F1 “Lentidão” é maior dos problemas da F-1 2014? - Julianne Cerasoli Skip to content

“Lentidão” é maior dos problemas da F-1 2014?

Parece que faz séculos: há um ano, estávamos em meio a um turbilhão de reclamações após Fernando Alonso vencer o GP da Espanha com quatro paradas nos boxes. Depois que Nico Rosberg ganhou em Mônaco confortavelmente com dois pit stops, a conversa perdeu um pouco de força até estourar, literalmente, em Silverstone.

Agora, os “inimigos” são outros. Deu o que falar em Barcelona a pouca diferença entre os tempos de carros de GP2 e de F-1 na classificação. A pole de Richelmi foi 5s mais lenta que a de Lewis Hamilton, mas o piloto da DAMS conseguiria colocar seu carro à frente das nanicas, em 18º no grid, desconsiderando punições.

Ano passado, a pole da GP2 foi meio segundo mais rápida que neste ano, enquanto a da Fórmula 1 foi 4s5 mais rápida. A “lentidão” dessa geração de carros híbridos seria sua sentença de morte?

Observando os tempos das poles dos últimos oito anos em Barcelona, circuito que mostra bem o desenvolvimento aerodinâmico dos carros e não contou com classificações na chuva no período, percebemos algumas flutuações nos tempos de volta. Os pneus, vale lembrar, influenciam muito no tempo de volta, basta comparar a alta dos tempos entre 2010 e 2011, quando o regulamento ficou relativamente estável e foi abordagem da borracha que se tornou mais agressiva, com a mudança dos “longa vida” Bridgestone para os Pirelli.

Quanto aos diferentes regulamentos, observa-se que os tempos caíram após a última grande revolução, em 2009, que teria servido para retirar boa parte da pressão aerodinâmica dos carros e, consequentemente os tornariam mais lentos. Mas, ao considerar legal o difusor duplo da Brawn, a FIA jogou todo seu esforço fora.

Este ano é a primeira oportunidade em que temos um regulamento efetivamente diferente e os pneus, bem mais duros, têm sua parcela nessa “lentidão”. Para o ano que vem, espera-se uma abordagem mais agressiva da Pirelli e um desenvolvimento natural dos carros/unidades de potência. Mas me surpreenderia muito se esse combo significar 4s5 de rendimento.

Claro que o tamanho das críticas tem a ver com a expectativa gerada pela mudança de regulamento e pela consequente frustração com o campeonato que estamos tendo. Apesar de ter acontecido o prometido chacoalhão no grid, ele acabou resultando em um domínio maior do que o que tínhamos com a Red Bull. E, apesar de muito ter mudado na abordagem das equipes devido às novas tecnologias, pouca coisa é perceptível ao grande público. Na verdade, toda vez que tivemos batalhas interessantes na pista, elas aconteceram por estratégias diferentes de pneus. Nada de novo, portanto.

Para piorar, há dois fatores que mexem com a sensação de “topo do esporte a motor” que move a Fórmula 1: a falta de barulho (que não desagrada a maioria, de acordo com as pesquisas, mas tem uma oposição ruidosa) e os tempos de volta bem mais lentos. Mas isso é o de menos. O grande problema do atual conjunto de regras é o preço, literalmente, que está sendo pago por uma categoria que, esportivamente, não ficou mais atraente.

Ninguém duvida que deixar para trás tecnologias já obsoletas e adotar um perfil mais ativo na criação de soluções para problemas do mundo real automobilístico é um bom caminho, mas talvez tenha sido um passo grande demais em um momento economicamente desfavorável.

53 Comments

  1. Conclusão: estamos sempre reclamando de algo, mas não conseguimos nos livrar do vício que é F 1.

    Ótimas explicações, Julianne, já estava sentindo a falta de um post novo. . .

