F1 Afinal, o quanto vale uma posição no Mundial de Construtores? - Julianne Cerasoli Skip to content

Afinal, o quanto vale uma posição no Mundial de Construtores?

Ferrari não teve um bom ano em 2011, mas ganhou quase tanto quanto a Red Bull

Muito se fala da importância do campeonato de construtores para os orçamentos das equipes, mas é difícil saber exatamente quanto dinheiro está em jogo. Respeitando o Pacto da Concórdia, os times usam um complicado sistema de cotas para dividir a grana ganha com cotas de publicidade, transmissão e taxas dos organizadores de provas.

Segundo informações do jornalista inglês Joe Saward, o total dividido pelas equipes em 2011 foi de 700 milhões de dólares. Os números, contudo, variam a cada ano.

Inicialmente, a Ferrari retira sua porcentagem de 2.5% por ter participado de todos os campeonatos até aqui, o que significou 17,5 milhões em 2011.

Depois, o restante (682.5 milhões) foi dividido igualmente entre duas partes, de 341.25mi. Metade foi distribuída igualmente entre os 10 mais bem posicionados no campeonato, ou seja, cada equipe levou 34mi.

A segunda metade respeitou a colocação de cada um no campeonato, com o campeão recebendo 19%, o segundo ficando com 16%, o terceiro com 13% e o restante com 11, 10, nove, sete, seis, cinco e quatro. Fora isso, o 11º e 12º recebem 30 milhões cada.

Somando os valores, a Red Bull recebeu 98.8 milhões, a McLaren ganhou 88.6mi e a Ferrari – que, apesar de ter sido terceira colocada, tem seu acordo especial citado acima – somou 95.8mi. A Mercedes recebeu 71.5, a Lotus ficou com 68.1, a Force India com 64.7, a Sauber com 57.8, a Toro Rosso com 54.4, a Williams com 51 e a Caterham, com 47.6.

Note que a maior diferença se dá justamente entre o 10º e o 11º lugares, distantes em 17.6 milhões ano passado. Outros grandes abismos ocorrem entre campeão e vice (10.2) e segundo e terceiro (10.3, desconsiderando o valor a mais pago à Ferrari). Outro grande salto se dá entre o sexto e sétimo (6.9), posições ocupadas atualmente por Sauber e Force India.

Esses números fazem parte da avaliação das equipes quando definem seus pilotos. Hoje, com a associação de patrocínios a pilotos de qualidade, a questão do pagante se tornou mais complexa – e os números estão inflacionados especialmente pela presença dos bons mexicanos Perez e Gutierrez e do endinheirado e rápido Maldonado. Ouvi de um piloto recentemente que, com menos de 10 milhões, sequer se senta na mesa para conversar.

Isso não é necessariamente ruim, uma vez que são campeões de categorias de base que estão chegando com dinheiro, e não cabeças de bagre. No entanto, é preciso avaliar cuidadosamente o valor agregado que este piloto trará à equipe para que o patrocínio não acabe servindo apenas para compensar o dinheiro perdido por um resultado ruim no mundial de construtores.

No post de amanhã, veremos como essa equação entre os ganhos com a divisão dos lucros e com os pilotos que trazem patrocínio dificulta as decisões especialmente das equipes médias.

11 Comments

  1. Pois é… e o Kobayashi dificilmente conseguirá levantar esses 10 milhões iniciais. Uma pena.

    • Koba já era. A Sauber terá Hulkenberg e Gutierrez. $$$$ Talks.

      • Uma pena mas o japa não traz dinheiro, não se destacou como um piloto capaz de se posicionar bem e isso hoje em dia é incompatível com a realidade.

        Mesmo se não tivesse vencido nenhuma corrida, a Sauber teve carro pra pontuar melhor e beliscar alguns pódios. Kamui foi incapaz de fazer isso.

        • Pois é, mas olha aí a Williams que também teve carro para vencer (como de fato venceu) mas não conquistou grandes coisas, como você falou no outro comentário, Dé…

          Tudo bem que parece que a Force India deste ano não é um carro tão bom, mas entre a turma das médias (sauber, williams, force india) considero o Kamui melhor piloto que o Senna e o Maldonado, pelo menos. Cara, foi lindo ver ele correndo lá em Interlagos, pela Toyota um carro bem mais ou menos, uma baita estréia, no susto ele se adaptou muito bem. Coisa que Senna e Maldonado até hoje estão aí, no processo de “adaptação”…

          Hulkenberg e Di Resta ainda não pegaram um carro bom o suficiente pra cumprirem promessa, né? Agora, o Hulkenberg na Sauber vai ter a obrigação de dar um banho no Gutierrez.

