F1 E agora, Massa? - Julianne Cerasoli Skip to content

E agora, Massa?

No papel, a temporada de 2011 até aqui é ainda pior que o já decepcionante ano de 2010 para Felipe Massa. Desde que chegou à Ferrari, o brasileiro não passava por uma seca tão grande de pódios – já são 13 provas em sequência sem chegar sequer entre os quatro primeiros – nunca foi superado de maneira tão contundente no que costumava ser seu ponto forte, as classificações, e chega à 13ª etapa do ano com 74 pontos. Nesta mesma fase, ano passado, tinha 91, com dois pódios (descontando a etapa do Bahrein, que não foi realizada neste ano).

O brasileiro está confirmado na Ferrari para 2012, no que será sua sétima temporada pela equipe de Maranello. Longe de ser um lugar ruim para se estar, afinal, a Fórmula 1 hoje só tem seis vagas para quem quiser vencer. O que incomoda em Felipe é justamente isso: entre os pilotos de Red Bull, McLaren e Ferrari, é o único que nunca está na briga pelas vitórias.

Além disso, perde muito na comparação com Fernando Alonso: 25 a seis nas classificações, 20 a cinco nas corridas que ambos completaram. Não parece ter bala na agulha, respaldo dentro da equipe ou mesmo força mental para acompanhar o espanhol e, ao que tudo indica, se quiser ser campeão do mundo, terá de sair da Ferrari. Mas para onde?

Há quem compare sua situação com a do próprio Alonso em 2007, quando saiu da McLaren por acreditar que a equipe favoreceria Lewis Hamilton e nunca lhe deixaria brigar de fato pelo título. Trocou uma das, na época, quatro vagas em que brigaria por vitórias para dar um passo atrás e provar seu valor esperando que um time grande o contratasse. Hoje é piloto Ferrari.

Mas a situação de Massa é diferente: o brasileiro tem quatro anos a mais que o espanhol tinha na época e não foi campeão do mundo. E virar as costas para uma vaga na Ferrari, por mais que tudo indique que o título não será possível lá, é uma aposta e tanto.

O dilema de Felipe tem mais a ver com a história de Mark Webber. Aos 30 anos, o australiano cansou das promessas da Williams e embarcou em um projeto desacreditado que nascia naquele 2007, a Red Bull. Dois anos depois, o efeito Adrian Newey apareceu e fez com que a equipe fosse uma das que melhor se adaptou a uma extensa mudança de regras. E Webber, tido por muitos como acabado, teve sua chance de lutar pelo título.

A Fórmula 1 terá outro pacote de novidades no regulamento em 2014, o que gera a oportunidade de alguma nova equipe fora do eixo Ferrari-McLaren-Red Bull se sobressair. Será que o final de 2012 não é a hora de arriscar?

8 Comments

  1. Realmente ele devia arriscar, já se percebeu que na Ferrari mesmo que esteja finalmente motivado não vai conseguir evitar o favorecimento da equipa a Alonso. Mais valia arriscar em Williams ou Renault para o futuro. Na altura foi excelente, mas a renovação com a Ferrari em 2010 foi talvez um erro…

  2. Para ele ter uma oportunidade decente, precisará de uma primeira metade de 2012 no mínimo decente. Se ele quer estar na Fórmula porque gosta de correr na categoria, sente prazer nisso, mesmo sem chances de vitórias, então que fique. Mas se ele busca correr pra vencer, talvez seja hora de mudar de ares. Ou então ficar até o vento mudar a seu favor, e acreditar nisso, é claro.

  3. Oi Julianne,

    Belo texto, e eu concordo. Acho sim, que é hora de mudar de ares. Como disse Rubens Barrichello quando deixou a equipe italiana no final de 2005 “há vida fora da Ferrari”, apesar de que no tempo de Rubinho havia outras alternativas mais interessantes das que existe hoje disponíveis.

    Mas para ganhar uma sobrevida na F-1 Felipe terá que acima de tudo voltar a ser competitivo. Na McLaren ele não tem chances, na Red Bull idem. Só há duas opções: Renault, se Kubica não tiver condições de voltar e bem, ou a Mercedes. Vejo a segunda opção até com bons olhos já que o contrato de Schumacher tembém expira no final de 2012, e como o próprio alemão vive dizendo que Felipe é seu ‘irmaozinho’ mais novo, poderia ser uma porta de entrada para a equipe prateada quando Schumacher deixar a equipe.

    Fora isso não há nada mais interessante que possa lhe recolocar novamente nos times de ponta. Ficar na Ferrari do jeito que está não dá, até porque a própria equipe não renovará seu contrato se não mostrar serviço.

    Um abraço, Julianne.

    • Também acho que Mercedes seria a ESCOLHA ideal ainda mais tendo o QI do Schumacher…porém acho que o cockpit do Schumi já tem dono…será o Di Resta que foi piloto do programa de desenvolvimento da própria Mercedes…

      Porém acho que a APOSTA ideal seria a Sauber que tem uma excelente estrutura tecnológica herdada da Toyota e para cujo chefe o Massa já correu…

  4. Aconteça o que acontecer, na minha opinião a janela/oportunidade para o Massa ser campeão já passou, foi em 2008. Assim como a janela do Weber, que foi ano passado.

    Mesmo ambos sendo ótimos pilotos, não acredito que no futuro tenham outras oportunidades (onde a equação carro/companheiro de equipe/adversários/pico de performance seja a ideal) para conquistarem o campeonato.

  5. A questão de arriscar é pura falta de opção. Nada contra o Massa, mas por dois campeonatos medíocres que ele fez ano passado e está fazendo este ano, ficar na Ferrari em 2012 já foi sorte. Em 2013, a questão não é arriscar, é se manter na Fórmula 1. O ano dele foi 2008, depois, ladeira abaixo. Alguém, em sã consciência acha que o Massa vai voltar a disputar título um dia, principalmente em 2013 correndo (isso se conseguir vaga) por equipes pequenas?

  6. Olá julianne,
    Cada ano a mais na Ferrari sendo superado impiedosamente pelo Espanhol é uma chance a menos de conseguir um assento potencialmente vencedor. Massa fez uma escolha e agora só lhe resta pagar o preço dessa opção. Não vejo o piloto brasileiro em uma equipe de ponta após sua saída da equipe Italiana e quando acontecer é fim de carreira na F1.
    Abs

  7. Ei Julianne, tá na hora de fazer a pergunta de novo ein!


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