Live do GP da Austrália

Um papo sobre o que esperar da corrida de logo mais e sobre os bastidores em Melbourne e a chance de você tirar suas dúvidas! Começa às 22h

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Guia do GP da China

O GP da China está fora do calendário da F1 desde 2019, mas já produziu corridas bem movimentadas. É um traçado técnico e que gera muitas ultrapassagens

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Live do GP do Bahrein

A Ferrari e Leclerc voltaram a conseguir uma pole position (esta bem mais real ue aquelas de Mônaco e Baku) e o time italiano fez um sanduíche de Max Verstappen. Mas e na corrida? E a Mercedes, quanto tempo vai precisar para se recuperar? Isso sem falar na Haas… nossa live pré-GP do Bahrein está cheia de assunto!

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Lançamentos dos carros da F1 2022

Aqui você encontra as fotos dos lançamentos dos carros da F1 2022 e as análises do que esperar de cada uma das dez equipes nesta temporada que marca o início de uma nova era na categoria.

Clique nas imagens para ler mais sobre o que esperar sobre as equipes que já mostraram seus carros e fique sabendo como assistir aos lançamentos que ainda estão por vir.

O regulamento técnico de 2022 foi totalmente reescrito. A tentativa é diminuir o número de elementos aerodinâmicos que geram ar turbulento. Então veremos superfícies mais arredondadas e menos aletas. Assim, ao invés de gerar verdadeiros redemoinhos no fluxo de ar quando passa, o novo carro da F1 vai deixar um trilho mais limpo, com muito do ar turbulento sendo direcionado para o alto.

Outra mudança é nas rodas, que passam a ser de aro 18. Com isso, e também com a melhoria da segurança do chassi, o peso mínimo dos carros também aumenta.

Lançamentos dos carros da F1 2022: o que já rolou

Essa foto acima mostra claramente a abordagem bem agressiva no packaging da traseira, com esse desenho bem agressivo nos sidepods, semelhante ao que vimos na Williams (que tem a mesma suspensão, inclusive). Pelo menos no lançamento, a asa dianteira veio mais tradicional do que em outros times, com um bico fino e baixo.

Mas como o diretor técnico Mike Elliot repetiu algumas vezes no lançamento: “Os segredos estão por baixo do carro”. E por baixo podemos entender debaixo da carenagem e também no assoalho, que vai ser responsável por muito da produção de downforce neste regulamento.

Outro ponto interessante destacado por Elliot é que “provavelmente só o volante é o mesmo de 2021. Todo o resto foi modificado”. É, certamente, o maior desafio da Mercedes desde 2014, e é nisso que foquei no texto do UOL que pode ser acessado clicando na imagem acima.

Ah, e dá para ver que o carro do lançamento, que é que vai para a pista em Silverstone hoje, é bem mais detalhado do que os das fotos oficiais, então deixei algumas imagens dele aqui também.

Falo sobre os motivos que levam a Ferrari a ser uma boa aposta para esta temporada no link que pode ser acessado clicando na imagem acima. Um dos trunfos da Scuderia foi o tempo a mais de túnel de vento que eles tiveram à disposição, e por conta disso é interessante ver como eles adotaram uma solução para o bico diferente de tudo o que se viu até agora.

Mesmo assim, o que chama mais a atenção é a entrada de ar das laterais e a maneira como o ar está sendo canalizado para a parte de cima do assoalho, uma área em que todas as equipes exploraram muito (e com resultados diferentes).

Binotto disse agora na coletiva que “não espera que o novo regulamento faça muita diferença” em relação à diminuição da turbulência e a consequente melhora nas disputas na pistas. Seria um sinal de que eles já viram na simulação uma recuperação bastante significativa do downforce?

A Alpine fez a apresentação, em Paris, de um carro que já está em Barcelona, então pelas imagens divulgadas pelo time o que parece mais o carro que vai realmente para a pista é o da imagem acima. Tem bastante preocupação com a refrigeração, talvez devido ao motor totalmente novo que eles fizeram para tentar, de vez (e na última chance antes do congelamento) encostar nos demais.

