Os céticos apontariam que a Mercedes conquistou uma dobradinha mesmo em um dia no qual os coisas poderiam ter se complicado para o time. Os mais otimistas viriam o GP da Austrália como a prova cabal de que teremos um campeonato disputado em 2016. Mas a verdade é que ainda é difícil sustentar os argumentos para qualquer um dos lados. O fato é que, em um final de semana no qual a F-1 deixou pelo caminho duas de suas mudanças para aumentar a competitividade – o formato de classificação e o impedimento de discutir estratégia no rádio, aquela alteração que sobreviveu intacta, da maior liberdade da escolha de compostos, acabou ganhando o dia.
Claro que muito do fato dos seis primeiros terem tido estratégias diferentes e de nove pilotos terem usado so três compostos disponíveis durante a prova tem a ver com seu momento capital, a bandeira vermelha causada pelo fortíssimo acidente de Alonso na volta 18. Ali, a Ferrari jogou sua corrida fora, julgando erroneamente a diferença de ritmo entre o supermacio e o médio, e foi criada a oportunidade para o resultado mais incrível do dia, o sexto lugar de Grosjean com a estreante Haas.
Curiosamente, a decisão de usar o francês, que ainda não havia parado antes da paralisação e, com isso, havia ganhado várias posições, foi de uma estrategista vinda justamente da Ferrari, Ruth Buscombe.
Até a bandeira vermelha, as coisas caminhavam razoavelmente bem para Vettel, que apostara em utilizar o jogo de supermacios guardado na classificação para abrir 5s de vantagem para Rosberg. Além disso, o fato do tetracampeão, mesmo usando a pior estratégia do top 6, ter terminado a menos de 10s do alemão – e em uma pista que a Ferrari não considerava ser das melhores para seu carro serviu para animá-lo para o restante da temporada.
Porém, é de se lembrar que a história poderia ter sido muito diferente caso as Mercedes tivessem largado bem, uma vez que o ritmo é sempre melhor de quem tem pista limpa – como o próprio Vettel reconheceu, aliás. Do lado alemão, por sua vez, a saída ruim não foi uma novidade: já havia sido observada nos treinos livres e é algo que a equipe vê como prioridade para as próximas etapas. Um cenário em que os dois carros mais rápidos largam mal e podem se complicar seria o bastante para animar a temporada, mas após apenas a disputa de uma etapa – que costuma ser caótica por natureza – o jeito é parafrasear Kimi Raikkonen e esperar para ver.
Mas os pontos interessantes da corrida não se restringiram aos 3 primeiros. A Red Bull demonstrou, por todo final de semana, um ritmo suficiente para ligar o sinal de alerta na Williams. Prova disso é que Ricciardo não fez a melhor estratégia e, ainda assim, chegou mais de 30s à frente de Massa.
Mais atrás, Hulkenberg fez outra de suas corridas competentes e silenciosas, salvando um sétimo lugar mesmo com a Force India errando na estratégia. E Max Verstappen deu um de seus chiliques de costume – mas desta vez não foi acobertado pela Toro Rosso. Palmer, por sua vez, fez uma estreia mais sólida do que se esperava, superando Kevin Magnussen por todo o final de semana.
Já a McLaren estava na zona de pontos o tempo todo com Alonso, mas foi uma das que errou na estratégia. O lado positivo é que tanto o espanhol, quanto Button, conseguiram se defender no meio do pelotão, indicando que os problemas de uso de MGU-H do motor Honda foram em grande parte resolvidos. Porém, a falha tática fez com que o inglês só superasse Nasr e Wehrlein, em uma prova que acabou caindo como um duro golpe para a Sauber, especialmente na comparação direta com a também cliente Ferrari Haas.
Mas a cena do dia é o acidente de Alonso que, ao mesmo tempo em que reforça a noção da importância de trabalhar em prol da segurança da F-1, deixa claro que a implementação de qualquer tipo de proteção adicional à cabeça do piloto tem de ser estudada de maneira bastante séria. Certamente mais séria do que algumas das mudanças orquestradas de forma desastrosa para 2016.
