F1 Turistando na F-1 e nos exageros de Abu Dhabi - Julianne Cerasoli Skip to content

Turistando na F-1 e nos exageros de Abu Dhabi

Ano após ano, Dubai vem se consolidando como destino turístico por vários motivos, que passam pelo sol e calor o ano todo e pela facilidade dada pelas companhias aéreas têm dado para stopovers (possibilidade de visitar mais de um destino, com escalas de dias ao invés de horas e um único bilhete), ajudando a “quebrar” viagens mais longas. As atrações também vêm se diversificando, da vista do prédio mais alto do mundo a uma pista de esqui (!). E passar um dias no deserto passou a ficar mais atraente.

Mas o que tudo isso tem a ver com o palco da última etapa do campeonato? Dubai está a menos de duas horas de Abu Dhabi que, apesar de ser a capital dos Emirados Árabes, não é tão desenvolvida do ponto de vista turístico.

Mas é bem verdade que a atração mais bonita está na sede do GP: a Mesquita do Xeque Zayed, inaugurada há 10 anos e toda feita em mármore branco, impressionante até para os não-iniciados no islamismo. E a melhor pedida para fãs de automobilismo está lá, o parque de diversões da Ferrari, que tem como principal atração a montanha-russa que assustou até Alonso.

É difícil negar, contudo, que não falte uma dose de alma a cada ilha artificial por que se passa. A própria pista da F-1 foi construída em um lugar que antes era mar. Bom para quem é entusiasta das possibilidades que se abrem com (muito) dinheiro vindo do petróleo, nem tão interessante para quem vai atrás de cultura, algo que fica mais restrito aos passeios nas dunas do deserto.

Abu Dhabi tem mais cara de cidade que a moderníssima Dubai, mas em ambas é difícil encontrar alguém que more por lá por outra opção que não seja melhores salários. Pelo menos as oportunidades fizeram dos Emirados um caldeirão curioso de nacionalidades, ainda que chame a atenção a forte presença de indianos, basicamente aqueles que construíram – e estão construindo – tudo aquilo.

Quem for para lá atraído pela corrida, contudo, vai se sentir bem tratado. AInda que com os bolsos menos cheios.O ingresso mais barato é o mais caro do ano, ainda que garante acesso a shows e estacionamento em um lugar em que o aluguel de carros combustível são mixaria, compensados com juros pelo preço das bebidas alcóolicas.

No mais, vale a fica para quem quiser experimentar o hotel que passa por cima da pista. Enquanto o preço mínimo no fim de semana de prova é de mais de 5 mil reais, o valor cai logo na segunda-feira, quando costuma haver testes. Então dá pra ver um F-1 na pista da piscina do hotel por menos de 700 reais. Sim, você ainda está pagando por um cinco estrelas em Abu Dhabi.

 

RAIO-X:

Preços: Prepare-se para gastar, desde as passagens aéreas até hotel e ingresso – o mais barato é mais de mil reais. E nem vou entrar no mérito dos quase 50 reais por cerveja.

 

Melhor época: a época do GP é quando a cidade começa a ter mais turistas por ter um inverno quente, ao contrário de muitos vizinhos e dos europeus. Então o melhor equilíbrio entre clima e preços é um pouco antes ou entre abril e maio. Fuja no verão, quando a temperatura média é superior a 40ºC.

 

Por que vale a pena: Junto com o Bahrein e, em menor medida, com Baku, é a etapa que conecta a F-1 com o Oriente Médio e cenários e costumes bem diferentes dos nossos. E se for chegado/a em uma ostentação também…

2 Comments

  1. Fiquei hospedado no Yas Viceroy no ano passado e realmente é um hotel sensacional! Para os amantes da velocidade é legal em qualquer época do ano porque sempre tem algum evento automobilístico rolando por ai!


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