No mais, é um carro sem os sidepods dramáticos que vimos em outros carros, com um trabalho maior na primeira parte do assoalho. Veremos se é isso mesmo que irá para a pista já nesta terça-feira, um dia antes do início da pré-temporada.

A Aston Martin foi a primeira a mostrar o carro em si, ainda que não com todo o detalhamento que devemos ver na pista. Foi a primeira vez que vimos o novo carro com o mecanismo do DRS instalado. A forma dos sidepods, a parte inicial do assoalho (até onde conseguimos ver nos jogos de luzes) e um carro bem mais “quadradão” que o modelo da F1 apontam os caminhos dos engenheiros para recuperar o downforce perdido. E, pelo menos até aqui, o time manteve a suspensão em push rod, não fazendo a mudança que é esperada em alguns times.

Clique na foto acima para ler mais sobre o carro e o momento da McLaren.

O carro não veio só de pullrod na dianteira, mas sim inverteu totalmente suas suspensões, com a pushrod na traseira. É uma decisão totalmente aerodinâmica e que James Key tem a certeza absoluta de que é a correta (lembrando que a rota da Aston Martin foi a inversa).

Lembrando que a McLaren já apontou que terá um pacote bem extenso no primeiro GP no Bahrein. O que vimos no lançamento foi um recorte nos sidepods menos extremo que o da Aston Martin, mas a interpretação da asa dianteira é parecida, com a primeira lâmina presa na segunda, e não no bico em si, embora com um desenho diferente.

O que estava bem encoberto inclusive em Woking era a traseira. Essa carenagem mais aberta visível no ângulo de cima parece direcionar o ar à beam wing, e é algo que a Red Bull usou no passado. Mas veremos mais em Barcelona.

Clique na foto acima para saber mais sobre o desafio único da AlphaTauri neste ano.

No que a gente consegue ver nessa configuração de lançamento do carro, as asas se parecem muito com o carro conceito da F1, sem aquela primeira parte ligada à segunda lâmina ao invés do bico que vimos na Aston Martin e na McLaren.

O que não dá para esconder é o formato dos sidepods, bem agressivo na AlphaTauri. É muito interessante (e até inesperado) como cada equipe foi por um caminho nessa lateral do carro. No AT03, temos as entradas de ar quadradas que já vimos na Aston, e um recorde bem agressivo abrindo espaço para canalizar o ar debaixo da suspensão traseira.

Falando em suspensões, assim como a Aston Martin, pelo menos nas imagens do lançamento, temos uma pushrod na dianteira e pullrod na traseira, ou seja, mantendo a geometria do ano passado.

A Williams adotou a mesma estratégia da Red Bull de apresentar mais a pintura do que o carro. Mas não que o carro não esteja pronto: ele vai à pista nesta terça-feira (15) para um shakedown em Silverstone.

O que deu para ver no lançamento foi a pintura, mais azul, e o que não deu para ver foi o adesivo em homenagem a Ayrton Senna. A opção de Capito de seguir adiante prevaleceu. Ele não gostava que a lembrança de um acidente fatal em um carro da equipe estivesse ali, visível aos pilotos, toda vez que eles entrassem no carro. No lugar, a homenagem foi para o museu do time, que também pretende trabalhar em conjunto com o Instituto Ayrton Senna no futuro.

Na pista, o carro chamou a atenção pelo desenho dramático da parte posterior das laterais, lembrando que a Williams é um dos times mais tiveram mais tempo de túnel de vento para chegar a esse modelo que vimos em Silverstone:

Lançamentos dos carros da F1 2022 - Haas

Clique na foto acima para saber o que esperar da Haas em 2022. O carro do lançamento em si reflete uma fase anterior de desenvolvimento, embora tenha alguns pontos diferentes do modelo da F1, mas estará diferente já nos primeiros testes, de acordo com o chefe Guenther Steiner.

