Podcast Lewis Hamilton vivendo a vida no modo hard

A ideia para o podcast deste mês veio da entrevista que Lewis Hamilton deu à revista Time dizendo que não pode ser comparado a outros pilotos de 40 anos porque foi “construído de forma diferente”. Não dá para negar isso.

Eu volto até para a história da imigração caribenha no Reino Unido para ajudar na compreensão de todas as fases pelas quais ele passou e que o trouxeram até aqui, contando com a mãozinha de Sam Collins, da F1TV.

E, para me ajudar a falar sobre o que vem por aí na Ferrari para ele, trago as pensatas de Nate Saunders, da ESPN, que acaba de lançar um livro sobre a Ferrari, e de Daniele Sparisci, do Corriere della Sera.

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O que fazer com a vaga da Red Bull – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #301

E o vencedor do sorteio do mês é…

O João Cesar deu MUITA sorte e foi sorteado logo no segundo mês de assinatura! Ele vai levar para casa essa camiseta da Haas em parceria com a Palm Angels. E semana que vem eu volto com o brinde de abril. Lembrando que TODOS os assinantes concorrem.


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A resposta de Piastri a queda das Ferrari no GP da China

O céu nublado do domingo e a falta de garantia de que as mudanças feitas entre a sprint e a classificação para proteger mais os pneus depois que todos tinham sofrido muito com os médios na corrida curta geravam um clima de incerteza antes do GP da China. 

Será a ligeira queda na temperatura da pista e o emborrachamento do asfalto novo já seriam suficientes para que fosse possível fazer uma parada? E o pneu duro, que ainda não tinha sido usado por ninguém (e era um C2, que sofreu alterações nesta temporada), como se comportaria?

Certezas havia algumas: a vitória de Lewis Hamilton no sábado tinha mostrado no sábado o valor de andar com a cara para o vento, sem a turbulência, que faz os carros escorregarem e desgastarem mais rapidamente os pneus. Cabia ao pole position Oscar Piastri, ainda mais tendo o carro mais rápido do fim de semana, manter a primeira posição para tentar descontar parte do prejuízo que levou com a escapada da semana anterior na Austrália.

Piastri se mantém de cara para o vento

Foi o que o piloto da McLaren fez, fechando a porta para George Russell, que acabou tendo de frear antes do que gostaria e perdeu a segunda posição para Lando Norris. Mais atrás, as duas Ferrari passaram Max Verstappen, e Charles Leclerc tocou na roda traseira direita de Lewis Hamilton, quebrando sua asa dianteira, mas seguindo na pista, mesmo perdendo estimados 20 a 30 pontos de aerodinâmica.

Isack Hadjar perdeu duas posições, depois de se classificar em sétimo, Pierre Gasly ganhou três, e as duas Sauber saíram da pista: Nico Hulkenberg perdeu a traseira de uma vez, danificando o assoalho, e Gabriel Bortoleto perdeu o controle quando Oliver Bearman fechou a porta na sua frente, de maneira normal.

O brasileiro logo foi aos boxes, sentindo vibrações nos pneus, e voltou em último, 31s atrás do pelotão.

Ele colocou os pneus duros, juntando-se a Liam Lawson, que se classificou em último com a Red Bull e tinha largado do pitlane depois de mudar o acerto do carro, Bearman, que era o 16º e Lance Stroll, o 14º.

Todos de olho em Stroll

Era em Stroll, o mais experiente dos quatro, em que as equipes estavam de olho: se o desempenho dele fosse consistente com o composto duro, valeria a pena segurar os pilotos na pista com o médio e fazer apenas parada, algo quase impensável com o desgaste do sábado.

No final das contas, não era só o duro que estava rendendo bem. Na ponta, a McLaren estava bem mais confortável sem o graining forte nos dianteiros visto no sábado, e pôde exercer seu ritmo. A Russell, cabia se manter em terceiro, atento ao que as Ferrari podiam fazer.

Logo ficou claro que Hamilton não tinha o ritmo da sprint. E era por mais do que a turbulência da Mercedes: sabendo que todos tentariam diminuir o graining, a Scuderia mudou o acerto e foi em um caminho que Leclerc tinha testado na pré-temporada. Funcionou para ele, mas não para o inglês, claramente mais lento.

Tanto, que Hamilton sugeriu para a equipe inverter posições para Leclerc tentar atacar Russell. Isso aconteceu só depois das primeiras paradas, iniciadas pelo próprio Hamilton e por Verstappen entre os ponteiros na volta 13.

Freios impedem disputa pela vitória

Na frente, Piastri conseguiu que Norris saísse de seu DRS depois de cinco voltas, e depois só viu a diferença aumentar, ainda que lentamente. Quando os dois pararam, nas voltas 14 e 15, ficou claro que andar na turbulência tinha custado mais caro aos pneus do inglês, mesmo que, com menos graining no domingo, ele tivesse melhorado consideravelmente seu ritmo em relação ao restante do final de semana.

Pensando nisso, ele mudaria sua estratégia na segunda parte da prova. O seguiria mais de longe para proteger os pneus, pensando em um ataque no final. Mas ficamos sem saber como isso acabaria pois, com 20 voltas para o fim, ele passou a ter problemas de freio.

Sem poder aplicar o pico de pressão no pedal, Norris foi tendo de frear cada vez mais cedo, e a distância foi aumentando até Piastri cruzar a linha de chegada para sua primeira vitória do ano com quase 10s de vantagem.

Ferrari de mal a pior

Após a inversão da Ferrari, Leclerc chegou a andar bem próximo de Russell por algumas voltas, mas perdeu contato na volta 20 e não conseguiu mais ameaçar o inglês. Via rádio, chamou a Mercedes de “um dragster de tanta tração que eles têm na saída da 12”.

Sofrendo até mesmo com os duros, Hamilton tentou algo diferente na estratégia e trocou os pneus novamente na volta 37, apostando que a borracha nova o ajudaria a recuperar terreno nas voltas finais. Foi o mesmo pensamento das Racing Bulls, que estavam no fim da zona de pontuação.

As apostas não deram certo. A degradação do pneu duro era baixa demais para fazer a segunda parada valer a pena.

Mas as coisas piorariam ainda mais para a Ferrari. Leclerc não só não conseguiu pressionar Russell, como também perdeu a posição para Verstappen no final. O holandês tinha sido terceiro na sprint, sendo passado por Piastri no final, sofrendo muito com os pneus. Por isso, começou a corrida muito cauteloso.

Com o pneu duro, começou a atacar mais, e no final estava adotando um ritmo forte. Segundo ele, a aderência aumentou muito com o carro mais leve, e ele não sabia muito bem explicar o porquê.

As Ferrari cruzariam a linha de chegada em quinto e sexto, o que já não seria um bom resultado, mas ambos seriam desclassificados – e por motivos diferentes. Leclerc estava abaixo do peso mínimo e a prancha que regula a altura do carro estava desgastada demais no caso de Hamilton. Dois indicativos das margens pequenas com que a Ferrari está trabalhando.

O ressurgimento da Haas

Quem se deu bem com a desclassificação dupla foi Esteban Ocon, que tinha ganhado uma posição na largada com Albon, depois superou Antonelli, que tinha danos no assoalho, na rodada de pit stops and viu as Racing Bulls pararem uma segunda vez.

Depois da Haas não entender a falta de ritmo da primeira corrida da temporada, eles voltaram à posição em que imaginavam estar na China, e o francês foi o quinto no final das contas, com Antonelli, Albon, Bearman, Stroll e Sainz completando o top 10. Isso porque Pierre Gasly também foi desclassificado pela Alpine estar abaixo do peso mínimo.

Bortoleto tem bom ritmo

E Gabriel Bortoleto? Correndo sem trânsito por quase toda a prova, e usando os pneus que foram os mais consistentes do domingo, ele teve um ótimo ritmo com a Sauber. Nem tanto por ter alcançado Nico Hulkenberg, que sofria com um assoalho avariado, mas por ter recuperado tempo em relação a Lawson ou até mesmo na comparação com Sainz mais à frente.

Isso quer dizer que daria para ele pontuar sem a rodada? Difícil dizer com tão pouca informação sobre o real ritmo da Sauber, com uma corrida no molhado e outra que não já começou bem para ambos os pilotos. Mas valeu pelo treino de corrida de luxo, depois da corrida desafiadora para todos os estreantes na Austrália e uma sprint em que sofreu com o desgaste de pneus.

Live do GP da China

Nosso encontro pra bater papo sobre o GP da China e as novidades do paddock está marcado para as 22h deste sábado, pra dar tempo de dormir umas horas e voltar para a corrida às 4h da manhã. Pode ir preparando a sua pergunta! Lembrando sempre que as lives ficam gravadas para quem não conseguir acompanhar ao vivo.

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Drops da estreia de Bortoleto e uma bomba de Norris – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #300

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A real vantagem da McLaren e a estreia de Bortoleto no GP da Austrália

Lando Norris está disposto a calar aqueles que não consideram que ele seja bom o suficiente para ser campeão do mundo, especialmente em uma eventual disputa direta com Max Verstappen. Ele acha que cedeu demais nas disputas com o holandês ano passado porque estava sempre em desvantagem de pontos, e por isso ter aguentado a pressão da Red Bull, com a pista úmida e com o assoalho danificado após um passeio na brita, para vencer o GP da Austrália com menos de 1s de vantagem foi fundamental para seu início de campeonato.

Mas isso, de longe, não conta a história do final de semana e nem da corrida, que também teve Andrea Kimi Antonelli indo de 16º a quarto em uma estreia complicada para os estreantes.

A McLaren conseguiu 0s4 de vantagem para o carro mais próximo – justamente de Verstappen – basicamente por conseguir manter os pneus vivos no último setor da pista de Albert Park. Com o carro mais equilibrado, eles escorregam menos e conseguem controlar melhor as temperaturas do que ninguém. Mesmo cenário que foi visto no domingo, especialmente na fase em que a pista começou a secar.

O GP foi daqueles bem complicados. Na hora da largada, só havia uma garoa, mas ventava bastante e a pista estava molhada por horas de chuva. Isack Hadjar ficou logo na volta de apresentação. Jack Doohan, na primeira volta.

Verstappen tenta acompanhar as McLaren

Lá na frente, Norris pulou na ponta, com Piastri perdendo a segunda posição para Verstappen, que forçou tanto os pneus para acompanhar as McLaren que acabou sofrendo graining, indo reto na volta 16 e permitindo que o australiano recuperasse a segunda posição.

Foi quando Piastri mostrou que tinha mais ritmo que Norris, diminuindo a vantagem dele de 3s para 0s6 em 10 voltas, com o mesmo carro. Mas havia um contexto maior da prova que preocupava a McLaren: os pilotos estavam tendo que aguentar na pista muito mais tempo que o ideal pois havia incerteza em relação ao que aconteceria com a chuva, que tinha parado.

Os radares mostravam que havia uma pancada se aproximando, e os estrategistas queriam evitar que fosse necessário fazer duas paradas, ou seja, colocar slicks e logo ter que voltar para o intermediário.

Por isso, a McLaren pediu para os pilotos se segurarem nas posições em que estavam. Ao que Piastri respondeu que tinha mostrado o seu ritmo. E tinha. A essa altura, Verstappen já estava 17s8 atrás da dupla.

Uma leve escapada o tirou da zona de DRS de Norris pouco antes de uma batida de Fernando Alonso causar um SC na volta 33 que resolveu a dúvida de (quase) todo mundo (a não ser das Haas, que estavam no fundo do pelotão e tentaram algo diferente): era a hora de trocar do pneu intermediário para o de pista seca.

As equipes fizeram escolhas diferentes a essa altura. A McLaren foi de pneu duro, acreditando que, por ele ser o C3, não geraria problemas de temperatura. A Red Bull não teve dúvidas que o melhor seria o médio. Isso permitiu que Verstappen se mantivesse perto das McLaren depois da relargada.

Safety Car complicou a vida de Bortoleto

Esse Safety Car começou a complicar a corrida de Gabriel Bortoleto. Ele tinha perdido a posição para o companheiro Nico Hulkenberg e por Antonelli na primeira volta, mas vinha acompanhando-os de perto, com a diferença ficando entre 2 e 3s. Em determinado momento, inclusive, a equipe perguntou se ele sentia que estava sendo seguro pelo ritmo de Nico. E o brasileiro disse que não.

Quando o SC foi acionado, essa proximidade de Hulkenberg fez com que ele tivesse que esperar pela parada do companheiro. Depois, ele foi liberado para voltar à pista dentro da margem com a qual a equipe trabalha, mas o asfalto estava escorregadio, a saída do box foi mais lenta, e ele levou uma punição de 5s por ter sido liberado em cima de outro carro.

Mas a situação pioraria: Bortoleto voltou à pista atrás do líder Norris, ou seja, atrás do SC. Como um trator precisou entrar na pista, foi um SC demorado e, quando os retardatários foram liberados para pegar o fim do pelotão, Bortoleto não teve tempo de pegá-los antes da relargada. Com isso, a diferença para Hulkenberg aumentou para 12s.

O brasileiro vinha reclamando desde a primeira volta de problemas no freio. Segundo a equipe, havia um problema de sistema, obrigando-o a resetar configurações ao volante constantemente. Logo depois que Bortoleto foi avisado disso, a tal pancada de chuva que as equipes esperavam apareceu.

Um pancada de chuva para mudar a prova

Foi na volta 44. Norris foi o primeiro a chegar nas últimas curvas, as que estavam molhadas. Escapou, danificando seu assoalho, mas manteve a ponta e a equipe conseguiu reagir rápido para colocá-lo imediatamente no pneu intermediário. Logo atrás, Piastri também escapou, mas ficou preso por mais tempo na brita e saiu da disputa pelas primeiras posições.

À Red Bull só restava apostar que a pancada seria passageira e deixar Verstappen na pista. Eles o fizeram por duas voltas, mas ele estava perdendo tempo demais e teve que parar. O time não foi o único a arriscar: a Ferrari, que parece mais uma vez ter um carro que funciona em uma janela muito pequena, estava em sexto e oitavo, e não tinha muito mais o que fazer. Yuki Tsunoda fez o mesmo, assim como Pierre Gasly.

A aposta também não deu certo para eles. Leclerec rodou, Hamilton chegou a liderar, mas todos eventualmente pararam. 

A batida de Bortoleto e as apostas que renderam pontos

A Sauber parou imediatamente ambos os carros, trocou o pneu de seco pelo intermediário, Bortoleto cumpriu sua punição, e voltou 15s atrás de Hulkenberg, ou seja, ele estava conseguindo tirar parte da desvantagem mesmo nessa fase difícil. Mas o brasileiro forçou demais e ainda teve uma quebra de suspensão na rodada, pela maior parte do peso do carro ter ficado apoiada na traseira direita quando o carro andava de ré, até se encontrar com o muro.

No final das contas, deram-se bem os pilotos que pararam logo de cara. Norris reassumiu a liderança, embora tenha tido que se segurar com um carro danificado, sendo bastante pressionado por Verstappen. Russell vinha logo atrás, trazendo consigo o companheiro Andrea Kimi Antonelli, um destaque da prova. Ele passou grande parte da primeira metade da prova preso atrás de Hulkenberg mas, quando se livrou do alemão em definitivo na volta 16, passou a andar mais forte do que Russell e foi ganhando terreno. Ele passou Stroll e depois ganhou muitas posições apostando em parar logo que a pancada de chuva chegou, ganhando 5 posições com isso.

Antonelli chegou a ser punido por um incidente semelhante ao de Bortoleto, mas a Mercedes conseguiu reverter a pena usando imagens do helicóptero. Com isso, o pódio teve Norris, Verstappen e Russell, e o top 10 foi completado por Antonelli, Albon, Stroll, Hulkenberg (todos eles pilotos que pararam logo que a chuva apertou), Leclerc, Piastri e Hamilton.

Bortoleto teria pontuado sem o acidente? Seria muito difícil. Esses últimos pilotos que chegaram atrás de Hulkenberg nos pontos estavam a menos dos 15s que ele tinha de desvantagem após a segunda parada. Sem o azar do SC, a história seria diferente.

Live do GP da Austrália

A live sobre a primeira corrida do ano vai começar às 20h deste sábado, quando eu já vou estar acordando para o domingo de corrida na Austrália. Lando Norris larga na pole em uma corrida que deve ter chuva e temperaturas bem mais baixas do que tivemos até aqui. Aliás, o tempo já está mudando em um sábado à noite muito quente e úmido.

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Temporada da renovação – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #299

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Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #298

SORTEIO DO MÊS: Vencedores de fevereiro e anúncio do brinde de março

A miniatura do capacete do Hamilton foi para Rodrigo Basani Dias de Freitas, assinante Credenciado (e bem sortudo, já que entrou na turma neste ano!) e do Russell vai para Carlos Hirokawa, assinante do setor B.

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Bortoleto exclusivo e mudanças na Ferrari – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju

Hamilton destaca calma e vê a Ferrari pronta para lutar pelo campeonato

Lewis fez uma coletiva depois de ter sua primeira experiência com o carro de 2025 da Ferrari. Salientou várias vezes que a adaptação a um carro novo é difícil, e disse que há muitas diferenças entre a Ferrari e a Mercedes. Mas ele acredita que o time tem as ferramentas para voltar a conquistar títulos e também a mentalidade certa. Parte dessa mentalidade vem de uma calma, citada também por Charles Leclerc, que foi o primeiro a andar com o SF-25. LEIA MAIS

Hamilton faz sua estreia com carro novo de uma Ferrari com mudanças importantes

A Ferrari entendeu que chegou no máximo que podia com a suspensão antiga e mudou seu desenho para esta temporada, adotando algo mais próximo das rivais diretas. É uma mudança mecânica, mas que afeta a aerodinâmica da dianteira do carro, e isso gera a necessidade de fazer ajustes em todo o restante do carro. É por isso que eles falam que têm um carro praticamente novo mesmo nesse último ano de regulamento. Não deixa de ser uma evolução, mas são todos pequenos detalhes que foram redesenhados. Vimos esse carro pela primeira vez hoje no shakedown de Fiorano, com Leclerc e Hamilton ao volante. LEIA MAIS

Do verde ao preto: Sauber mostra carro da estreia de Bortoleto na F1

A Sauber ainda não colocou o carro na pista, isso deve acontecer só no Bahrein antes do teste. A equipe está animada, vê uma melhora significativa nas simulações, mas sempre fica aquela dúvida sobre o quanto os demais também melhoraram. Eles acham que, começando no nível em que terminaram 2024 em relação aos demais e sem os erros operacionais (que foram diminuindo bem ao longo do ano) dá para pensar em um pontinho aqui, outro ali. Gabriel sabe disso, claro, mas tem uma mentalidade bem positiva. Para ele, é só o início de uma trajetória maior LEIA MAIS

Williams coloca o FW47 na pista ao vivo para começar ano com Sainz e Albon

James Vowles estava super empolgado com o novo carro, dizendo que eles já começam o ano dentro do peso mínimo, mostrando que o trabalho de base que ele tem feito está dando frutos. Mas não dá para fazer mágica. A infra segue basicamente a mesma. Mas o mais interessante da Williams em 2025 é a dupla de pilotos. Será o começo do fim para o Albon ou é Sainz quem vai sofrer para se adaptar a sua nova realidade? LEIA MAIS

McLaren é a primeira a colocar carro novo na pista em busca do bicampeonato

Estou curiosa para saber se a McLaren ainda vai fazer foto oficial toda vez que subir ao pódio neste ano. Essa era a palavra de ordem do ano passado do Stella porque eles tinham que comemorar todo resultado positivo, mas dava para sentir que em alguns pódios que na verdade eram vitórias perdidas eles já não conseguiam fingir tanta empolgação. O carro tem várias mudanças e a equipe promete um pacote de atualizações para Melbourne. A ideia é somar pontos logo de cara e focar totalmente em 2026 o quanto antes. LEIA MAIS 

Após revolução interna e nova dupla, Haas busca se firmar dentro do top 10

Pinturas à parte, vimos os carros de verdade na pista de Haas e também da Racing Bulls nos últimos dias. Agora, metade das equipes já fizeram seus shakedowns. Aqui eu falo do que dá para esperar dessa renovada Haas. LEIA MAIS

Já conferiu o podcast do mês? Aqui tem um trechinho

(E aqui está o episódio completo)

Rapidinhas da semana

Sobre o evento de Londres, as expectativas eram baixas, então todo mundo saiu positivamente surpreso, mesmo que as coisas não tenham sido perfeitas. Escalar Take That para encerrar o show claramente não funcionou para o público que foi atraído ao evento, e uma das partes mais legais, quando estavam os carros e os pilotos no palco juntos, foi vista por metade só da arena. O pessoal tinha ido embora.

