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Última chance

Cingapura promete ser o último obstáculo do ano para a Williams
Cingapura promete ser o último obstáculo do ano para a Williams

Não é por acaso que tem muito piloto de olho em aproveitar qualquer oportunidade que aparecer neste final de semana de GP de Cingapura. A desafiadora e sinuosa pista apresenta uma chance única daqui até o final do ano para quem vem sofrendo por toda a temporada com carros bons e motores fracos.

O passo importante dado pela Ferrari acabou criando duas categorias em pistas de alta velocidade e/ou grandes retas. E elas são maioria no campeonato, em parte pela fórmula que Hermann Tilke costuma adotar em suas pistas, com uma curva lenta junto de uma longa reta, a fim de fomentar as ultrapassagens. Pior para quem usa Renault e Honda, que acaba sem armas para lutar na maior parte do campeonato.

Mas em pistas como Mônaco, Hungria e Cingapura, o grid se mistura como num passe de mágica. E não é por acaso que Nico Hulkenberg chegou a prever que a Williams sofreria até para andar no ritmo da McLaren neste final de semana, sendo superada pelo menos por Red Bull – que terá sua última possibilidade de pódio em condições reais neste final de semana – Lotus, Toro Rosso e Force India. Parece um pouco de exagero, uma vez que o time de Grove andou bem em Marina Bay ano passado e demonstrou evolução com as peças que introduziu entre Mônaco e Budapeste. E, é claro, tem mais novidades para Cingapura.

Porém, mesmo que não seja a revolução prevista pelo alemão, a relação de forças tende a se equilibrar mais, premiando os bons chassis especialmente de Red Bull e Toro Rosso. A McLaren, por sua vez, tem a chance de provar para a Honda que sua parcela no insucesso do time neste ano é mínima, depois de Alonso bradar em Monza que apenas 0s3 dos 3s que estavam levando em classificação eram perdidos nas curvas. Se for esse o caso, os pontos são uma possibilidade real para ele e Button nesta que tem tudo para ser a ‘última corrida do ano’ para os dois, que devem sofrer nas próximas etapas.

Mas Cingapura tem suas armadilhas. E são muitas. O circuito tem fama de quebrador de carro. Isso, não apenas pela chance real de toques no muro a qualquer momento, mas também pelo alto estresse sofrido pelo câmbio, com mais de 80 trocas de marchas por volta. Apesar da relativa baixa velocidade, os motores também sofrem, tanto pela umidade do ar, quanto pelos muros próximos, que dificultam a circulação de ar e o arrefecimento. E, como os carros precisam de bastante downforce, não dá para simplesmente abrir mais entradas de ar para compensar. É preciso um equilíbrio. Outro exemplo de equilíbrio tem a ver com as ondulações, uma vez que os carros andam o mais próximo possível do chão, mas não podem ficar batendo o assoalho no solo o tempo inteiro.

Os pilotos, por sua vez, também são testados. É claro que o ritmo adotado hoje representa um desafio físico bem menor do que quando a prova começou a ser disputada, em 2008, mas o calor úmido continua forte e os muros, próximos. Não por acaso, o GP tem 100% de probabilidade de Safety Car – ou seja, teve interrupções em todas as seis edições disputadas até aqui. E não vai faltar piloto querendo se aproveitar disso.

3 Comments

  1. Vamos ver se a Willians mostra evolução em uma pista mais travada. Aliás, ficaram devendo também nas pistas de alta. Foram melhores em Monza em relação a Spa, mas ficaram atrás da Ferrari.
    E vamos ver se os motores Renault e Honda aguentam a última corrida em que não são tão exigidos.

    • Exatamente Alexandre.
      E a superação da Williams pela Ferrari reforça a ideia de que os italianos têm um motor tão forte quanto os alemães.
      Abs.

      • Discordo Augusto.

        O motor da Ferrari é bom, o melhor do resto! Tanta que em pistas que dependem do motor, como Spa e Monza, a Ferrari foi bem. Mas Cingapura mostra o bom chassi. Tanto que Red Bull, com o fraco motor Renault, foi muito bem na classificação.

        Se o chassi da Mercedes fosse superior, eles deveriam ter encontrado a razão de não conseguirem aquecer os pneus.


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