Seria difícil imaginar que Adrian Newey revelaria seus segredos a duas semanas do primeiro teste e a mais de um mês da corrida estreia. Então a Red Bull optou por lançar sua pintura em um modelo bem parecido com aquele feito pela própria F1 para mostrar o efeito das novas regras.

https://juliannecerasoli.com.br/2022/02/03/conteudo-exclusivo-de-f1-comunidade/

Lançamentos dos carros da F1 2022 que estão por vir

O time vai participar dos testes de Barcelona com uma pintura provisória e vai lançar o oficialmente o carro logo depois, com a divulgação de fotos e uma coletiva de imprensa. Não haverá transmissão ao vivo pelo que o time informou.

Lembrando que eles já foram para a pista uma semana antes dos testes

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Novas regras da F1: lições das últimas 5 mudanças

Já diria Heródoto que é preciso “pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro”. E, enquanto os carros não vão para a pista frente a frente em condições iguais na classificação para a primeira etapa da temporada, no Bahrein, dia 19 de março, cabe uma volta no tempo. Para entender o que acontece quando as regras da F1 mudam.

Vamos focar nas grandes mudanças dos últimos 20 anos que chacoalharam a relação de forças do grid. Em 2005, estrearam novas regras de pneus, motores e foi tentada uma redução de pressão aerodinâmica. Aliás, por algumas vezes a F1 tentou reduzir pressão aerodinâmica para que os carros sofressem menos com a turbulência. Nesse sentido, a grande tentativa ocorreu em 2009, com regras que visavam redução de 60% do downforce.

As mudanças nas regras da F1 de 2009 mudaram bastante a relação de forças entre as equipes

Já em 2014, o foco foi a nova unidade de potência, o V6 turbo híbrido usado até hoje. A tentativa era tornar a F1 mais alinhada a questões ambientais, mas isso também gerou uma grande mudança na competição.

E as últimas duas alterações foram menos dramáticas, mas ainda assim surtiram efeito. Em 2017, os carros ganharam novas dimensões e se tornaram mais velozes. E em 2021, houve cortes no assoalho que os deixaram mais lentos. Ou pelo menos inicialmente mais lentos.

No entanto, nenhuma dessas mudanças é tão grande quanto a atual, uma vez que o carro de 2022 será conceitualmente diferente do ponto de vista aerodinâmico, ao mesmo tempo em que as equipes grandes ainda estão se ajustando ao teto orçamentário.

Novas regras da F1 em 2005

  • Utilização de apenas um jogo de pneus para a classificação e a corrida
  • Motores com duração de dois GPs (o dobro em relação a 2014)
  • Asa traseira posicionada 150mm adiante em relação ao centro do carro e o difusor ficou mais baixo.
  • Os bicos ficaram 50mm mais altos também fizeram parte do pacote que reduziu em 25% o downforce.
https://juliannecerasoli.com.br/2017/02/06/mudancas-de-regras-de-2005-na-f1/

Em termos de competitividade, as mudanças de 2005 tiveram efeitos drásticos para a Ferrari, que vinha de seis títulos seguidos de construtores: eles venceram 15 das 18 etapas em 2004, e só ganharam uma corrida em 2005. E olha que essa vitória foi naquela corrida de Indianápolis

A mudança que fez a Ferrari sofrer foi a dos pneus, lembrando que, na época, havia dois fabricantes diferentes. E a Scuderia era a única cliente da Bridgestone entre os grandes.

A Ferrari sofreu com as mudanças nas regras da F1 em 2005

Já a tentativa de diminuir a dependência da pressão aerodinâmica não deu certo porque os times começaram a encher os carros de aletas e recuperaram rapidamente o que tinha sido perdido com as novas regras. Inclusive, vale lembrar que, nesta época, não havia restrições no uso de túnel de vento e os orçamentos eram, relativamente, maiores que os atuais. Então tudo foi desenvolvido de maneira acelerada.