A maior vaia da noite foi para o Christian Horner, e imagino que já prevendo algo do tipo a Red Bull fez aquela apresentação sem a palavra dos pilotos. Imagino, também, que Max não tivesse nenhuma vontade de falar para a plateia. Na entrevista antes do show ele brincou sobre não querer estar lá (o que sabemos que não era exatamente uma brincadeira). Só é uma pena que o atual tetracampeão do mundo entre mudo e saia calado e vaiado do lançamento da temporada.

Rolaram horas e mais horas de entrevistas antes do evento, e algumas matérias da segunda parte da newsletter exploram alguns assuntos comentados. Sobre a Aston Martin, Verstappen disse que negocia com eles sim – para a equipe de GT3 que está montando. E disse que não quer confusão em fevereiro, depois que mais uma vez Russell tentou dar uma aquecida na rivalidade deles.


O Melhor da Internet

Mônaco com dois pit stops obrigatórios?

A ideia está sendo discutida e, pelo que o Christian Horner disse, há a opção inclusive de obrigar os pilotos a usarem todos os compostos, mas não sei se isso passa pensando em um cenário de baixas temperaturas e a necessidade de usar o pneu duro se tornar algo perigoso. Basicamente, depois de muitas propostas, chegou-se a um acordo que a pista não vai mudar, sabe-se que os carros não vão diminuir tanto assim para revolucionar essa corrida, então é preciso encontrar outra solução. LEIA MAIS

Hamilton e seus primeiros dias do conto de fadas ferrarista

(a essa altura, não dá para chamar de outra coisa)

Todas as pinturas dos carros de 2025 da Fórmula 1

Spoiler: a Racing Bulls foi quem mais mudou e ficou bem bom. VEJA AQUI

Veremos um novo Norris na disputa com Verstappen?

É um ponto de vista até óbvio, mas que precisa ser dito. Norris pegou leve com Verstappen no final do ano passado sim, mas será que ele tinha realmente alguma escolha? Com uma desvantagem enorme no campeonato e sabendo que estava lutando contra um piloto muito agressivo, ele ficou sem armas para a disputa. Por isso, quer começar bem 2025 e ter ele, Norris, a chance de ser o cara que tem menos a perder. LEIA MAIS

Quer ouvir um podcast leve de F1?

Não vou mentir para vocês, eu nunca escutei um episódio inteiro, mas eles conseguem fazer cortes muito bons, com perguntas fora do comum. É sempre leve, mais lifestyle, mas conteúdo é conteúdo. PARA OUVIR E VER.

A coisa começou “bem” para o Jack Doohan

Pegaram tão pesado com ele logo de cara na coletiva de ontem que até os argentinos estavam defendendo o “pibe” nas mídias sociais. Foi realmente de uma insistência desproporcional, até que o assessor interferiu e pediu para perguntarem sobre outras coisas. Ah, aliás, fala-se muito nos patrocinadores trazidos por Colapinto, o que é verdade, mas fiquei sabendo que foi a Oakberry Austrália que decidiu colocar dinheiro na Alpine. LEIA MAIS

SORTEIO

SORTEIO DO MÊS: Mini capacetes da Mercedes!

Essa é para os fãs do Hamilton que querem guardar uma recordação da época da Mercedes e também para quem curte o George Russell: vou sortear no final do mês entre todos os assinantes dois mini capacetes da Mercedes. Boa sorte!


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Podcast: A nova Mercedes sem Hamilton

Você vai viajar comigo para o primeiro evento da Mercedes sem Lewis Hamilton, depois de mais de uma década de uma parceria que é a mais vitoriosa da história da Fórmula 1. Vamos conversar sobre os desafios que eles têm dentro e fora da pista para suprir esse vácuo e como a vida sem Lewis é tudo o que George Russell vinha esperando.

O podcast tem a participação do Craig Slater, repórter da Sky Sports F1, e também conta com entrevistas exclusivas com Toto Wolff, George Russell e Kimi Antonelli.

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Mercedes contra-ataca – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #296

SORTEIO DO MÊS: Mini capacetes da Mercedes!

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Novas regras, horários, lançamentos… – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #295

SORTEIO DO MÊS: Mini capacetes da Mercedes!

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O que muda na Fórmula 1 na temporada 2025

Lewis Hamilton na Ferrari, um dos quatro pilotos que trocaram de equipe. O Brasil volta ao grid com Gabriel Bortoleto, um dos seis pilotos que estarão fazendo sua primeira temporada completa na categoria. O fim do ponto pela volta mais rápida. Mais chances para jovens pilotos. Introdução de um “ar condicionado” para os pilotos. Aumento do peso mínimo do carro. Mais rigor com a flexibilidade das asas. Muita coisa muda na F1 2025.

Mesmo em um ano de “estabilidade” na Fórmula 1 antes de uma revolução nas regras dos carros e dos motores em 2026, são várias as mudanças neste ano.

Apenas duas equipes mantiveram suas duplas de pilotos

A campeã de 2024, McLaren, e a Aston Martin vão continuar com as mesmas duplas (Norris e Piastri, Alonso e Stroll). E o grid passou por uma extensa renovação: Liam Lawson fará sua primeira temporada completa, depois de atuar como substituto de Daniel Ricciardo em 2023 e 2024, e dividirá logo a Red Bull com Max Verstappen. E Andrea Kimi Antonelli, estreante de apenas 18 anos, ocupará o lugar de Hamilton na Mercedes.

Será interessante também ver o que Carlos Sainz conseguirá trazer para a Williams, e quanto tempo Jack Doohan, estreante australiano, vai durar na Alpine, tendo Franco Colapinto como sombra.

Além de Hamilton e Sainz, também mudaram de equipe Esteban Ocon (que foi para a Haas) e Nico Hulkenberg (que trocou a Haas pela Sauber). E os outros estreantes são Oliver Bearman, na Haas, e Isack Hadjar, da Racing Bulls, além de um tal brasileiro…

Brasil terá um titular pela primeira vez desde 2017

Dentre os estreantes está Gabriel Bortoleto, que vem de um título na F3 como estreante e de um título na F2 também como estreante, o caminho perfeito até a F1.

Mas ele vai estrear na equipe que foi a última colocada em 2024 e que passa por um período de reconstrução. Em 2025, a Sauber já será totalmente controlada pela Audi, mas só passa a carregar as cores da montadora ano que vem, aproveitando a estreia do novo regulamento.

Eles têm recrutado profissionais experientes e os primeiros frutos começaram a ser vistos com a evolução no final do ano passado, mas estão vindo de uma base bastante defasada. Brigar por pontos aqui ou ali já seria uma vitória para a Sauber, e especialmente para Bortoleto, o estreante de 2025 com menos quilômetros rodados com carros de F1. 

Mudanças sutis no calendário

Serão as mesmas 24 corridas, com algumas mudanças de datas. A temporada volta a começar na Austrália e depois vai para o leste da Ásia para “driblar” o ramadã, quando não faz sentido realizar eventos no Oriente Médio. Para o Brasil, isso significa que serão três corridas de madrugada logo de cara.

Imola agora está “integrada” à temporada europeia, saindo de abril para maio. A última prova antes da pausa de agosto volta a ser na Hungria, e a Holanda fará sua corrida de despedida. 

LEIA TAMBÉM: Confira o calendário da temporada 2025 da F1

E, no final do ano, um alívio para quem trabalha na F1, com o GP de São Paulo ficando isolado, sem corridas nos finais de semana anterior e posterior.

São Paulo segue no calendário das sprints, que terá seis etapas, com o mesmo formato. A única mudança é a saída da Áustria e a volta da Bélgica.

O que muda F1 2025 – regras esportivas

Código de pilotagem: as mudanças exatas ainda não foram divulgadas, mas os pilotos estavam descontentes com as regras para tentativas de ultrapassagem por fora. Querem evitar que o piloto possa se jogar na curva para se defender, como Verstappen fez com Norris em Austin.

LEIA TAMBÉM: Como funcionam as regras de disputa de posição na F1

Fim do ponto para a volta mais rápida: Como foi algo que não acrescentou muito e criou a possibilidade de pilotos fora do top 10 trocarem de pneu para fazer a volta mais rápida só para roubar pontos de rivais, a regra caiu.

Duas paradas obrigatórias no GP de Mônaco: Para tentar deixar a prova mais movimentada, agora todos os pilotos terão que parar pelo menos duas vezes durante provas no seco.

Procedimento de largada no pitlane: Ao invés de ficar esperando o máximo possível para ficar com pneu aquecido e, enquanto os pilotos estão na volta de apresentação, ir para o final do pitlane, os pilotos que estiverem largando do box agora vão ter que fazer a volta de apresentação, como os outros. E a ordem de largada se houver mais que um depende do resultado da classificação. Antes, quem chegasse no fim do pitlane primeiro, saía na frente.

Duas vezes mais chances para os jovens: Até 2024, cada piloto tinha que ceder uma sessão de treinos livres para um piloto que fez menos de três GPs na F1. Agora, serão duas sessões por piloto, quatro por equipe.

Perigo de Calor: Quando o serviço meteorológico oficial prever que o índice de calor (a sensação térmica) será superior a 30,5ºC em algum momento durante a sprint ou a corrida, o perigo de calor pode ser declarado 24h antes do início da competição. Quando isso ocorre, as equipes precisam instalar os sistemas de refrigeração do piloto. E passa a valer o limite de peso de 800kg + sistema de refrigeração.

O sistema terá líquido refrigerado colocado em um recipiente no cockpit e que será bombeado na vestimenta do piloto

Posição do campeonato pode definir grid: Se não for possível fazer a sessão de classificação, o grid será definido pela posição no campeonato de pilotos. O mesmo vale para a sprint.

Testes com carros antigos têm novas regras: São os carros de pelo menos duas temporadas atrás, os únicos com os quais as equipes podem fazer testes privados (a não ser nos super limitados filming days, com carros atuais). Só pode ser usado um carro, circuitos que fazem parte do calendário não podem ser usadas a partir de 60 dias antes do início da temporada. E há um limite de 20 dias de teste por equipe.

No caso de pilotos titulares ou que a equipe quer preparar para entrar como titular na temporada, o limite é de 1000km em quatro dias. Os testes de pneus da Pirelli diminuíram de 40 para 10 dias, e não haverá mais testes para tentar diminuir o spray em condições de chuva.

O que muda na F1 2025 – regras técnicas

Mais rigor com flexibilidade das asas: Isso não está decidido, mas as equipes já receberam um rascunho de uma diretiva técnica que será implementada durante a temporada limitando ainda mais a possibilidade de flexibilidade das asas dianteiras. É preciso dar tempo para as equipes porque, em 2024, a FIA tinha anunciado que não aumentaria o controle nas asas dianteiras, que foram fundamentais para o crescimento da Ferrari e Mercedes no final do ano. Também foram fechadas as brechas encontradas pela McLaren para a asa com “DRS duplo” com a qual eles correram no Azerbaijão.

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Aumento do peso mínimo: O conjunto carro + piloto tem que pesar pelo menos 800kg (o limite era 798kg em 2024). Esses dois quilos a mais foram adicionados no mínimo reservado para o piloto. Se o piloto pesar menos de 82kg, é necessário usar lastro. Nestes 800kg não está computado o peso a mais para a instalação do sistema de refrigeração dos pilotos.

Adaptações para acomodar o “ar condicionado”: novas aberturas no cockpit foram necessárias para acomodar esse sistema. Também foram permitidas aberturas na carenagem para direcionar o ar aos pilotos. Mas estas regras ainda não estão totalmente finalizadas.

Como funcionam as regras de disputa de posição na F1

As regras de disputa de posição na Fórmula 1 passaram por várias fases, às vezes com a tendência de simplificação, outras com tudo bem explicadinho, e não parece haver um consenso de qual é o melhor caminho.

Até pouco tempo atrás, havia só quatro artigos no regulamento esportivo ditando as regras. E pronto. 

Atualmente, esse mesmo regulamento também tem só quatro artigos, mas um deles indica a existência de um código. Vou chegar lá. 

Primeiro, vou deixar aqui o que está no regulamento esportivo da F1, no artigo 33, de pilotagem:

33.1 O piloto deve pilotar o automóvel sozinho e sem ajuda.

33.2 Os pilotos devem observar as disposições do Código relativas ao comportamento de pilotagem em circuitos a todo momento.

33.3 Os pilotos devem fazer todos os esforços razoáveis ​​para usar a pista o tempo todo e não podem sair da pista sem uma razão justificável. Os pilotos serão considerados como tendo saído da pista se nenhuma parte do carro permanecer em contato com ela e, para evitar dúvidas, quaisquer linhas brancas que definam as bordas da pista são consideradas parte da pista, mas as zebras, não. Caso um carro saia da pista, o piloto pode retornar, porém, isso só pode ser feito quando for seguro fazê-lo e sem obter qualquer vantagem duradoura. A direção de prova, a seu critério, pode dar ao piloto a oportunidade de devolver a totalidade de qualquer vantagem que ele tenha ganho ao sair da pista.

33.4 Em nenhum momento um carro pode ser pilotado de maneira desnecessariamente devagar, de forma irregular ou de uma maneira que possa ser considerado potencialmente perigoso para outros pilotos ou qualquer outra pessoa.

Ou seja, não se fala nada de ultrapassagem. Porque isso está coberto no artigo 33.2. Trata-se das diretrizes de pilotagem da FIA, um documento feito a várias mãos, com a participação dos pilotos e que é de conhecimento de todos eles, das equipes e dos comissários de pista, que vão julgar as manobras de acordo com elas.

Mas o documento usado em 2024 – e vou explicar também o que deve mudar para 2025 – vazou. Trata-se daquelas diretrizes que, em suma, dizem que, quem tem o apex, tem a curva

Ou seja, o piloto que está na frente no ponto em que o carro chega mais próximo da zebra do lado de dentro da curva tem o direito de concluir a curva sem se preocupar em dar espaço para o rival.

O que dizem as diretrizes de ultrapassagem da F1

Um piloto que está ultrapassando por fora precisa:

  • Colocar o eixo dianteiro MENOS AO LADO do eixo dianteiro do outro carro, no apex da curva e na saída.
  • Pilotar de forma segura e controlada durante toda a manobra (entrada, apex e saída).
  • Ser capaz de fazer a curva dentro dos limites da pista.

Um piloto ultrapassando por dentro precisa:

  • Colocar o eixo dianteiro PELO MENOS AO LADO do espelho do outro carro, no apex da curva e na saída.
  • Pilotar de forma segura e controlada durante toda a manobra (entrada, apex e saída).
  • Não pode forçar (deliberadamente) o outro carro a sair da pista na saída da curva. Isso inclui deixar uma largura justa e aceitável para o carro ser ultrapassado do apex até a saída da curva.
  • Ser capaz de fazer a curva dentro dos limites da pista.

Em suma: quer ultrapassar? Esteja na frente no apex da curva e demonstre que mantém o controle do carro, sem sair da pista (não vale se jogar por dentro e ir reto, não vale completar a manobra saindo da pista).

Quem está defendendo tem que entender que só vai poder manter seu traçado se estiver à frente no apex. Se isso acontecer, o rival que está tentando passar por dentro tem que recuar ou será punido por um eventual toque, ou por forçar quem está sendo ultrapassado a sair da pista para evitar uma batida.

Se você está sendo ultrapassado por fora, mas estava na frente no apex, não precisa mudar sua trajetória para evitar uma batida (já que, na saída da curva, o normal é usar toda a pista no lado oposto ao do apex, onde provavelmente seu rival estará). É o rival que tem que evitar uma batida. Se ele não evitar ou se ele passar por fora, ele é punido.

A subjetividade da regra de ultrapassagem

As diretrizes não param por aí. Há uma segunda parte que, curiosamente, diz que “a corrida é um processo dinâmico” e que há vários elementos que os comissários levarão em consideração quando chegar a hora de dar um veredito final.

  • Como os carros se envolveram no acidente? (Por exemplo, frenagem tardia, mergulho, mudança de direção durante a frenagem.)
  • A manobra foi tardia ou “otimista”?
  • O que os pilotos poderiam ver, saber ou antecipar?
  • Acreditamos que a manobra poderia ser concluída na pista?
  • Houve saída de frente/de traseira/bloqueio de rodas?
  • Alguém posicionou o carro de uma forma que contribuiu para o acidente?
  • O tipo de curva contribuiu para o acidente? (por exemplo, cambagem, zebras, curvatura, vértices)
  • Quais eram os pneus / quão usados estavam os pneus / aderência?

Nem preciso dizer que o momento atual da Fórmula 1 é de super regulamentação, que veio depois de tempos em que a regra dizia apenas o seguinte, lembrando que estas regras não estão em vigor atualmente:

  • Mais de uma mudança de direção ao defender uma posição não é permitida. Qualquer piloto que volte à trajetória depois de ter defendido sua posição deve deixar o espaço de pelo menos um carro entre a linha branca e seu carro quando se aproximar de uma curva. 
  • Qualquer piloto defendendo sua posição em uma reta e antes das freadas pode usar toda a extensão da pista caso não haja nenhuma parte significativa do carro que está tentando ultrapassá-lo ao seu lado. Para não haver dúvida, se qualquer parte da asa dianteira estiver ao lado da roda traseira isso será considerado ‘uma parte significativa’. Enquanto defende a posição, o piloto não pode deixar a pista sem um motivo justificável.

Ou seja, a regra anterior era: o piloto só pode sair da trajetória para se defender uma vez, e ele tem que deixar o espaço de um carro entre ele e a linha branca quando o rival coloca qualquer parte do carro lado a lado com ele (em curvas, retas, o que for).

Qual é o problema das diretrizes de ultrapassagem?

O problema é sempre o mesmo (das diretrizes e de todas as regras da F1): alguém vai ler e achar o que não está escrito, levar o que pode ao limite, para conseguir o que quer.

Nessa regra simplificada, você tecnicamente podia colocar o carro por dentro sem necessariamente ter condição de fazer a curva e dizer que tinha direito de estar ali porque havia a distância de mais de um carro entre seu rival e a linha branca.

Sim, Lewis Hamilton, Silverstone, 2021. Um ótimo exemplo dessa regra sendo usada, como foi por tantas outras vezes antes e depois disso. 

