Para o GP da Grã-Bretanha, escolhi um personagem que não teve um de seus melhores finais de semana. Sergio Perez é um bom exemplo daqueles pilotos que acreditam que poderão ter tudo quando chegam ao circuito na quinta-feira, mas que saem sem nada no domingo.
Difícil culpar o pobre Checo. Afinal, o quinto lugar de Kamui Kobayashi no GP da Espanha e o bom rendimento do C31 nas curvas de alta davam a impressão de que os Sauber poderiam ir bem em Silverstone.
“Acho que é um circuito bom para mim. Espero que o carro seja muito competitivo aqui e estou com muita vontade neste final de semana. Estou muito confiante porque acho que será um GP muito forte para nós. Acredito que podemos lutar pela vitória”
No entanto, o fim de semana poderia ser tão negativo. Já na classificação, as coisas não saíram como o mexicano esperava. Perez esteve entre os primeiros durante parte da sessão, mas, na hora da verdade, fez uma opção errada e largou em 15º, após ter sido ajudado por punições do companheiro Kobayashi e de Vergne. O mexicano cometeu o erro de usar os intermediários após a interrupção do treino. Um engano muito grande para ser corrigido e tempo de se salvar no concorrido Q3.
“Foi uma pena, pois tínhamos velocidade para ir bem rápido, mas saímos com os pneus errados e tivemos muito tráfego na volta. Esse foi o problema principal”.
Porém, com a promessa de que o ritmo de corrida da Sauber seria muito melhor que o mostrado na classificação, lá se foi Perez em busca de um bom resultado. Cinco posições ganhas na largada e o sábado ruim parece ter ficado para trás. Uma ultrapassagem sobre Maldonado, outra sobre Hamilton e o mexicano, em sétimo, faz sua primeira parada com 11 voltas completadas.
A estratégia foi semelhante à de Vettel, que se mostrou acertada para se livrar do tráfego. Porém, logo ao retornar à pista, o mexicano foi abalroado por Maldonado, que também vinha com pneus frios e não calculou bem o quanto poderia forçar, por dentro na curva, para segurar a posição. A colisão e o consequente abandono acabaram com as chances do mexicano, que não mediu palavras contra o piloto da Williams:
“Pastor é um piloto que não respeita os outros. Isso é fato. Já estava na frente e, mesmo se não estivesse, ele deveria me dar espaço suficiente para não batermos, mas ele tentou me empurrar para o lado de fora. Não entendo a maneira como ele está pilotando. Realmente espero que os comissários façam algo, porque nas últimas três ou quatro corridas ele saiu do padrão.”
“Não é a primeira vez que ele estraga um final de semana meu. Ele fez o mesmo [com Hamilton] em Valência e eles deram um drive through, o que não acho que seja suficiente. O cara nunca vai aprender se eles não fizerem nada, porque ele é muito perigoso e pode machucar alguém. Todos se preocupam com ele. Pastor parace não saber que estamos arriscando a vida e não tem respeito nenhum.”
O falatório não deu resultados. Maldonado foi “punido” com uma multa de 10 mil euros e uma reprimenda, algo que foi introduzido em 2010 com a promessa de ser uma espécie de cartão amarelo, mas não deu em nada até aqui.
Isso nos leva a outra questão: Perez tinha todos os motivos para acreditar que caminhava para um bom resultado após virar a maré no domingo e ninguém pode culpá-lo por seu abandono. Será que Maldonado não está exagerando? Como pará-lo?
17 Comments
Sei não Julianne, mas muitas vezes a coisa torna-se incomprensivel. O pessoal queixa-se de que ninguem mais aguenta tanta punição, e safety car, e tanto piloto chorão que nem bibas. Todos louvam a combatividade dos pilotos dos anos 80…. e quando Hamilton ou Maldonado vendem cara as ultrapasagens, então querem mais punição. SÁCAMELO!!!