    • Pois é prezado Aucam, a Jú desapareceu por um temporal, mas a gente continuou a festa no Blog do Gabriel, e que privilegio tivemos este fim de semana nessas primeiras voltas em Le Mans. Mas deixando as duas rodas de lado, olha esta lista dos deportistas que mais influencíam nas vendas, ou como eles chamam “The World’s 50 Most Marketable 2014”

      http://www.sportspromedia.com/most_marketable/

      Ehhhh, a F1 não perde forza, mas no final do ano passado “number one” era Seb, agora você heim meu velho, vai esbozar um sorriso. Também acredito que vai gostar de ver quem está quando vire a caratula do número 40, Segundo dizem, são 18 milhoes de fans nesse pais de pouca tradição no automobilismo. E seguro o cara da caratula 16 vai escalar esse pelotão também.
      Muitos desses deportistas nem sei onde porra transitam, mas fiquei curioso do porquê da caratula 50. Que tranquera venderá essa Suiza?

      • Pois é, amigo Bruz, estive dando uma olhada no site oficial da Simona e vi que dos 9 patrocinadores que a apoiam ali, 5 são da área de produção e armazenamento de energia das mais variadas fontes, inclusive e principalmente nuclear. Interessante não haver nenhum patrocinador de cosméticos, moda, esportes ou alimentos com ela. Simona é uma garota bonita e que tem muita presença. Hamilton está surfando a crista da onda. Só não entendi a posição apagada do Vettel, perto do Kvyat, que por enquanto ainda é um desbravador no seu país. E sim, o alienígena Márquez está lá na lista! Esse vai crescer muito! De repente, nunca se falou tanto em Agostini, Surtees, Hailwood e Doohan, o que dá a dimensão da magnitude do talento do garoto, quando se buscam parâmetros de comparação.

        Tirante os espectadores ocasionais que só assistem se houver um nacional de seu país ganhando, quem gosta MESMO de automobilismo leva essa paixão até o último dia de sua vida, haja o que houver. Eu dou valor a talento, não à nacionalidade. E a F 1 é a expressão máxima do automobilismo (embora eu seja muito vidrado em rally também). Então, mesmo aos trancos e barrancos, com reclamações aqui e ali, a Fórmula 1 já tem 64 anos e, a meu ver, caminha rumo aos 100, pelo menos. Depois não sei se terá asas, se será aérea ou coisa que o valha, e se ainda poderá ser chamada de Fórmula 1.

        • Talvez a Simona não queira esse tipo de publicidade de “bela” para ela. Se eu estivesse no lugar dela, iria preferir os tais patrocinadores de energia nuclear a anunciar shampoo. Já passou da hora das mulheres serem julgadas por outros parâmetros.

          • Ô Julianne, não me entenda mal, defendo e sempre defendi a presença de mulheres no automobilismo. Sempre cito que JÁ PROVARAM QUE PODEM VENCER SIM, e aí estão os exemplos de Michelle Mouton, que domava um monstro que acelerava NA TERRA quase igual a um F 1 da época – o Audi Quattro – e vencia com ele à frente dos principais nomes do rally em sua época, e Jutta Kleinschimidt, que venceu o duríssimo Paris-Dakar. Na minha opinião, a qualidade se extrai da quantidade, e Simona tem merecimento não apenas por ser mulher mas por ter talento, por ter “braço”. Se não fez mais na Indy foi porque também nunca esteve numa equipe de ponta lá. Quando mencionei empresas de cosméticos, foi mais no sentido de juntar a fome com a vontade de comer, não no sentido de considerar por gênero, já que tivemos a YARDLEY patrocinando primeiro a BRM e depois a McLaren, com marmanjos ao volante. Nesses tempos bicudos de hoje qualquer patrocínio é válido e bem-vindo. E me desculpe, mas acho Simona uma jovem bonita, eu não veria com qualquer preconceito empresas de comésticos patrocinando-a, ou de alimentos, ou de esportes ou do ramo da moda. Simona precisa de um patrocinador forte – veja, até Alonso ostenta um bancão por trás dele – que a coloque numa equipe onde realmente possa demonstrar seu valor; a Sauber, do jeito que está, pode servir no máximo como trampolim, pois não está competitiva desde o ano passado e está necessitando de recursos para se manter. E SEMPRE lhe pergunto por Beitske Visser, por quem também torço, aliás você não me respondeu a pergunta que lhe fiz sobre ela, recentemente.

            Grande abraço.

