diga seu parecer Tramarim. (por sinal, Vc confia nos radares da policia)
No caso de Piracicaba o fator limitante são os Km, e as medições São: Distancia, que é fixa (100 Km) e, Velocidade, que pode ser variavel mas não pode pasar dos 100 Km/ h.
No caso da corrida de F1 o fator limitante são os litros e as medições são: Volume, que está fixado em 100 litros, e Fluxo, que é variavel, com um max de 100 l/h.
O problema de interpretação que a maioría comete, é pensar em consumo em vez de fluxo. O Consumo é o maior rompe coco dos engenheiros, tentando ter a melhor performance com um fluxo variavel (limitado a um max de 27,77 cc/seg), para dar potencia suficiente a ese motor, que junto com os outros “sistemas verdes” proporcionem velocidade para chegar primeiro em um GP de +/- 300 Km, com menos de 100 litros de gasopa,
Por sinal, eu mesmo errei em um lapsus e no meu comentario mais embaixo coloquei “sensor de consumo”, hehehehehe.
Que saco, melhor deixar que eles briguem para ver se param de fuder o espectaculo. Este ano vou asistir mais GP2, GP3, World Series e resto de monopostos
Pois éh, continuo me corregindo, não são litros, são Kilos de combustivel. Mas a explicação é a mesma. Total, o fluxo é limitado a 27,77777 gr/seg.
Sim Tramarim, já, já entendí. Melhor esperamos a que Juliana se nutra bem e explique a bagaza.
E eu não confio nos radares. Minha Honda Lead tem mais multas da que merece. Eu sou do grupo que pouco freia para melhorar o consumo. Tó com vc Horner, o Toddy quer fuder com os fulanos “Sensores de Fluxo”. Bate neles que a Red Bill te da asas, hehehehe
Bruz, eu li sua explicação e também a nota da Julianne(e agradeço a ambos desde já). Acho que estou entendendo a regra.
Se for o que estou pensando, justifica a desclassificação do Ricciardo.
Mas se for o que estou pensando, discordo completamente dessa regra. Em todo caso, a Julianne disse que fará um tópico específico pra explicar a regra e comento melhor ali.
Oi Ju,
É essa capacidade dos engenheiros em (re)inventar, resolver problemas que pareciam tão sérios em pouco que torna este universo da Fórmula 1 tão fabuloso e apaixonante.
Porque duas semanas atrás a Red Bull e as equipes com motores Renault estavam mais perdidas que ‘cachorro que cai do caminhão de mudança’, e mesmo sem testes depois do Barhein eles conseguiram resolver grande parte dos problemas. Haja visto o desempenho de Ricciardo e dos dois da Toro Rosso.
Tudo bem que ainda há muita coisa a ser ajustada, as duas Lotus não andaram, Vettel teve problemas, mas o saldo do GP da Austrália foi positivo. Ficou longe de a(s) Mercedes colocar duas voltas no segundo colocado e de também ninguém conseguir terminar a corrida.
Por incrível que pareça, os problemáticos motores Renault se saíram melhor que os Ferrari.
Abraço!
A partir do momento em que a própria Federação Internacional de Automobilismo (FIA) absolveu o Kamui Kobayashi na colisão com o Massa, eu acredito que as críticas em relação ao japonês deveriam terminar. Falhas mecânicas ocorrem (no caso, dos freios traseiros). Os comissários da prova entenderam que o incidente aconteceu “por falha técnica grave completamente fora do controle” do piloto. A FIA determinou que o choque iria ser investigado após o encerramento da corrida e foi detectado um problema no freio do carro. A Caterham, aliás, contribuiu com a investigação fornecendo os dados técnicos do carro do nipônico. O Kobayashi, costumeiramente, erra pouco e é injusto colocá-lo na cruz por este episódio. O Massa, ademais, tornou-se um chorão nos últimos anos. O brasileiro passou oito temporadas na Ferrari e nunca consegui conquistar um título sequer. O Felipe só lambia as botas do espanhol…
Ontem salientei que este ano vai ter sobras de “circunstanciais”. Mas “circunstancia” que faz eliminar um segundo lugar de um belo trabalho de um piloto por conta da possivel discrepancia da calibragem do controlador da equipe com o sensor de consumo proporcionado pela FIA, ou, falha dos freios traseiros devido à tranquera imposta pela FIA para recuperação de energía (coisa que pode ocasionar um enrosque mais grave do que o do Kamui-Massa), é o que não pode ocorrer na categoria e, evidencíam uma falta de preparo maior para justamente calibrar toda a tranquerada (cabe considerar que a RBR já tinha alertado da possivel falha de dito sensor e, que ha muitas outras alertas para novas engenhocas que podem criar falhas graves de segurança. Eu só vou pedir que a cabeça do Toddy role na gulhotina se chegar a acontecer uma fatalidade).