Para mim foi uma bonita luta por posição, e ao igual que no acidente com Hamilton em Valencia, o Venezuelano foi exprimido na curva enquanto forçaba a pasagem, sendo que os outros tinham suficiente espaço para a direita.
Prefiro ver atitudes do Venezuelano, à chatice de “ultrapassagens” com o DRS.
Prefiro ver o Venezuelano se estampar no muro tentando pasar o Alonso, que o Checo manerando ante o mesmo Alonso por uma ordem da equipe.
Prefero ver espetáculo de machos ao balé de bibas e chororó dos crios.
O que vc prefere?
Eu prefiro todas as outras grandes lutas que tivemos nesta prova, “hard, but fair”. Acho que nessa corrida houve um erro do Maldonado (tentando fazer a curva fora do traçado com pneus frios), mas a minha questão é se seria plausível puni-lo com mais rigor pela sequência de julgamentos ruins que vêm, repetidamente, acabando com as corridas dos demais. Como um cartão amarelo (efetivo, não essa piada de reprimenda) por sequência de faltas. Lembre-se que ele teve cinco punições ano passado.
Outras grandes lutas?… a prova en sim foi até chatinha se comparada ao que temos visto no resto do campeonato. O Perez ja tinha feito uma ultrapasagem limpa encima do Maldonado, só que na segunda os dois estavam emparelhados, o Venezuelano não arregou o pé e o Checo tentou deixar sem espaço e deu no que deu. A meu modo de ver, até o Mexicano pode ser culpado (insisto que ele tinha muita pista do lado direito e estava vindo por fora).
Sobre a tua consideração de que Maldonado deva ser punido pela reincidencia, só posso perguntar se vc estaría de acordo com banir da Memoria o Villeneuve. Esse batia de todo quanto era jeito e é considerado dos grandes (Vc deve ser muito mocinha para telo visto correr, mas ta tudo no Youtube). Tambem deveriamos tirar pelo menos um campeonato do Senna (ouviu falar dele?). Esse jogaba o carro na pista e depois trocava socos nos boxes.
Sei que vc gosta da F1, mas deixa que o espiritu das feras baixe em vc. Chega de mimimi…
Não existe mimimi… Existem regras, que não existiam até anos 90… Regras que devem ser respeitadas… O Salazar jogou o carro em cima do Piquet na Alemanha em 1982 (e sim, vi no youtube pq nem era nascido, como tenho certeza que a Ju viu e sabe mais do que vc sobre oq vc citou) e jamais foi tirado algo do cara… O cara destruiu uma vitória (ou não, pq segundo o Piquet o motor da BMW iria abrir o bico) do Piquet e não recebeu absolutamente nada de punição… Antes F1 era lazer… Agora é esporte e como tal tem que ter seu conjunto de regras e suas punições para quem foge dessas regras… Antigamente no futebol vc poderia quebrar a perna do cara num carrinho, seria expulso, mas como não havia substituição estava tudo bem, pq o cara estava fora… Isso é algo que não pode ser chamado de esporte… Esporte por sua própria definição tem que ser saudável e apresentar o menor risco possível para seus praticantes…
Por isso mesmo, pelo esporte que virou a F1… Deve haver punição… Lembrando que é justamente a falta desse esporte, dessas regras que ceifou a vida das duas lendas que vc falou… Deixe as regras ali… Não gostaria de ver Vettel, Alonso, Hamilton ou mesmo Perez e Maldonado perderem a vida pq deveríamos deixar de mimimi…
Há,há,há,há, seu comentário sem papas na língua está impagável, Bruz, pior (ou melhor) é que é verdade! Também sou de opinião que Hamilton x Maldonado e Perez x Maldonado foram incidentes de corrida, apenas isso. O “problema” é que se alguém levantar o pé na primeira “forçada” que levar, vai virar sempre freguês daquele que forçou, e esse grid que esta aí tem muitos bicudos (o provérbio diz que “dois bicudos não se beijam”), mas bicudos se beijam sim, mas assim, do jeito que tem acontecido, rsrsrs). O que deve ser coibido, isso sim, são as espremidas intencionais (recheadas de vaidade