A regra aqui dizia que você tinha que deixar um espaço

A super regulamentação que surgiu depois daquele campeonato criou um outro problema: você pode simplesmente jogar o carro por dentro e garantir que você tem o apex. E o exemplo clássico disso é Austin 2024, na defesa de Verstappen para cima de Norris.

A regra aqui dizia que você tem que estar na frente no apex

Em teoria, pelo que vemos no texto das diretrizes, isso poderia ser punido (porque pode ser considerado frenagem tardia ou mergulho), mas essa parte das diretrizes é totalmente subjetiva. Junte-se a isso o fato de que são sempre comissários diferentes, e sem treinamento, que tomam essas decisões, e a consistência vai para o lixo.

Qual é a solução para as regras de disputas de posição na F1?

Conversando com os pilotos, é normal ouvir que “em pista que tem brita ou muro, não tem problema” porque os limites são bastante claros. 

Sim e não, porque o piloto que está por dentro poderia simplesmente espalhar e jogar o rival na brita se não houvesse nenhuma regra. 

Mas de fato há mais problemas quando as áreas de escape são asfaltadas e hoje há algumas opções, como a “brita falsa” que alguns circuitos já adotam. Basicamente, qualquer coisa que faça com que sair da pista custe tempo, ajuda.

Porém, algum tipo de regulamentação é necessária. Os pilotos terminaram 2025 dizendo que só seria alterada a questão da ultrapassagem por fora, com o adendo de que o piloto de dentro tem que deixar espaço. Ou seja, é um ensaio de retorno para a regra anterior. Resta saber se, desta vez, todos os detalhes serão publicados.

Quanto dura um motor de Fórmula 1

O regulamento da Fórmula 1 permite que cada piloto utilize quatro unidades de potência ao longo da temporada. Se ele precisar mais do que isso, é punido com a perda de posições no grid de largada. Isso estabelece uma meta clara para a quilometragem: se a temporada tem 24 corridas, o motor de Fórmula 1 tem que aguentar fazer seis.

Considerando 80 voltas para os treinos livres, 18 para a classificação e 66 para a corrida, como ocorre em um circuito bem padrão como Barcelona, estamos falando de cerca de 750km por GP. Ao final de seis finais de semana, são 4500km.

É claro que é preciso ter uma folga, e não é incomum que um piloto tenha que fazer mais de seis GPs com o mesmo motor (e vou explicar melhor como isso funciona depois), no caso de outra unidade de potência da alocação dele quebrar. Então existe uma folga. Dá para dizer que um motor de F1 dura mais de 5000km. Mas não muito mais do que isso.

LEIA TAMBÉM: O incrível sistema de freios da F1

Pode parecer um número pequeno, mas houve um tempo em que as equipes tinham motores só para a classificação. O regulamento não impunha limites e gastava-se muito focando apenas em ter o máximo de potência possível. Isso acabou em 2003, com uma regra que proibia qualquer diferença entre as peças de motores de classificação e corrida.

E não precisa voltar tanto no tempo para encontrar motores com uma durabilidade bem menor do que a atual. O motor V8 aspirado, muito mais simples do que o atual, mal passava dos 3000km. Não havia tecnologia para fazer algo mais durável? Esse não é o motivo. O regulamento permitia o uso de oito motores por ano e os engenheiros sempre vão trabalhar no limite.

Como o motor é usado ao longo da temporada?

A unidade de potência da F1 é composta por seis itens – lembrando que o MGU-H vai deixar de existir a partir de 2026. E cada piloto pode usar, sem punição, quatro unidades de cada um desses itens. A sequência de uso é livre, como também acontece com o câmbio (cuja regulamentação é parecida).

Então as equipes começam a revezar as duas primeiras unidades de potência nas primeiras corridas do ano, sempre buscando utilizar a UP que estiver mais nova nas pistas que exigem mais da potência do motor.

Pilotos não são liberados para despejar toda a potência de cara

Isso porque, a partir do primeiro uso, já começa a haver um desgaste, que resulta em perda da potência máxima. Que o diga Lewis Hamilton, que voltou à liderança do campeonato de 2021 no finalzinho depois de uma ousada decisão da Mercedes de trocar seu motor no Brasil justamente por entender que as unidades que ele tinha à disposição estavam muito defasadas em termos de potência por conta da alta quilometragem.

Aliás, usar a potência máxima do motor vai afetar sua vida útil. Tanto, que quando aumentou o número de sprints no calendário, o número de motores por ano passou de três para quatro. O piloto, portanto, não estará liberado para usar os modos mais agressivos de motor o tempo todo.

É por isso que ouvimos os pilotos pedirem mais potência quanto estão tentando uma ultrapassagem. Os engenheiros têm que calcular o quanto aquela ultrapassagem vale em comparação com o estresse causado. 

É possível que um motor que começou a temporada seja usado até quando a terceira ou quarta unidade já estrearam. Isso porque ele vai ser “rebaixado” para motor de treino livre, e possivelmente será usado até muito perto do fim de sua vida útil.

É por isso que vemos um piloto começar a usar a segunda unidade de potência lá pela quarta prova, depois adicionar a terceira na décima, e mesmo assim terminar o ano sem punições. O uso de uma unidade de potência nova não quer dizer que as velhas estão inutilizáveis.

Quantos quilômetros um motor de F1 faz com um litro de combustível?

Não existe uma resposta exata, até porque já entendemos por que o motor não vai ser forçado o tempo todo de forma uniforme, e há ainda outras variáveis além da utilização de diferentes modos de motor, como a densidade do combustível. 

Mas dá para chegar em uma média para se ter noção de quantos quilômetros por litro faz um motor de F1: algo em torno de 2.6km/l.

Lembrando que o tanque de combustível pode carregar no máximo 110kg, embora as equipes tentem não usar a capacidade máxima nas corridas. Isso vai ser mais, ou menos, difícil dependendo das características de cada circuito.

Em 2026, o alvo é largar com 70kg, dentro do novo regulamento, que prevê a migração para um combustível 100% renovável, que responderá apenas por metade da potência total do motor.

Red Bull Racing / Red Bull Content Pool

Quanto custa um motor de Fórmula 1?

Existe um teto orçamentário separado para os fabricantes de motores, prevendo 95 milhões de dólares como o máximo de gastos anual. 

E também existe uma regra que limita em 15 milhões de euros o que um fornecedor de unidades de potência pode cobrar de uma equipe cliente por motor.

Mas a regra deixa claro que a equipe pode comprar itens adicionais, então dá para assumir que um motor de F1 custe pelo menos 15 milhões de euros. É a peça mais cara do carro.

Podcast: A mais brasileira dos jornalistas gringos da F1

Eu disse para a Karin Sturm que precisaria de uns 40 minutos para gravar o podcast. E nem vi o tempo passar quando a gente estava chegando perto de 1h30 de histórias, de impressões e apostas. Ela começou na Fórmula 1 em 1982, como fã do Niki Lauda, se decepcionou um pouco com ele, e conheceria alguns anos depois um piloto com quem se identificou muito mais.

Foi traduzindo entrevista do Senna que ela começou a aprender português, o que abriu o caminho para passar muito tempo no Brasil depois da morte de um piloto que se tornou amigo também. Tanto, que ela, alemã, conta que nunca teve o mesmo tipo de relação com nenhum piloto, mesmo cobrindo os campeonatos de Schumacher e Vettel.

Dá para perceber que o português vai melhorando e melhorando ao longo do papo, e fica a dica do livro dela sobre o Senna, na versão em português.

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Fatos e especulações sobre Hamilton – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #294

E O VENCEDOR DO SORTEIO DO MÊS É:

Daniel Wey estará uniformizado de Sauber para torcer pelo Bortoleto nesta temporada porque ele foi o sorteado do brinde do mês de janeiro! O Daniel faz parte da turma desde 2022, e é assinante do setor B. Parabéns!

Mês que vem tem mais e na próxima newsletter eu revelo qual será o prêmio de fevereiro.


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As histórias dos números dos pilotos da F1

Os números dos pilotos da F1 carregam histórias diferentes. A maioria tem a ver com um numeral que eles usaram na carreira e que deu sorte, mas alguns tiveram que improvisar depois de ver suas primeiras escolhas tomadas por outros pilotos. Mas tem também números associados a ídolos do automobilismo e outros esportes, aniversários e homenagens familiares.

Os pilotos começaram a poder selecionar seus números em 2014. Antes disso, eles eram definidos de acordo com a posição no mundial de construtores do ano anterior, e o número 1 sempre ficava com o campeão do mundial de pilotos.

LEIA TAMBÉM: A F1 só tem piloto de família rica?

Agora, cada piloto teve que escolher um número, de 0 a 99, desde que não seja o número 1 ou o 17, ‘aposentado’ em homenagem a Jules Bianchi, morto meses depois de um acidente no GP do Japão de 2014. Já o número 1 continuou reservado ao campeão, mas o piloto tem agora a opção de continuar usando o seu próprio numeral.

Quem notificar primeiro a FIA, leva o número, que depois fica por dois anos congelado quando o piloto sai do grid. É por isso, por exemplo, que Gabriel Bortoleto pode escolher o número 5, que era de Sebastian Vettel, para sua estreia na F1 neste ano.

Max Verstappen – 1

Ao contrato de Lewis Hamilton em um passado recente, Max Verstappen prefere usar o número reservado ao campeão ao invés de manter sua escolha original, o 33. Até porque essa nem era sua primeira opção: ele queria o número 3, seu número da sorte, mas ele já estava na época com seu companheiro Daniel Ricciardo. Então, Max optou pelo 33 “para dobrar a sorte”. 

Liam Lawson – 30

É uma homenagem a um kartista neozelandês com o qual Lawson trabalhou na infância. “Ele cuidava de mim e se tornou meu herói, meu ídolo quando eu era criança. Ele corria com o número 30”, contou Lawson, referindo-se a Mat Kinsman, que inclusive ainda compete nos karts.

Lando Norris – 4

É fácil notar como o número 4 se encaixa muito bem nas iniciais de Lando Norris, garantindo a ele uma bela logomarca. Acontece que esse foi o plano C do piloto, que queria o número 11 (que era de Perez) ou o 31 (de Ocon). Eram numerais com os quais ele tinha corrido na base.

Oscar Piastri – 81

Quando Piastri entrou na loja na Austrália para comprar o número com o qual correria no kart, eles só tinham números 1, e ele não podia correr com o número do campeão logo de cara, então escolheu o 11. Até que ele foi se inscrever numa prova e já tinham o 11, e ele decidiu mudar para 81. Assim ficou na F1 também.

Lewis Hamilton – 44

O heptacampeão teve várias chances de usar o número 1, com o qual correu apenas em 2009, mas manteve o 44 o tempo todo. “Quando eu tinha oito anos, tínhamos um kart muito antigo que tinha sido de, tipo, cinco ou seis famílias diferentes. Estava na parte de trás dos anúncios do jornal. Meu pai comprou esse kart, o reconstruiu e tivemos que nos inscrever na nossa primeira corrida e meu pai não sabia qual número usar. E na placa do carro dele estava F44”, disse Hamilton. “Corremos com esse número por anos, e quando passamos a poder escolher, decidi voltar para onde tudo começou.”

Charles Leclerc – 16

Para lembrar do aniversário de Leclerc, é só saber que é em outubro, e a data fica mais fácil. Isso porque ele queria 7, depois 10, todos tomamos, então fez uma ‘gambiarra’: “Seis + um dá sete, e também 16 é meu aniversário.”

George Russell – 63

É um número que cai muito bem com suas iniciais, mas o motivo da escolha é outro segundo o piloto. “Era o número com o qual meu irmão corria. Ele sempre correu com o 63, então esse número ficou na família.”

Kimi Antonelli – 12

O italiano tem apenas 18 anos, mas é maluco por Ayrton Senna. Tanto, que correu na F2 com o adesivo do brasileiro em seu carro e já assinou prefácio de livro a respeito do tricampeão. Foi por isso que ele escolheu o número 12, com o qual Senna correu na Lotus e no ano de seu primeiro título. “É um número especial por causa do meu ídolo, e estou usando-o desde a F4. As coisas sempre deram certo com o 12.”

Curiosamente, Felipe Nasr escolheu o mesmo número quando correu na F1, entre 2015 e 2016, também em homenagem a Senna.

LEIA TAMBÉM: Como é o treino físico de um piloto de F1?

Fernando Alonso – 14

O espanhol é obcecado pelo número 14 a ponto de trocar de quarto de hotel se não consegue fazer alguma conta matemática que resulte em 14, como revelou no passado. Ele se apegou especialmente a este número quando venceu o mundial de kart aos 14 anos, no dia 14 de julho. “Desde aquele momento eu tive a certeza de que era o meu número”.

Lance Stroll – 18

O canadense escolheu o número com o qual foi campeão na F4 e na Fórmula 3. “Sou um pouco supersticioso, não muito. Mas coisas assim são importantes para mim.”

Pierre Gasly – 10

Fã de futebol e torcedor apaixonado do PSG, Gasly escolheu o número de seu ídolo, Zinedine Zidane. Que de quebra também era seu número quando ele foi campeão da Fórmula Renault.

Jack Doohan – 7

O número 7 também poderia ser a escolha de outro fanático por futebol, mas pela segunda vez desde que a regra foi estabelecida, esse não é o caso. O primeiro foi o finlandês Kimi Raikkonen. Agora, Jack Doohan acabou ficando com o 7 depois que sua primeira opção, o 12, foi tomada por Antonelli. “Queria um número com o qual já corri, e usei o 7 em 2019. E também foi o número de um dos meus ídolos, uma pessoa e piloto especial, Kimi Raikkonen.”

Yuki Tsunoda – 22

O japonês queria mesmo o 11, com o qual corria no kart, mas ele estava tomado por Perez, então ele encontrou seus motivos para curtir o 22: “É um número com o qual Jenson Button, piloto que respeito muito, foi campeão, e também foi usado por Takuma Sato.”

Isack Hadjar – 6

O francês nem precisou de palavras para explicar por que escolheu o número 6. O último piloto confirmado no grid da F1 em 2025 apenas publicou uma foto sua dos tempos de kart usando o número, que já foi de Nico Rosberg (que inclusive foi campeão com o 6) e Nicholas Latifi.

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Carlos Sainz – 55

Sainz queria mesmo o número 5, com o qual Vettel corria. É seu número favorito e também combina com a inicial de seu sobrenome. A saída, então, foi dobrar os cincos. “Acabei fazendo uma brincadeira com meu nome, com os dois ‘s’ seguidos.”

Alex Albon – 23

Um número icônico para o esporte, principalmente para quem curte NBA e viu Michael Jordan e LeBron James jogando com a 23. E olha que Albon tinha outra opção em aberto: no kart, ele corria com o 46 em homenagem ao multicampeão das motos Valentino Rossi.

Nico Hulkenberg – 27

O número 27 ficou marcado pela lenda ferrarista Gilles Villeneuve, mas uma homenagem ao canadense não foi o motivo da escolha de Hulkenberg, que somou o dia de nascimento (19) ao mês (8) para chegar nele.

Gabriel Bortoleto – 5

gabriel bortoleto é camepão da f3 em 2023

O brasileiro correu com o número 85 no kart e até mesmo seu X ainda é “@gabrielbortoleto85”, mas ele optou pelo número 5, que tinha acabado de ficar disponível nesta temporada, dois anos após a aposentadoria de Vettel, e que também foi o número dele na conquista da F3.

Esteban Ocon – 31

O francês escolheu o 31 porque este era o número com o qual estava correndo no ano em que mais venceu na carreira. E faz tempo: foi em 2007, quando ele venceu o campeonato francês de kart. Deve ter sido mesmo uma conquista especial, pois a família de Ocon vendeu a casa e passou a viver em um motorhome de pista em pista quando ele estava no kart.

Oliver Bearman – 87

É um número que já está na família Bearman: seu pai correu com o 87. Mas também há uma coincidência envolvida na escolha. Oliver nasceu em um dia 8, e seu irmão mais novo, Thomas, que também é piloto, nasceu em um dia 7.

Hamilton de vermelho – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #293

SORTEIO DO MÊS: Vai um merchan da Sauber aí?

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Verstappen e Aston Martin – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #292

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Blog Takeover: Pilotos, Cães e Masculinidade

A primeira oportunidade que tive de ser lida por um público maior do que eu conseguia atingir com meu pequeno blog que tinha começado alguns meses antes foi quando o Luis Fernando Ramos convidou três produtores de conteúdo que ele gostava de ler para escrever um artigo para o blog dele. Foi lá no final de 2010. Lembro até hoje de onde estava e como as ideias foram surgindo para o texto.

Foi um tijolo na história que me levou à F1, mas um tijolo importante por me dar confiança. É como se alguém que estava dentro do barco me visse tentando embarcar e puxasse minha mão. Venha, você pertence aqui.

Então já faz um anos que tento retribuir isso e convido o pessoal para me enviar textos sobre F1. Aqui estão os 10 selecionados de mais uma temporada do Blog Takeover.

Spoiler: adorei a abordagem e como a Natália trabalhou esse tema e por isso escolhi esse texto para encerrar o Blog Takeover 2024-25.

Por Natália Viega

A publicação não poderia ser mais genérica. 

Duas fotos, lado a lado. Na primeira, Charles Leclerc posa com Leo, um dachshund de pelo longo adotado por ele e pela namorada, Alexandra, em abril deste ano. Na segunda, James Hunt aparece de macacão, cercado por mulheres — uma imagem que se encaixa perfeitamente no imaginário comum dos fãs de Fórmula 1 sempre que o campeão de 1976 é mencionado. 

“Não existem mais pilotos como antigamente”, diz a legenda. 

Nos comentários, muitos concordam com a comparação e aproveitam para criticar o comportamento e o estilo do grid atual. Reclamam que os pilotos de hoje são “frescos” e “cheios de mimimi”, como se isso fosse uma estratégia para agradar o crescente público feminino da categoria. Alguns até questionam a sexualidade dos competidores modernos, saudosos de uma época em que “pilotos eram machos de verdade”. 

Ao ler as respostas dessa publicação, bem como os exemplos apontados pelos usuários, nasceu a ideia deste texto. Ele não é uma defesa apaixonada de Leclerc (ou de seu cachorro), mas uma análise sobre James Hunt — frequentemente apresentado como o modelo ideal de um piloto, embora esteja longe de ser um exemplo absoluto — com base nas palavras de quem o conhecia de verdade. 

Aproveito para agradecer a Cazzy (@cazzyf1 no X), que faz um trabalho incrível de recuperação e arquivamento de conteúdo sobre a Fórmula 1 clássica. 

Um homem com um “cão negro” no ombro 

James Hunt é muito mais complexo do que os relatos de seus contemporâneos nas pistas ou o que foi mostrado no filme Rush — criticado pelo próprio filho de Hunt, Freddie, por ter transformado o pai em “um babaca”. James era um homem multifacetado, cuja criação moldou grande parte de sua personalidade e visão de mundo. 

Criado por pais extremamente conservadores que mantinham rígida disciplina entre os seis filhos, James desenvolveu uma personalidade rebelde desde cedo. Quando criança, tinha acessos de raiva violentos, que foram suprimidos ao longo do tempo, dando lugar a episódios recorrentes de depressão. 

John Watson, Jody Scheckter, Emerson Fittipaldi, Niki Lauda e James Hunt no funeral de Ronnie Petterson, em 1978

Anthony Horsley, chefe da equipe Hesketh Racing, usou uma expressão de Winston Churchill para descrever os humores de James entre 1973 e 1975. Churchill dizia ser atormentado por um “cão negro” — uma metáfora vitoriana para a depressão. Horsley

afirmou que James “nasceu com um cão negro sobre os ombros”, mas que as corridas afastavam essa sombra, ainda que temporariamente. Após sua aposentadoria, porém, o “cão negro” voltou com força. 

