F1 Turistando na F-1 e a festeira Budapeste - Julianne Cerasoli Skip to content

Turistando na F-1 e a festeira Budapeste

Tem coisas na vida que a gente não esquece, como a primeira vez que atravessei o Danúbio em Budapeste

Dia desses estava conversando com uns jornalistas da velha guarda, dizendo que planejava visitar Cuba neste ano. E um deles falou “deve ser como era para nós ir para Budapeste logo que acabou o comunismo lá”. Fiquei imaginando como seria essa cidade de 20 anos atrás, especialmente com a imagem que tenho dela agora, um lugar único encrustrado entre um passado obviamente glorioso e grandioso, com as construções belíssimas especialmente na beira do rio Danúbio e um ar jovem e festeiro.

O porquê do ar majestoso os livros de história vão contar sobre um lugar que começou como uma ocupação celta, foi dominado por 150 anos pelos otomanos e tomou sua forma atual na época do Império Austro-Húngaro. Durante as guerras mundiais , a Hungria acabou tomando outro rumo e Budapeste acabou mais populosa e menos rica que a ex-irmã Viena, mas se em algum momento a cidade ganhou um ar decadente, a juventude que toma conta das ruas hoje não deixa que isso se instale. Não deixa, inclusive, a noite acabar.

Mesmo anos depois de deixar se ser lugar praticamente fechado para a Europa Ocidental e sua cultura, Budapeste pode parecer pelas fotos como qualquer outra capital europeia, mas tem uma identidade bastante própria. Os mais óbvios sinais disso são a língua – cujo único paralelo, dizem, é o finlandês, mas juro que nunca vi nenhuma similaridade sequer entre estes dois idiomas – e a moeda, que vale muito menos que o euro e ajuda os preços a serem mais do que convidativos. Andando nas ruas dá para sentir que não estamos na parte mais civilizada e certinha da Europa – e que, na verdade, ninguém vai para Budapeste para ser certinho, especialmente em pleno verão, quando a cidade ferve em todos os sentidos.

Sim, é um lugar propício para enfiar o pé na jaca nos bares caóticos muitas vezes instalados em fábricas abandonadas ao mesmo tempo em que se delicia com o cenário deslumbrante. E não é por acaso que o mundo da Fórmula 1 gosta tanto de encerrar a primeira parte da temporada por lá.

Para quem vai visitar a cidade no verão, há ainda os famosos banhos medicinais, que começaram a ser construídos ainda pelos romanos e, depois, pelos turcos. O maior da Europa está lá, o Széchenyi. Seguindo no mesmo tema, dá para se refrescar no parque aquático que fica ao lado do circuito. E, quem sabe, curar a ressaca.

 

RAIO-X:

Preços: Muito baratos para o padrão europeu. Mesmo durante um final de semana de corrida é possível alugar apartamentos por 200 euros a semana. Isso mesmo, menos de 750 reais por uma semana. Refeições e transporte também são bem em conta.

Melhor época: O verão é intenso, com média na casa dos 30ºC, ainda que à noite o calor costume dar uma boa trégua. É uma época em que a cidade fica lotada de turistas, principalmente jovens em busca de preços baixos. Para quem quer fugir de frio, é melhor ir de maio a outubro, pois é uma cidade que costuma ter inverno rigoroso, com médias de temperatura mínima abaixo de zero.

Por que vale a pena? Considero Budapeste a melhor opção na Europa. Afinal, é a chance de gastar pouco, conhecer uma das capitais mais bonitas da Europa (pelo menos está no meu top 3 com certeza) e ainda curtir uma corrida que costuma ter um clima muito especial, com fãs de várias partes da Europa.

7 Comments

  1. Ju, quais seriam as outras duas cidades do seu top 3?

  2. Ai ai, meu sonho de consumo.
    Mas por que minhas férias no caem nessa época do ano? =/

    Obrigado, Julianne e bom final de semana em Budapeste!

  3. Torci demais para Budapeste ganhar a disputa pela sede das Olimpíadas de 2024, muito por conta de tudo o que você falou aqui.


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