Os “circunstanciais” também tiraram os dois melhores pilotos logo no começo da prova, ainda que eles já largaram ameaçados de não chegar longe (lembram do tempo do carro reserva?). Se bem é certo que o GP da Australia não foi uma total catastrofe de abandonos, como muito bem sinalo Aucam: “A Montanha pariu um rato”. Muita espectativa e, alem dos “circuntanciais” tivemos uma prova muito chata, morna, de trensinho, cada um cuidando de chegar, Ahhh!! mas teve o Bo77as, pois é, mas um só piloto não faz um GP e já sabemos do que é feito o finlandes. Enquanto isso o Hulk não consegue segurar a brilhantina.
Podemos resaltar que a McLaren andou bem con um Magno veloz e o Button fazendo o que ele sabe. O aspirador de Pó ferrari não garante nem 5° nos construtores (Maranello presentou outra cagada, LOL). A soberva performance do Bo77as faz imaginar aos ufanistas que Massa tivesse chance de ganhar a corrida, não se iludam para depois não ter cobranças. A Lotus continua sua fase de avaliação e treino, pelo menos a carroça andou (I Believe).
Pelo apresentado pelas novas promesas, concluimos que tem palhaso sobrando no circo. Muitos queimaram a lingua e mostra que vale a pena que a fila ande.
De positivo do acidente do massa com o koba é que os narizes baixos desses carros, cumpriram sua função, evitando algo como a largada do gp da belgica em 2012 ou catapultear o carro do koba pra cima da rapaziada. Vejam a foto:
http://www.racecar-engineering.com/wp-content/uploads/2014/03/upWillicf.jpg
Depois do Burti inventar o famigerado “macarrãozinho” para o graining dos pneus farofa da pirelli, agora o Barrica inventou as “caixinhas” para designar as unidades de coleta da energia dos freios (MGU-K) e do calor do turbocompressor (MGU-H).
Aliás, senti falta na transmissão dos gráficos que mostrassem o uso do KERS e do ERS, para ver como os pilotos gerenciaram isso, principalmente o Bottas que fez diversas ultrapassagens, ou a batalha do Hulk contra o Alonso.
E por falar em gráfico, um fracasso o app gratuito da FIA para Android. Vou ter que adquirir a versão paga pra ver se funciona
Houve muito menos detritos de borracha do que o ano passado, mas ela continua lá. Os pneus são mais resistentes mas nem tanto.
O Motor Renault tem uma retomada de potência forte, vendo a batalha do Magnussen (Mercedes) contra o Ricciardo (Renault) há de se tirar o chapéu para os propulsores franceses.
Quem diria que a Mclaren sairia da Austrália líder do WCC hein?
E a Ferrari continua sua sina mezzo calabresa mezzo mussalera. Nem tão ruim para o pelotão intermediário e nem tão boa para o topo. Agora a desculpa não é mais a calibragem do tunel de vento. Agora o problema é a PU, sei…
E quando a Force India bater de frente com a Lotus estará inaugurada a Formula Pornô
Abraço
Ju, a diferença da Mercedes para as demais vai muito, mas muito, além do q esses 25s de diferença no final da prova de ontem podem sugerir. Pelas seguintes razões:
A uma, houve safety car que reuniu o pelotão.