Segundo Horsley, em entrevista para o livro James Hunt: The Biography, de Gerald Donaldson, “[…] depois da ‘lua de mel’ inicial depois de pendurar o macacão, o ‘cão’ se instalou sobre seus ombros e não foi embora. Ele ficou mais amedrontado e procurou distrações em sexo, bebida, drogas e rock and roll, por assim dizer”. 

Sarah Lomax, sua segunda esposa, revelou que James se tornou cada vez mais introspectivo após deixar as pistas. “Ele estava em guerra consigo mesmo. Os episódios depressivos tornaram-se intoleráveis, e ele parou de tentar resistir a eles”, contou ela. 

Os três vícios de Hunt 

Boa parte das imagens nostálgicas de James o retratam ao lado de mulheres, fumando ou bebendo. Embora essas atividades fossem de fato frequentes em sua vida, elas eram, na verdade, formas de lidar com sua depressão. 

No livro de Donaldson, Jane Birbeck, parceira de longa data do piloto, contou sobre uma ocasião em que o encontrou “aos prantos”, atormentado pela culpa de seus desejos por outras mulheres. James confessou que seu desejo era insaciável e reconheceu que isso era injusto com Jane, terminando o relacionamento por respeito a ela. 

Sobre sexo antes das corridas, James explicou em Against All Odds que evitava por questões de concentração: “[…] acredito que é a comunicação entre duas pessoas que torna isso gratificante, e antes de uma corrida eu costumo ser pouco comunicativo”. 

Já o álcool e as drogas tornaram-se companheiros frequentes na vida do piloto, tanto para manter a adrenalina das pistas quanto para silenciar suas emoções. Durante as semanas anteriores à corrida decisiva em Fuji, em 1976, Hunt e o amigo Barry Sheene, campeão de motovelocidade, passaram os dias consumindo cocaína e maconha em um ciclo interminável de festas. 

Mesmo após a aposentadoria, o álcool permaneceu uma constante. Sarah Lomax relatou que ele bebia vodca por dias seguidos para tentar amenizar os efeitos da depressão, mas sem sucesso. 

Pai de pet? Sim, senhor 

Como dito na introdução, este texto nasceu de uma indagação minha sobre um post que colocava James Hunt e Charles Leclerc lado a lado. Porém, se tivesse escolha, Hunt provavelmente teria preferido posar ao lado de seu pastor alemão, Oscar, em vez

das mulheres seminuas que o cercavam nas fotos icônicas utilizadas pelos seus admiradores. 

Oscar era seu fiel companheiro, acompanhando-o em partidas de golfe e até em jantares sofisticados em Londres e Marbella. Donaldson descreveu Oscar como “o filho que James nunca teve naquela época” e afirma que o piloto dava ao animal o melhor tratamento possível. Isso se estendia a outros cães, pelos quais James demonstrava grande empatia, preocupando-se com seu bem-estar e condições de vida. 

Nigel Roebuck, também jornalista, relatou um episódio em que James encontrou um cachorro faminto e tremendo no paddock. Após alimentá-lo, Hunt só descansou quando garantiu que alguém se responsabilizaria por cuidar do animal. 

Essa postura se refletia também em relação à vida selvagem. James acreditava que animais em sua propriedade deveriam ser deixados em paz e, se necessário, que pragas fossem controladas da forma mais humana possível. Te lembrou de alguém? 

Sempre houve ativistas ao volante 

Outra faceta de Hunt ignorada pelos espectadores mais nostálgicos e avessos a Fórmula 1 moderna é a de ativista. Sim, aquela figura desbocada e risonha, sempre com um cigarro ou uma garrafa na mão também tinha olhos para causas sociais e para os direitos humanos. 

Uma das suas ações mais comentadas foi durante os anos 80. Já aposentado, o inglês decidiu focar seus esforços na luta contra o Apartheid, regime de segregação racial que durou até os anos 90 e que teve fim com a chegada de Nelson Mandela ao poder. 

Murray Walker, lendário comentarista de provas de Fórmula 1, foi testemunha de alguns destes momentos de protesto por parte de Hunt. “Certa vez, estávamos cobrindo o Grande Prêmio da África do Sul […] De repente, e sem motivo aparente, ele começou a atacar o apartheid. […] Nosso produtor passou um bilhete dizendo para falarmos sobre a corrida. Então, James disparou ao vivo: ‘Graças a Deus não estamos realmente lá!’”. 

O esforço não se limitou aos comentários ácidos contra a segregação racial vivida no país. Em depoimento dado ao jornal The Guardian, um homem que preferiu não se identificar e que presidia reuniões para a organização de ações em apoio a grupos negros contou que, em certa noite, foi surpreendido pela presença de James. 

Segundo ele, “a reunião havia acabado de começar quando a campainha tocou. Um sujeito com uma aparência vagamente familiar pediu desculpas pelo atraso e perguntou se podia estacionar sua bicicleta no hall. Demorei um pouco, mas eventualmente a ficha caiu. Era James Hunt […]. Ele não queria que seus comentários

fossem transmitidos na África do Sul e, quando eram, destinava seus honorários a grupos que lutavam por mudanças lá”. 

A luta em prol da igualdade racial era apenas uma pequena fração do caráter de Hunt. Parafraseando John Watson, James tinha uma natureza “compassiva e amorosa” que, “infelizmente, não era devidamente transmitida ao público, que só ouvia falar do lado sensacionalista [dele]”. 

Por trás do mito, um homem e seus demônios 

E no fim, voltamos ao começo. James era uma pessoa carismática, alegre e que enchia o ambiente com a sua presença particularmente cativante. Seus duelos com o sistemático e sério Niki Lauda se transformaram em filme — não muito bem visto pela família, é verdade — e sua coragem em enfrentar a tempestade em Fuji o fizeram um campeão de Fórmula 1. 

No entanto, ele era mais do que o piloto feroz, o playboy festeiro, o amante faminto ou o viciado por adrenalina. Ele era mais do que as fotos rodeado de mulheres, que amplamente divulgadas em resposta às atitudes e posicionamentos dos pilotos de hoje. 

James Hunt foi um homem que lutou por muito tempo contra uma depressão quase incapacitante. Um homem que encontrou alívio emocional na bebida, nas drogas e na cama. Um homem que, por pura força de vontade, buscou se entender para ser melhor não para si mesmo apenas, mas também para a família e para os filhos. 

Ele era um homem que, com o próprio processo de cura, se deu conta de que tinha uma voz e que podia usá-la para o bem, tanto dentro quanto fora do esporte. Um homem que desejava fortalecer a sua posição como comentarista e como alguém que não aceitava injustiças sociais. 

James era um pai esforçado, um filho amado e um parceiro que, finalmente, estava pronto para dar o próximo passo na sua vida ao lado da namorada, Helen. Um homem que, infelizmente, recebeu o pior lembrete de que, por mais que ele fosse rápido, os demônios do seu passado o alcançariam de uma forma ou de outra. 

E é esse piloto, de “colhões grandes” e coração maior ainda que deve ser exaltado, e não a figura sob o pedestal da nostalgia e os holofotes do passado. Um piloto que, no fundo, no fundo, não é tão diferente dos atletas que vemos nas pistas hoje.

Blog Takeover: Por que  tantas mulheres gostam de F1 hoje?

A primeira oportunidade que tive de ser lida por um público maior do que eu conseguia atingir com meu pequeno blog que tinha começado alguns meses antes foi quando o Luis Fernando Ramos convidou três produtores de conteúdo que ele gostava de ler para escrever um artigo para o blog dele. Foi lá no final de 2010. Lembro até hoje de onde estava e como as ideias foram surgindo para o texto.

Foi um tijolo na história que me levou à F1, mas um tijolo importante por me dar confiança. É como se alguém que estava dentro do barco me visse tentando embarcar e puxasse minha mão. Venha, você pertence aqui.

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Por Clarissa Amariz

A resposta dessa pergunta parece óbvia para alguns. Como vi esses dias em alguma rede social, o principal motivo é, obviamente, a quantidade de pilotos bonitos no esporte hoje! Além de bonitos, são estilosos, e cada mais presentes nas redes sociais estreitando o contato antes tão longínquo com os fãs. 

Tais constatações têm tantas camadas que daria um livro inteiro e não apenas um singelo texto aqui, porém, vou me debruçar sobre a primeira razão apontada, e ir um pouco mais além. 

Muitos setores da sociedade ainda são majoritariamente masculinos, e isso não é diferente nos esportes. Além de privilegiar tal gênero em muitos aspectos, há uma tendência em diminuir qualquer coisa que seja do agrado das mulheres. Em outras palavras, a impressão que tenho é que simplesmente não podemos ter hobbies mais. Não podemos gostar de F1 porque não temos capacidade de compreender as especificidades de um carro, ou não sabemos nada de mecânica, ou não temos a capacidade de compreender as fortes que a alta velocidade é capaz de causar. É até engraçado porque os mesmos que nos acusam de intrusas em um universo supostamente apenas masculino, também não aceitam que veneremos pessoas ou coisas que são tipicamente consideradas femininas, como ir no show da nossa artista pop preferida, por exemplo. Lembro que quando fui no show da cantora Taylor Swift ouvi comentários maldosos dizendo que “como é que pode mulheres dessa idade ficarem histéricas por causa de outra mulher que nem conhecem”. Pois é, mulheres dessa ou daquela idade, aparentemente, não podem se interessar ou se dedicar a nada que não seja aquilo que a sociedade impõe que fizemos, os papéis impostos que devemos cumprir sem descanso, sem respiro.

Bom, você leitor que chegou até aqui deve estar se perguntando: “então, por que você, Clarissa, gosta de F1?” E eu irei responder: “não é pelo fato de entender de carros -confesso que não entendo muito não- e, claro, que a adrenalina e a velocidade me chamam a atenção. E óbvio que vez e outra um piloto me salta aos olhos, afinal, sou humana e filha de Deus heheheh 

Mas não são os fatores acima que me fizeram devorar a série Drive To Survive da Netflix, ou que me fizeram continuar interessada na categoria mesmo após eu ter esgotado todos os episódios. O que mais ficar e vir aqui escrever um texto para vocês, caros leitores, e a imprevisibilidade que esse esporte tem corrida a corrida, a cada decisão tomada por um diretor, um engenheiro ou um piloto. É o fato de que, por mais que tentamos prever, não conseguimos de fato ter nenhuma certeza de como os GPS ou temporadas inteiras serão. É pela possibilidade de testemunhar a decisão de um grande piloto e campeão de mudar de equipe pode causar uma dança das cadeiras imprescindível e até então não vista em muitos anos.

É, também, poder ver tanta gente boa (incluindo muitas mulheres!) fazendo conteúdo de melhor qualidade sobre o assunto e poder aprender muito: sobre carros, inclusive, mas não só.

Acho que a principal pergunta desse texto não deveria ser “por que tantas mulheres gostam de F1 hoje?” E sim “por que causa tanto espanto e revolta ver mulheres entendendo e curtindo que por muito tempo foi de domínio do clube do bolinha?”. Sobre isso eu só posso dizer que lamento, mas as meninas/mulheres estão pra ficar. As coisas mudam, às vezes não tanto quanto gostaríamos, mas a tendência é essa, assim como o esporte tema principal desse texto a da constante mudança e imprevisibilidade, então o negócio é apertar os cintos, aceitar e esperar pra ver.

Blog Takeover: F1 e a vida de concurseira

A primeira oportunidade que tive de ser lida por um público maior do que eu conseguia atingir com meu pequeno blog que tinha começado alguns meses antes foi quando o Luis Fernando Ramos convidou três produtores de conteúdo que ele gostava de ler para escrever um artigo para o blog dele. Foi lá no final de 2010. Lembro até hoje de onde estava e como as ideias foram surgindo para o texto.

Foi um tijolo na história que me levou à F1, mas um tijolo importante por me dar confiança. É como se alguém que estava dentro do barco me visse tentando embarcar e puxasse minha mão. Venha, você pertence aqui.

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Por Luisa Maranhão de Araújo 

Há alguns anos, conheci a adrenalina. Juntas, como iniciantes, saltamos de paraquedas, voamos  de paratrike, surfamos numa prancha de wakeboard, submergimos mares com o mergulho e  dirigimos kart. Eram momentos pontuais em uma rotina marcada por estudos e mais estudos. 

Em maio de 2024, na busca pela série sobre Senna, no Netflix, encontrei Drive to Survive. Entre  uma obrigação e outra, assisti às seis temporadas que me levaram às corridas atuais, a primeira  foi Mônaco, na Band, até me ver acordada, às 3h da manhã, para a de Las Vegas.  

Mais do que um lazer, as corridas de Fórmula 1 passaram a me estimular na luta por meu lugar  no pódio. No mundo dos concursos públicos, somos mais de 20 pilotos, alguns com  investimentos de Red Bull, outros de Sauber. Nossas provas também são aos domingos e exigem velocidade e foco. 

A diferença é que, a depender do cargo, pode existir um ou vários Max Verstappen. Para mim,  tomar posse é conquistar o título. E, uma vez campeão, nem sempre se busca um bi, tri,  tetracampeonato. Ainda assim é a realização de um sonho. 

Quanto a mim, já não marquei pontos como Daniel Ricciardo, em Emilia Romagna. Já fui  eliminada de uma prova como Kevin Magnussen, no Azerbaijão. Já bati o carro como Franco  Colapinto, em São Paulo. Já não finalizei a corrida como Checo Pérez, em Abu Dhabi. 

Já não fui tão agressiva como Max Verstappen. Já não pareci feliz como Lance Stroll. Já cuidei da minha saúde mental como Lando Norris. Já fui campeã da Fórmula 2 como Gabriel Bortoleto. Já  venci algumas corridas da Fórmula 1 como George Russell. 

Em 2024, minha race week mais importante foi em agosto, a Fórmula 1 estava de férias. Atingi  uma boa pontuação, mas não sei a dos outros pilotos. A FIA dos concursos divulgará os  vencedores em 2025, quando, então, espero viajar para Ruanda e levantar meu troféu de  Campeã Mundial. 

Blog Takeover: Existe solução para os comissários da F1?

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Por Sara Neves

À medida que a temporada decorria, as diretrizes de corrida e as penalizações aplicadas aos pilotos começou a ser um tema altamente debatido. Mas foi no triple-header das Américas quando surgiram divergências entre as diferentes penalizações aplicadas pelos comissários aos dois pilotos que disputavam o título de campeão mundial – o neerlandês Verstappen e o britânico Norris – que a discussão se focou em como resolver as inconsistências na arbitragem.

Uma ideia que ressurgiu como a potencial solução foi a criação de um painel fixo de comissários. Embora a proposta não tenha apoio generalizado, é regularmente sugerida levantando dúvidas sobre a vontade da Fórmula Um de considerar soluções que vão para além do próprio formato de arbitragem.

O desporto automóvel é dinâmico, o que significa que, por mais que a FIA gostasse de prever comportamentos e preparar-se para todos os possíveis cenários, simplesmente não consegue. As regras e regulamentos são estabelecidos para criar os limites dentro dos quais os atletas e as equipas podem operar, mas a forma como escolhem fazê-lo é variada e imprevisível.

Esta variabilidade apresenta um desafio para os comissários na aplicação das regras e regulamentos, sendo esta uma das principais razões pelas quais surgem inconsistências nas suas decisões. Nenhuma situação é verdadeiramente idêntica, e um certo nível de julgamento humano – que, por definição, é subjetivo – tem de ser aplicado para determinar qual a abordagem mais adequada.

Ao longo dos anos, a FIA introduziu tecnologias como o VAR e foi aperfeiçoando as regras e procedimentos para melhorar as decisões dos comissários. No entanto, estas iniciativas, bem como o painel fixo proposto, ignoram um ponto crítico: embora seja importante implementar sistemas para minimizar a necessidade de subjetividade, é igualmente essencial garantir que, quando a intervenção do julgamento humano é necessária, este mantenha os valores fundamentais da arbitragem, como a imparcialidade.

A verdade é que a arbitragem na Fórmula Um já enfrenta acusações de preconceito, favoritismo e parcialidade por parte de atletas, equipas e fãs, o que prejudica seriamente a credibilidade do desporto e mina a confiança dos stakeholders.

Um fator importante que contribui para esta perceção é o facto de o papel de comissário ter permanecido praticamente inalterado desde a sua criação. Os comissários continuam a ser voluntários, não remunerados e, muitas vezes, têm ligações ao desporto – uma estrutura que fazia sentido há cinquenta anos. Mas o desporto automóvel evoluiu significativamente desde então, não só em complexidade, mas também no seu alcance global e nos standards dos stakeholders. Por conseguinte, as expectativas éticas e os riscos reputacionais são agora muito maiores, tornando-se essencial que a Fórmula Um se alinhe com os standards modernos da indústria desportiva para proteger as suas oportunidades comerciais e viabilidade financeira.

Tudo isto indica que, além de repensar o formato da arbitragem, a Fórmula Um poderá precisar de ter que redefinir quem é elegível para arbitrar corridas e como profissionalizar essa função.

Os detalhes de como alcançar isto estão abertos a discussão, mas a Fórmula Um pode inspirar-se em várias outras ligas desportivas como o futebol europeu, o ténis ou a NBA, ou quem sabe até estabelecer parcerias de partilha de conhecimentos com algumas delas. No entanto, todas elas concordam que existem três princípios fundamentais para a otimização da arbitragem: os árbitros não devem ter afiliações ou interesses financeiros prévios no desporto; uma remuneração justa ajuda a mitigar o risco de corrupção; e programas contínuos de formação, mentoria e desenvolvimento garantem que indivíduos qualificados comecem nas categorias juniores e avancem para os principais campeonatos no seu desporto à medida que vão ganhando experiência.

Atualmente a Fórmula Um não satisfaz nenhum deles. Mas será que implementar mudanças para que se cumpra estes princípios eliminam situações em que as decisões são questionadas, acusadas de falta de consistência ou de parcialidade? Provavelmente não. Nenhum desporto está imune a esses problemas. Contudo, proporcionariam uma base mais sólida para equilibrar a busca pela consistência com a necessidade de justiça. Não será esta uma expectativa razoável para atletas e fãs terem?

Blog takeover: O poder que a F1 ignora

A primeira oportunidade que tive de ser lida por um público maior do que eu conseguia atingir com meu pequeno blog que tinha começado alguns meses antes foi quando o Luis Fernando Ramos convidou três produtores de conteúdo que ele gostava de ler para escrever um artigo para o blog dele. Foi lá no final de 2010. Lembro até hoje de onde estava e como as ideias foram surgindo para o texto.

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Por João Rafael Conde

A tradição do Brasil no automobilismo internacional vai além da presença do Grande Prêmio de São Paulo no calendário da Fórmula 1. Em 2024, ano marcado pelo simbolismo dos 50 anos do primeiro título da McLaren com Emerson Fittipaldi e dos 30 anos do falecimento de Ayrton Senna, as diversas homenagens pelos quatro cantos do planeta reforçaram o status das cores verde e amarela no mundo da principal categoria do esporte a motor. 

Esse impulso à imagem do país, dado pela tradição, pode ser consolidado com iniciativas que combinem também a inovação e a sustentabilidade, reforçando as conexões do país com o esporte e com os valores globais que ambos procuram representar dentro e fora das pistas.