33 Comments
Prezada,
uma pergunta: Caso a prova não tivesse sido interrompida, Hamilton teria grandes chances de ter sido o vencedor, correto ? A paralisação da corrida veio 2 voltas depois do seu pit mostrando que ele iria ate o final com médios. Rosberg (ou seu Engenheiro) mais uma vez copiaram descaradamente a estratégia do companheiro e aproveitando-se da sua posição no SC, levaram a prova. Mas se não tivesse acontecido a bandeira vermelha e considerando o desempenho natural da corrida (sem nenhuma interferência externa) Rosberg iria entrar nos boxes (assim como fez Vettel) e Hamilton fatalmente assumiria a liderança. O bom disso tudo é que novamente o grupo de Hamilton se antecipou e mais uma vez demonstrou uma inteligência que poucos usariam.
Após dar a primeira olhada nos números, acho difícil porque Hamilton voltou 38s atrás do líder quando parou, o que é bem mais do que um pit stop. E um detalhe importante é que as equipes têm um estrategista chefe e os dois engenheiros de pista têm acesso ao mesmo tipo de informação para, em conjunto com o time de estratégia, tomar as decisões, então não faz muito sentido falar em cópia.
Legal a sua analise Adit, e o proprio Hamiton disse desde o inicio que o plano seria realmente só uma parada. A entrada do safety car ou de uma bandeira vermelha muda qualquer plano de corrida.
Julianne, bom dia. De que forma você analisa o desempenho das “médias” Renault e Toro Rosso, acredita que chegarão a incomodar Red Bull e Williams?
Julianne acredito que mesmo com 3 paradas Vettel tivesse usado o macio primeiro ele poderia ter vencido ou chegado em segundo foi uma estratégia desastrada da equipe como um todo, acredito que a ferrari está perto mas ainda não chegou se tiver um desenvolvimento maior acredito que luta pelo campeonato.
Pistinha chata, corridinha pífia, mas, para mim, o VENCEDOR MORAL foi VETTEL, mesmo com o pequeno erro cometido em decorrência do desgaste dos pneus, ao final. VETTEL esteve soberbo e fez uma largada sensacional para pegar a ponta. Creio que se não tivesse havido tantos percalços para turvarem o desenvolvimento de sua corrida, como a paralisação da prova e o erro da Ferrari na escolha de pneus), VETTEL teria vencido.
Fiquei perplexo com a performance das Mercedes, pareciam estar correndo com o freio de mão puxado, particularmente Hamilton.
Alonso continua em seu calvário, agora passando por um momento perigoso nesse impressionante acidente, fruto, talvez, da necessidade de andar mais que o carro, e que me lembrou aquele abalroamento de Vergne por Schumacher (não recordo o GP), tal a diferença de velocidade entre os carros. Felizmente, está vivo e inteiro.
Um começo de temporada para virar logo a página. De tudo, um registro positivo: a belíssima estréia da HAAS, conduzida de maneira firme e segura por um já bem polido GROSJEAN.
Me lembrei desse acidente do Schumacher tbm imediatamente ao ver a cena. Felizmente ninguém se feriu.
Pois é, DANIELA. Será que algum (a) repórter já perguntou a Alonso qual a sensação daquele voo que poderia ter sido para a Eternidade? Será que há tempo para sensações?
Como bem sublinha a JULIANNE, a segurança na F 1 ainda pode ser apenas aparente, embora o risco zero talvez nunca será conseguido, porque envolve velocidade, e muita, e as corridas obviamente não se desenvolvem no vácuo. Vendo numa primeira tomada de cena, tal a magnitude da destruição, os destroços do carro de Alonso me lembraram também os destroços do F 2 do excepcional JIM CLARK, no misterioso acidente que o levou em Hockenheim.
Um abraço!