          • E mais Julianne: se você estiver presente em Mônaco e encontrar com Maria Teresa de Filippis, diga-lhe que ela tem um grande fã aqui no Brasil, que a admira pelo pioneirismo e pelo vigor que demonstra ainda hoje: vi há pouco tempo um vídeo promocional – que infelizmente foi classificado como privado e retirado do Youtube – onde ela descia a lenha num Maserati F 1 da época dela. Sempre lhe perguntei, Julianne, se ela ainda seria capaz de pegar pelo pescoço um TVR, depois desse vídeo tenho certeza que sim e aqui não refiro a gênero – volto a dizer (pleonasticamente, de novo) – mas pela idade. Admirável exemplo de vitalidade

          • Vamos lá:
            Maria Teresa de Filippis: impossível responder porque nem todos envelhecemos da mesma maneira, teria que haver uma comparação direta, mas em teoria o instinto do piloto permanece sempre com ele – a questão é em que medida os reflexos o acompanham.
            Visser: sinceramente, nunca ouvi nenhum comentário sobre ela entre os especialistas.
            Simona: não estou falando de capacidade (nem lhe chamando de preconceituoso) mas sim dessa tentadora associação direta entre mulher e beleza. “Ela é linda e competente” ou “apesar de mocreia, é competente”. Repare que os homens não são julgados assim. Acredito que seria positivo se as mulheres proeminentes em suas respectivas áreas se distanciassem dessa cultura.

          • Hmmmmm….. Muito a pesar de “feiosa” você é muito competente Julianne. Tem muito admirador teu por ai.
            Quando vc vai preparar um workshop para que teus fans te conheçam pessoalmente e possam fazer um “Selfie”? (autografos passaram de moda)
            Seria muito interessante uma reunião para a moçada se ver as caras no final da temporada e falar do acontecido em 2014. (tenho que dar um jeito de trazer o Alex para Sampa para que pague minha fria, hehehehe)

          • deveria ter o botão curtir na resposta da juliannecerasoli

          • Julianne, talvez essa associação “automática” entre beleza e feiura x competência ou falta dela – e vice-versa – e ao consequente espanto se deva à rarefação da presença da mulher em algumas áreas, que ainda ocorre. Então quando alguma mulher se sobressai pioneiramente, ainda gera comentários de gênero, mas a tendência, com a educação e a evolução das sociedades, é essa bobagem acabar. Sou fanzaço da ARQUITETURA da iraquiana Zara Haddid. Ela nada fica a dever aos Normans Forsters, Franks Gehrys, Renzos Pianos, Santiagos Calatravas e I. M. Peis que existem por aí, na minha visão de leigo apreciador do assunto. E a CEO da GM? Quantas Marys Barras existem liderando grandes fabricantes de automóveis? Na F 1 mesmo temos agora a Claire e a Monisha. É tudo uma questão de tempo esse tipo de espanto e associações indevidas acabarem, pois cada vez mais as meninas estudam e se aplicam mais que os homens, e a tendência é se chegar à NATURALIDADE DOS FATOS. A decolagem e o pouso mais macios que já experimentei num 767 foi com uma mulher no comando do cockpit (ainda que alguém possa objetar sobre a influência de ventos), mas quantas mulheres existem comandando 767s? Eventuais elogios às mulheres devem ser vistos também como incentivos para que outras sigam, ampliem e IGUALEM esses caminhos todos.

            Sem alimentar polêmica, eu não me senti atingido por um rótulo de preconceito que você eventualmente pudesse ter me endereçado (sei que não foi o caso), apenas quis deixar esclarecido essa questão de patrocínios, citando os cosméticos YARDLEY patrocinando marmanjos na BRM e na McLaren.

            E SEMPRE apertei o botão CURTIR para a sua competência, Julianne.

          • Hehe, poxa, Ju, kkkkk, não conhecia esse seu lado digamos humorado, kkkk, ‘mocréia’ é sacanagem, kkkkk

  2. belíssima analise é muita diferença quase 5s e será q vão conseguir melhorar essa velocidade pq se a gp2 evoluir um pouco mais vai ser lamentável pra F1 uma categoria inferior andar mais rápidos q muito do grid da maior categoria mundial…aucam sempre q tenho tempo livre to vendo as matérias mais antigas do blog e lendo todos os comentários e apredendo muito tb claro. parabéns ju seu blog é 10.