Se a série dramatúrgica sobre a vida de Ayrton Senna tem causado repercussão pela riqueza dos detalhes e por fazer reviver, neste fim de 2024, sentimentos que eram comuns na vida dos brasileiros há 30 – 40 anos, o ano se encerra também com a esperança de um futuro brilhante para Gabriel Bortoleto após conquistar o título da Fórmula 2 e ter confirmada a sua presença no grid da F1 para 2025. 

Contudo, essa amplitude de emoções não ficou restrita ao final do ano, ela foi frequentemente presente ao longo dos últimos 12 meses e fortemente embasada na sólida conexão do Brasil com a Fórmula 1. Lewis Hamilton, na categoria de cidadão honorário, começou o ano na Bahia; porém, foi em maio, e em Imola, que todos os pilotos vestiram camisetas nas cores da bandeira para homenagear Ayrton Senna. Homenagens também foram feitas pela McLaren, que fugiu de sua papaia, em Mônaco, e adotou as cores nacionais nas ruas do principado para celebrar o tricampeão; além de outras iniciativas que a equipe de Woking fez ligadas ao Ayrton e também aos 50 anos da conquista de seu primeiro campeonato de pilotos, com Emerson Fittipaldi.

É inegável o elo existente entre o Brasil e a Fórmula 1, no entanto, essa sólida relação poderia ser explorada com maior eficácia, tanto em benefício do país, quanto da categoria esportiva. Se por um lado a matriz energética é amplamente baseada em energias renováveis e o etanol é incorporado na gasolina desde 1931 no Brasil, o compromisso com a sustentabilidade na Fórmula 1 é recente e ainda demanda por soluções. Parcerias para a compra de crédito de carbono, como a que a McLaren estabeleceu com a Mombak, poderiam ser replicadas. O Brasil possui ampla expertise no quesito sustentabilidade e não faltam oportunidades a serem exploradas.

Na perspectiva contrária, a capacidade de inovação contínua e a excelência da engenharia da Fórmula 1 poderia ser melhor absorvida pelo Brasil. Além da transferência de tecnologia em si, a Fórmula 1 poderia contribuir na formação de engenheiros e especialistas brasileiros. O que vemos nas pistas durante os fins de semana são pequenas amostras do que é a Fórmula 1, e o que há abaixo da parte visível do iceberg engloba um grupo de 10 empresas de tecnologia capazes de oferecer soluções para transportes públicos, mineração e aviação. Empresas como a Embraer poderiam se beneficiar com uma cooperação com o esporte, e essa colaboração poderia ir além da engenharia, estendendo também, por exemplo, para a parte comercial da aviação executiva.

É possível discutir os limites de pista a cada treino ou corrida, mas os limites do que a Fórmula 1 pode oferecer para a sociedade vão muito além da evolução tecnológica que a indústria automotiva procura incorporar em seus veículos. Pela atração e poder de influência que o Brasil e a Fórmula 1 possuem, a construção de uma estratégia que integre e combine a tradição, a inovação e a sustentabilidade, alinhadas aos valores globais que as duas partes procuram representar, pode não apenas fortalecer o elo já existente, mas render bons frutos econômicos, sociais e também financeiros.

Blog Takeover: 3 Filmes sobre Formula 1 para aguardar por ‘F1’

A primeira oportunidade que tive de ser lida por um público maior do que eu conseguia atingir com meu pequeno blog que tinha começado alguns meses antes foi quando o Luis Fernando Ramos convidou três produtores de conteúdo que ele gostava de ler para escrever um artigo para o blog dele. Foi lá no final de 2010. Lembro até hoje de onde estava e como as ideias foram surgindo para o texto.

Foi um tijolo na história que me levou à F1, mas um tijolo importante por me dar confiança. É como se alguém que estava dentro do barco me visse tentando embarcar e puxasse minha mão. Venha, você pertence aqui.

Então já faz um anos que tento retribuir isso e convido o pessoal para me enviar textos sobre F1. Aqui estão os 10 selecionados de mais uma temporada do Blog Takeover

Por Leandro Rocha

Com o lançamento recente da série Senna e o filme F1 chegando em 2025, fiquei tentado a falar sobre outras produções audiovisuais com temática de Formula 1. Assim, posso reunir duas grandes paixões da minha vida, automobilismo e cinema.

Aqui vão 3 filmes interessantes sobre Formula 1.

Lembrando que o texto se baseia na minha humilde opinião, estou sempre aberto a diferentes pontos de vista. 🙂

Grand Prix (1966)

Em 2025 teremos o lançamento de F1, o filme ambicioso estrelado por Brad Pitt e dirigido por Joseph Kosinski, o diretor de Top Gun: Maverick (2022). A proposta do longa é criar uma história fictícia da Formula 1 com uma equipe e pilotos também inventados, mas utilizando, como apoio, imagens e personagens reais das temporadas de 2023 e 2024 da F1. Até mesmo os pilotos da Formula 1 ‘atuam’ no filme, vimos, por exemplo, Charles Leclerc e George Russell dividindo o pódio e a pista com Brad Pitt para as gravações de F1.

Essa, porém, não é uma ideia exatamente nova, John Frankenheimer dirigiu Grand Prix em 1966 seguindo o mesmo princípio: contar uma história fictícia com o apoio de cenas e personagens reais da temporada de 1966 da Formula 1. O resultado é uma produção extremamente fidedigna em quesitos técnicos, poucos filmes vão mostrar ao espectador coisas como o circuito de Spa-Francorchamps no seu layout original, o trecho do túnel de Mônaco na época que não havia túnel ou uma corrida no oval de Monza, tudo isso sem utilizar computação gráfica.

Um pequeno adendo, é muito legal observar como é descrita a pista de Mônaco no filme: “Uma pista muito difícil de ultrapassar”. Isso em uma época em que a pista não tinha chicanes. Observe, ultrapassar em Mônaco atualmente não é difícil “só” porque os carros são grandes, a pista sempre teve essa característica.

Todas as virtudes técnicas de Grand Prix renderam ao filme três Oscar’s: Oscar de Melhor Montagem, Oscar de Melhor Mixagem de Som, Oscar de Melhor Edição de Som. Porém, é necessário lembrar que estamos falando de um filme, e não um recorte da temporada. O longa é lento, com um problema grave de ritmo que pode, quem sabe, ser atribuído à época em que foi produzido.

Mesmo se a lentidão do filme for ignorada, sobra uma história fraca, com personagens apáticos e mal escritos – principalmente as mulheres, que são tratadas praticamente como objetos que um piloto pode adquirir -, além de atuações que deixam a desejar em vários aspectos. Algo interessante, é observar como a vida valia pouco na Formula 1 da época, um acidente grave acontece e é só mais um no meio de vários em um esporte de risco.

No geral, Grand Prix é um filme interessante para entender como funcionava a Formula 1 nos anos 60, mas não espere 3 horas de muita diversão.

Rush – No Limite da Emoção (2013)

Avançamos quase 50 anos no tempo e chegamos no lançamento de Rush (2013), que ganhou o subtítulo “No Limite da Emoção” no Brasil. O longa conta a história da rivalidade entre James Hunt e Niki Lauda nos anos 70, com ápice em 1976.

Rush também é um filme tecnicamente lindo, claro que este utiliza de computação gráfica para reconstituir pistas e cenários da época, mas o faz com maestria. Ron Howard faz um ótimo trabalho na direção ao escolher muito bem quando a computação gráfica é utilizada e quais ângulos de câmera mostrar para sempre dar a impressão de que a gravação está acontecendo mesmo naquela pista, mesmo que não esteja. Esses erros são comuns em outras produções, como Gran Turismo (2023).

Gosto, também, de como a história é contada, sem tomar lados, já que tanto Lauda, como Hunt, são personagens principais da história. É fácil produções sobre automobilismo tomarem alguns pilotos como heróis e outros como vilões, vide Ford vs. Ferrari (2019) e Senna (2024). Aqui, vemos as falhas e virtudes dos personagens, e como eles são pessoas e pilotos completamente distintos. Tudo, suportado por magníficas atuações da dupla principal, nada supera o Niki Lauda de Daniel Brühl e o James Hunt de Chris Hemsworth.

O roteiro inventa algumas situações, exagera outras, o que pode incomodar os mais atentos, mas é algo comum em produções baseadas em histórias reais para melhorar a emoção do filme, nada extremamente exagerado ou algo do tipo, tudo muito bem conduzido. A emoção é construída de uma forma honesta, assistir a esse filme conhecendo, ou não, a história real é uma experiência incrível.

Rush é, com certeza, um dos meus filmes de automobilismo favoritos, e que eu recomendo para todo mundo, até a quem nunca viu uma corrida de Formula 1 na vida.

Ferrari (2023)

Este tem, talvez, o melhor diretor da lista, Michael Mann, do sensacional Fogo contra Fogo (1995). Ferrari conta a história de Enzo Ferrari – interpretado pelo ótimo Adam Driver – em 1957, momento em que a empresa beirava a falência, bem como seu casamento após a morte do filho Dino.

Ferrari é o filme da lista que mais foge da temática Formula 1, mas como eu gosto desse longa. Ele foca bastante em Enzo Ferrari e como ele lidava com as adversidades. Sua personalidade fria, mas ainda assim, humana, é muito bem exibida pelo diretor e interpretada pelo ator.

Outro filme que não cai nas armadilhas de escolher heróis e vilões, ele reconhece os defeitos do commendatore, sua teimosia é tanto parte essencial, como detalhe, da trama. “O boi deve puxar o carro” diz ele sobre construir carros com motor na traseira, algo que Enzo realmente acreditava ser um erro. Os pilotos, por sua vez, são tratados como os profissionais que são – no caso, eram -, e um toque legal é que, ao apresentar pilotos que seriam campeões da Formula 1, Enzo diz: “futuro campeão do mundo”.

O longa não teve a atenção que era esperada para um novo longa de Michael Mann com Adam Driver e Penélope Cruz, não foi reconhecido pela Academia e tem algumas falhas na computação gráfica, principalmente quando o diretor escolhe utilizar bonecos digitais para representar acidentes, ainda assim, é o meu favorito da lista. É um filme honesto com o automobilismo, principalmente com como o esporte funcionava na época. Ele mostra a banalidade da vida sem tirar o peso dos acontecimentos, sem deixar de chocar o espectador. Os carros e as cenas de ação também não deixam a desejar.

No geral, é um filme que mostra o que teve de acontecer para termos um esporte bem mais seguro como temos hoje, mesmo que estejamos longe da perfeição, a coisa já foi bem pior.

Deixo aqui uma recomendação extra, um curta animado chamado Le Mans 1955 (2018), que está disponível no YouTube. Ele conta o dia do terrível acidente nas 24 horas de Le Mans de 1955.

Os 3 filmes que eu gostaria de citar foram esses, tenho uma lista no Letterboxd com mais filmes, documentários e séries sobre automobilismo para quem quiser dar uma olhada.

Muito obrigado pela leitura!!!

Hamilton e Ferrari, o começo – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #291

SORTEIO DO MÊS: Vai um merchan da Sauber aí?

Para começar o ano da volta ao Brasil ao grid, eu separei um boné e uma bolsa da Sauber para sortear entre TODOS os assinantes. Quem sabe você não começa o ano já com sorte? O sorteio será na última quarta-feira do mês de janeiro.


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Blog Takeover: Gabriel Bortoleto e a emoção saudosa do brasileiro 

A primeira oportunidade que tive de ser lida por um público maior do que eu conseguia atingir com meu pequeno blog que tinha começado alguns meses antes foi quando o Luis Fernando Ramos convidou três produtores de conteúdo que ele gostava de ler para escrever um artigo para o blog dele. Foi lá no final de 2010. Lembro até hoje de onde estava e como as ideias foram surgindo para o texto.

Foi um tijolo na história que me levou à F1, mas um tijolo importante por me dar confiança. É como se alguém que estava dentro do barco me visse tentando embarcar e puxasse minha mão. Venha, você pertence aqui.

Então já faz um anos que tento retribuir isso e convido o pessoal para me enviar textos sobre F1. Aqui estão os 10 selecionados de mais uma temporada do Blog Takeover.

Por Ana Laura Nunes

Ayrton Senna da Silva. Um jovem que levava no nome o sobrenome de milhares de brasileiros, carregou a garra e a persistência que muitos no mundo inteiro podem até ter, mas já corre no sangue de quem nasce nessas terras. Ayrton corria em terras estrangeiras,  precisava se adaptar ao idioma, entretanto sua essência ninguém mudou. Era brasileiro e, se houvesse falta de apoio por parte dos estrangeiros de onde ele estava, havia um povo que o abraçava e amparava aqui no Brasil.

É um fato de conhecimento geral de que a era de Ayrton Senna popularizou a Fórmula 1 no Brasil, um esporte considerado ainda hoje elitizado. Um país que acordava cedo, ligava a televisão e ouvia a corrida enquanto acendia a churrasqueira, preparava o almoço. Quando Senna ganhava, o tema da Vitória embalava aos almoços dominicais em família. Muitas crianças cresceram tendo a Fórmula 1 como memória afetiva. A sua precoce morte abalou um país inteiro, que até hoje se lembra do que estavam fazendo naquele fatídico primeiro de maio e ainda chora a sua morte.

Durante anos tivemos alguns brasileiros no Grid, vibramos com Rubinho Barrichello, sofremos o título perdido de Felipe Massa e podemos comemorar tantas vitórias. 

E depois de um hiato de sete anos, finalmente podemos dizer que temos um brasileiro no Grid novamente. 

Gabriel Bortoleto. Campeão da Fórmula 3 em seu ano de estreia, chega na F2. Quem diria que aquele jovem que largava mal nas primeiras corridas iria ganhar uma corrida largando na última posição, que iria repetir o feito da competição anterior e iria conquistar o título de campeão em seu primeiro ano. Ele provou que merece a confiança depositada nele, a despeito dos estrangeiros. Tá aí a garra, a persistência. Ainda emocionado, pega o microfone e em português, idioma que os seus entendem, dedica essa vitória aos brasileiros, lembrando de como desistir não é uma opção para quem nasce nessa terra.

Todavia, Gabriel não é Ayrton. Nunca haverá outro Ayrton, assim como Gabriel também é único e trilhará um caminho só seu. Mas se tem uma coisa que eles terão em comum é um povo apaixonado abraçando cada passo e cada conquista. Se nossos avós, pais, irmãos acordavam e assistiam Ayrton, nós acordaremos cedo para assistir Gabriel. E o ciclo continua. Que honra!

Blog Takeover: Onde nascem os ídolos? 

A primeira oportunidade que tive de ser lida por um público maior do que eu conseguia atingir com meu pequeno blog que tinha começado alguns meses antes foi quando o Luis Fernando Ramos convidou três produtores de conteúdo que ele gostava de ler para escrever um artigo para o blog dele. Foi lá no final de 2010. Lembro até hoje de onde estava e como as ideias foram surgindo para o texto.

Foi um tijolo na história que me levou à F1, mas um tijolo importante por me dar confiança. É como se alguém que estava dentro do barco me visse tentando embarcar e puxasse minha mão. Venha, você pertence aqui.

Então já faz um anos que tento retribuir isso e convido o pessoal para me enviar textos sobre F1. Aqui estão os 10 selecionados de mais uma temporada do Blog Takeover.

Por Bianca Martins 

De onde surgem os ídolos? O que um país precisa fazer para que um atleta seja considerado um ícone esportivo? O que é preciso para que um jovem chegue até a categoria mais alta do automobilismo? Todas essas são perguntas feitas pelos fãs do esporte a motor no momento, após ver a nova série da Netflix retratando a vida de Ayrton Senna. Mas o que a maioria dos espectadores do projeto audiovisual não sabe são as dificuldades para que um brasileiro chegue perto daquele momento. 

Gabriel Bortoleto ao ganhar a Fórmula 3 
Reprodução: Instagram/@gabrielbortoleto_ 

Gabriel Bortoleto, Aurelia Nobels, Rafaela Ferreira, Felipe Drugovich, Enzo e Pietro Fittipaldi. Nomes que para muitos podem ser desconhecidos, para o fã de Fórmula 1 atual é a esperança de ver a bandeira verde e amarela no alto do pódio da categoria. Com a entrada de Bortoleto na Sauber em 2025, o sonho tornou-se um pouco mais real, porém, o desejo pela vitória ainda é distante. Mas por que ficamos tanto tempo longe das pistas da categoria de elite? Por que a chegada do jovem na F1 é tão aguardada e comemorada? 

Desde a morte de Ayrton Senna, trinta anos atrás, o Brasil passou por um dos momentos mais delicados na história do esporte brasileiro. Um dos maiores ídolos do país faleceu, após um grave acidente, no Grande Prêmio de Ímola, na frente das câmaras e dos olhos atentos de todos que eram amantes do esporte ou estavam ligados na corrida naquele feriado. É fácil para os fãs de Fórmula 1 dizer o que estavam fazendo naquele dia 1º de maio. É fácil ter em suas memórias, os poucos nomes brasileiros que entraram naquelas pistas após o grande ídolo.

Os últimos brasileiros a disputarem corridas da categoria, sendo um destaque Rubinho Barrichello e Felipe Massa, tiveram que carregar o legado do ídolo caído sobre eles. Com as piadas sobre Barrichello ser sempre o segundo lugar, o escândalo Piquet e a derrota de Massa, o país saiu da Fórmula 1 marcado interna e externamente. Sem um grande ídolo no esporte, uma categoria de base nacional ou uma esperança no fim do túnel, a Fórmula 1 saiu do imaginário brasileiro. 

Hoje, com a presença de promessas no esporte sendo brasileiros, a força dos fãs mais jovens de Fórmula 1 busca o retorno dos dias de glória do esporte no Brasil. A conquista de posições como reservas em equipes de peso, a vitória do campeonato na categoria de base Fórmula 2 de Felipe Drugovich, em 2022, e a vitória de Gabriel Bortoleto na Fórmula 3 e na Fórmula 2 nos anos seguintes, fez com que a esperança de conquistar um assento titular se acendesse nos corações dos fãs do esporte. 

Desde o anúncio de Borboleto, como é carinhosamente chamado pelos fãs brasileiros, Gabriel Bortoleto tornou-se a maior esperança do país para a categoria. Mesmo assim, o jovem de 20 anos ainda irá enfrentar diversos desafios pela frente, principalmente por estar em uma equipe de final de grid. Porém, com todas as adversidades encontradas pelo caminho, Gabriel Bortoleto, e todos os brasileiros presentes nas demais categorias, são exemplos de como ter resiliência, além de ser a esperança de ver o Brasil sorrir de novo e ouvir novamente o tema da vitória em um domingo de manhã.

Blog Takeover: O verdadeiro legado de Ayrton Senna

A primeira oportunidade que tive de ser lida por um público maior do que eu conseguia atingir com meu pequeno blog que tinha começado alguns meses antes foi quando o Luis Fernando Ramos convidou três produtores de conteúdo que ele gostava de ler para escrever um artigo para o blog dele. Foi lá no final de 2010. Lembro até hoje de onde estava e como as ideias foram surgindo para o texto.

Foi um tijolo na história que me levou à F1, mas um tijolo importante por me dar confiança. É como se alguém que estava dentro do barco me visse tentando embarcar e puxasse minha mão. Venha, você pertence aqui.

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Por Aline Fatima

Quando falamos sobre Ayrton Senna, uma das palavras mais utilizadas é legado. Seus números, sua velocidade, sua determinação, entre tantas outras características, fazem parte da sua memória que atravessa gerações. 

