F1 Dos males, o menor - Julianne Cerasoli Skip to content

Dos males, o menor

Quando a pontuação na F-1 foi alterada, dando 25 ao invés de 10 pontos ao vencedor e aumentando percentualmente sua vantagem para o segundo (18 contra 8), a ideia era motivar os pilotos a atacar. Como se fosse necessário. O resultado, pelo menos até agora, tem sido justamente o contrário. Eles estão mais cautelosos, afinal, seu pior pesadelo se tornou não terminar a corrida, pois o prejuízo é muito maior que no passado.

Vettel, por enquanto, está salvando o prejuízo

E o mestre em contornar situações que levariam a uma pontuação zerada até agora é o caçula Vettel que, do alto de seus 22 anos, transformou dois possíveis abandonos em 27 pontos e é 3ª no campeonato. Sem eles, seria 8º.

No Bahrein, perdeu potência no motor. Apertou nos trechos lentos e segurou o 4º lugar. Na Espanha, um de seus discos de freio quebrou ao meio. Desobedeceu a equipe, que pedia que parasse, usou a aerodinâmica e a redução de marchas para frear e se segurou em 3º.

Há quem duvide que ganhe o campeonato. Tem o melhor carro, não o mais confiável. Mas o fato é que Vettel tem maximizado seus pontos mesmo quando sua Red Bull não permite e essa pode ser a diferença.

Publicado em 15.05

5 Comments

  1. por isso é bom visitar o passado. não tinha visto os pontos por esse lado. vettel apesar da idade, demonstrou capacidade para resolver emprevistos.

    • Acho que ele sentiu a pressão quando o Webber começou a crescer, a partir da Espanha. Ele teve dificuldade em se afirmar e cometeu, além das batidas da Turquia e da Bélgica, erros bobos nas largadas e aquele da Hungria. Depois, na base do “não tenho nada a perder”, foi perfeito na fase final do campeonato. Certamente amadureceu bastante esse ano.

      • sei não Ju, mas como vc mostrou em um post sobre as asas flexíveis, parece que a flexão excessiva fez o carro sair muito de frente, induzindo vettel ao erro.

        • Mas vc não acha que é uma questão de adaptação? Se você sabe que seu carro fica nervoso atrás de outro, tente não ficar tão colado ou não faça movimentos bruscos nessa condição!

      • sinceramente, ainda continuo na dúvida. vettel pode ter errado, mas talvez seria um erro do projeto, ao privilegiar mais o carro de cara para o vento, e quando chega nestas situações de ataque, a coisa se torna medonha. parece que por mais que seja genial a criação, é um pouco perigosa. talvez newey tenha pensado assim: -vamos correr este risco, pois assim, a gente sempre faz as poles, e dificilmente, tem que correr atrás, é uma vertente perigosa.


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