    • Pois é, Chrystian, e imagine que eu cheguei atrasado no Blog da Julianne, que já existia antes do Totalrace. Recomendo-lhe em especial a leitura de um antigo post que a Julianne fez antes de vir para o Totalrace, abordando a personalidade de Kubica e sua necessidade de correr riscos. Descobri essa matéria fazendo como você, pesquisando posts passados. Dá para ter uma ideia da matéria-prima de que são feitos pilotos como ele.

  3. Sim! O mais rápido na GP2 foi 5s mais lento do que o pole Hamilton. Mas garanto que até o final da temporada os F-1 ficarão em média de 1,5s à 2,0s mais rápidos e se não mais. Creio eu, que ainda há muito campo pra evolução como suspensão por exemplo.

  4. Oi, Ju

    Meio a tudo isso que você escreveu, a pura realidade e que concordo plenamente, é preciso ver o lado bom da história, a engenharia empregada na Fórmula 1.

    Se por um lado os carros estão mais lentos, por outro as diferenças absurdas que havia entre os times de ponta e as nanicas diminuíram. Quando Virgin (Marussia), Lotus (Caterham) e Hispania (HRT) estrearam, elas tomavam em média 7s no grid. Era algo ridículo. Naqueles tempos os carros de GP2 também já andavam na frente delas.

    Era tão perigoso que a FIA instaurou novamente a regra dos 107% e mesmo hoje, diante das drásticas mudanças do regulamento em que elas tiveram que se adaptar com poucos recursos financeiros, Marussia e Caterham entram no grid com sobras.

    Um outro detalhe que me chama atenção é o fato de estar havendo poucos abandonos meio a tanta complexidade das unidades de potências. Já são duas corridas seguidas com dois abandonos apenas em cada uma. Para quem chegou a temer que nenhum carro cruzasse a linha de chegada do GP da Austrália, a evolução tecnológica mostra o quanto esse pessoal da Fórmula 1 é competente.

    Agora, que erraram em muitos detalhes do regulamento, não resta dúvidas. Poderia ser bem melhor em vários aspectos. E eu acredito que até o final da temporada os carros deste ano (feios pra burro – a Fórmula 1 merecia bólidos mais bonitos) ainda vão ser, senão mais rápidos que os de 2013, pelo menos não tão lentos como se mostraram na Espanha.

    Eu só não acredito que alguém supere as Mercedes neste 2014.

    Um abraço e parabéns pela análise!

  5. A F1 está “morrendo” pelos excessos de estrelismo, excesso de regras, excesso de dinheiro, excesso de interesses…

  6. Tempo de volta não tem a menor importância no mundo real. A crítica à performance dos carros atuais é uma insensatez frente ao incrível trabalho de desenvolvimento dos novos conjuntos de propulsores – num momento em que a F1 se encontrava presa a uma fórmula absolutamente esgotada, antiquada e insustentável. Verdade seja dita, as críticas são mera distração a outros fatores muito mais graves. Péssima divisão de renda, custos insuportáveis para equipes e promotores, cobertura online obsoleta e pobre, excessiva dependência aerodinâmica; esses são os problemas da F1.

    • Certíssimo.

    • Concordo, e acrescendo: ordens de equipe impedindo disputas na pista, isso é o fim da picada!! A F1, salvo GP do Bahrein, virou um desfile tecnológico, sem emoção, sem disputa, sem graça….