ALONSO: “Eu estava voando no carro e rolando – podia ver o céu, então o chão, então o céu novamente. Quando o carro parou, vi um pequeno espaço e saí rapidamente para ter certeza que minha mãe, que estava assistindo a corrida na TV em casa, podia ver que eu estava bem!”
Simples assim! Não há tempo para reflexões, rsrsrsrs. . .
Acho que a Ferrari fez uma grande bobagem na estratégia e acredito que era possível vencer. Mais do que isso fiquei esperançosa ao ver a performance da Ferrari em uma pista onde eles costumam ter dificuldades. Creio que veremos boas brigas esse ano. Terrível o acidente de Alonso, felizmente sem feridos. E que chatice a choradeira do Verstapen hein? Ansiosa pela próxima!!
Olá Julianne, tudo bem?
Parabéns pela análise.
Onde é que a Toro Rosso errou? Estava andando tanto ou melhor que as Red Bulls, e de repente, terminam a prova nas duas últimas posições de pontos.
Mais uma coisa: Eu não entendi exatamente as legendas para pneus neste ano.
Por que um mesmo tipo de pneu tem duas legendas para representá-lo?
Eles mantiveram o pneu macio após a bandeira vermelha e, por isso, fizeram uma parada a mais.
E os gráficos diferentes, se não me engano, são para designar pneus usados ou novos
Sim, surgiu logo no início da transmissão: o gráfico completamente hachurado com o respectivo pneu significa pneu novo; não hachurado, pneu usado.
A ferrari errou a naum colocar os medios no vettel na intervenção da prova, ja estava claro q o carro da mercedes na australia naum conseguiria fazer a ultrapassagem na pista na ferrari, rosberg andou atras de kimi e naum passou, a ferrari sabia q de medios a mercedes iria ate o final com rosberg rosberg…devido os treinos a mercedes so usou praticamente os medios….o carro da mercedes andando no bolo naum rende bem (Vide red bull na era vettel) carro feito pra andar de cara pro vento esse e a mercedes vai fazer muito isso esse ano largar de supermacios e colocar os medios pq eles trabralharam pra isso. Vettel vinha fazendo uma corrida perfeita ate o acidente. Coisas de corrida, mas a ferrari num pode cometer erros bobos assim.
Pelo tanto de besteiras que Lewis fez, tá bom demais chegar em segundo. Praticamente uma vitória. Gostei também que ele não fez cara de bebê chorão por ter chego em segundo e abraçou Nico e cumprimentou Seb.
Sensacional a Haas. Pra quem está tendo o primeiro contato com F-1 e já disse que os carros são complicadíssimos, o resultado foi muito bom. Também não entendi duas legendas para o mesmo tipo de pneu. Uma com o círculo cheio e outra vazado.
Segundo o app da F1 é o seguinte: o circulo vazado é para indicar os pneus que já foram usados e estão sendo reaproveitados (o numeral lateral em branco se inicia com o número de voltas do pneu já usado). O de círculo cheio é o pneu novo (o numeral lateral em branco se inicia do número zero).
Nunca se esqueçam que a Mercedes priorizam a aerodinâmica sempre em detrimento de velocidade final.
Como saem sempre na primeira fila, não existe a necessidade de ultrapassagem, então tenham a certeza de que nunca será fácil em pistas com poucos pontos de ultrapassagem.
A RBR nos 4 anos de domínio as vezes sofria muito com velocidade final, não são características comuns em carros vencedores.
Malasia, Bahrein, China, EUA, as zonas de DRS são gigantescas então a Mercedes consegue isso tranquilo, em pistas como a de hoje onde o DRS não é tão efetivo, as coisas ficam complicadas.
Temos que entender que a Ferrari não está tão próxima assim, pois com pista livre a Mercedes sumiria, se não com 0,5 segundo por volta, mas em 0,2 ou 0,3….
A vantagem da Ferrari que observo é um poder maior de desenvolvimento, e claro, essas largadas caóticas que podem se suceder por mais 2 ou 3 provas.