O verdadeiro legado de Senna, está no esporte pelo qual ele viveu e infelizmente morreu e impacta diariamente todas as gerações de pilotos que vieram após ele.  Ayrton hoje é homenageado por um esporte muito mais seguro do que aquele que participou nos seus 10 anos de carreira. Seu maior legado está na quantidade inimaginável de vidas que ajudou a salvar ao transformar a segurança não apenas da Fórmula 1, mas de todo o automobilismo. 

Ímola 1994 foi o final de semana mais fatal da história da categoria. O acidente de Rubens Barrichello nos treinos livres foi um presságio do que ainda aconteceria. O piloto brasileiro engoliu a própria língua e de acordo com Sid Watkins morreu por seis minutos. Mas o neurocirurgião ainda faria mais dois resgates naquela pista. No sábado com o estreante austríaco Roland Ratzenberger e no domingo com o tricampeão brasileiro Ayrton Senna, ambos nunca mais voltariam as pistas.

Os doze anos sem acidentes fatais antes daquele GP davam uma falsa sensação de segurança. Foram as mortes de Ratzenberger e Senna que mostraram o longo caminho que deveria ser percorrido. Perder um de seus maiores nomes em um acidente trágico na pista acendeu esse alerta. 

Tudo o que envolvia a segurança foi repensado: carros, equipamentos dos pilotos, circuitos, resgate e primeiro atendimento após os acidentes e até mesmo como deveria ser preparada a equipe que receberia o piloto no hospital. A GPDA (Associação dos Pilotos de Grandes Prêmios) foi restaurada – um desejo do próprio Senna- dando mais voz para que os pilotos opinem sobre traçados e outras questões. 

Não é necessário um olhar muito treinado para perceber as diferenças entre a F1 de 1994 e a atual. Quem assistiu à série Senna percebe as diferenças nos carros. Enquanto os da década de 1990 possuíam laterais mais baixas permitindo ver os ombros dos pilotos, os atuais contam com laterais mais altas e dois cones próximos às tomadas de ar, capazes de absorver os impactos laterais. O cockpit ganhou uma abertura maior que reduz o estresse dos pilotos e garante mais facilidade para a saída em casos de emergência.

Isso me lembrou que eu escrevi algo bem parecido por aqui anos atrás: O Legado

Praticamente toda a estrutura dos carros atuais é feita para se romper. Em grandes impactos elas se quebram, amassam e se rompem para reduzir o choque. Apenas o monocoque, também conhecido como célula de sobrevivência, é projetado para ser indestrutível. 

Os capacetes atuais também absorvem mais impacto do que modelos usados na época de Senna e outro dispositivo de segurança foi instalado, o Hans. Adotado no início dos anos 2000 que protege a coluna cervical de movimentos bruscos capazes de gerar lesões perigosas.

A adição mais recente de segurança aos carros foi o halo. Adotado em 2018, ele começou a ser projetado e testado depois do acidente de Felipe Massa em 2009 e da morte de Jules Bianchi em 2014. A estrutura é capaz de sustentar até 12 toneladas e protege a cabeça dos pilotos. Acidentes como o de Grosjean em 2020 e Zhou em 2022 comprovaram a sua eficiência.

Todas as mudanças fazem parte da chamada segurança ativa da Fórmula 1.  A trajetória em busca de um esporte mais seguro nunca terá um fim, mas a memória de Ímola 94 mudou como ela é percorrida.

No último episódio de “Senna” série produzida pela Netflix em homenagem ao piloto, vemos o Ayrton interpretado por Gabriel Leone dizer ao pegar uma bandeira da Áustria, país de Ratzenberger “Se for o único jeito de eles prestarem atenção, eu vou vencer a corrida e subir no pódio com essa bandeira”.

Não é possível saber se em 1994 Senna disse essas palavras, mas o tricampeão tinha consigo uma bandeira austríaca no carro. Ele não conseguiu homenagear o colega e clamar por mais segurança em vida, mas alcançou o objetivo de chamar a atenção para a segurança. 

O legado de Senna vai além do exemplo da sua dedicação, seu talento e suas conquistas. Sua perda e também a de Ratzenberger transformou a Fórmula 1 e salvou a vida dos pilotos das gerações futuras.

Galvão de volta à F1? – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #290

E o vencedor do sorteio do mês é…

Stênio Max foi o sorteado do mês e dezembro e vai receber em casa o boné oficial da Pirelli!

Lembrando que o sorteio é feito entre TODOS os assinantes e eu divulgo o resultado por aqui na última newsletter do mês, então se você não ganhou, mês que vem tem mais mais uma chance!


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Blog Takeover: Como é especial a manhã de domingo

A primeira oportunidade que tive de ser lida por um público maior do que eu conseguia atingir com meu pequeno blog que tinha começado alguns meses antes foi quando o Luis Fernando Ramos convidou três produtores de conteúdo que ele gostava de ler para escrever um artigo para o blog dele. Foi lá no final de 2010. Lembro até hoje de onde estava e como as ideias foram surgindo para o texto.

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Autor anônimo (a pessoa que me escreveu, ainda com as emoções cruas por tudo o que passou, me pediu para que seu nome não fosse publicado. É um relato forte e importante)

Quando do anúncio da homenagem para os 30 anos do falecimento do Senna foi anunciado, eu jamais poderia imaginar as emoções pelas quais eu passaria e tudo aquilo que foi aflorado.

No início da semana quando se ainda tinha a dúvida de quem seria o piloto a dirigir a mítica McLaren MP4/5B muitas coisas passavam pela minha cabeça, naquele momento todos os caminhos apontavam que o piloto a dirigir seria Sebastian Vettel.

Eis que numa postagem no Instagram vem a confirmação que a condução seria realizada por Lewis Hamilton me fez muito feliz, ele era a cereja naquele bolo ou pacote que viria no final de semana. A Homenagem seria no sábado mas com o mau tempo foi transferida para o domingo, o que a minha ansiedade e apenas 2 horas de sono foram ainda mais curtas.

Quando termina a classificação é o momento se aproxima meu coração acelera a cada segundo, já estou tomado pela emoção quando decido só tomar uma água e nesse momento ouço algo que por mais que as pessoas neguem, ele ainda existe, não sei se do lado ou atrás eu ouço, “é ele realmente representa o Brasil, ele representa a fauna brasileira”, não sei se falaram pra me atingir, se me viram ali, ou realmente o pensamento deles.

Voltei ao meu lugar refletindo muito sobre aquilo como estamos atrasados, de onde vim, o que eu me tornei, quem eu quero ser, quando de repente ouço ligar o motor V10, não tive tempo sequer de esboçar qualquer reação a não ser ver correr as lágrimas dos meus olhos. Naquele momento aqueles dois insignificantes já tinham ficado para trás, eu lembrava que em 90 já amante da Fórmula 1 eu não tinha dinheiro para assistir ao GP, algo que fui conquistar com meu primeiro emprego de office boy em 1994.

Lembrei do meu pai que já faleceu e que me fez amar a Fórmula 1, ele gostava da categoria pelas máquinas, por que era um mecânico de mão cheia e me colocava todo domingo de manhã em frente a TV para assistir a corrida. Esse mesmo pai que me deu bronca quando eu quase comemorei a batida do Senna em Mônaco 88, pois naquele momento eu era 100% Piquet, o primeiro brasileiro que eu vi correr, eu olhava a McLaren e lembrava não só de 90 e a batida, lembrava quando esse mesmo pai me acalentou e fui dormir 4 horas da manhã pois o Senna havia sido roubado em 1989 e ele com a sua experiência sabendo lidar muito mais com a derrota do eu, dizendo que haveriam outras chances.

A chance veio justamente no carro que passava a menos de 10 metros de mim.

Ver o piloto que eu sinto orgulho e que representa guiando aquele carro me fez aflorar uma esperança de continuar lutando e quando acabou o tema da vitória e às lágrimas começavam a secar eis que olho para a tela do telefone e vejo meu filho de 2 anos apontando pra TV com o Boné do Senna, ai foram mais 5 minutos de choro, pois ele já assiste corrida comigo, já sabe balbuciar o tema da F1 e espero um dia ser o exemplo pra ele como meu pai foi pra mim, assim como o Hamilton é para os negros e o Senna foi para o Brasil.

Realmente como é especial a manhã de domingo.

Baixe o ebook da temporada 2024

Aqui o assinante do No Paddock da F1 com a Ju vai encontrar um resumão com meus melhores textos no ebook da temporada 2024 da F1, com 100 páginas contando a história de um dos campeonatos mais competitivos dos últimos tempos, vencido por Max Verstappen e pela McLaren.

Para acessar, é preciso estar logado no site. Se você estiver vendo no celular, é possível que veja no final da página apenas um link para um arquivo em PDF. Se estiver no laptop, aparecem as páginas do ebook

No final do ano, eu disponibilizo ainda uma versão impressa do ebook, e os assinantes têm um desconto especial para adquirirem exemplares até durarem os estoques.

Os ebooks fazem parte do conteúdo exclusivo dos assinantes do No Paddock da F1 com a Ju. Eles também recebem podcasts, newsletters, participam de lives em todos os GPs, têm uma comunidade de discussão bem saudável no Discord, têm acesso a um e-book com todas as análises da temporada ao final de cada ano e ainda concorrem a brindes mensalmente. Para saber mais, acesse o No Paddock da F1 com a Ju.

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  • LIVES EXCLUSIVAS com a Ju e garantia de respostas às suas perguntas em TODOS os finais de semana de GP (com a possibilidade de assistir a gravação quando quiser)
  • PODCAST EXCLUSIVO todo mês, com convidados do paddock e perfis trazendo detalhes dos bastidores (quem assinar agora tem acesso a todos os episódios anteriores!)
  • Acesso ao PADDOCK CLUB, a comunidade de Discord do projeto, com um ambiente saudável para fãs novos e antigos.
  • NEWSLETTER semanal reunindo todo o material que produzi, informações de bastidores, além de recomendações de conteúdo relevante e de qualidade.
  • E-BOOKS com análises e resultados de cada temporada a partir de 2019.
  • DESCONTO na aquisição da versão impressa do ebook, produzido em edição limitada ao final de cada ano.
  • CONVITE para o encontro em SP no final de semana de GP (que é sempre recheado de brindes)

E a grande vantagem de assinar agora é que você tem acesso a TODO o conteúdo produzido desde 2019!

Calendário da F1 2025 e horários da TV Band

A temporada 2025 da Fórmula 1 tem 24 GPs previstos. O campeonato começa com o GP da Austrália em 16 de março e termina no GP de Abu Dhabi, dia 7 de dezembro. O GP de São Paulo será disputado dia 9 de novembro, em Interlagos.

A temporada marca a volta do Brasil ao grid da Fórmula 1 após sete temporadas de ausência: Gabriel Bortoleto, atual campeão da F2, fará sua estreia pela Sauber. Confira o grid completo aqui.

(Faça o download do formato iCal)

A temporada 2025 da F1 terá 6 finais de semana de sprint. Em relação à temporada anterior, há apenas uma mudança: sai Áustria e volta Bélgica como palco do formato sprint, junto de China, Miami, Austin, São Paulo e Qatar.

Os horários de transmissão da F1 na TV Band serão adicionados à medida que forem divulgados pela emissora.

🇦🇺 GP da Austrália (Albert Park) – 14 a 16 de março de 2025

Treino livre 1 – quinta-feira – 22h30 (transmissão começa às 22h20 no Bandsports, BandPlay, site da Band)
Treino livre 2 – sexta-feira – 2h (transmissão começa à 1h50 no Bandsports, BandPlay, site da Band)
Treino livre 3 – sexta-feira – 22h30 (transmissão começa às 22h20 no Bandsports, BandPlay, site da Band)
Classificação – sábado – 2h (transmissão começa à 1h20 na Band, Bandsports, BandPlay, site da Band)
GP da Austrália – domingo – 1h (transmissão começa às 0h30 na Band, BandPlay, site da Band, Rádio Bandeirantes, BandNewsFM)

🇨🇳 GP da China (Shanghai International Circuit) – 21 a 23 de março de 2025

Treino livre 1 – sexta-feira – 0h30
Sprint shootout – sexta-feira – 4h30
Sprint – sábado – 0h
Classificação – sábado – 4h
GP da China – domingo – 4h

🇯🇵 GP do Japão (Suzuka) – 4 a 6 de abril de 2025

Treino livre 1 – quinta-feira – 23h30
Treino livre 2 – sexta-feira – 3h
Treino livre 3 – sexta-feira – 23h30
Classificação – sábado – 3h
GP do Japão – domingo – 2h

🇧🇭 GP do Bahrein (Bahrain International Circuit) – 11 a 13 de abril de 2025

Treino livre 1 – quinta-feira – 8h30 
Treino livre 2 – quinta-feira – 12h 
Treino livre 3 – sexta-feira – 9h30 
Classificação – sexta-feira – 13h
GP do Bahrein – sábado – 12h 

🇸🇦 GP da Arábia Saudita (Jeddah Street Circuit) – 18 a 20 de abril de 2025

Treino livre 1 – quinta-feira – 10h30 
Treino livre 2 – quinta-feira – 14h
Treino livre 3 – sexta-feira – 10h30
Classificação – sexta-feira – 14h 
GP da Arábia Saudita – sábado – 14h

🇺🇸 GP de Miami (Miami Autodrome) – 2 a 4 de maio de 2025

Treino livre 1 – sexta-feira – 13h20 
Sprint shootout – sexta-feira – 17h30 
Sprint – sábado – 13h 
Classificação – sábado – 17h 
GP de Miami – domingo – 17h 

🇮🇹 GP da Emilia Romagna (Imola) – 16 a 18 de maio de 2025

Treino livre 1 – sexta-feira – 8h30
Treino livre 2 – sexta-feira – 12h
Treino livre 3 – sábado – 7h30
Classificação – sábado – 11h
GP da Emilia Romagna – domingo – 10h

🇲🇨 GP de Mônaco (Monte Carlo) – 23 a 25 de maio de 2025

Treino livre 1 – sexta-feira – 8h30
Treino livre 2 – sexta-feira – 12h
Treino livre 3 – sábado – 7h30
Classificação – sábado – 11h
GP de Mônaco – domingo – 10h

🇪🇸 GP da Espanha (Circuito da Catalunha) – 30 de maio a 1º de junho de 2025

Treino livre 1 – sexta-feira – 8h30 
Treino livre 2 – sexta-feira – 12h
Treino livre 3 – sábado – 7h30 
Classificação – sábado – 11h 
GP da Espanha – domingo – 10h 

🇨🇦 GP do Canadá (Gilles Villeneuve) – 13 a 15 de junho de 2025

Treino livre 1 – sexta-feira – 14h30
Treino livre 2 – sexta-feira – 18h
Treino livre 3 – sábado – 13h30
Classificação – sábado – 17h 
GP do Canadá – domingo – 15h 

🇦🇹 GP da Áustria (Red Bull Ring) – 27 a 29 de junho de 2025

Treino livre 1 – sexta-feira – 8h30 
Treino livre 2- sexta-feira – 12h 
Treino livre 3 – sábado – 7h30
Classificação – sábado – 11h 
GP da Áustria – domingo – 10h 

🇬🇧 GP da Grã-Bretanha (Silverstone) – 4 a 6 de julho de 2025

Treino livre 1 – sexta-feira – 8h30 
Treino livre 2 – sexta-feira – 12h 
Treino livre 3 – sábado – 7h30 
Classificação – sábado – 11h 
GP da Grã-Bretanha – domingo – 11h

🇧🇪 GP da Bélgica (Spa-Francorchamps) – 25 a 27 de julho de 2025

Treino livre 1 – sexta-feira – 7h30 
Sprint shootout – sexta-feira – 11h30
Sprint – sábado – 7h
Classificação – sábado – 11h
GP da Bélgica – domingo – 10h 

🇭🇺 GP da Hungria (Hungaroring) – 1 a 3 de agosto de 2025

Treino livre 1 – sexta-feira – 8h30 
Treino livre 2 – sexta-feira – 12h 
Treino livre 3 – sábado – 7h30 
Classificação – sábado – 11h
GP da Hungria – domingo – 10h 

🇳🇱 GP da Holanda (Zandvoort) – 29 a 31 de agosto de 2025

Treino livre 1 – sexta-feira – 7h30 
Treino livre 2 – sexta-feira – 11h 
Treino livre 3 – sábado – 6h30
Classificação – sábado – 10h
GP da Holanda – domingo – 10h 

🇮🇹 GP da Itália (Monza) – 5 a 7 de setembro de 2025

Treino livre 1 – sexta-feira – 8h30 
Treino livre 2 – sexta-feira – 12h 
Treino livre 3 – sábado – 7h30 
Classificação – sábado – 11h
GP da Itália – domingo – 10h 

🇦🇿 GP do Azerbaijão (Baku Street Circuit) – 19 a 21 de setembro de 2025

Treino livre 1 – sexta-feira – 5h30 
Treino livre 2 – sexta-feira 9h
Treino livre 3 – sábado – 5h30
Classificação – sábado – 9h
GP do Azerbaijão – domingo – 8h 

🇸🇬 GP de Singapura (Marina Bay) – 3 a 5 de outubro de 2025

Treino livre 1 – sexta-feira – 6h30 
Treino livre 2 – sexta-feira – 10h
Treino livre 3 – sábado – 6h30
Classificação – sábado – 10h
GP de Singapura – domingo – 9h

🇺🇸 GP dos Estados Unidos (Circuito das Américas) – 17 a 19 de outubro de 2025

Treino livre 1 – sexta-feira – 14h30 
Sprint Shootout – sexta-feira – 18h30 
Sprint – sábado – 14h 
Classificação – sábado – 18h
GP os Estados Unidos – domingo – 16h 

🇲🇽 GP da Cidade do México (Autódromo Hermanos Rodriguez) – 24 a 26 de outubro de 2025

Treino livre 1 – sexta-feira – 15h30
Treino livre 2 – sexta-feira – 19h
Treino livre 3 – sábado – 14h30
Classificação – sábado – 18h
GP da Cidade do México – domingo – 17h

🇧🇷 GP de São Paulo (Interlagos) – 7 a 9 de novembro de 2025
Treino livre 1 – sexta-feira – 11h30 
Sprint shootout – sexta-feira – 15h30
Sprint – sábado – 11h 
Classificação – sábado – 15h 
GP de São Paulo – domingo – 14h 

🇺🇸  GP de Las Vegas (Las Vegas Strip Circuit) – 20 a 22 de novembro de 2025

Treino livre 1 – quinta-feira – 21h30 
Treino livre 2 – sexta-feira – 1h 
Treino livre 3 – sexta-feira – 21h30
Classificação – sábado – 1h 
GP de Las Vegas – domingo – 1h 

🇶🇦 GP do Qatar (Lusail) – 28 a 30 de novembro 2025

Treino livre 1 – sexta-feira – 10h30 
Sprint Shootout – sexta-feira – 14h30
Sprint – sábado – 11h 
Classificação – sábado – 15h 
GP do Qatar – domingo – 13h 

🇦🇪 GP de Abu Dhabi (Yas Marina) – 5 a 7 de dezembro de 2025

Treino livre 1 – sexta-feira – 6h30
Treino livre 2 – sexta-feira – 10h
Treino livre 3 – sábado – 7h30
Classificação – sábado – 11h
GP de Abu Dhabi – domingo – 10h

Últimos capítulos da novela Perez – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #289

Boa sorte no sorteio do mês!