    • Discuto seu parecer amigo Calixto, e concordo plenamente em algumas ideias, sobretudo o referente à divisão da renda. É simplesmemte absurdo dar mais dinheiro a quem mais tem, quando eles já colhem de persé, maior presença na midia por andarem na frente. O mais lógico sería uma divisão equitativa, quando não mais ajuda para as mais pequenas. Como exemplo no esporte, temos o Beisball da MLB, que posibilita que os times que ficaram de últimos nas suas respectivas divisões, escolham os melhores propectos primeiro “no draft” da seguinte campanha. Com uma melhor divisão “dos churupos”, os custos pouco importam, até porque fica dificil de controlar. O que sim acho controlavel, é quantia de personal na equipe em cada prova, mas o desenvolvimento devería ser liberado, como ter treinos de desenvolvimento cada segunda feira após cada GP, “LIVRES MESMO”. Sobre a excessiva dependencia aerodinámica você se equivoca, porque o que tem de restrição apartentemente você desconhece, ou você pretenderá que botem um motor numa banheira?
      A F1 cm Motores aspirados não era esgotada, insustentavel nem anticuada. Era a F1 como era, a de hoje é que é quase insustentavel e cara, por isso não é insensato discutir para ver se se arruma a bagaça.
      Por outro lado, não entendí a que você se refere com cobertura online obsoleta e pobre (!!!???). Há 20 anos só tinha Galvão e a gente se divertia pra caralho. Agora você pode seguir uma discussão no face “in live” até qdo esta cagando com um tablet ou cel com wifi. Tem innumeros de blogs e sites na internet, trasmissão pela radio, e na internet no momento da prova, streamming por multiples canais, e lhe apresento o f1.narezka, para que siga os tempos e as variaveis in live de cada corrida (Não paro de agradecer ao Alex). Não sei que mais você gostaria??
      Sim agradeço a possibilidade de ter aberto o assunto para dar uma palitada no que eu acho.
      Forte Abraço.

      • Bruz, rapidamente:

        1 – A exaustão da fórmula anterior se comprova facilmente pela debandada de montadoras e simultâneo desaparecimento de equipes. Honda, BMW, Toyota, Ford/Jaguar… Ninguém queria investir numa tecnologia cara, defasada e não representativa dos rumos da indústria automobilística. Os V8s aspirados eram ultrapassados e sequer se equiparavam aos motores que a própria F1 utilizava no começo dos anos 2000. Daí a decisão da F1 se tornar híbrida. Um trememendo acerto, acho eu.

        2 – Ao mencionar cobertura online, refiro-me exclusivamente ao que é oficial e endossado pela F1. Và a motogp.com e compare o pacote online deles com o que F1.com oferece. Ou faça a comparação com NFL.com, NBA.com, NASCAR.com… A diferença é gritante e a F1 engatinhando.

        3 – Leia os comentários dos pilotos pós GP da Espanha, especialmente os do Felipe Massa. As dificuldas em andar na turbulência permanecem.

        Abs.

        • *engatinha

        • Bem… Obrigado pela resposta. Vamos ver se essa tecnologia hibrida pega nas outras categorias. Eu ainda espero ver vehiculos cuja carroceria completa seja capaz de convertir energia solar (nada de outro mundo). Por enquanto convido a assistir um pouco de WS Renault 3.5 e GP2, onde tem muito show com aspirados. São discutiveis as diversas razões pq algumas deixaram o circo, mas a seu favor, parece estar claro que varios fabricantes estão pensando em voltar pelo desafio do novo desenvolvimento.
          Entendi sobre o online, e é verdade. Esse site da F1 é coisa do “pleistoceno superior”, convido a que experimente o http://f1.narezka.org/?lang=eng ao vivo.
          E sobre a turbulencia e o Massa… deixa pra lá, com Massa nunca se sabe, mas seguro que o Vettel tava nem ai remontando nos mixtos. Isso da turbulencia já foi pior.

          • esse narezka ai é uma pagina ou um aplicativo pra esses celulares com android? cliquei só apareceu uma foto da Ferrari e uma seta q quando clica aparece os nomes do piloto e o tempo q falta pra começar os treinos? como funciona isso la alguém pode da uma dica?