tola) contra o muro, contra os boxes, pelo perigo óbvio que isso implica. Quando essa garotada estiver mais experiente vai encontrar o ponto certo de fazer as coisas. Ontem tivemos dois exemplos disso – experiência mais arrojo – na ultrapassagem por fora de Webber sobre Alonso e no emocionante duelo que travaram Hamilton e Alonso, que certamente duraria mais curvas ou mais voltas se ambos estivessem com as mesmas condições de corrida, com prevalência de quem só Deus sabe. Automobilismo feito na pista só visando números para estatísticas só dá sono. Eu sempre digo nas abobrinhas que escrevo por aqui e por aí que dou mais valor à emoção que a números, troféus e títulos, (qualquer que seja a categoria, da NASCAR à F 1) ainda mais em um esporte (esporte?) onde os competidores dependem tanto e tão vitalmente dos meios que tem em mãos. A história da F 1 registra vários pilotos com números que não refletem a grandeza que tiveram, mas que se transformaram em lendas, mesmo sem título. Pilotos que serão lembrados sempre, enquanto outros, com números, só serão citados em anuários. A essência do verdadeiro automobilismo é a adrenalina e a emoção. É saber subjugar as Leis da Física com um carro. Esse negócio de pilotos poupadores, pilotos “cerebrais”, pilotos que “sabem acertar um carro”, bundinhas de veludo, pilotos que só ultrapassam nos boxes, piloto que está sempre no lugar certo na hora certa para herdar posição ou vitória enquanto os outros “se matam” lá na frente e pilotos de estatísticas só causa tédio. Felizmente este grid atual tem muito mais feras que os espécimens citados aí em cima e que compõem uma fauna entediante. O problema todo é que os comissários de provas estão usando os chicotes em demasia, inclusive distribuindo lambadas com desigualdade e as vezes injustas, jogando lá pra trás muita gente que poderia estar correndo na frente, o que, embora anime o espetáculo, torna o resultado artificial (embora para maioria dos aficionados o que conta é o resultado, reconheço). Emoção é aquele duelo Gilles x Arnoux, a ultrapassagem (a maior da F 1) de Piquet sobre Senna na Hungria em 86, a estilingada-bote de Tony Kanaan que levantou toda a arquibancada que até então estava sentada, na edição deste ano de Indianápolis, e tantos outros lances, ao longo da história do automobilismo, que jogam a adrenalina lá pra cima.
Por sinal Aucan, ta asistindo a GP2? Tem uns ferinhas que logo vão estar na F1. Ontem por coincidencia, teve outro pega entre Venezuelano e Mexicano na ultima volta na luta pela 4ta posição. O Cecotto fechou o Gutierrez e mandou comer pasto, mas este não arregou e voltou à pista de qualquer jeito cortando a curva e acertando de carambola o piloto da Barwa, ainda o da Lotus chegou de quarto com o bico quebrado. Não sei se puniram, mas esses são os caras que queremos ver. O Nars é outro que vem com o pé quente, ontem não se envolveu em incidentes e capitalizou o terceiro.
Claro, Bruz! Lá tem grandes pegas e apetite para ultrapassagens é o que não falta! Acresça a esses que citou o Luiz Razia, o Fábio Leimer e o estreante inglês James Callado. O problema é que a fila na Fórmula 1 precisa andar, para não vermos a injustiça de Razia eventualmente não vir a correr lá no ano que vem. Razia está pilotando o fino e pronto para a Fórmula 1. Tem feito fantásticas ultrapassagens, algumas até hipnóticas eu diria, induzindo os adversários ao erro ou surpreendendo-os. Fábio Leimer, já veterano, além de ser muito rápido, é extremamente combativo e merece subir também. James Callado é um talento que me impressiona muito, acho que terá sucesso na F 1. Essa garotada toda tem o pé direito pesado, pisa fundo e tem braço! Depois, quando eles chegam à F 1, os que não acompanham a GP 2 se surpreendem e até os desmerecem em um primeiro momento.
