Sobreviver à curva 1 no meio do pelotão e ganhar posições na primeira volta. Será essa a missão de Fernando Alonso para tentar levar a decisão do campeonato a Interlagos sem precisar de uma pouco provável escorregada de Sebastian Vettel.
Se, por um lado, as apresentações do espanhol e o crescimento natural da Ferrari aos domingos ao longo da temporada fazem crer que o quarto lugar é totalmente possível, por outro, as duas provas nas últimas sete em que o piloto não foi ao pódio terminaram justamente em batidas na primeira volta.
Alguns dirão que Alonso, caso não seja campeão, jogou o tri fora em acidentes na primeira curva. Porém, foram justamente suas performances nos primeiros momentos dos GPs que o colocaram em posição de lutar pelo título. Afinal, o piloto cuja posição média de largada é de 6.1 ganhou 25 posições em primeiras voltas no ano, superado apenas por aqueles que, largando lá atrás, costumam se beneficiar de acidentes (Glock, Kovalainen, Karthikeyan e Pic). E isso foi fundamental para que sua média de chegada fosse o terceiro lugar.
As classificações fizeram com que Alonso assumisse durante todo o ano muitos riscos nos primeiros metros de cada GP e a história não será diferente em Austin.
Mas o espanhol pode ter alguns adversários a mais na pista norte-americana: a colocação da zona de DRS e os pneus. O próprio explicou por que teme que não será fácil ultrapassar no circuito texano. “Os pontos de medição e de ativação do DRS estão depois dos esses rápidos do primeiro setor e ali será muito difícil estar a um segundo do carro à frente. Na largada e na primeira volta temos de recuperar quase tudo que queremos.”
Já os pneus, altamente duráveis na pista lisa de Austin, diminuem as possibilidades de trabalhar estrategicamente para ganhar posições. Se Vettel mais uma vez facilitou sua vida ao largar na ponta, ver o que Alonso pode tirar da cartola para superar todos esses obstáculos promete valer o ingresso.
6 Comments
Linda foto! Que ladeira! Acentuada!
De fato uma bela foto.
Dé, essa bela foto evoca os tempos da década de 60, em que os Fórmula 1 davam saltos verdadeiramente de rallye nos desníveis do velho Nurburgring, não é mesmo? A impressão é que Alonso vai concluir a ladeira com um salto. Infelizmente hoje não podemos mais ver os carros com as suas suspensões arriadas e as 4 rodas no ar, em pleno voo, pois são tão baixinhos, tão duros, com braços com cursos mínimos, e os circuitos também não propiciam mais aquele tipo de espetáculo de grande beleza. Jim Clark, invariavelmente, era quem sempre voava mais alto, fazendo a delícia dos fotógrafos.
A corrida de hoje promete bombar ainda mais que a de Abu Dhabi, assim espero.
Alonso precisa tirar coelhos de sua cartola. Resta saber se ainda há coelhos nela.
Essa largada vai ser crucial! Pode dar muita confusão.
Weber tem largado mal, Hamilton, Kimi, Massa e Fernando saindo na parte suja…
Eu já tô tenso de imaginar!
Palmeira…
… Alonso, digo, a Ferrari tirou um coelho da cartola. Na base da malandragem. Felipe largaria em sexto e Fernando em oitavo. Ambos no lado sujo da pista. A Ferrari simplesmente rompeu o lacre da caixa de cambio do carro de Massa. Com isso foi punido com a perda de 5 posições, largando em decimo-primeiro. Alonso, beneficiado, subiu para setimo. E ambos largando do lado limpo da pista. A polemica tatica deu certo! Alonso arriscou e na primeira volta já estava em quarto lugar. Com o abandono de Webber, subiu – e terminou – em terceiro. Massa tambem foi bem. De decimo-primeiro na largada para terminar em quarto lugar. Poderia terminar em terceiro mas isso NUNCA ia acontecer.
E a McLaren vai aumento o recorde de corridas na zona de pontos!
Vitoria de Hamilton!
Eu vi o que aconteceu, Sandro.
Era um coelho desses a que eu me referia.
Sabotagens, trapaças e toda a sorte de truques são comuns na F1.
No caso de hoje o regulamento permite esse tipo de manobra. Pelo menos eles não mentiram alegando que Massa teria um problema real. Seria chamar a todos de idiotas.
Ainda assim foi manipulação. Sem dúvida.