A duas, a Mercedes estava em velocidade de cruzeiro a partir do primeiro terço da prova. Basta ver em que volta o Rosberg fez seu melhor giro(volta 19), que, por acaso, foi a melhor volta da prova. Horner sabe que n existe mais essa estória de dar duas voltas nos adversários pq hj o número de motores é extremamente reduzido (esse ano mais ainda) e uma vez estabelecida uma distância segura, o carro dominante entra em estado econômico – apenas o suficiente para manter o Gap – a fim de poupar o ICE, caixa de cambio, MGU’s, etc . Se estivesse empurrando ao máximo, pode ter certeza que o Rosberg iria colocar mais de 1,5s por volta, como fez nas primeiras voltas e logo após o safety-car. Lembre-se que o segundo lugar não estava poupando no fim da prova pois estava tentando escapar do K-MAG e estava dando tanto pau no carro que ultrapassou o limite do fluxo máximo de combustível (se é que isso aconteceu na fase final da prova).
Uma curiosidade que ficou foi como será quando os dois Mercedes estiverem disputando a liderança a mais de 20 segundos a frente dos demais. Vão liberar para ambos coloquem “o botão amarelo na mistura mais rica” e “o botão verde despejando toda a energia elétrica ao máximo” ou terão q os dois brigarem com o carro a meio mastro?
Gostei da corrida no geral. Mas uma coisa que me chamou a atenção é quão no limite de espessura está a fibra de carbono desses novos carros. O bico da McLaren do Button, cortado pelo macaco dianteiro feito a ponta de um charuto, e a cobertura do freio da Mercedes do Rosberg, bem lascada durante uma troca de pneus, foram os exemplos.
Acho que sou dos poucos que gostam do novo ronco do motor, que permitiu escutar claramente o áudio dos pilotos, o guincho dos pneus nas “fritadas” e a reação do público com o desempenho do Riccardo. Pena que público entusiasmado como esse só teremos em poucas pistas neste ano…
No mais, acho que nesse início de temporada seria bom ter sempre um ou dois carros de motor Mercedes ficando no Q1 ou no Q2 pra movimentar as corridas enquanto os Mercedes “de fábrica” passeiam lá na frente.
Julianne, estava cá matutando sobre um monte de explicações em todos os sites sobre essa questão de consumo/sensores e, quanto MAIS matuto, MENOS entendo a necessidade desses tais sensores de vazão. Ora bolas, porque a existência deles? Se – por regulamento – o consumo está limitado a um total de 100 quilos por tanque (ou é por corrida, podendo o tanque comportar mais?), no meu entendimento qual a seria a sua verdadeira utilidade? Sim, porque quem consumisse mais ou demais SERIA INEVITAVELMENTE PUNIDO POR UMA PANE SECA, antes da bandeirada final. Isso dentro da lógica (a minha, pelo menos). Ou a FIA quer LIMITAR ainda mais a possibilidade de duelos, de disputas no decorrer da prova? Os tanques comportam mais de 100 quilos de combustível? Não li os regulamentos oficiais da FIA. Francamente, é demais para os meus dois pobres neurônios que não são engenheiros mecânicos. . . Por favor, Julianne, preciso de uma boa explicação para a necessidade desses sensores de vazão. Os amigos aqui no blog que são engenheiros mecânicos ou de fluidos me desculpem pelas besteiras que eu possa estar dizendo ou perguntando. Será horrível para o campeonato se começarem a surgir muitas reclamações de todos os lados sobre esses muitos aspectos do novo regulamento, e se os resultados tiverem que ficar pendentes de decisões judiciais. Os festejos de pódios ficariam artificiais.
Aucam, aqui eu explico esse regulamento: http://totalrace.com.br/site/noticia/2014/03/entenda-a-regra-que-excluiu-ricciardo-do-gp-da-australia
De qualquer forma, farei um post ainda hoje.