Ali na GP 2 a adrenalina corre solta! E sem os artificialismos da F 1 como o KERS e em especial o DRS! Até os pneus farelli não esfarelam tanto lá. Não sei se os compostos usados lá são exatamente os mesmos da F 1, mas o fato é que eles tem um funcionamento diferente na GP 2, aparentemente mais “normal”. Talvez pela menor duração das corridas, pelo menor peso dos carros e pela menor potência transmitida às rodas. Julianne – você que é PhD em pneus – pode explicar melhor e me corrigir se eu estiver falando besteira.
Felipe Nasr também deve ser incluído entre todos os mencionados como grandes talentos. Por lapso, não o citei.
Eu não sei… acho que o Pastor errou, pura e simplesmente… Azar do Perez que estava do lado… é a vida… E o Perez é um dos melhores pilotos novos… Vai ser boa a briga dele e do Vettel quando ambos tiverem carro…
E sobre afinar… Cara… O Maldonado já afinou para Alonso e Schumacher, o Vettel já afinou pra passar o Alonso… todo piloto no início sofre pra passar os mais veteranos… Lembro que só o Hamilton é que pegou com o primeiro ano e botava todo mundo no bolso, não interessava quem tava perto… O guri queria comer todo mundo ao molho branco… Mas os outros… em início de carreira… Vix, não tem quem não afina não… Hoje eu já não sei se o Perez diminuiria ou se perderia como se perdeu.
Julianne,
Você já escreveu algo sobre o estilo de ultrapassagem dos pilotos?
Acho o Alonso o melhor neste quesito, normalmente as ultrapassagens dele começam 2 ou 3 curvas antes ao escolher um traçado que induz ao adversário ficar com o pior traçado possível, metros à frente.
Já o Hamilton prima pelo arrojo, porém peca como o Maldonado ao optar por um tipo de ultrapassagem em que só sobra duas opções: ou me deixa passar ou batemos os dois juntos.
Kobayashi é do tipo que surpreende ao colocar o carro onde ninguém espera, é meio kamikaze mesmo.
Já o Massa e o Button dependem muito mais da superioridade do equipamento do que de habilidade própria.
Abs.
Lembro de ter escrito separadamente, não acho que tenha feito um post sobre isso. Um bom tema. Incluiria o Webber nesse time das ultrapassagens “programadas”. Chamaria esse estilo do Hamilton de “ultrapassagem por intimidação”, algo que o Senna fazia também. Só não concordo com o Button, acho que ele ultrapassa bem, tem provas marcantes vindo de trás Hungria 2006, Brasil 2009, Canadá 2011.
Aquela ultrapassagem de Button sobre Lewis e Schumacher de praticamente de uma só vez, em Monza / 2011 foi sensacional também. Surpreendeu os dois.
Como pará-lo??? Bem simples….se eu fosse piloto, na primeira dividida com ele não tiraria o pé…não aliviaria em nada. Se fosse necessário jogar pra fora da pista, jogaria. Com um piloto deste tipo tem que ser casca grossa. Tenho certeza de que na corrida seguinte ele iria pensar bem na manobra que fosse fazer em cima de mim. Enquanto os pilotos ficarem arregando ele vai continuar fazendo merda. Mas é porque ele não fez isso com um Alonso da vida…se fosse o Alonso aposto que a multinha tinha sido bem pior.