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Podcast: Os desafios de fazer Senna virar série da Netflix

Para fechar mais uma temporada dos podcasts produzidos exclusivamente para os assinantes do No Paddock da F1 com a Ju, bato um papo com Álvaro Mamute, roteirista da série Senna, sucesso na Netflix. Vocês vão perceber a paixão do Álvaro por essa história e como ele realmente entre o esporte a fundo e tem propriedade para contá-la, mesmo sendo da turma que nunca viu o Senna correr.

Vocês vão perceber também que a ponte entre nós dois foi feita por um assinante, Daniel Portilho Jardim, que conheceu o Álvaro por causa de outra paixão que os dois têm em comum!

Confira os outros episódios clicando aqui. Se você é assinante VIP, Credenciado ou Uniformizado e não está vendo o arquivo, certifique-se de ter feito o login no site.

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Bastidores de Bortoleto e o fim de Hamilton/Mercedes – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #288

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GP do título da McLaren e as recuperações de Leclerc e Hamilton

Foi mais tenso do que se desenhava após uma classificação dominada pela McLaren e com uma Ferrari na última fila, mas o time de Woking finalmente voltou a comemorar um título na Fórmula 1 e levou o mundial de construtores com uma vitória de Lando Norris em um GP de Abu Dhabi marcado por despedidas e grandes corridas de recuperação de Charles Leclerc, de 19º a terceiro, e Lewis Hamilton, de 16º a quarto.

Qualquer chance de título da Ferrari, que chegou em Abu Dhabi com 21 pontos de desvantagem para a McLaren, pareceu se esvair quando os mecânicos montaram o carro de Leclerc na quarta-feira e perceberam que a bateria estava, na prática, morta. Eles começaram a enviar perguntas que chamaram a atenção da FIA, sobre coisas que poderiam ser arrumadas em regime de parque fechado, e ouviram o ultimato: se não puderem garantir que é seguro correr com essa bateria, vão ter que trocar. E Leclerc foi para a classificação com uma punição de 10 colocações no grid. Com uma volta deletada, isso rapidamente virou o 19º lugar.

Mas as coisas começaram a ficar mais tensas para a McLaren na largada. Max Verstappen tentou colocar por dentro na primeira curva, espalhou e acertou Oscar Piastri, que caiu para último.

A recuperação de Leclerc

E Leclerc fez uma primeira volta extraordinária. Estava sempre do lado contrário às confusões e foi de 19º para oitavo. Passou Magnussen, Alonso e Hulkenberg, e já era o quarto colocado, atrás de Norris, Sainz e Russell, quando fez sua primeira e única parada, na volta 20.

Leclerc parou bem cedo. Os três primeiros esperariam mais cinco ou seis voltas. Sainz foi o primeiro deles, a McLaren cobriu o pitstop dele com Norris no giro seguinte e Russell fez o mesmo.

A vantagem de Norris antes da parada era de pouco menos de 4s e depois foi aumentando quando o carro ficou mais leve, uma das marcas desse carro campeão. A McLaren foi melhor que a Ferrari o tempo todo em Abu Dhabi, com o time italiano sofrendo mais do que os demais com a diretiva técnica que impediu que os “parafusos” que prendem a prancha de legalidade fossem protegidos. Mas, com Piastri fora dos pontos pela maior parte da corrida, a pressão estava em Norris. Qualquer erro e Sainz e Leclerc estavam por perto para aproveitar.

Mas isso não aconteceu. Norris gerenciou bem a prova e venceu pela quarta vez na F1, com Sainz em segundo em sua despedida pela Ferrari e Leclerc passando Russell com a parada antecipada e conseguindo um inesperado terceiro lugar.

A recuperação de Hamilton

Ele não seria o único piloto a conseguir se recuperar na corrida. Lewis Hamilton, fazendo a despedida da Mercedes, teve um sábado azarado: vinha com uma volta mais que suficiente para passar do Q1 quando Kevin Magnussen tentou sair do caminho, bateu em um “cone”, que foi parar no meio do caminho do inglês. Carregando o cone, preso debaixo de seu carro, pelas últimas curvas, ele não conseguiu melhorar seu tempo e foi eliminado.

Largando em 16º, ele ganhou quatro posições na primeira volta, mesmo sendo o único piloto que largou com os pneus duros. Com essa estratégia, a primeira parte da prova seria mais difícil, e ele só poderia começar a atacar depois que os médios dos rivais começassem a se desgastar. 

Passou Lawson só na volta 11 por conta disso, e a partir daí a corrida começou a engrenar. O ritmo era forte e, com os demais pilotos fazendo suas paradas, e foi conseguindo ganhar terreno. Quando fez o pitstop na volta 34, já era o quarto colocado.

Voltou em sétimo, agora com o pneu médio, enquanto os demais estavam com o duro. Contou com a punição de Verstappen pelo toque com Piastri para retornar à pista na frente do holandês, passou Hulkenberg e Gasly até chegar em George Russell, que tinha largado em sexto, na última volta e o passar por fora para ser o quarto.

As despedidas de Magnussen e Bottas foram mais melancólicas, com um toque entre os dois e a volta mais rápida como consolo para o dinamarquês, que não conseguiu ajudar a Haas a conquistar o sexto lugar nos construtores. Até porque Pierre Gasly conseguiu um sétimo lugar, à frente de Nico Hulkenberg, e manteve o time francês na frente.

Max Verstappen se despediu de um carro que lhe deu o quarto título, mas que ele nunca mais quer ver na frente de tanta dificuldade que teve com ele este ano, com uma sexta colocação e Piastri ainda conseguiu salvar um pontinho e comemorar o título que a McLaren não ganhava desde antes dele e de Norris nascerem.

Live do GP de Abu Dhabi

A McLaren fechando a primeira fila e colocando uma mão na taça de construtores, as punições e não punições da classificação, o papai Verstappen e tudo sobre a decisão da Fórmula 2 entre Bortoleto e Hadjar.

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Despedida da F1 recheada de notícias – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #287

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Tinha um retrovisor no caminho do GP do Qatar

O circuito do Qatar tem tudo para se firmar no calendário como daquelas pistas que os pilotos adoram pela sequência de curvas de alta velocidade, mas precisam de um “aditivo” a mais para gerarem boas corridas. Sem a chuva que, volta e meia ajuda Suzuka, por exemplo, desta vez foi um espelho retrovisor que mudou a história de uma corrida que vinha sendo morna até que a Williams de Alex Albon perdeu um pedaço.

TUDO SOBRE O PALCO DO GP DO QATAR

A direção de prova decidiu dar apenas uma bandeira amarela dupla para resolver a questão do espelho, neutralizando o único ponto de ultrapassagem em um momento crucial. Com mais de 30 voltas de corrida no pneu médio, que a essa altura já estava bastante desgastado, mas ainda assim era a opção preferida dos times por conta da lentidão do pneu duro nessa pista, era a hora de aproveitar para passar quem tinha menos borracha disponível ou pelo menos de se aproximar ao máximo para tentar algo no pit stop.

Antes do retrovisor, corrida era um Verstappen x Norris

Era o que Lando Norris estava tentando. Terceiro no grid, ele chegou a colocar o bico da McLaren na frente de Verstappen na primeira curva, mas recuou, sabendo que tinha mais a perder que o holandês, uma vez que a disputa agora é pelo mundial de equipes. Os dois tinham passado o pole position George Russell, cujo bom ritmo do sábado desapareceu com o desgaste térmico dos pneus, algo que só pareceu atingir a Mercedes entre os times de ponta.

A Red Bull tinha conseguido mais uma de suas viradas em termos de desempenho. O carro dianteiro da sprint passou por mudanças de altura e nas molas e melhorou ainda mais do que Verstappen esperava. Ele fez o tempo mais rápido na classificação, mas foi punido com a perda de uma posição por ter feito sua volta de preparação de pneu lento demais, mas estava decidido a não deixar o que sentiu que tinha sido uma punição injusta passar batido.

Mas a Red Bull não tem só um piloto que tira o máximo do carro, como também alguém que controla vários aspectos da corrida. Verstappen percebeu que Norris não tinha levantado o pé na bandeira amarela do tal retrovisor e avisou a equipe, que cobrou a FIA. E o inglês levou um stop and go de 10 segundos, algo que lhe jogaria para fora dos pontos por outros acontecimentos que viriam entre a infração e a punição.

Bottas atinge o retrovisor e pneus começam a furar

O retrovisor ficou umas seis voltas por ali, com a bandeira amarela sendo colocada e tirada, até que Valtteri Bottas passou por cima dele e espalhou detritos para todos os lados. Logo depois, os pneus de Hamilton e Sainz estouraram. Provavelmente, uma combinação entre uma banda de rodagem já muito desgastada e os tais detritos. E o Safety Car foi chamado.

Piastri tinha acabado de fazer a sua parada. A McLaren optou pela segurança, entendendo que poderia ser a próxima a ter um estouro de pneu. Mas isso acabou dando uma posição de bandeja para a Ferrari de Charles Leclerc, que ficou na pista e só parou com a corrida neutralizada.

Verstappen e Norris fizeram o mesmo na frente, assim como outros 10 pilotos. Na relargada, antes de Norris ter recebido a punição, a ordem era: Verstappen, Norris, Leclerc, Piastri, Perez, Gasly, Russell (que tinha parado bem antes), Sainz, Zhou e Alonso. Ou pelo menos logo antes da relargada, pois Perez rodou com o pneu frio e depois bloqueou o carro, abandonando a prova.

McLaren perde pontos em relação à Ferrari

Após servir a punição, com 12 voltas para o final, Norris voltou em último. Aproveitou que todos estavam próximos por conta do SC e escalou até o 10º lugar. Será que ele poderia vencido sem a bandeira amarela? Qualquer possibilidade de conseguir o undercut que ele estava armando em cima de Verstappen foi embora de qualquer maneira com o SC. E, mesmo que a McLaren tenha um ritmo forte no final das corridas, ainda mais com o pneu duro, não seria tarefa fácil passar na pista em Losail.

Sem a pressão do britânico, Verstappen venceu, em uma virada impressionante depois de não passar de oitavo na sprint, dominada pela McLaren. A Ferrari conseguiu pontuar mais do que os líderes do campeonato, com Leclerc em segundo e Sainz em sexto, com Piastri completando o pódio.

Quem saiu ganhando mais uma vez depois de momentos de caos foi a Alpine: Gasly foi o quinto, fazendo com que o time retomasse a sexta posição no mundial de construtores. E Zhou fez os primeiros pontos da Sauber no ano, e saiu do Qatar dizendo que as atualizações que eles fizeram no carro foram como “mudar do dia para a noite”.

Live do GP do Qatar

Verstappen surpreendeu fazendo a pole e depois perdeu o primeiro lugar por uma punição que saiu pra lá da meia-noite por aqui. Vou falar sobre essa virada da Red Bull e também sobre como tem sido o fim de semana para Gabriel Bortoleto na F2.

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Tetra de respeito – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju 286

E O VENCEDOR DO SORTEIO DO MÊS É…

Eduardo Portella ganhou o sorteio desta vez e vai levar esse boné oficial da Red Bull no mês do tetracampeonato de Verstappen.

Todos os assinantes concorrem aos brindes mensais e, mês que vem, tem mais!


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Mercedes domina o desafio único de Las Vegas

Que o GP de Las Vegas é aquele em que você tem que deixar suas certezas sobre a temporada de lado para entender, já tínhamos percebido com as quase 100 ultrapassagens do ano passado. Temperatura do asfalto com jeito de pré-temporada na Europa (e pressão de pneus nas alturas para tentar gerar um pouco de calor, mas prejudicando ainda mais a aderência), configuração de baixa pressão aerodinâmica e muros próximos tornam esse evento único no calendário. 

Melhor para a Mercedes, que ganhou o extra-oficial “campeonato de inverno”, aparecendo toda vez que fez mais frio, e para Verstappen, que selou o tetracampeonato sem dificuldades enquanto a McLaren de Lando Norris não se encontrava.

Ok, não foi exatamente sem dificuldades. A Red Bull, por conta do teto orçamentário, optou nas últimas temporadas por não ter uma asa traseira “especialista” de pista de baixa pressão aerodinâmica, ou seja, para usar em Monza e em Las Vegas. A desvantagem nas retas era tanta que eles tiveram que cortar as asas que tinham à disposição, então não foi uma preparação das mais tranquilas para Verstappen. 

Na corrida, no entanto, isso não seria um fator tão importante. O que fez a diferença foi como cada conjunto carro e piloto lidou com os pneus.

Favoritismo da Ferrari dura 4 voltas

Em teoria, esse seria o trunfo da Ferrari. Eles largavam em segundo com Carlos Sainz e em quarto com Charles Leclerc, e tinham tido as melhores simulações de corrida nos treinos livres. O risco era a asa traseira muito fina que eles estavam usando: ela faria com que os pneus deslizassem demais e acabaria com essa vantagem?

O grande desafio para todos era entender como lidar com as primeiras voltas. Forçar muito o pneu médio traria graining por conta do frio da superfície, mas é uma pista em que dá para ultrapassar, então não adianta ser muito conservador e ficar para trás.

Leclerc foi para o ataque. Era segundo após a primeira curva, emparelhou com o pole position Russell na volta 4. E foi o suficiente para o pneu ir embora. 

E foi de uma vez. Leclerc passou a ser 0s6 mais lento por volta. Foi passado por Sainz e por Verstappen, e foi o primeiro dos pilotos que largaram com os médios a parar. Era a volta 9 de 50, um sinal de que teríamos uma corrida de duas paradas.

Logo foram os pneus de Sainz que foram embora. Também de uma hora para a outra. E a Ferrari saiu da disputa pela vitória: Russell já tinha 8s de vantagem para o rival mais próximo quando o espanhol parou, na volta 10.

Esse rival mais próximo era Verstappen, que tinha largado em quinto, e que a essa altura já não tinha mais Lando Norris por perto. A McLaren não apresentava seu melhor desempenho com baixa pressão aerodinâmica e o frio e o inglês tinha parado na mesma volta de Leclerc.

A corrida de recuperação de Hamilton

Quem progredia bem era Lewis Hamilton, que tinha sido rápido nos treinos livres, mas tinha cometido dois erros no Q3 e saía da décima posição.

O heptacampeão passou Hulkenberg, Piastri e Tsunoda em nove voltas e estava diminuindo a desvantagem de 7s em relação a Verstappen quando o holandês parou, na volta 10. E foi o último dos ponteiros a trocar os médios pelos duros, na volta 13.

A Mercedes estava conseguindo ser rápida e evitar o graining ao mesmo tempo. O carro funciona bem quando a temperatura está mais baixa – como no Canadá, Silverstone e Bélgica – e ainda melhor quando o asfalto não tem ondulações e é possível andar com o carro baixo e a suspensão dura. De quebra, a asa traseira não era tão fina quanto a da Ferrari, então o carro escorregava menos nas curvas.

Russell, a essa altura, só tinha que administrar. Mas a briga pelo pódio estava aberta. Verstappen era segundo, com Sainz 2s atrás, seguido por Leclerc 2s atrás dele e Hamilton, na cola do monegasco.

Percebendo que os dois se aproximavam dele e seus pneus estavam acabando mais uma vez, Sainz pediu para a Ferrari pará-lo, mas o time não quis, preocupado em devolvê-lo no meio do trânsito. 

Era a volta 27 e, desta vez, quem parou primeiro foram Verstappen e Hamilton, que tentava ali um undercut nas duas Ferrari. Sainz parou na volta seguinte e, mesmo assim, não conseguiu voltar manter sua posição. Leclerc sabia que já tinha sido ultrapassado, na prática, pela Mercedes e seguiu na pista por mais quatro voltas.

Overcut de Leclerc não funciona

A ideia era levar os pneus até o limite para ter borracha mais nova no final. Para isso, seria importante, também, administrar o ritmo nas primeiras voltas, pois isso é fundamental para controlar o graining (muito menos proeminente no pneu duro mas, no caso da Ferrari, ainda uma ameaça).

Leclerc sabia que tinha perdido a posição, também, para Sainz, e contava que a equipe tivesse instruído o espanhol a não atrapalhar essas suas primeiras voltas, para que sua estratégia desse certo. Eles o fizeram, mas Sainz o passou, na saída do box.

Leclerc chegou a encostar em Sainz, mas já não fazia sentido pensar em uma inversão de posições: Hamilton tinha escapado, foi por vezes 1s por volta mais rápido que Russell e chegou a descontar 6s da vantagem do companheiro, mas depois os tempos de volta começaram a se estabilizar e não tinha muito mais a fazer.

Verstappen nem precisa segurar as Ferrari para ser tetra

As Ferrari pelo menos conseguiram passar Verstappen, que já estava no lucro. Ele chegou em Las Vegas precisando chegar na frente de Norris para ser campeão, e o britânico a essa altura corria sozinho, em sexto, a 10s dessa briga. Tão sozinho que parou no final para conseguir a volta mais rápida e diminuir o prejuízo da McLaren em relação à Ferrari no mundial de construtores.

Deixar as Ferrari passar tranquilamente acabou dando à corrida de Verstappen a cara de sua temporada do tetra: aquele piloto que lutaria com unhas e dentes por qualquer posição amadureceu. Foi segundo quando dava, terceiro quando dava, e mesmo assim conquistou mais pontos do que todo mundo desde que as forças se equilibraram, em Miami. E foi campeão com duas corridas de antecipação.

Oscar Piastri foi o sétimo, com Hulkenberg e Tsunoda se mantendo no top 10 que conquistaram na classificação e Sergio Perez, que tinha sido eliminado no Q1, completando o top 10.

Live do GP de Las Vegas

George Russell mostrou mais uma vez que a Mercedes gosta de frio: depois do Canadá e da Silverstone, ele colocou o carro na pole position no GP de Las Vegas, com 11ºC de temperatura ambiente. Mas e na corrida? A Ferrari tem motivos para estar confiante, enquanto Verstappen está lidando com as consequências das escolhas da Red Bull da época em que eles dominavam.

Vou falar também desse ressurgimento da candidatura de uma 11ª equipe na Fórmula 1 e do que mais vocês perguntarem!

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Grid da F1 em renovação – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #285

De olho na Williams neste fim de semana

Primeiro, a gente vai querer saber se os dois carros estarão na mesma especificação. Depois, como está o “banco” de peças de reposição. Afinal, já são perto de 10 milhões de dólares de danos de acidentes e, em tempos de teto orçamentário, é preciso fazer algumas escolhas, além de ser difícil produzir peças tão rapidamente depois de cinco acidentes em dois GPs. LEIA MAIS

Um desafio gelado em alta velocidade: tudo sobre a pista de Las Vegas

Ganhar o campeonato de equipes pode não ser um bom negócio

É claro que uma equipe como a McLaren vai fazer de tudo para ganhar o primeiro título de equipes desde 1998 (!), mas pensando a longo prazo, não é algo de todo ruim ficar em terceiro, por exemplo, e ter muito mais tempo disponível para desenvolver o carro de 2026, que só pode ir para túnel de vento e CDF a partir de janeiro. Isso aumenta ainda mais na segunda metade de 2025, depois que os limites são reajustados no final de junho. LEIA MAIS

Como é curtir o GP de Las Vegas ao vivo

Tudo sobre o túnel de vento da Fórmula 1: todos têm? Tem limites?