Foi quando a Renault (hoje Alpine) apareceu como grande força, junto com a McLaren. Nos campeonatos anteriores à mudança, eles vinham mais ou menos na posição em que Ferrari e, novamente, McLaren, estão atualmente. 

Novas regras de 2009

  • Fim de todos os apêndices aerodinâmicos, permanecendo apenas as asas dianteira e traseira.
  • Pneus slick, sem ranhuras
  • Limite de oito motores por temporada e de 18.000rpm
  • Redução de 75% da largura da asa traseira e aumento de 800 para 950mm na altura; asas dianteiras ficam mais próximas ao solo e maiores (de 1400mm a 1800mm)
  • Difusor traseiro mais longo (330mm a mais) e alto.
https://juliannecerasoli.com.br/2017/02/08/mudancas-de-regras-de-2009-na-f1/

Até este ano, as mudanças de 2009 eram consideradas as mais profundas da história da F1. Pelo menos em relação aos carros em si. Foi a primeira vez que um comitê se reuniu para estudar alterações que trariam mais ação às pistas, embora usando muito menos tecnologia do que hoje. No papel, haveria uma redução drástica de downforce e os pneus teriam mais aderência. Ou seja, a F1 ficaria menos dependente da aerodinâmica e mais da aderência mecânica, o que ajuda os carros a andarem mais próximos sem tanta turbulência.

KERS e difusor duplo foram chave

No entanto, a prática acabou ficando um pouco longe da teoria. E dois fatores fundamentais contribuíram para isso: times grandes, como a Ferrari, McLaren e Renault, apostaram em usar o KERS, na época muito pesado e limitado. Para quem não lembra, o KERS foi o primeiro sistema de recuperação de energia usado na F1, e hoje é “representado” na unidade de potência pelo Ers-K. 

O segundo fator foi a brecha encontrada por Brawn, Williams e Toyota, que usavam uma “escada” no difusor. O chamado difusor duplo ajudava a grudar o carro no chão e praticamente anulou a perda de downforce do novo regulamento.

Assim, 2009 marcou o surgimento da Brawn (ex-Honda, que vinha de um 2008 péssimo e tinha colocado todos os recursos no novo carro), embora não haja dúvidas que o difusor duplo foi “legalizado” por questões políticas. Na época, a sempre política FIA, liderada por Max Mosley, estava em pé de guerra com as grandes.

Mas a grande herança da mudança de 2009 foi o surgimento da Red Bull. Eles não escolheram a rota do KERS, nem perceberam a brecha do difusor duplo. Porém, tinham reestruturado a fábrica que compraram da Jaguar focando mais em simulações do que em testes de pista, direção que a F1 começou a seguir a partir desta época e que mudaria o conceito de desenvolvimento dos carros dali em diante.

Novas regras da F1 em 2014

  • Adoção de unidade de potência turbo híbrida que recupera energias cinética e calorífica, com câmbio de oito marchas e limite de 15.000rpm;
  • Restrições de quantidade total de combustível (30% a menos) e de fluxo;
  • Mudanças no bico (que ficou mais baixo), asa dianteira (mais estreita) e traseira (que perdeu a beam wing, uma espécie de segunda asa que ficava na parte mais próxima ao chassi). O objetivo era diminuir o downforce em 20%;
  • Fim do difusor soprado com a instalação do escapamento mais alto e centralizado.
https://juliannecerasoli.com.br/2017/02/10/mudancas-de-regras-de-2014-na-f1/

Assim como em 2022, as mudanças de 2014 foram atrasadas, embora não por uma pandemia, mas simplesmente porque não se conseguia chegar a um consenso. Quando a configuração da unidade de potência, grande novidade das regras, foi definida, muito do que fora proposto pela Mercedes foi aceito. Não coincidentemente, foram eles que começaram na frente. E por uma enorme diferença.