          • É um site, Chrystian, e funciona durante as sessões, como um live timing “turbinado”. Mas não diga que ficou sabendo dele por aqui, senão tio Bernie vai me perseguir rsrs

          • obg JU pelas explicações, pode deixar q o tito Bernie num vai ficar sabendo desse segredinho não rssrsss bom final de semana pra vc ai e meu palpite vai rosberg na ponta vettel em segundo e grosjean em 3° na corrida …mas vou torcer pra vettel vencer rsrsrssss

  7. Sobre o barulho é uma tendência … sobre os green-cars…. outra tendência!
    -Os carros vão evoluir e serão mais rápidos!
    O barulho…. estou ficando velho…. os melhores foram os V12 (tem gente que nunca ouviu e nem vai ouvir)…
    É a vida… é a evolução – o mundo esta ficando cada vez mais chato!
    😉

  8. No Canadá, Monza e (talvez) Spa o tempo da pole será menor nesse ano do que ano passado, se não chover, é claro.
    O exemplo da Espanha de forma isolada não reflete a realidade, em função das muitas curvas do circuito espanhol. Muito menos o de Mônaco, onde a diferença deverá ser ainda maior.

    • Duro em relação a Barcelona é comparar a melhor volta do Kimi em 2008 1:21.670, mais rápida do que a propria pole, contra a melhor volta do Vettel esse ano 1:28.918. Diferença de mais de 7 segundos

      No tempo total da corrida deu uma diferença de 3 minutos, duas voltas praticamente.

      Esse novo conceito da F1 de poupar equipamento é que irrita alguns fãs. Porque naquele tempo, e nem faz tanto tempo assim, se andava no limite a corrida inteira, e agora toda essa necessidade de economizar, combustivel e equipamento.

    • Desde a mudança de motores eu me pergunto como será o tempo da volta em Monza. O que influenciará mais: a maior velocidade de reta, ou o menor equilíbrio nas freadas, e contorno das Lesmos?

  9. A F-1 sempre foi e sempre será um esporte de elite. Achar ecológico uma categoria que gasta milhões apenas pelo ego de chegar na frente, soa paradoxal. A indústria automobilística mundial não depende da F-1 para se desenvolver…faz parte da famosa linha politicamente correta dizer que as pesquisas na categoria ajudam os carros de passeio, balela, afinal temos a fibra de carbono nos carros da categoria desde os anos 80 e até hj não temos esse material nos carros populares brasileiros, kkkkk. O efeito solo, por exemplo, tentado nos supercarros, é economicamente inviável no dia a dia, enfim, como tudo no mundo capitalista, os engenheiros da categoria querem atrair patrocinadores, vencer campeonatos, e se possível, patentear suas idéias. Ora, se querem mesmo salvar o mundo, sejamos racionais, criando carros 100% a hidrogênio, reciclando nossos lixos, diminuindo a tentação de mudar de bens de consumo doentiamente, construindo mais usinas eólicas, enfim, mudando o capitalismo voraz. Não, a F-1 não salvará o mundo, é fato, portanto deixemos a categoria menos tecnológica, mais barata, menos artificial…Sobre o barulho, os V-12 Honda de 91/92 são a voz que não quer calar. Vou repetir a besteira: essa categoria fashion me parece um show de rock sem o ápice, o solo da guitarra.

    • Wagner, aprecie a belíssima modelo, ouça a incomparável sinfonia e escolha a sua guitarra preferida:

      https://www.youtube.com/watch?v=liqoMjRT81A&feature=youtu.be

      Não sei onde arrumaram um Healey V-8 com 5 litros. Não me consta que tenha sido produzido com essa motorização. Mas esse charmoso carro-esporte coloriu meus sonhos quando eu era muito jovem.

      • Estimado, Aucam, a ‘primeira máquina’, rsrsrsrs, é fenomenal:-o!!! Os roncos foram curtos, mas os que mais aguçaram meus ouvidos, vieram em sequência: Aston DBS 2010 e a F-40 de 90, duas sinfonias inesquecíveis!!! Valeu amigo;-)

        • Sabia que você ia gostar, amigo, mas esse vídeo tem dois gravíssimos defeitos, rsrsrs, uma verdadeira sacanagem: não mostra o rosto da bela gata e só toca os primeiros acordes de cada música! Gosto dos Jaguares. O 356 também é mítico, com o comando de válvulas embaralhando em “slow motion”. Você chegou a ouvir o outro que postei em seu comentário em post passado, com o ruído de ficção científica do R-18 TURBO que vai correr em Le Mans? Parece um efeito doppler numa dimensão quântica! Acho que a F 1 pelo menos deveria tentar algo nesse caminho, embora a coisa toda seja muito complicada de mexer, ainda mais com o campeonato em andamento. Vou repetir o link aí embaixo:

          http://jalopnik.com/watching-an-audi-corner-at-212-mph-is-like-nothing-you-484658031

