F1 Quem é quem na temporada 2021 da F1: Alpine - Julianne Cerasoli Skip to content

Quem é quem na temporada 2021 da F1: Alpine

Dá para dizer que o teto orçamentário pegou a agora Alpine no contrapé. Desde que a Renault comprou a equipe de volta em 2016, o investimento foi grande não apenas na atualização da fábrica – o que venho, sim, em ótima hora para o time, pois agora já deu tempo de se adaptar às mudanças nesse sentido – como também no aumento do próprio porte do time. Quando a montadora retomou o controle, a equipe tinha sido reduzida a cerca de 450 pessoas, e foi crescendo aos poucos até chegar a cerca de 700. E agora vai ter que reaprender a ser um pouco menor novamente.

Não que a transformação tenha sido totalmente implementada. Esse é o trabalho principal de Marcin Budkowski. O polonês sentia que a equipe estava crescendo em números, mas não vinha tendo uma evolução, de fato, na mesma velocidade. E, agora, essa evolução terá de vir junto de mais eficiência por conta do teto, adicionando mais uma camada de desafios. 

“Muito do meu foco desde que cheguei é desenvolver a estrutura, a forma como trabalhamos, torná-la mais organizada, mais eficiente e fazer dela uma organização mais ágil em termos de desempenho.”

Em que pese os desafios do ponto de vista organizacional, a Alpine tem motivos para estar otimista em relação a seu carro. Em 2019, o grupo chefiado por Nick Chester e Pete Macin tinha chegado à conclusão de que a filosofia aerodinâmica do carro havia chegado a um limite, e redesenhou a parte dianteira do carro, fundamental para o fluxo aerodinâmico do conjunto como um todo. O conceito anterior não respondia bem ao desenvolvimento, então eles tiveram de começar do zero (quer dizer, mais ou menos, porque o conceito adotado aproximou o carro ao da Mercedes). Isso ajudou o ar que corre por debaixo do bico a chegar com mais força, digamos assim, na área dos barge boards, ajudando a selar o assoalho.

Chester e Macin saíram da equipe no entre o final de 2019 e o começo de 2020 e foram substituídos por Pat Fry no papel de diretor técnico e Dirk de Beer como chefe de aerodinâmica. A mudança aconteceu em um momento longe do ideal, mas pelo menos o objetivo foi atingido: a Renault terminou o ano na mesma quinta posição entre os construtores, mas pelo menos se aproximou da Mercedes (mesmo em um ano em que o time alemão melhorou ainda mais).

Alpine é o quarto nome da equipe de Enstone nos últimos 10 anos. Começou como Lotus Renault, depois virou Lotus, depois Renault.

São mudanças que levam tempo para serem compreendidas, então faz sentido imaginar que o rendimento do fim do ano, quando o time beliscou três pódios, será mais próximo do que veremos em 2021. A questão é quanto os rivais (especialmente Aston Martin e Ferrari) vão conseguir evoluir, além da incógnita que cerca a McLaren.

Mas as mudanças da Alpine não param por aí: no campo administrativo, sai o onipresente Cyril Abiteboul e chega, focado na administração esportiva da equipe em si, Davide Brivio, várias vezes campeão na MotoGP e uma contratação de peso. No campo esportivo, é claro, o time terá a volta de Fernando Alonso, que vem de dois anos em que experimentou de tudo um pouco que tivesse um motor. No espanhol, a equipe tem um piloto que chegará consistentemente ao limite do carro e que não é de desperdiçar oportunidades. 

Ao seu lado, Esteban Ocon estava empolgado na fase final do campeonato e explicava que tinha conseguido finalmente se achar com o acerto. O francês sofreu (até mais do que esperava) por ter ficado de fora em 2019 e também teve sua dose de azar com quebras, mas, de fato, estava andando bem mais perto de Daniel Ricciardo no final do ano. Por outro lado, ao contrário do australiano, Alonso tem fama de destruir pouco a pouco a confiança de seus companheiros, especialmente quando tem suporte do comando da equipe para tal. Em uma organização tão mudada como a Alpine, será interessante ver até onde vai o poder do espanhol.

1 Comment

  1. A grande espectativa da Alpine é, o que vai fazer Fernando Alonso. Será que o espanhol ainda é capaz de aguentar o ritmo competitivo da atual F1? Alonso manteve-se sempre em competição, seja no WEC, na Indycar ou até no Rali Dakar, mas, sinceramente, tenho algumas dúvidas que este seu regresso seja uma mais valia para a F1. Acredito que a Alpine cresça com ele, por ser um piloto muito experiente, e que dê um passo em frente na sua evolução.

    Cumprimentos

    visitem: https://estrelasf1.blogspot.com/


Add a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquise
Redes Sociais
As últimas
Navegue no Site

Adicione o texto do seu título aqui