          Mas é isso mesmo, money talks and bullshit walks… pena que o Japão não segue muito mais a F1 (é só a memória do Senna que existe lá), e o país tá muito mal das pernas para empresas se interessarem em patrocinar um piloto de F1 (palavras do próprio Kobayashi, numa entrevista/reportagem daqui mesmo do Total Race, se não me engano)

          Minha torcida agora é pra que ele ache alguma categoria legal para correr e seguir na profissão (como o João Paulo de Oliveira, o Farfus, esse povo, conseguiu)

          • ***************************************************Pedro,

            Pois eu, desde já, tenho mais certeza que você: acho que Hulkenberg (mesmo com a sua experiência em F 1) vai ser suplantado pelo Gutierrez, que é um piloto carne-de-pescoço (e que serviu de comparação para se medir também o grande talento do novato James Calado, que andou dando muito calor no mexicano, com o mesmo carro). Gutierrez corre com a faca entre os dentes, é rapídíssimo e recentemente recebeu um prêmio da Pirelli por ter sido o melhor administrador de pneus da GP 2! Acho que esse aspecto é genético entre os mexicanos, rsrsrs, não é possível tanta coincidência. Não faço fé em Hulkenberg, que em sua temporada de estréia sucumbiu a um Barrichello em fim de carreira, à exceção daquele brilhareco em condições atípicas em Interlagos, bem diferente do Maldonado, que suplantou o Barrica e levou aquela carroça da Williams 3 vezes ao Q3. Acho que o limite de Hulkenberg era a GP 2 mesmo, na qual foi campeão, assim como a F 3 foi o limite de Jan Magnussen, que quebrou até os recordes do Senna, lembra? Magnussen foi um fiasco na F 1. Este ano (não recordo o GP) Hulkenberg levou um passão de Bruno Senna que ele mesmo admitiu, e o talento de Bruno, no mínimo, é controvertido, não é uma unanimidade entre os aficionados. . .

            Quanto ao Kobayashi, concordo com você e vou além: acho um sacrilégio, uma infâmia para a categoria ele não alinhar no grid no ano que vem. O japonês é a pimenta da Fórmula 1, com suas ultrapassagens imprevisíveis, descomplicadas, desrespeitosas, irreverentes e, diria, até didáticas, pois mostrou como se ultrapassa em Abu Dhabi (em cima do Button, está no Youtube) em 2009, SEM DRS, um ano antes do “affair” Alonso x Petrov***************************************

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            Pedro,

            Pois eu, desde já, tenho mais certeza que você: acho que Hulkenberg (mesmo com a sua experiência em F 1) vai ser suplantado pelo Gutierrez, que é um piloto carne-de-pescoço (e que serviu de comparação para se medir também o grande talento do novato James Calado, que andou dando muito calor no mexicano, com o mesmo carro). Gutierrez corre com a faca entre os dentes, é rapídíssimo e recentemente recebeu um prêmio da Pirelli por ter sido o melhor administrador de pneus da GP 2! Acho que esse aspecto é genético entre os mexicanos, rsrsrs, não é possível tanta coincidência. Não faço fé em Hulkenberg, que em sua temporada de estréia sucumbiu a um Barrichello em fim de carreira, à exceção daquele brilhareco em condições atípicas em Interlagos, bem diferente do Maldonado, que suplantou o Barrica e levou aquela carroça da Williams 3 vezes ao Q3. Acho que o limite de Hulkenberg era a GP 2 mesmo, na qual foi campeão, assim como a F 3 foi o limite de Jan Magnussen, que quebrou até os recordes do Senna, lembra? Magnussen foi um fiasco na F 1. Este ano (não recordo o GP) Hulkenberg levou um passão de Bruno Senna que ele mesmo admitiu, e o talento de Bruno, no mínimo, é controvertido, não é uma unanimidade entre os aficionados. . .

            Quanto ao Kobayashi, concordo com você e vou além: acho um sacrilégio, uma infâmia para a categoria ele não alinhar no grid no ano que vem. O japonês é a pimenta da Fórmula 1, com suas ultrapassagens imprevisíveis, descomplicadas, desrespeitosas, irreverentes e, diria, até didáticas, pois mostrou como se ultrapassa em Abu Dhabi (em cima do Button, está no Youtube) em 2009, SEM DRS, um ano antes do “affair” Alonso x Petrov

  2. Maldonado e Bruno trouxeram juntos + – €40 milhões pra Williams mas não conseguiram colocar a equipe numa boa posição no campeonato.
    Valeu a pena?

  3. E qual é a parte de Bernie?

    • Ele tira o dele antes, claro. E, como tudo o que o cerca, ninguém sabe ao certo quanto.

    • a parte do bernie é a maior parte… hehehe

  4. O próximo piloto japonês disse que “vai surpreender no campeonato” prometeu, Soshibatta.


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