          • Sobre o 356, me parece o típico caso dos carros carburados frios, kkkk, ou como vc mesmo bem disse, desreguladas. Sobre o R-18, ficou parecendo ‘Top Gun’, kkkk, com aqueles caças quebrando a barreira do som. Sobre os Honda, Aucam, veja como em ‘marcha lenta’ o som da CBX 750 e do V-12 de 1991 se parecem! Sinfonia japonesa inesquecível!
            http://www.youtube.com/watch?v=LWBSHt90TFk http://www.youtube.com/watch?v=9lKIoqoJy0M

          • Nem me fale, Wagner! Ouvi os links com prazer. As 7 Galo tinham um som maravilhoso, a um só tempo musical, feroz e muito nervoso! Pareciam mesmo um F 1. Sempre tive a impressão que o som das CBX 750 era um pouco mais agudo que o da primitiva 750 Four “de passeio”, mas ambos eram fantásticos! E os Honda V-12 da F 1 eram como música épica. Para mim, a música que resta inesquecível era tocada pelos agudíssimos Matra V-12 do início da década de 70, exóticos demais, diferentes de todos.

            No fim das contas, a gente acaba se acostumando com tudo, até com esse silêncio dessa F 1 eco-energética atual, mas concordo plenamente com o seu ponto de vista: corridas de automóveis necessitam vitalmente de uma boa trilha sonora fornecida pelos motores, isso faz parte da essência do automobilismo: ouvir uma vigorosa subida de rotações ou o rugido de marchas subindo e descendo desencadeia todo um processo de emoção e geração de adrenalina, preparando para os momentos de clímax consumados na largada, nos duelos e ultrapassagens e na vitória.

            Quanto ao 356, ele me parece afinado, eles eram assim mesmo, esse som embaralhado do comando de válvulas bravo fazia (faz) parte do charme desse carro marcante e mítico, que forneceu os contornos de design mais nítidos para essa perfeição que é um 911 e que ainda assim eles conseguem aprimorar e sempre refinar com a passagem do tempo.

  10. O que mais atrapalha a F1 é a péssima distribuição da renda gerada, ficando a maior fatia para o Sr Bernie e Cia Ltda.

    Já era esperado que com a grande mudança nas regras e motores, poderia surgir uma equipe com projeto dominador e foi exatamente o que ocorreu. A Mercedes não ganhava nada, portanto focou todos seus recursos na mudança. RBR, Ferrari e Lotus ficaram lutando até o fim do campeonato e perderam o timing da mudança.

    A FIA e a CVC estão precisando é modernizar as suas gestões, em plena era da tecnologia da informação ainda não descobriram como melhorar a divulgação da F1 e ficam apenas proibindo vídeos no youtube, ao invés de criar novos produtos e novas formas de gerar receita.

  11. Sempre quando muda o regulamento, uma equipe deslancha na frente. A RBR ficou anos com domínio absoluto(exceção a 2010) e havia poucas reclamações. O grande problema que eu vejo, é que se mudarem os motores por causa da velocidade e do barulho, as montadoras vão vazar da F1 e dai teremos (Nike, TNT, Adidas ….), portanto, não há o que fazer, sem as grandes montadoras que pressionam para manter este modelo, talvez pela redução de custos ou até mesmo por pressão dos gestores da F1, estamos fadados a torcer para que resolvam os problemas destes carros que na minha opinião não tem nada demais, além do barulho que não é bom.

    • Não é a primeira vez que ouvimos isso: a Michelin disse que só voltaria à F-1 com pneus de 16 polegadas (há duas décadas usa-se 13), por exemplo. Dá para entender o ponto de vista do Massa, mas vejo alguns poréns: o custo de uma revisão completa de suspensão e também de aerodinâmica é tudo o que a F1 não precisa nesse momento e, por mais que a dificuldade em andar com esses carros seja clara, espera-se uma evolução nesses carros e é trabalho dos pilotos lidar com isso.

