F1 GP da China horários e tudo sobre - Julianne Cerasoli Skip to content

Guia do GP da China

A Fórmula 1 retornou em 2024 ao GP da China e testemunhou o efeito Zhou pela primeira – e talvez a última – vez. A empolgação em ter um piloto caseiro era enorme, os (poucos) ingressos se esgotaram rapidamente, mas a categoria claramente está longe de ter um impacto significativo por lá;

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A pista continua gerando boas corridas. O circuito é interessante, com curvas que fazem com os que os pneus dianteiros acabem antes dos traseiros, o que é menos comum. O número de ultrapassagens costuma ser alto (em 2024, foram 58 manobras, bem acima da média), e o índice de SC também é alto.

Qual é o melhor acerto para o Circuito Internacional de Xangai

Os dois pontos principais da pista são a curva 13, de raio longo e veloz, que vai definir o quão embalado o piloto vai entrar na maior reta do circuito, e a tração na saída da curva 14. E isso de certa forma define a pista. A necessidade é ter um carro bom em alta velocidade e também na retomada de aceleração após freadas fortes.

E também não dá para esquecer da reta e colocar muita asa no carro. Esse é um equilíbrio que os engenheiros precisam buscar.

A evolução da pista era considerada média, mas o primeiro desafio neste ano será entender a condição do asfalto, lembrando que o circuito continuou sendo usado.

E uma diferença marcante de Xangai é o fato de ser um circuito front-limited, ou seja, os pneus dianteiros acabam antes dos traseiros, o que não é o mais comum ao longo do ano. Isso tem muito a ver com o desenho das primeiras curvas, que são as mais técnicas do circuito e que permitem linhas diferentes. É muito difícil evitar saídas de frente nesse primeiro setor.

Ultrapassagens no GP da China

Foram 50 ultrapassagens em 2019, bem equilibrado entre aquelas feitas com DRS e sem. E um pouco mais (58) em 2024.

A pista da China teve várias corridas com número de ultrapassagens acima da média, e muitas vezes BEM acima da média. Aliás, foi lá que a F1 registrou seu recorde histórico, em 2016: 161. E olha que nem precisou chover.

Isso tem a ver com o desenho da parte final e da parte inicial da volta.

Aliás, será um desafio para a FIA determinar a extensão da zona de DRS da grande reta. A medida exata vai depender muito de quão perto do rival o piloto que está atrás vai conseguir fazer a longa e rápida curva 13. Em teoria, os carros de 2019 eram bem piores nesse quesito, então a zona teria de ser encurtada para que não haja ultrapassagens fáceis no meio da reta de 1.2km.

Na verdade, o mais legal desse circuito em termos de ultrapassagem é a chance de dar o troco em uma manobra logo de cara. Então o ideal é que essa zona de DRS da reta mais longa só permita que os pilotos decidam na freada quem estará na frente no grampo. Depois dele, há outro ponto de detecção para o DRS da reta principal, muito mais curto porque a reta também é curta.

Muitas vezes, vimos um piloto mergulhar por dentro no grampo e levar o X. O melhor mesmo é estar por dentro na curva da entrada dos boxes.

Qual é a melhor estratégia para o GP da China

Xangai é daquelas pistas em que vale a pena parar mais vezes e manter um ritmo mais rápido, até porque não é difícil ultrapassar. De quebra, o tempo de perda no pitstop é baixo, cerca de 20s. Só não é uma corrida com um número exagerado de paradas, no seco, porque a temperatura é relativamente baixa (18ºC e abaixo de 40ºC na pista em média)

Também favorecendo estratégias com mais paradas está a incidência alta de períodos de SC. Os estrategistas costumam usar os dados das cinco últimas corridas para esta estatística, e o percentual de 2015 a 2019 é de 80%.

Em 2024, houve uma mescla, justamente afetada pelo. A melhor estratégia foi começar com o médio e depois colocar o duro (usando dois jogos de duros dependendo se o piloto havia parado antes do SC ou não). No meio do pelotão, alguns pilotos apostaram no pneu macio, sem muito sucesso.

Como foi o GP da China em 2024

Max Verstappen venceu o GP da China, que acabou sendo o último em que a Red Bull teve uma clara vantagem, mas quem surpreendeu foi Lando Norris. 

Ele superou as Ferraris e a Red Bull de Sergio Perez para terminar em segundo. Inicialmente, Norris apostou que terminaria 35 segundos atrás das Ferraris devido ao seu desempenho superior e às dificuldades previstas pela McLaren no circuito de Xangai. No entanto, Norris capitalizou com um safety car virtual (VSC) e um safety car oportuno para garantir sua posição. 

O sucesso de Norris também teve a ver com as dificuldades da Ferrari com o gerenciamento de pneus. Sergio Perez ficou devendo mais uma vez no cuidado com os pneus e ainda perdeu tempo durante os períodos VSC e SC. 

As intervenções do safety car também impactaram significativamente a corrida, forçando as equipes a ajustar suas estratégias e levando a um final movimentado.

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