Cerasoli:
Que bom! Uma moça escrevendo sobre Fórmula 1! Sou mulher e também apaixonada pela principal categoria do automobilismo. Mas estou muito triste com o tratamento que PARTE da imprensa brasileira deu ao acidente do Kamui com o Massa. Não podemos nos esquecer que a Federação Internacional de Automobilismo inocentou o japonês pelo incidente. Os comissários da FIA, ao examinarem o carro do Kamui, verificaram que o freio traseiro não funcionou e a situação estava fora do controle do piloto (o tal de comando eletrônico de freio/sistema eletrônico de frenagem). Beijos e adorei o seu blog! Obs.: adoro o Koba-san e ele tem o meu respeito e admiração!!!
Ana Paula dos Santos Silva
Como sou fiel devoto de São Koba e suas ultrapassagens miraculosas, fico feliz com o seu comentário, Ana Paula. Uma pena Koba ter sido vítima desse sistema brake and pray-by-wire.
Abs.
Ana Paula,
Sou também fã do K. Kobayashi. Espero que a Honda forneça, gratuitamente, propulsores para um time do pelotão intermediário e “peça” para que este contrate o Kamui. Koba, gambare!!
O que é estranho nessa história é que a Red Bull usou o sensor com as especificações homologada pela FIA na sexta, não gostou do resultado, usou com as especificações que ela achava satisfatória no sabado e mesmo alertado pela FIA para ir ao parc ferme e voltar para as especificações anteriores, a Red Bull não obedeceu e preferiu manter a decisão de usá-lo no domingo.
Na minha opinião se o tempo do Ricciardo no qualifying foi feito usando o sensor desrespeitando as especificações da FIA ele já deveria ter sido punido no sábado, antes da corrida e evitar isso tudo.
Talvez o regulamento técnico no artigo 5.1.4 e 5.1.5 seja mal redigido, pois não deveria dar brecha para ser utilizado outra especificação no sensor que não a da FIA
No domingo, o comissário da FIA pela telemetria observou que o fluxo de combustivel estava muito alto e deu a oportunidade da Red Bull corrigir isso para escapar de uma possível punição e ainda assim a equipe dos touros preferiu continuar por sua conta e risco com a vazão calibrada por ela.
Então na minha opinião, existem falhas de todas as partes, mas não isento a Red Bull da sua parcela de culpa nessa merda toda.
O único que não tem nada a ver com isso e foi o maior prejudicado é o piloto, já que eles não tem o menor controle sobre esse sensor. Mesmo que quisesse ir contra a decisão da equipe, não existe um botão no volante em que eles possam ajustar isso.
Se as outras equipes foram alertadas e obedeceram a orientação da FIA, porque a Red Bull não deveria ser punida ? Só porque eles podem provar que estão dentro da Lei? E se eles de fato estão, porque a Red Bull não convocou os diretores das equipes para uma reunião e juntos, decidissem que usariam as especificações proprias que atendessem o que está escrito no regulamento 100Kg/h, indo todos contra a FIA.
Abraço
Concordo com suas considerações. Acho que a FIA escolheu alertar antes de punir e dar essa “colher de chá” justamente por reconhecer que seu sistema não estava 100% preciso.
É ruim que o sensor esteja dando tanto problema? Claro que é. Mas há maneiras e maneiras de lidar com isso. Na minha opinião, esse é o momento de FIA e equipes trabalharem juntas para tornar o sensor mais confiável, e não de tentar criar uma jurisprudência para tirar da entidade o controle do fluxo de combustível. Por isso estou com os demais, que diminuíram seu fluxo e tiveram menos potência durante a corrida para assegurar-se de que estariam dentro do regulamento independentemente do sistema usado para medir tal fluxo.
Perfeito, também tenho essa opinião, por isso acho justo a punição da Red Bull. Isso indica o espírito competitivo da F1. Ao invés dos chefes de equipe se unirem e tentar achar um denominador comum, sempre tem um “espertinho” que resolve ir contra a corrente.
Abraço
Observe no link abaixo, a melhor volta na corrida foi de Rosberg com TANQUE AINDA CHEIO na volta 19, tempo absurdo de 1’32”478.
A segunda melhor marca vem com Bottas com tanque quase vazio na volta 56, com 1’32”568.