PEDRO, abra o link LÁ EMBAIXO e veja que as DUAS Mercedes na Austrália foram os carros que tinham a maior velocidade final aferida no speed trap. ME AJUDE A ENTENDER A SUA EXPLICAÇÃO que transcrevo a seguir (o destaque em caixa alta de SUA FRASE é meu – e, de quebra, me ajude a entender o que eu vi hoje em Melbourne):
“Nunca se esqueçam que a Mercedes priorizam a aerodinâmica SEMPRE EM DETRIMENTO DE VELOCIDADE FINAL.
Como saem sempre na primeira fila, não existe a necessidade de ultrapassagem, então tenham a certeza de que nunca será fácil em pistas com poucos pontos de ultrapassagem.
A RBR nos 4 anos de domínio as vezes sofria muito com velocidade final, não são características comuns em carros vencedores.”
A RED BULL sabida e notoriamente – e isso pode ser confirmado pela JULIANNE, caso queira fazê-lo – SEMPRE tinha, em praticamente TODOS os circuitos, uma das VELOCIDADES FINAIS MAIS BAIXAS ENTRE TODOS OS CARROS DO GRID, por isso necessitava desesperadamente de sair na primeira fila ou na pole position, para ter ar limpo pela frente e assim fazer valer suas características aerodinâmicas superiores aos demais carros. E VETTEL era um mestre em entregar essas pole positions, mediante não apenas sua extrema velocidade natural, MAS, TAMBÉM, mediante a SUA PRECISÃO E SEGURANÇA NA EXECUÇÃO DAS VOLTAS CLASSIFICATÓRIAS.
Várias vezes, em meus pitacos aqui no Blog da JULIANNE, cheguei a dizer que tanto HAMILTON quanto ALONSO seriam IGUALMENTE capazes de levantar com aquela RED BULL os mesmos 4 quatro títulos que VETTEL ganhou, PORÉM NÃO COM A MESMA EXUBERÂNCIA ESTATÍSTICA DE VITÓRIAS E POLES, EXPLICO: Alonso por ser o menos rápido naturalmente dos três GÊNIOS e HAMILTON por não ter a MESMA PRECISÃO de VETTEL na obtenção de poles (embora eventualmente pudesse – em valores absolutos – ser até mais rápido que o alemão e, também eventualmente, por não ser tão preciso quanto VETTEL, errar e desperdiçar poles, do que se aproveitaria Webber). Então, isso é ponto pacífico, “matéria pacificada”, digamos assim. Era impressionante como as RED BULL ERAM LENTAS NAS RETAS, PORÉM as MAIS VELOZES NO CONJUNTO DA VOLTA, evidenciando o seu acerto e a sua superioridade aerodinâmica sobre os demais carros.
No entanto, me parece que NÃO É ISSO o que ocorre com as MERCEDES, veja agora neste GP de Melbourne como elas foram as MAIS VELOZES NA RETA, DE ACORDO COM O SPEED TRAP. Andei lendo por aí, de acordo com jornalistas muito qualificados, que a Mercedes estaria preparando uma surpresa para as suas concorrentes, pois suas UNIDADES DE POTÊNCIA seriam tão poderosas – teriam tanta “cavalagem” – que lhes permitiria andarem COM FORTES CARGAS AERODINÂMICAS para “grudar”, “sentar” o carro nas curvas, E, AINDA ASSIM, APRESENTAREM GRANDE VELOCIDADE FINAL (o que se constatou neste GP de Melbourne).
Então, à vista disso tudo que você expõe em sua argumentação – confrontado com a realidade do SPEED TRAP constatado – e diante da MINHA PERPLEXIDADE que expus em meu comentário bem lá em cima, eu continuo SEM ENTENDER como as Mercedes pareciam CORRER com o FREIO DE MÃO PUXADO, PARTICULARMENTE A DE HAMILTON (nem me refiro à má largada de Lewis e de Rosberg, talvez em decorrência da falta de ajuste correto da embreagem de seus carros), mas me refiro, sim, à incapacidade de HAMILTON – com todo o seu natural aguerrimento – de chegar perto de VERSTAPPEN em condições de armar um bote decisivo, ainda mais se consideramos que VERSTAPPEN tinha uma PU Ferrari de 2015, bem menos potente em tese do que toda essa usina de força que os especialistas disseram que as Mercedes estão deslocando – aliás o próprio ANDY COWELL já disse que entregam por volta de 950 HP.