A Mercedes tinha ajudado a McLaren a conquistar títulos nos anos 1990 e 2000, e comprou a Brawn no final de 2009. A evolução deles não foi rápida, mas era clara, e em 2013 eles lutavam com a Ferrari pelo título de segunda força. No domínio que tinha começado na segunda metade de 2009 (ainda que com altos e baixos, muito em função dos pneus), a Red Bull tinha terminado 2013 muito superior que os rivais.

Congelamento desacelerou reação

No entanto, o desenvolvimento dos motores estava congelado havia anos, e praticamente não havia diferenças de rendimento entre um motor e outro. Assim, uma equipe cliente, como a Red Bull, não ficava em desvantagem. Esse cenário mudou completamente a partir de 2014: casar o desenvolvimento da unidade de potência e do carro se tornou fundamental. Por isso, a Mercedes só teve como rivais reais a Ferrari, que também faz seus próprios motores. E a Red Bull, mas apenas quando eles passaram a ser a equipe de fábrica da Honda.

A mudança de 2014 tornou as corridas muito mais complexas, mais baseadas em eficiência. O volante ganhou vários botões, o peso aumentou muito, colocando ainda mais pressão nos pneus.

Inicialmente, os carros ficaram mais lentos. Mas isso logo mudaria… 

Novas regras de 2017

  • Adoção de pneus 25% mais largos. Os traseiros passaram de 325 para 405mm de largura, e os dianteiros de 245 para 305mm
  •  As asas também tiveram as dimensões alteradas: as dianteiras passaram de 1650mm para 1800mm, e as traseiras foram reduzidas de 950 para 800mm. Isso fez com que as dimensões gerais do carro também aumentassem.
  • Os difusores se tornaram mais potentes porque passaram a ficar posicionados mais ao alto e também ficaram mais largos e longos.
  • Fim do sistema de tokens para o desenvolvimento das unidades de potência (este sistema voltaria em 2020)

A combinação entre o domínio da Mercedes e as reclamações dos pilotos por terem de gerenciar mais do que correr gerou um novo pacote de mudanças, em 2017. Elas não foram tão dramáticas quanto as anteriores, mas acabaram ajudando em termos de competitividade.

Isso porque as novas dimensões especialmente do difusor começaram a tornar mais difícil para a Mercedes equilibrar seu carro. E eles foram ficando cada vez mais isolados na opção por um rake menos agressivo e uma distância entre-eixos maior.

Entretanto, outro fator colateral das regras foi o aumento da turbulência. Não que isso não fosse esperado: corpos maiores e mais largos vão gerar mais turbulência e todos sabiam disso. Mas o entendimento na época era de que o visual agressivo e a velocidade compensavam isso em termos de espetáculo.

Pelo menos, a vantagem da Mercedes diminuiu, embora isso também tenha relação com o desenvolvimento das unidades de potência. Os demais, especialmente a Ferrari, foram chegando e diminuindo a vantagem dos prateados, que ainda assim seguiram colecionando títulos.

Novas regras da F1 em 2021

  • Novas dimensões para os assoalhos, incluindo um recorte triangular na frente dos pneus traseiros
  • Redução das aletas dos dutos de freio traseiros de 80 para 40mm
  • Redução em 50mm das chapas verticais do difusor 
  • Adoção do teto orçamentário de 145 milhões de dólares por ano para as equipes (LINK INTERNO)
  • Adoção de sistema de escalonamento do desenvolvimento aerodinâmico, ou seja, quanto mais à frente uma equipe está no campeonato, menos tempo de túnel de vento e CFD ela tem à disposição (LINK INTERNO)

Estas regras foram anunciadas como se fossem apenas um ajuste devido ao aumento da carga dos carros nos pneus. No entanto, mudaram bastante o cenário, ajudando a gerar um dos campeonatos mais disputados da história. 

