F1 Turistando na F-1: A Riviera dos russos - Julianne Cerasoli Skip to content

Turistando na F-1: A Riviera dos russos

Pegue a Riviera Francesa e a adapte à Rússia. Essa talvez seja a melhor definição para o lugar que sedia o GP da Rússia de Fórmula 1 neste final de semana. Digo lugar porque a cidade do circuito na verdade é Adler, do lado de Sochi, palco dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014 e hoje uma cidade com ares de fantasma, com prédios sem uso após a competição.

Adler faz parte da tal riviera – e realmente os russos têm tentado emplacar esse título, ainda que seja uma comparação um tanto injusta – mas é Sochi o destino mais famoso da região. Alguns elementos estão lá: uma orla cheia de restaurantes, baladas que funcionam especialmente no verão, um pôr do sol bonito no Mar Negro e até as águas são quentes, especialmente para nós, acostumados ao oceano. O clima de praia só é atrapalhado pela falta de… praias, uma vez que o terreno tem pedras. Tanto, que durante o verão é comum os russos importarem areia de outros lugares.

Pode não parecer um destino dos mais atrativos, mas o lugar fica lotado no auge do verão, em julho e agosto, basicamente por ser a melhor opção dentro do vasto território russo. E, se a praia não agrada, nos arredores existem várias trilhas com cachoeiras, um famoso vale chamado Agura, de onde há quem diga que é possível enxergar a Turquia, lá do outro lado do Mar Negro, se o tempo ajudar – e, de fato, a capital turca é a cidade mais famosa nas proximidades, ainda que o Mar Negro ainda tenha a búlgara Varna e a ucraniana Odessa como destinos turísticos conhecidos (ou pelo menos para aqueles que, como eu, já se aventuraram no ‘turismo europeu barato e com cara de tudo menos de Europa’). Os picos de Krasnaya Polyana, que também receberam os Jogos de Inverno, são outra atração que fica nas proximidades e é uma boa pedida para quem gosta de curtir a natureza – inclusive no inverno, um dos mais amenos da Rússia, em que o lugar se torna uma pista de esqui.

Se nada disso parece muito a Rússia da qual nos acostumamos a ouvir falar, há pelo menos uma foto que você pode tirar para provar que está por lá: Sochi preserva um mural de mosaico gigante de Lenin, imponente, entre árvores e arbustos no meio de uma praça, que é considerado um dos marcos da cidade.

Agora, se a ideia é casar Sochi com uma viagem a outros destinos do país – como, aliás, fiz neste ano – é necessária uma dose de preparação, pois as distâncias são bastante grandes. A cidade está a mais de 1600km de Moscou, ou a 2h20 de voo. E de lá a São Petersburgo são mais 4h de trem rápido. Mas os experientes em território russo dizem que a melhor parte do país do ponto de vista turístico é a quase 5000km (!) dali, na região que vai do Lago Baikal, considerado o mais fundo do mundo, à cidade de Novosibirsk, ao norte da fronteira com a Mongólia. Quem se aventura?

 

RAIO-X

Preços: barato. Cerca de 200 reais por dia incluindo hospedagem. E brasileiros não precisam de visto.

Ingressos: os mais baratos para os três dias saem por 300 reais e chegam a 1.650.

Melhor época: No verão, quando as temperaturas raramente passam dos 25ºC e chove pouco. Na época do GP a temperatura é mais amena.

Por que vale a pena para ir ao GP? Não é um destino para iniciantes, tudo é um pouco complicado. Mas a combinação vodca e um lugar diferente anima?

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