Francamente, estou até agora sem entender essa falta de “pegada” das Mercedes, principalmente a de Hamilton, que passou um tempão atrás de VERSTAPPEN e não conseguia se aproximar sequer. Li atentamente seu comentário, caro PEDRO, mas continuo sem entender o que eu vi na pista. Talvez você possa objetar que as diferenças de velocidade – apesar de maiores nas Mercedes – não tenham sido tão grandes, mas, ora, se a UNIDADE DE POTÊNCIA Mercedes é tão mais poderosa que a da Ferrari 2015 que equipa a Toro Rosso, isso lhe permitiria possibilitar uma carga aerodinâmica bem mais alta nos carros da Mercedes, para fazê-los “colar” nas curvas e assim delas saírem bem próximos da Toro Rosso (no caso de LEWIS) para, com a abertura do DRS, lhe permitir a ultrapassagem, por menor que fosse a extensão da zona do DRS.
Um abraço!
http://grandepremio.uol.com.br/f1/noticias/speed-trap-confira-maiores-velocidades-maximas-durante-gp-da-australia-primeira-etapa-da-temporada-2016-da-f1
Pois é, tem caroço nesse angu! O desempenho da Toro Rosso (TR) com motor velho me parece refutar aquele argumento de que a unidade de potência (UP) é o maior determinante de desempenho na F1 atual. Em classificação tivemos TR (motor ferrari 2015) desbancando Williams (mercedão 2016) e na corrida a TR segurando Hamilton. Parece que simplificar as análises em F1 é sempre um erro. Fora o motor e a aerodinâmica deve haver muitas possibilidades de ganho em configurações mecânicas e de software, além de estratégias de pista. Taí a Haas como uma lição para a McLaren.
PALAVRAS DE HAMILTON: ” Passei muito tempo preso atrás de uma das Toro Rossos sem poder fazer nada porque ele estava com um pneu mais rápido.”
Será que um pneu mais rápido compensa uma abissal diferença de potência entre a PU Mercedes 2016 e a PU Ferrari 2015, no mínimo de 50 HP? Lewis não conseguia se aproximar o suficiente nem nas retas. Então, vivendo e aprendendo. E VIVA OS PNEUS!
Sim, PIETRO, é verdade, concordo, você joga no ar algumas hipóteses interessantes! Talvez seja por aí, o fato que é as Mercedes, diante de tudo o que foi propalado por qualificados jornalistas, de todas as supostas maravilhas, apresentaram, a meu ver, uma performance LETÁRGICA, particularmente a de HAMILTON (aviso aos navegantes: aqui sem qualquer conotação de Teoria Conspiratória, por favor, que isso fique bem claro!).
Aucam, uma coisa que percebo é que alguns carros, é até estranho dizer isso, quando abrem a asa (DRS) eles voam e a velocidade aumenta muito, acabando com as chances de defesa do adversário. Já as Mercedes quando estão na reta e abrem a asa, não tem um aumento substancial da velocidade e nem sempre conseguem a ultrapassagem no fim da reta. Lewis já fez várias ultrapassagens fora da área de DRS.