Isso porque especialmente os recortes feitos no assoalho, na região logo à frente dos pneus traseiros, fizeram os carros com rake baixo perderem muito mais pressão aerodinâmica. Ou seja, fizeram a Mercedes perder muita pressão aerodinâmica, e sem grandes chances de recuperá-la. Isso, tanto pela natureza das regras técnicas em si, quanto pela estreia do teto orçamentário bem às vésperas de uma mudança tão grande como a de 2022.

“Idealizando o futuro” com as mudanças de 2022

  • Como o carro tem um conceito aerodinâmico totalmente diferente, os golpes das duas últimas mudanças de regulamento na Mercedes estão neutralizadas em teoria.
  • Transferir grande parte da produção de pressão aerodinâmica para o assoalho é um bom caminho para diminuir a turbulência. Por outro lado, carros estão ainda mais pesados e isso coloca muita pressão nos pneus.
  • Ou seja, uma coisa não muda: o equilíbrio entre evitar superaquecimento nos pneus nas corridas e colocar carga suficiente nas classificações segue sendo fundamental.
  • O teto orçamentário vai afetar muito a vida de time grande que errar a mão no projeto. Além disso, se alguém pular muito na frente, será difícil reverter isso.
  • As unidades de potência estão mais próximas e terão sua última atualização até o final de 2025 neste ano. A partir daí, a tendência é que elas deixem de ser um fator tão importante, voltando ao que a F1 foi entre o final dos 2000 até 2013.

Baixe o e-book da temporada 2021

Exclusivo para assinantes do projeto do Catarse, o e-book traz a história da temporada de 2021 da F1 contada por meio dos textos que eu produzi ao longo do ano. São 92 páginas de análises prova a prova e tudo o que rolou nos bastidores.

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(O último) Blog takeover 2021-22: 5 maneiras de melhorar a imagem da F1

Escolhi o texto do Fábio para abrir o Blog Takeover de 2020 e desta vez também selecionei o material dele para encerrar essa temporada 2021-2022. E por que o Fábio? Os textos dele mostram que ele entende bem como é o esporte na real, como ele é estruturado é quais são seus problemas mais difíceis de serem resolvidos (alguns deles muito bem apontados neste artigo).

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Blog takeover: A McLaren e seu marketing, do CEO ao piloto

Que a McLaren virou um case de sucesso nos últimos anos, ninguém duvida, e João Rafael Conde usou seu backgroud na área do marketing para explicar a parte comercial para a gente. Já a Denise Vilche (que já apareceu aqui no blog takeover de 2020 falando justamente sobre o time de Woking) desta vez abordou como Lando Norris está construindo seu império fora das pistas

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Blog takeover: F1 nos trends (dos fãs e do hate na internet)

A Amanda Kassis é jornalista científica, e costuma escrever sobre Astronomia, mas mudou um pouco de área para abordar algo muito importante (e que tem a F1 de pano de fundo neste texto, mas vai muito além dela). Afinal, onde será que foi parar a boa prática de se colocar no lugar do outro? Ou de entender que a gente não vai para lugar algum se só se cercar das mesmas opiniões que as suas e despejar ódio em quem pensa diferente?

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Blog takeover: A fórmula da regularidade

O texto do Eduardo Costa, que se define como um sergipano, de 23 anos, negro, jornalista, e que é fanático por F1 desde que se entende por gente, é baseado na temporada 2021, mas dá algumas dicas sobre o que será ainda mais importante nesta temporada, que deve ser a mais longa da história da categoria. Esse calendário longo, aliado ao teto orçamentário, tem mudado a cara do esporte.

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Blog takeover e outra reflexão: F1, literatura e expectativas

Começando o ano na mesma tocada mais reflexiva do primeiro texto de 2022. Este texto é da Geórgia de Paula, redatora independente da página de Instagram e canal de Telegram Reading Pits, onde ela explicou que conversa “sobre como os livros e o automobilismo dialogam nos extremos mais imprevisíveis da existência. O conhecimento, o lazer e a saúde são, sim, congruentes e é importante dialogar sobre como eles libertam adolescentes além do esporte e da ficção”, me escreveu a Geórgia. Curiosos?

