F1 GP de Las Vegas: horário e tudo sobre - Julianne Cerasoli Skip to content

Guia do GP de Las Vegas

O GP de Las Vegas surpreendeu até mesmo os pilotos na corrida de estreia. O traçado é mais técnico do que parece à primeira vista, principalmente entre as curvas 6 a 9. A possibilidade de seguir o rival de perto gerou muitas ultrapassagens na corrida, e também ajudou as estratégias a ficarem mais abertas.

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Em termos de espetáculo, em que pesem os problemas da estrutura de cimento que prende os bueiros na quinta-feira, o evento ficou marcado pela experiência VIP que a Liberty Media queria promover, e também pelos preços altíssimos em comparação com o restante da temporada.

Qual o melhor acerto para o Las Vegas Strip

A Las Vegas Strip é a segunda pista mais longa do calendário, atrás de Spa-Francorchamps, embora só tenha 17 curvas. O principal em Las Vegas são as retas, principalmente a de 1.9km da freada da 12 até a chicane da 14 e 15. Por conta disso, a maior comparação que se pode fazer em termos de acerto é com o circuito de Monza. Os carros andam com carga aerodinâmica perto da mínima, preparados para que os pilotos fiquem com o pé cravado no acelerador por quase 80% da distância da volta.

Um carro rápido em Las Vegas tem pouco arrasto nas retas e também boa aderência mecânica e boa tração nas saídas de curva, além de negociar bem as zebras.

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Outro desafio é lidar com as baixas temperaturas à noite em Las Vegas. A corrida de estreia teve temperaturas acima da média para o final de novembro, ficando em torno dos 17 graus, mas é de se esperar que os termômetros cheguem em 5ºC normalmente. Isso significa que os carros são configurados com menos entradas de ar tanto para os dutos de freio, como para a refrigeração do motor.

Ultrapassagens no GP de Las Vegas

A estreia do GP de Las Vegas foi a prova com mais ultrapassagens disputada com pista seca desde o GP da China de 2016, que tem o recorde histórico de 161. O GP de Las Vegas de 2023 teve 99 ultrapassagens, desde disputas pela liderança até o fim do pelotão.

Como há muitas retas, os carros foram configurados como se estivessem em Monza, o que significa que o vácuo se torna bem poderoso. E a falta de curvas de média e alta velocidades significava que era menos difícil ficar perto do rival para tentar a manobra.

A temperatura baixa da pista também ajudou nas ultrapassagens de maneiras diferentes. Primeiro, bagunçou o grid, porque carros que geralmente são gentis na hora de colocar energia nos pneus sofreram mais que o normal. Na corrida, a temperatura baixa premiou estratégias em que o pneu duro foi o mais usado. E dois períodos de SC mais um VSC ajudaram a misturar as táticas.

Qual é a melhor estratégia para o GP de Las Vegas

Claro que os dados são limitados, mas ficou claro na estria que o grande desafio para os pilotos é escapar do graining. Ele vem junto com as temperaturas baixas no asfalto, mas que pode se controlado com uma pilotagem menos agressiva, especialmente nas primeiras voltas. Quanto mais macio o composto, maior a chance de graining, e por isso o pneu duro acabou sendo o preferido. Foi importante proteger o médio no início da corrida, com mais combustível no carro. E quem não o fez viu o pneu acabar de uma hora para a outra.

O pneu macio até dá aderência extra para os primeiros metros, mas logo perde muito rendimento. Seria uma boa estratégia para quem está largando mais atrás e aposta em um Safety Car logo de cara. Fora isso, fica a dúvida entre uma e duas paradas.

Como a primeira corrida em Las Vegas afastou o temor de que fosse uma pista em que as ultrapassagens seriam difíceis, isso pode contribuir para estratégias mais abertas no futuro. Afinal, a posição de pista não é tão importante como em outras pistas de rua.

Como foi o GP de Las Vegas de 2023

O GP de Las Vegas foi um dos melhores do campeonato de 2023, com ação do começo ao fim, inclusive na luta pelo pódio. Charles Leclerc largou na pole e sabia que a Ferrari tinha um ritmo forte em relação à Red Bull, muito em função da temperatura mais baixa, que deixava o RB19 mais vulnerável na classificação e nas primeiras voltas.

Ele perdeu a ponta na primeira curva, mas pressionou Verstappen, que forçou demais os pneus nas três largadas (a corrida teve um VSC e um SC nas primeiras voltas) e gerou graining. O holandês foi ultrapassado antes de parar e ainda levou uma punição de 5s por ter jogado Leclerc para fora da pista. Voltou em décimo.

Leclerc vinha fazendo tudo certo. Conseguiu ficar 5 voltas a mais na pista, criando uma vantagem de uso de pneu para o final da prova, tinha a posição de pista. Mas um SC causado por George Russell (inclusive, em disputa com Verstappen) veio na hora errada para o monegasco, pois acabou com a vantagem que ele tinha construído. Não demorou muito para Verstappen passá-lo.

A corrida de Leclerc passou a ser com Perez, que ganhou terreno fazendo quase todo o GP com o pneu duro, com o qual era possível forçar sem se importar tanto com o graining. Eles trocaram de posição duas vezes até que Leclerc o surpreendeu com uma manobra na última volta.

O SC causado por Russell foi importante também para Esteban Ocon sair de fora do top 10 para chegar em quarto. E Stroll usou o SC causado por Norris no começo e a estratégia de largar com o pneu macio para ir de penúltimo para quinto.

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