Com mais de um quarto da temporada cumprido, começam a chamar a atenção alguns números da unidade de potência. Isso porque acomodá-la e refrigerá-la estão longe de ser os únicos problemas que as equipes têm enfrentado nesta temporada. É preciso ter confiabilidade.
As regras determinam que cada piloto utilize, ao longo da temporada, cinco unidades de cada componente. O motor foi “desmembrado” em seis itens, que são contabilizados separadamente. A partir da sexta unidade de qualquer um destes itens, o piloto perde 10 posições no grid. Caso isso ocorra com um segundo item, serão mais cinco posições e, se toda a unidade for trocada pela sexta vez, o piloto larga do pit lane.
Tendo isso em vista, chamam a atenção os pilotos que chegaram ao terceiro item, como a dupla da Ferrari (em ambas as unidades de recuperação de energia no caso de Raikkonen), Vettel (central de controle eletrônico). Sutil e Maldonado estão ainda mais pendurado, mas quem tem punição quase certa a caminho é Kobayashi, que usa a quarta CE – e usa o mesmo motor Renault de Vettel.
Pelo que os números indicam até aqui, quem está tranquilo são os pilotos com motores Mercedes, todos com seus segundos itens dos elementos da unidade de potência.
ICE = Internal combustion Engine/ Motor de combustão
TC = Turbo Charger/ Turbo
MGU-K = Motor Generator Unit – Kinetic/ Gerador a partir de energia cinética
MGU-H = Motor Generator Unit – Heat / Gerador a partir de energia calorífica
ES = Energy Store / Armazenamento de energia
CE = Control Electronics / Central de controle eletrônico
9 Comments
Beleza de Post Ju !
E se ao tomar o Penalty das posições no grid e pela classificação ele não puder pagá-las, a diferença fica para a próxima corrida. Só não vai dar certo isso no caso da Caterham e Marussia que se classificam sempre nas ultimas posições.
O pior é que tem gente achando o máximo e “grande nivel de tecnologia”. Para mim é puro “parapeto” carerrimo e insustentavel, dificil de combinar, manter e ajustar. Coisa que jamais vai chegar a ser masiva, “Zero QWERTY Effect”. Vontade de complicar as coisas quando no mundo existem vias mais simples de evolução sobre energia.
Eu ja disse em outro post que ainda espero ver carrocerias completas geradoras de energia, e ainda acotei entre parentesis, nada de outro mundo.
Vejam este exemplo extremo, que acaba com a ideia de “panel solar fragil”:
https://www.youtube.com/watch?v=qlTA3rnpgzU
Maloquice ou futuro? Quero ver uma pista assim. A ideia de acabar com os aspirados gastadores, era fazer uma F1 mais barata e só terminam complicando com parapetos caros e dificeis de deglutir, e ainda por cima defasados na evoluçaõ. Já não é uma competição de pilotos, é uma brincadeira tecnologica ao estilo monopolio (vai pra carcel, perde seu turno).
Se a FIA e o Toddy querem brincar de evolução, para isso teriam criado a Formula e. Não teriam porque fuder com o rugir dos aspirados e a competição de pilotos.
Silenciosos, ecológicos e lentos, qualquer semelhança com a F 1 não é mera coincidência (e com direito até a rodada (!) em 0,51s):
https://www.youtube.com/watch?v=dcNgFYHKa4I
Estamos a caminho disso Bruz, na próxima mudança de regulamentos chegamos lá (se não me engano em 2020). Mas, como sou dos tempos em que os dinossauros ainda andavam pela Terra, prefiro os prazeres da Era Cenozóica, Período Quaternário-Pleistoceno. Estou tentando me adaptar às recomendações de Darwin.
Liiiindos Aucam!! Fantastico!. Não pensava que a coisa estava tan evoluida. Mas convenhamos que por Hamilton e companhia a pilotar “O Engenho Vermelho”, sería o mais puro desperdiço.
Cá entre nois, nunca, mais nunca mesmo vão conseguir acabar com os aspirados. Em dois mil quinhentos ainda haberá categorias.
Bruz, este aqui também preenche os requisitos de silêncio, baixa velocidade, economia e ecologia, hahaha (você certamente já deve ter visto isso):
https://www.youtube.com/watch?v=_ObE4_nMCjE
Isso tudo, só reforça que a Mercedes fez muito bem a lição de casa ao desenvolver um projeto eficiente e resistente.
Com as previsíveis punições dos concorrentes, o resultado final de um campeonato hipotético de fabricantes de powertrains seria uma lavada da Mercedes sobre os concorrentes.
E vem a Ferrari e diz que vai aumentar a potencia dos seus motores forçando alguns componentes.
É agora que o motor vai pipocar de vez.
Corre-se o risco de na(s) última(s) prova(s) o grip ser definido por quem trocar menos itens do motor do que os melhores tempos. Tudo bem que até lá o campeonato já deverá estar definido. Mas no fim da temporada até a Mercedez já terá usado mais de unidades de algum dos itens do motor.
A próxima mudança de regras, a continuar esta filosofia, deve transformar a F1 num campeonato de regularidade. Mas como o amor é cego, estaremos lá com uma planilha na mão acompanhando quem fica na média.
Trata-se da F 1 – Gincana, Alexandre. Mas certamente nunca deixaremos de vê-la, como observou.