Todas melhores voltas do GP da Austrália 2014:
http://www.statsf1.com/pt/2014/australie/meilleur-tour.aspx
Rosberg simplesmente passeou na corrida, poderia tirar muito mais do carro, mas foi inteligente em não provocar uma quebra. Saber dosar o acelerador vai ser fundamental em 2014.
Temos que lembrar que a corrida foi com safet-car, Nico já tinha vantagem depois de 10 voltas!
Que a Mercedes tinha um motor muito forte não era novidade, mas cerca de 740 cavalos(só o motor), chegando a 900, chega ser surreal…
Não é a toa que Hamilton disparou “é o carro mais difícil que pilotei no molhado”
A fábrica alemã não vai entregar de mão beijada os segredos(dados), desse motor as rivais Mclaren, Williams e Force índia. O título deve ficar com um piloto da Mercedes, estou apostando na regularidade de Rosberg.
Mclaren e Williams devem conseguir vários pódios, até vencer algumas corridas, o que seria o máximo depois do péssimo ano de 2013. Force índia só resta sonhar com pódio…
Magnussen e Bottas vai dar o que falar em 2014, já começaram no GP da Austrália. Se Massa perder essa oportunidade, pode jogar uma pá de cal nesse assunto…
Mude o nome para Felipe Barrichello, zica logo na primeira corrida…
Marcelo
Sai Red Bull, entra Mercedes. A diferença, positiva ao meu ver, é que parece que na Mercedes vai ter briga interna. Então teremos briga entre Rosberg e Hamilton pelo título e disputa entre o resto pela 3ª posição no wdc e pelo vice no wcc.
Como comentou o Leandro Magno ali em cima, vai ser interessante como a equipe vai controlar esses pilotos, por exemplo em um GP do Canadá, ou Monza caso o pega entre os dois fique apertado, para eles não acelerarem mais do que o permitido e correr o risco de todo tipo de merda que possa acontecer. Já tivemos um exemplo ano passado na Malásia de como a equipe administrou essa situação.
E resta ver se as poderosas Red Bull e Ferrari, que não correm com Mercedes, vão conseguir tirar essa diferença absurda. FiIcarei surpreso se elas conseguirem
Julianne
Esse domínio da Mercedes foi um tiro no peito da categoria, pra não dizer que foi no próprio pé.
Nos últimos 4 anos não me recordo da Red Bull colocar um segundo e meio por volta na etapa de abertura. Pelo contrário, sempre foi obrigada a ganhar terreno ao longo do ano.
Tenho algumas perguntas a fazer:
Agora Alonso vai dizer que seu grande adversário é o projetista da Mercedes e não seus pilotos?
Ano passado Hamilton disse que preferia uma disputa de título apertada do que ganhar um campeonato dominando. Será que continua pensando da mesma forma?
Julianne, a Ferrari tinha um razoavel ritmo de prova, mesmo com o problema elétrico. Kimi e Alonso andaram por momentos no ritmo da McLaren. Sera que os italianos não estão tão para trás como pensado?
Essa é uma das perguntas importantes para a Malásia, mas não acredito que o problema tenha feito tanta diferença devido às simulações da sexta-feira já terem mostrado que eles estavam atrás.
Querida Formosura:
O Felipe Massa nunca me enganou. Aliás, minto, pois, na Sauber, pensei que ele se transformaria, no futuro, num grande campeão. Ao ser contratado pela célebre Ferrari, o brasileiro teve o seu melhor momento quando disputou o título com o Hamilton, o que não quer dizer muita coisa. O Lewis jamais foi lá isso tudo. Habitualmente, no time italiano, era dominado pelos seus colegas, ou seja, Schumacher, Räikkönen e Alonso. Quem não se recorda do “Fernando is faster than you”? Com o tempo, todavia, a impressão que eu tenho é que: 1) o Felipe é uma versão piorado do Rubens Barrichello; 2) o Massa, com a idade, está cada vez mais parecido com o Boneco Chuck, mormente quando está encolerizado. Por fim, que saudades do Ayrton Senna!
Cordialmente,
Celso GRECO