F1 Quem se adaptar melhor aos botões no volante sai na frente - Julianne Cerasoli Skip to content

Quem se adaptar melhor aos botões no volante sai na frente

Ouvimos os pilotos reclamarem da quantidade de botões no volante deste ano e há quem não entenda tanto falatório, afinal, é o mesmo desafio para todos. Um deles, de acordo com o jornalista inglês James Allen, inclusive respondeu ao engenheiro, quando este lhe pediu que apertasse mais um botão “Só tenho um par de mãos!” A questão é que eles mesmos sabem a dor de cabeça que vem pela frente – e que haverá rivais que se adaptarão muito mais rapidamente e tirarão proveito disso.

Nada disso é novidade. Há anos vemos pilotos que modificam com mais frequência o equilíbrio de freios. Em 2010, houve os que acionavam por mais vezes o duto aerodinâmico e os que melhor lidaram com as regulagens da asa dianteira, que ajudavam a cuidar dos pneus. E, em 2011, não será diferente. Mas isso deve fazer mais diferença, uma vez que a asa traseira móvel e o KERS juntos representam até 1s por volta, como vimos no post de ontem.

Num vídeo que já postei no blog, podemos ver claramente a diferença entre um piloto que se aproveita de todos os dispositivos possíveis (Alonso) e seu companheiro (Piquet), mais concentrado em apenas guiar. Naquela classificação, 0s3 separaram os então pilotos da Renault e é difícil dizer o quanto dessa diferença veio dos “botões”.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=NiejwnTOO5g&w=480&h=390]

A questão, portanto, não é que os pilotos acham que não terão capacidade para lidar com todas as novidades. Mas, sim, sabem que é muito difícil conseguir tirar proveito de 100% delas, em 100% do tempo.

As novidades no volante deste ano são a asa traseira móvel e o KERS. Ambos podem ser utilizados em treinos livres e classificações sem restrições – a não ser a de 6s6 por volta do sistema de recuperação de energia cinética. Aos domingos, as regras mudam para a ATM. Ao menos no início do ano, certamente veremos erros.

E essa não é uma consequência dos botões em si. Ambos os dispositivos mexem com a velocidade final dos carros. Portanto, se os pilotos dispararem tanto o KERS, quanto a asa traseira móvel, cedo demais, a tendência é o carro rodar; se voltarem à “configuração normal” tarde demais, irão com muita velocidade para a entrada da curva. Além de pressionar o botão certo, o momento também terá que ser exato.

Isso leva a crer que muitos pilotos vão preferir não se arriscar e deixar os botões de lado. Isso vai refletir nos tempos de volta, principalmente em classificação. E quem se der melhor não será apenas pelo carro, nem pela pilotagem, mas também pela capacidade de pensar/fazer várias coisas ao mesmo tempo.

Isso tem tudo para fazer grande diferença nas classificações, que prometem ganhar em emoção em 2011 – mesmo que os sábados já tenham sido mais atraentes que os domingos em várias oportunidades nos últimos anos. Como as diferenças de tempo são mínimas, o bom uso de KERS e ATM se farão indispensáveis. Além disso, como veremos amanhã, os pneus terão papel importantíssimo, também, no sábado.

3 Comments

  1. Com certeza, quem conseguir se adaptar aos botões primeiro, vai sair na frente; ainda mais pq não terá tanta distração assim!

  2. A complexidade aumentará, e mt. Resta saber até que ponto essa necessidade vital de desviar o foco da pista, poderá beneficiar o foco na pista. Parece contraditório, mas por mais adaptação que exija, estamos falando por exemplo, de dirigir, e falar ao celular, em algum momento, o déficit de atenção cobrará a conta, com décimos, ou abandonos.

  3. Me desculpem mas, o que estes botóes tem a ver com pilotagem de um carro de corrida ??
    Isso é ridículo , isso não é corrida de automóvel !!
    Ao invés de perder tempo discutindo isto , quem aperra ou quem não aperta botão , vamos fazer algo contra essa ridícula deformação do que é uma pilotagem natural , de talento, etc , etc


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