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Blog takeover e uma reflexão

Este texto foi envidado pelo Luiz Ernane, que se identificou como um fã de F1 de 43 anos de Campina Grande. Gostei da sensibilidade do texto dele, até porque sempre vi o esporte desta forma também. Tem mais alguém aí que joga no nosso time?

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Blog Takeover 2021: A F1 e suas decisões de bastidores

Este é o texto que o Alexandre Caetano enviou para o Blog Takeover. As decisões de campeonato que ele cita aqui entraram para a história como clássicos da F1. Talvez um sintoma de que a categoria tem uma certa queda por politicagem (e não dá para dizer que isso é pior hoje se a gente der uma olhadinha, como este texto faz, para trás)

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Blog Takeover 2021: Descobrindo a paixão pela Fórmula 1

Continuando no grande tema de 2021 do Blog Takeover, trago os textos da Manu e da Carol, duas “convertidas” recentes que estão com o mesmo sentimento “chega logo 2022!” Acredito que muitos de vocês dividiram ao longo do ano os mesmos sentimentos que elas descrevem e também gostaria de deixar, junto com os textos, um pedido, para todos nós acolhermos quem está chegando, porque a comunidade é muito melhor com mais gente a bordo.

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Blog Takeover 2021: A Fórmula 1 e a geração Drive to Survive

primeiro tema da terceira edição do Blog Takeover, um espaço que eu abro no final do ano para publicar textos de quem quer falar sobre Fórmula 1 e só estava precisando de uma plataforma para fazer isso, não podia ser outro: a grande maioria dos textos que recebi era de novos fãs ou daqueles que há muito não se empolgavam com a categoria e voltaram com tudo neste ano

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Raio-X do GP do Abu Dhabi, à imagem e semelhança da temporada 2021

A decisão do que tem tudo para entrar pelo menos no top 5 entre as melhores temporadas da história da Fórmula 1 teve todos os ingredientes que marcaram o ano: brigas diretas e controversas entre os rivais Max Verstappen e Lewis Hamilton, dois carros mostrando suas qualidades diferentes, as equipes optando por acertos distintos, decisões confusas da direção de prova e, é claro, um momento em que tudo o que parecia certo virou de cabeça para baixo.

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Vídeo: O último Ju Responde do ano!

O campeonato das reviravoltas só poderia ter um gigantesco plot twist no final, não é verdade? Na última edição do Ju Responde do ano, em que eu tiro as dúvidas que foram enviadas no meu instagram, Myf1life, falo sobre os processos que levaram Michael Masi a tomar as decisões que ele tomou, qual o futuro do australiano, o papel de Sergio Perez na corrida do título de Max Verstappen, a estratégia da Mercedes com Lewis Hamilton em Abu Dhabi e o sobe e desce que marcou quem teve o melhor carro em diferentes momentos da temporada.

Aqui a versão em áudio

Drops dos bastidores de (mais) um domingo maluco da F1 em 2021

Sei que há muita frustração no momento pela maneira confusa como a direção de prova conduziu os momentos finais mas, olhando além disso, a Fórmula 1 já tinha vencido o campeonato quando todos chegamos a Abu Dhabi. O desânimo das últimas viagens dos anos anteriores tinha se transformado na celebração de um campeonato de gigantes na pista, cuja rivalidade forçou ambos a pilotar em um outro patamar, e obrigou as equipes a se debruçarem em cada detalhe. 

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Uma temporada histórica

Hamilton talvez não seja capaz de fazer voltas voadoras com um carro que insiste em sair de frente e não apontar muito bem nas curvas como Verstappen foi ao longo deste ano. E Verstappen talvez não seja capaz de ler a corrida e reverter situações adversas da maneira como Hamilton é. Mas eles não são os únicos elos que se complementam.

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