Quando a pontuação na F-1 foi alterada, dando 25 ao invés de 10 pontos ao vencedor e aumentando percentualmente sua vantagem para o segundo (18 contra 8), a ideia era motivar os pilotos a atacar. Como se fosse necessário. O resultado, pelo menos até agora, tem sido justamente o contrário. Eles estão mais cautelosos, afinal, seu pior pesadelo se tornou não terminar a corrida, pois o prejuízo é muito maior que no passado.
E o mestre em contornar situações que levariam a uma pontuação zerada até agora é o caçula Vettel que, do alto de seus 22 anos, transformou dois possíveis abandonos em 27 pontos e é 3ª no campeonato. Sem eles, seria 8º.
No Bahrein, perdeu potência no motor. Apertou nos trechos lentos e segurou o 4º lugar. Na Espanha, um de seus discos de freio quebrou ao meio. Desobedeceu a equipe, que pedia que parasse, usou a aerodinâmica e a redução de marchas para frear e se segurou em 3º.
Há quem duvide que ganhe o campeonato. Tem o melhor carro, não o mais confiável. Mas o fato é que Vettel tem maximizado seus pontos mesmo quando sua Red Bull não permite e essa pode ser a diferença.
Publicado em 15.05
5 Comments
por isso é bom visitar o passado. não tinha visto os pontos por esse lado. vettel apesar da idade, demonstrou capacidade para resolver emprevistos.
Acho que ele sentiu a pressão quando o Webber começou a crescer, a partir da Espanha. Ele teve dificuldade em se afirmar e cometeu, além das batidas da Turquia e da Bélgica, erros bobos nas largadas e aquele da Hungria. Depois, na base do “não tenho nada a perder”, foi perfeito na fase final do campeonato. Certamente amadureceu bastante esse ano.
sei não Ju, mas como vc mostrou em um post sobre as asas flexíveis, parece que a flexão excessiva fez o carro sair muito de frente, induzindo vettel ao erro.
Mas vc não acha que é uma questão de adaptação? Se você sabe que seu carro fica nervoso atrás de outro, tente não ficar tão colado ou não faça movimentos bruscos nessa condição!
sinceramente, ainda continuo na dúvida. vettel pode ter errado, mas talvez seria um erro do projeto, ao privilegiar mais o carro de cara para o vento, e quando chega nestas situações de ataque, a coisa se torna medonha. parece que por mais que seja genial a criação, é um pouco perigosa. talvez newey tenha pensado assim: -vamos correr este risco, pois assim, a gente sempre faz as poles, e dificilmente, tem que correr atrás, é uma vertente perigosa.