      • Bem isso. Alonso se adaptou, Vettel se adaptou, Hamilton que todos falavam que era um destruídor de borracha se adaptou. Agora se o Massa não consegue administrar esse gargalo na sua pilotagem, só lamentos…

  12. Julianne, os tais fluxometros de combustível podem estar comprometendo a potência desses novos carros, uma vez que eles não podem exceder 100 kg/h em nenhum momento da corrida?

    • Sim, e é para isso que existe essa regra.

    • Por um lado Tramarim, por isso é que tá uma “Merdes”, menos velocidade, menos ronco do motor, caindo o espectaculo. Por outro lado, isso é o que tem e se virem caramba, evolucionem, procurem onde, vejamos quem são fodas mesmo. Acho que tem uns 10 seg para evolucionarem, a “Merdes” apenas tirou 2 de veantagem nessa bagaça.

  13. Falou tudo Julianne, resumiu bem essas flutuações nos tempos que acontecem a cada mudança de regulamento. Muita gente tem preguiça de analisar ou não tem paciência de buscar informação para entender essas diferenças nos tempos.

    Mas para mim basicamente um fator é sempre o preponderante: PNEUS

    Se a Pirelli tivesse feito uma abordagem mais agressiva para essa temporada, esses tempos não seriam tão altos. Em Barcelona especificamente, mesmo com esses pneus conservadores de 2014, um composto mais macio, já faria esse tempo cair bastante.

    De fato a parte técnica com a evolução que esta por vir, é muito interessante, mas que traga junto a parte esportiva e proporcione, competitividade.

    A mercedes foi mais competente para o planejamento e execução de seu projeto de 2014 e agora colhe os frutos. Encontrou soluções simples porem eficazes para adaptar a PU ao chassis, claro as fabricas trabalham juntas no desenvolvimento.

    A Ferrari também por fabricar seu proprio motor teria condições de projetar um carro a frente das adversárias, e se tivessemos Hamilton, Rosberg, Alonso e Kimi, lutando por vitórias, ninguem estaria decretando o apocalipse da F1 em 2014.

    Essa F1 é o que tem para o momento e é pegar ou largar. Dúvido que o aficionado largue. Já passamos por fases piores que essa.

    • Concordo, Alex.

      Ruim assim, pior se fosse sem a Fórmula 1, um vício, uma paixão que não tem fim.

      Mas dias melhores virão, eu acredito nisso!

      Abs.

      • Valeu Sergio! Por mais que os Arautos do Apocalipse estejam soprando fortes suas trombetas, a F1 vai continuar firme.

        Que os dirigentes pelo menos ouçam o coro dos sensatos e revisem algumas regras esdruxulas. Congelar o desenvolvimento dos motores ao longo da temporada é louvável para conter custos, mas congelar a relação de marchas será que economiza tanto assim ?

        Mudar a construção de um pneu durante a temporada não faz sentido, a não ser por segurança como foi feito após os estouros em Silverstone ano passado, mas rever a escala dos tipos de compostos por GP, porque não?

        E mais um caminhão de coisas que dá para rever, que aumente a competividade, que não vá necessáriamente aumentar custos, que é a palavrinha da moda agora na F1.

  14. Sou a favor das mudanças tecnologicas e estou gostando da nova F1, categoria que não vinha assistindo a pelo menos 3 anos.
    Na minha opinião o maior problema são as pistas, porque não adianta ter um carro com mais de 1000Hp se não tem como ultrapassar. A ultrapassagem é que gera atratividade e todo o resto é coadjuvante.
    O GP do Bahrein foi um exemplo disso com ultrapassagens do início ao fim.

  15. Julianne,

    Você é uma talentosa jornalista na área das corridas, mas, seu texto é o mesmo que botar lenha numa fogueira que já encheu. O futuro é esse, claro com algumas correções inerentes as novidades, pra mim só falta priorizar a tração sem ajuda da aerodinâmica.

  16. Em alguns desses anos do gráfico, a classificação era disputada com a quantidade de gasolina que o piloto largava.


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