Pois é, POWER. Até agora não vi UMA ÚNICA explicação que me convencesse sobre o “freio de mão puxado na reta” das Mercedes. E elas tinham a MAIOR velocidade final de todos os carros do grid, aferidas no SPEED TRAP, conforme postei no link lá em cima. Como pode HAMILTON nem sequer se aproximar de uma Toro Rosso com uma PU Ferrari de 2015, evidentemente com muito menor potência que uma PU Mercedes 2016? Com tanta potência decantada em prosa e verso por jornalistas qualificados e CONFIRMADA por Andy Cowell, as Mercedes poderiam dispor de uma carga aerodinâmica MAIOR que os carros adversários, para grudá-las nas curvas e AINDA ASSIM disporem de uma velocidade MAIOR nas retas. Lewis atribuiu isso a uma diferença de pneus. Bom, se tenho que acreditar em alguém, é melhor que eu acredite no piloto que vivenciou isso, porém fico me perguntando: se fosse apenas uma questão de pneus, porque então essa busca desesperada por mais potência nas PU, que todas as equipes empreendem? E no ano passado? Tanta gritaria pelo congelamento das PU, que não conseguiam fazer frente às PU da Mercedes, quando seria tão mais fácil equilibrar o jogo mediante estratégias diferentes de pneus, rsrsrsrs. . .
EU QUERO VER LEWIS BRIGANDO COM MAX VERSTAPPEN PELO PRIMEIRO LUGAR, E NÃO PELO SEXTO/SÉTIMO!
Aliás, em que pesem as críticas de seus detratores – motivadas na maior parte das vezes pelo motivo bobo de não admitirem sua pouca idade – acho que Max Verstappen fez um corridão sim, segurou Hamilton e, quando rodou no encalço de Sainz, rapidamente voltou a encostar no espanhol.
Sainz é talentosíssimo, mas a chama da genialidade está em VERSTAPPEN, o tempo mostrará isso a todos. Estrelismos acometem todos os competidores e Max ficou chateado pelo erro na troca de pneu. Em nenhum momento exigiu à equipe que Sainz saísse da frente, pelo contrário, perguntou se podia atacá-lo. Não deu para passar, Sainz é muito bom, isso é normal. Quantas vezes Vettel, Alonso e Hamilton não conseguiram ultrapassar adversários ao longo de suas carreiras? Faz parte.
De qualquer modo, estou aguardando ansiosamente por um mano a mano pelo PRIMEIRO LUGAR entre HAMILTON e VETTEL, dentro do mais breve possível.
Um abraço!
E já saiu a matéria no Fantástico dizendo que, pelo 5º lugar conquistado de Massa, a Williams é a “terceira força do grid”. Como bem dito pela Julliane, a Red Bull errou na estratégia com Ricciardo e chegou 30 segundos à frente. E a Toro Rosso, que esteve à frente da Williams até a bandeira vermelha, só chegou atrás por erro na estratégia.
Vettel e muito super valorizado,so tem sorte de campeão,o Ricardo deu um surra antológica.
Bom dia pessoal, eu entendo que o Hamilton sofreu muito atrás das Toro Rosso justamente pela maior virtude do carro: aerodinâmica. tal como os conceitos da Red Bull, as mercedes são muito boas em volta lançada e com ar limpo pela frente, tanto que quem conseguia largar na frente em 2016 conseguia manter a posição, quase sempre sendo Hamilton, seguido de Rosberg, mas sempre foi muito difícil andar próximo do companheiro de equipe por conta da turbulência gerada pelo carro da frente.
As equipes menores tem menor arrasto aerodinâmico, e nas saídas de curva a tração e o menor arrasto ajudam muito, então ficava difícil ultrapassar, os pilotos da Mercedes só eram efetivamente perigosos em lugares onde haviam espaço (retas, retas curvas e locais com DRS), ou por conta das frenagens, por conta de carros muito equilibrados, e, de novo, quando havia espaço.
OBS: Se a Renault entregar um motor decente pra Red Bull, a Mercedes terá sérios problemas, pois o carro é extremamente equilibrado na curva, só falta a potência…
Concordo, Bernando. A Mercedes sempre sofre mais que outros carros com turbulência. Vimos isso diversas vezes em 2015. E Albert Park não tem longas retas, então dificulta ultrapassagens.
Ótimo post, como sempre Julianne!