Me lembro que na comemoração da Morte de Villeneuve, Alonso tocou no assunto sobre o respeito em disputas, afinal no passado, pelas pistas não terem segurança suficiente, além da fragilidade dos carros, os pilotos se respeitavam mais, deixando espaço para o concorrente. O automobilismo apesar da necessidade de audácia, é um esporte perigoso, mas existe a diferença entre a ultrapassagem correta, que deixa espaço, e a manobra incorreta, que deixa o lado de fora da pista, como fez Rosberg com Hamilton e Alonso no Bahrein. Hamilton x Alonso, e Alonso x Webber, mostraram como se “briga” em corridas de F1.
Concordo com você, Wagner: aquele tipo de coisa que o Rosberg fez contra Alonso e Hamilton no Bahrein é inaceitável! Ultrapassou todas as medidas do bom senso e de segurança. Não foi um incidente de corrida.
Esse respeito maior que os pilotos da antiga tinham reciprocamente, a que Alonso se referiu, não impedia às vezes, além de lances de audácia, algumas pequenas “espertezas” típicas de corridas (no bom sentido, é claro, porque John Surtees era um piloto genial e ético): no GP de Monza de 1967, considerado um dos melhores da história, Jack Brabham vinha “babando” atrás dele, em segundo lugar, e Surtees, que vinha defendendo sua posição eticamente mas fechando todos os espaços, percebeu antes de Brabham que havia um pouquinho de óleo na pista e, espertamente, no trecho escorregadio, abriu uma “avenida” para Brabham, que, “maravilhado”, não hesitou em receber o “presente”, o que foi suficiente para que o seu carro destracionasse, eliminando qualquer chance que ele ainda pudesse ter de ultrapassar Surtees, que o venceu com apenas 0,2 s de vantagem! Foi uma chegada antológica. Pode ser vista no Youtube. Você certamente já deve ter visto isso. Mas Jim Clark, naquela que foi considerada a sua melhor corrida, foi o grande astro daquele GP, perdendo uma volta com um pneu furado e, recuperando-a, voltou à liderança que ocupava antes, mas infelizmente sofreu uma pane seca no final (Chapman havia retirado gasolina na parada para tornar o carro mais leve e calculou mal a quantidade, porém Clark ainda conseguiu o terceiro lugar). Eu admirava muito a capacidade de pilotagem e os conhecimentos técnicos de Brabham, na minha opinião, depois de Clark o melhor era ele.
Alinho-me entre aqueles que acham impossível comparar pilotos de épocas diferentes, mas tenho Jim Clark como o referencial maior no quesito habilidade natural ao volante. Ganhava em qualquer tipo de carro, dos Ford Cortina aos F 1, passando pela F 2 e pela Fórmula Indy, inclusive. Pelo seu estilo acrobático inigualável, sempre lembro de Ronnie Peterson também. Apenas a minha opinião.
Ola Julianne.
Eu concordo com vc. Acho o Maldonado muito imprudente. Ele ainda acha q. esta correndo de GP2. Nao percebeu q. estes carros rodam a mais de 300Km/h e que as suas vidas estao em jogo. Em 09 corridas ele ja bateu em 06 (fora treinos e classificaçao)….isto q. é consistência…kkk
Abrçs
Quando imaginamos disputa acirrada, nos lembramos de Arnoux x Villeneuve. Me lembro que em uma entrevista, Arnoux citou Villeneuve como um piloto arrojado, mas confiável, alguém que vendia caro a posição, mas que sabia respeitar o concorrente, palavras de Arnoux. Claro que existem exceções, mas vemos na maioria das vezes, nas disputas “ferozes” do passado, o famoso “espaço” para o concorrente, até mesmo por uma questão de auto preservação. Como bem citou a Ju, “hard, but fair”. Vivemos em uma era tão violenta, que às vezes pensamos que F1 é “Mortal Kombat”. Apesar de ser um homem moderno, ainda prefiro a disputa limpa de Alonso x Hamilton, ou uma mais linda ainda, travada entre Massa x Kubica, se não me engano em 2007, no Japão, dura, mas limpa.