Não via um acidente como o do Alonso a muitos anos na F1, se não me engano desde quando o Grosjean foi apelidado de “maluco da primeira volta” pelo Webber, esse mesmo Grosjean que levou uma estreante a conseguir o 6° em sua estréia, gostaria muito de vê-lo em uma equipe de ponta no próximo ano, ouso dizer que com um bom carro seria candidato a título (muita viagem?). Esse acidente também me faz pensar que qualquer proteção para a cabeça do piloto tem que ser muito bem estudada, acredito que nesse caso o tal do Halo, muito mais atrapalharia do que ajudaria o asturiano, deve-se pensar também que se não tivesse UM TRATOR PARADO naquela curva Jules teria batido no muro e sairia ileso, tal qual Alonso domingo.
Também fiquei muito animado com esse GP e acredito que esse ano vai ter briga!
Abraços pros meninos e beijos pras meninas!
Comparado ao ano passado este GP australiano foi muito melhor.
O que me impressionou foi o bom ritmo da Mercedes mesmo com os pneus médios usados. Pena que o Vettel não saiu de médios para para termos uma comparação. Pareceu que após algumas voltas de desgaste os pneus se equivalem em desempenho, ou a melhor aerodinâmica da Mercedes gasta menos pneu e os médios acabam durando mais. Sei que o Vettel era mais rápido que o Hamilton no fim da corrida, mas não tão mais rápido para ultrapassar fácil.
Caro Nato, a ideia do halo e proteger o piloto de algum objeto, ou de um pneu, numa capotagem o santantonio dá conta. Sobre o acidente de Jules, acho que o maior problema foi a deseceleração muito rápida, não sei como seria se bate-se no muro. Acho que neste caso nem o halo ajudaria.
“Sei que o Vettel era mais rápido que o Hamilton no fim da corrida, mas não tão mais rápido para ultrapassar fácil.
O Vettel estava com pneus macios e o Hamilton com os médios e bem usados. Foi por isto que a Ferrari se aproximou tanto da Mercedes no final da corrida. Más ainda teremos Bahrain para a Ferrari confirmar que esta bem mais próxima da Mercedes.
O que pegou foi que a Ferrari não acreditou que o pneu médio aguentaria as 38 voltas até o fim da prova. A chuva insistente da sexta-feira impediu que essa avaliação fosse feita na simulação de corrida.
Quanto aos desgaste, acredito que eles (Ferrari) conservem muito bem os pneus: não tenho certeza se os pneus supermacios usados por Vettel na volta da bandeira vermelha era os mesmos usados quando ele fez o pit stop na volta 13, mas, de qualquer forma, ele conseguiu conservá-los por mais de 15 voltas.
O que parece claro é que, se colocasse os pneus médios, Vettel teria todas as condições de segurar Rosberg, dado que as Mercedes não andam bem no tráfego. Nesse caso, podemos dizer que a equipe pecou pela ousadia, e faltou conservadorismo.
Ainda acho a Mercedes favorita, mas uma batalha se encaminha. A Ferrari fez um carro completamente novo, de uma folha em branco, e tem muita margem para desenvolvimento. A Mercedes é “apenas” uma evolução do modelo de 2015. Em 1998, a Mclaren colocou quase uma volta no resto do grid na Austrália e no Brasil, mas no Japão Schumacher estava disputando o título com Hakkinen.
Boa Billy! Também tive esta mesma sensação quanto à razão da Ferrari não usar os médios. Talvez a Ferrari não lançou mão porque não fez os testes necessários na pré-temporada e temia perder em velocidade para a Mercedes. Más concordo quando você diz que a Ferrari tem uma boa base de desenvolvimento a ponto de brigar pelo título com a estrela de três pontas. Porém acho que no Bahrain teremos uma luta interessante (Ferrari & Mercedes) pelas primeiras posições.
E as equipes já escolheram os pneus para o próximo GP:
http://br.motorsport.com/f1/news/ferrari-e-mercedes-diferem-em-escolhas-de-pneus-no-bahrein-681609/
Ju, qual tera sido a analise da corrida pela Ferrari para optarem por não trocar os pneus de Vettel?