Rapidinhas da semana

É incrível o número de fake news que circulou nas últimas semanas, desde aquela história sem pé nem cabeça do Hamilton ter feito a última corrida dele na Mercedes no Brasil, passando pelo Domenicali estar de saída e seus possíveis substitutos serem Wolff ou Horner, e a Williams estar fora do GP de Las Vegas. O principal objetivo dessa newsletter é evitar que vocês caiam nessas. É só ir atrás das fontes que eu sempre trago por aqui e ver se eles estão reproduzindo essas coisas. O silêncio já diz muito.

Montreal passou de junho para maio, mas a F1 não fala em double header mas, sim, em fazer Montreal na terceira ou quarta semana do mês (provavelmente, dependendo do calendário da Indy 500). É difícil tirar Miami da data da primeira semana de maio, o contrato atual vai até 2031. Então deve haver um final de semana pelo menos entre as provas. Ajuda na logística? Sim, pelo menos será só uma carga de navio para as duas corridas. Carros e equipes voltam para a Europa entre as corridas? Sim também.

Lewis Hamilton está abrindo a possibilidade de colocar o seu nome no carro dele na última corrida com a Mercedes, em Abu Dhabi. É só se cadastrar aqui e torcer para ser escolhido/a.


O Melhor da Internet

O que estava errado na McLaren? Basicamente tudo, conta Zak

Muito legal essa entrevista da Auto Motor und Sport. Brown diz que túnel de vento e simulador estavam sucateados, a disputa entre os donos estava consumindo as energias, os patrocínios eram escassos, não havia liderança na parte técnica. E outra parte interessante é quando ele explica que Andrea Stella demorou para aceitar o cargo de chefe por ser muito autocrítico, mas Zak estava convencido de que ele era o cara. LEIA MAIS

Sainz diz não ter entendido algumas decisões que o deixaram sem opção

Legal essa entrevista da Sky Sports com Carlos Sainz, que já tinha dito à Auto Motor und Sport que não acredita que sua relação com Verstappen seria um problema atualmente, ao contrário do que aconteceu quando eles estavam na Toro Rosso. E ele também pode não ter entendido a pressa da Mercedes com Antonelli, também fechando as portas para ele. Falando com o pessoal dessas equipes, fica sempre aquela impressão de que eles acham o Sainz bom demais para ser segundo piloto mas que falta algo para ele liderar um projeto. Talvez mudem de ideia após o ano que vem. LEIA MAIS

Por que grid da F1 está se renovando tão rápido?

Interessante essa conversa, estou buscando uma resposta também. Um ponto levantado é que soluções temporárias acabaram se perpetuando, tipo Perez, Bottas, Magnussen, até chegar um ponto em que arriscar colocar um piloto novo não é um ritmo tão grande assim.

Lembra dos comentários do Toto sobre Hamilton? “Fora de contexto”

Parece brincadeira isso, mas Toto disse que os comentários que estão em um livro da Mercedes e que claramente fazem um paralelo entre a situação dele e de Guardiola quando o técnico tem que entender quando um jogador passou da sua melhor fase foram tirados do contexto. Bom, ele decidiu não dar a extensão longa que Hamilton queria e já tinha um plano de sucessão para ele. Hamilton sabia que não teria mais um contrato na Mercedes, e por isso saiu. Toto demonstra entender que Lewis jamais vai conseguir render tão bem com esses carros e, convenhamos, pode estar certo. Não sabemos ainda o fim dessa história. Mas Lewis indo para a Ferrari demonstra que ele acredita que pode, sim, voltar a andar muito forte. LEIA MAIS

A lição de casa de um narrador

É do Harry Benjamin, que está começando a narrar F1 na Inglaterra

Novidades técnicas não são só de times grandes: os freios da Williams

É só se registrar para ver esse conteúdo. Freios que não eram vistos na F1 há 25 anos apareceram na Williams no GP da Itália e na Alpine depois. E podem virar tendência novamente. LEIA MAIS

SORTEIO DO MÊS: Boné original da Red Bull porque o tetra está chegando

O tetracampeonato do Verstappen está se aproximando, então eu separei um brinde bem especial: um boné oficial da Red Bull!

Todos os assinantes vão concorrer ao sorteio, que vou fazer na última quarta-feira do mês. O resultado será divulgado aqui. Boa sorte!


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O que o diretor de prova da F1 dispensado fez? – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #284

SORTEIO DO MÊS: Boné original da Red Bull porque o tetra está chegando

O tetracampeonato do Verstappen está se aproximando, então eu separei um brinde bem especial: um boné oficial da Red Bull!

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Podcast: Bastidores da transmissão da F1

Ele é peça central para a transmissão da Band, assim como também era na Globo, mas pouca gente conhece o trabalho do Fred Sabino. Fazia tempo que eu queria chamar o Fred para o podcast, mas eu sempre ficava pensando ‘ah ele deve estar ocupado, ah ele deve estar cansado’ até que naquela brecha de quase um mês sem corrida entre Singapura e Estados Unidos, a gente conseguiu.

Então vocês vão ver que falamos na questão da Band ainda na condicional. Ele estava tranquilo quanto a manter-se na TV de qualquer maneira, já que o seu papel vai além da F1, e agora certamente está ainda mais contente com a desistência da Liberty de quebrar o contrato.

Confira os outros episódios clicando aqui. Se você é assinante VIP, Credenciado ou Uniformizado e não está vendo o arquivo, certifique-se de ter feito o login no site.

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Brasil está de volta à F1 com Bortoleto – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #283

SORTEIO DO MÊS: Boné original da Red Bull porque o tetra está chegando

O tetracampeonato do Verstappen está se aproximando, então eu separei um brinde bem especial: um boné oficial da Red Bull!

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Os ingredientes de uma performance épica de Verstappen em Interlagos

O GP de São Paulo se desenhava para ser aquele que colocaria Lando Norris, de fato, na disputa pelo título. Ele largava na pole, Max Verstappen em 17º, após uma série de fatores deixá-lo ser completar a última volta rápida no Q2, somada a uma punição pela troca de motor. Mas a corrida em Interlagos, com classificação e GP no mesmo dia por conta da chuva, Safety Car e bandeira vermelha, acabou se tornando exatamente o inverso.

Verstappen estava mordido. Duas punições no México, mais uma na sprint por uma infração atrás do Safety Car Virtual, o resultado da classificação. Como ele já mostrou no passado, esse tipo de combinação é como mexer no vespeiro interno de Max, e ele entrou no carro decidido a vencer.

Mas não dá para creditar tudo ao piloto na F1. O trabalho dele é maximizar aquilo que o carro pode fazer. E o limite da Red Bull estava mais alto do que nas corridas anteriores, como eles já tinham mostrado na sprint. Verstappen só não lutou pela vitória no sábado de manhã porque Charles Leclerc conseguiu segurá-lo por 18 das 24 voltas, mesmo com as McLaren fechando a primeira fila. No seco, parecia que a McLaren tinha uma vantagem pequena e que Ferrari e Red Bull estavam em um nível semelhante. Cenário diferente do que vinha acontecendo desde Monza.

Rendimento da McLaren cai com a chuva

Eis que vem a chuva no final de semana. A McLaren não era tão eficiente com sua asa de mais carga aerodinâmica e os pilotos passaram a sofrer mais com travadas nos pneus dianteiros – Andrea Stella não quis dar muitos detalhes dos motivos para isso, mas disse que é um problema recorrente em um determinado tipo de situação. 

E Verstappen é sabidamente muito forte nesse tipo de condição de pista, parece que tem o faro para encontrar onde há mais aderência no molhado.

Era para ele fazer a pole e largar em sexto com a punição. Mas a Red Bull liberou os carros depois dos rivais, ocupa a primeira posição nos pits em Interlagos, e ficou para o final da fila, exposta a uma bandeira vermelha, que veio.

Primeiras voltas são decisivas para Verstappen

O líder do campeonato largaria em 16º efetivamente por conta da baixa da classificação no molhado em pleno domingo Alex Albon, que nem correu. Fechou a primeira volta em 11º, já armando o bote para cima de Lewis Hamilton. Na volta 6, chegou na McLaren de Oscar Piastri, na disputa da sétima posição.

Perdeu só três voltas atrás do australiano. Passou Liam Lawson com mais facilidade e chegou em quem foi, de novo, uma muralha: Charles Leclerc, que o segurou por 13 voltas e o fez perder 4s em relação ao líder, que era George Russell a essa altura.

Essa, aliás, tinha sido a primeira chance dara por Noris para Verstappen: na largada, o britânico perdeu a primeira posição para o piloto da Mercedes, claramente mais lento. Mas, com a asa de alto downforce, Norris não conseguia passar e os dois não conseguiam abrir uma distância confortável para pararem e voltarem ainda na frente.

Chega a pancada de chuva: quem pode arriscar mais?

Até que chega a volta 25 e o cenário é o seguinte: tem uma pancada de chuva chegando. Será forte o suficiente para uma bandeira vermelha? Não dá para saber. Quero arriscar ficar na pista com pneu intermediário já bastante gasto? Depende do quanto você tem a perder e o feedback do seu piloto na pista.

Russell queria continuar e a Mercedes tinha pouco a perder, mas a equipe o chamou. 

Norris queria parar e a McLaren tinha muito a perder, lembrando que a principal disputa deles é o mundial de construtores. E eles decidiram parar também.

As RB, quinto e sétimo, também decidem parar na mesma volta, trocando para pneus de chuva extrema. Em retrospecto, um erro.

Essa informação, porém, é importante: sabemos que, quando a situação de pista indica a necessidade de pneu de chuva extrema, isso também é indicativo de que tem tanta água que haverá muito spray. E que muito spray significa que a situação está próxima de uma bandeira vermelha. Perez também tinha parado uma volta antes e colocado o pneu azul.

Esteban Ocon era terceiro quando Russel e Norris pararam a, com nada a perder. Gasly era quinto. Eles ficam na pista esperando a bandeira vermelha ou o Safety Car.

Entre eles estava Verstappen. Primeiro, a Red Bull podia confiar que não seria ele o cara que causaria a bandeira vermelha. Segundo, ele tinha uma ‘gordura’ de 44 pontos no campeonato para queimar. Ele fica na pista esperando a bandeira vermelha ou o Safety Car.

Onde Verstappen sairia sem a bandeira vermelha?

A neutralização viria no final volta seguinte à parada de Russell e Norris. A chuva forte tinha chegado. Se Ocon, Verstappen e Gasly tivessem parado naquele momento, o francês tinha chances de voltar ainda na ponta, com Max em quinto (perdendo posição para Russell, Norris e Tsunoda), e Gasly em sexto. Com o ritmo que Verstappen estava mostrando e mais de metade da corrida pela frente, não é de se duvidar que ele passaria todo mundo.

Mas eles não param. Estão claramente apostando que teremos uma bandeira vermelha. A pista estava para pneu de chuva extrema e sabemos o que isso significa.

Até que a Williams dá uma mãozinha: para Colapinto e o coloca no pneu intermediário, que logo perde temperatura atrás do SC e o argentino acaba no muro. Teríamos a bandeira vermelha sem isso? Não sabemos. Havia elementos para Red Bull e Alpine apostarem que teríamos uma bandeira vermelha mesmo sem isso? Com certeza.

Uma nova corrida: e Verstappen abre quase 20s em 26 voltas

A bandeira vermelha significa que todos podem trocar de pneu livremente. A chuva melhora e todos relargam com o pneu intermediário. Ocon, Verstappen, Gasly, Norris, Russell, Leclerc. 

Verstappen não vai para cima de Ocon logo de cara. Não estava conseguindo ver muita coisa, então ouviu que a corrida era longa e ele poderia esperar as condições melhorarem. 

Mas surge outra oportunidade: um Safety Car causado por Sainz. Na nova relargada, na volta 43 de 69, ele usa sua rota favorita, por dentro na curva 1, e toma a liderança. Mais atrás, Norris bloqueia os freios dianteiros e cai para sétimo, atrás de Piastri e Leclerc.

Nestas 26 voltas, Verstappen abre quase 20s, enquanto Russell não consegue sequer passar Gasly, mesmo ficando por várias voltas logo atrás do francês.

Verstappen foi veloz quando a pista estava para intermediários, se segurou bem quando estava de intermediários usados e a pista estava encharcada, a equipe leu bem a situação e tinha a tal gordurinha para arriscar esperar a bandeira vermelha. A receita perfeita para uma das melhores atuações que Interlagos já viu.

Esse GP de São Paulo promete! – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #282

E O VENCEDOR DO SORTEIO DO MÊS É…

Thiago Ramos foi o vencedor do sorteio do mês e vai levar para casa um daqueles brindes que vocês não vão ver em outros lugares: um avental do GP da Cidade do México, de qualidade muito boa.

Não ganhou dessa vez? Na semana que vem eu revelo qual será o prêmio de novembro! Todos os assinantes participam dos sorteios mensais.


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A tática de Verstappen pelo tetra e Sainz sem nada a perder

“Em que posição você poderia ter chegado hoje sem as punições, Max?”

“Acho que na frente nas Mercedes. Mas aí o Lando teria vencido a corrida”

Uma resposta simples, mas que diz muito sobre a mentalidade de Verstappen no momento. O comportamento de sua Red Bull melhorou com a atualização de Austin, mas não o suficiente para que ele deixe de estar na posição de olhar mais para o espelho retrovisor do que para frente nas corridas. Mas ele tem uma vantagem ainda considerável no campeonato, pode se dar ao luxo de zerar uma corrida, por exemplo.

Não é um luxo que Norris tem, tanto pelo campeonato de pilotos, quanto pelo de construtores, agora que a Ferrari aproveitou dois circuitos bons para seu carro para passar a Red Bull e ficar a 29 pontos da McLaren do inglês.

E quem tem menos a perder que todo mundo é Carlos Sainz. Se a Ferrari não ganhar o campeonato por algum exagero dele, tudo bem, está de saída mesmo e logo não terá nada a ver com isso. Se ganhar…

Todos esses elementos estiveram presentes em um GP da Cidade do México muito mais animado do que em anos anteriores. E nem precisou nem de Safety Car (ok, houve um Safety Car, mas a corrida não foi boa por isso), nem de chuva. 

Como Sainz se tornou o nome da corrida

Sainz conseguiu uma pole position que nem mesmo a Ferrari esperava. Os carros vermelhos se adaptaram bem ao circuito Hermanos Rodriguez e suas curvas de baixa velocidade e necessidade de alta carga aerodinâmica por conta da altitude. Mas sempre sofrem em colocar temperatura no pneu, o que atrapalha a classificação. Mas não dessa vez.

Sainz tinha Verstappen ao seu lado na primeira fila, em outra classificação muito boa do holandês, e perdeu a posição nos primeiros metros, algo que é até esperado no México pela longa distância até a primeira freada e a curva para o lado oposto da posição do pole. Norris se manteve em terceiro, com Leclerc em quarto e Hamilton passando Russell logo atrás. Perez e Piastri? Esses tinham sido eliminados ainda no Q1, e o mexicano seria punido por queimar a largada.

A prova foi neutralizada por seis voltas após um acidente na largada entre Tsunoda e Albon. O japonês espremeu o francês, que ficou sem ter para onde ir, com carros dos seus dois lados.

Em duas voltas, Sainz pegou o vácuo de Verstappen, que reclamou que sua bateria não estava carregada, e mergulhou por dentro na primeira curva, conseguindo retomar a liderança e deixando Verstappen na mira de Norris.

A disputa entre Norris e Verstappen

Na volta seguinte, foi Norris que mergulhou para passar Verstappen, desta vez tendo a vantagem na tangente, e depois viu seu espaço acabar, espremido pelo rival. Desta vez, a curva não era de Verstappen e ele não tinha o direito de fazê-la como se Norris não estivesse ali.

Mas Norris passou, saindo da pista e tudo, e quatro curvas depois viu Verstappen se jogar sem qualquer condição de fazer a curva, indo para fora da pista e levando Norris, cuja prioridade era não bater, junto. 

Ele conseguiu a ultrapassagem assim, fora da pista, e levou duas punições: 10 segundos por forçar outro piloto para fora e outros 10 por sair da pista e ganhar vantagem.

Como já havia acontecido em Austin, a grande vantagem foi de Leclerc, que passou os dois enquanto eles se estranhavam. As Ferrari estavam sumindo na frente e Norris não conseguia outras oportunidades de passar Verstappen, mesmo tendo mais ritmo.

Seria uma corrida de uma parada, com pneus médios e duros, então demoraria para Verstappen sair da frente de Norris e pagar suas punições. Na volta 26, quando Verstappen foi o primeiro dos ponteiros a parar, Sainz já tinha 12s de vantagem para Norris e Leclerc, 7s.

Norris vai à caça de Leclerc

Mas a Ferrari não tinha um ritmo muito melhor e venceria de qualquer jeito? A lógica antes da corrida apontava para isso, mas o dia mais frio e nublado no domingo estava ajudando a McLaren. E uma das Ferrari, de Leclerc, perdeu rendimento com os pneus duros.

O GP da Cidade do México, por conta da altitude, sempre tem o elemento da administração das temperaturas e do combustível. E era isso o que Leclerc estava fazendo, com o chamado lift and coast. Isso tira a temperatura dos pneus, porque você freia menos, e o monegasco chegou em uma situação em que os pneus saíram da janela de funcionamento e nunca mais voltaram.

Isso aconteceu a partir da volta 50, quando Norris começou a se aproximar. Eram quatro segundos de distância. Em 10 voltas, Norris tinha chegado e, no final da volta 53, Leclerc perdeu a traseira do carro, escapou da pista, e viu a McLaren assumir a segunda posição.

A McLaren poderia ter vencido?

Faltavam só oito voltas para o fim, Sainz tinha uma folga de 7s na liderança e viu a vantagem cair para menos de 5s no final, mas sempre mantendo o controle para vencer pela segunda vez na temporada.

É difícil cravar que a história seria diferente sem o tempo que Norris perdeu com Verstappen. Mas ele não teria Leclerc para passar e poderia fazer seu ritmo o tempo todo.

Esse ritmo do final animou a McLaren. Afinal, eles esperavam que a Ferrari fosse muito forte na Cidade do México e conseguiram acompanhá-los com seu carro mais atualizado (Piastri não tinha a asa dianteira e o assoalho).

No final, saíram quase todos felizes ali. Sainz pela vitória, Norris por ter descontado 10 pontos de Verstappen, que chegou em sexto, e o próprio Max por acreditar que, mais uma vez, conseguiu tirar pontos de seu rival com sua agressividade. Ninguém disse que a tarefa de vencer o tetra com, efetivamente, o terceiro melhor carro em todo o último terço do campeonato seria simples.

Perez é último em casa

No restante do pelotão, Perez teria um encontro com seu possível substituto Liam Lawson com direito a toque, danos em seu sidepod, e dedo do meio mostrado pelo neozelandês, que depois ouviu do mexicano que deveria ser mais humilde.

Mas ambos terminaram bem longe dos pontos. Andando bem novamente e comprovando que a atualização de Austin funcionou, as duas Haas marcaram pontos, com Magnussen conseguindo inclusive se manter à frente de Piastri, que escalou de 17º para oitavo. E Pierre Gasly conseguiu capitalizar sua ótima classificação e foi décimo com a Alpine.

Live do GP da Cidade do México

Vou confessar que tinha prontas fotos do Verstappen e do Norris depois do Q2 para a matéria da classificação e quebrei a cara com o Q3 perfeito de Carlos Sainz, que venceu a dificuldade da Ferrari em uma volta lançada e cravou a pole do GP da Cidade do México.

Vou falar sobre a corrida e também sobre as notícias que estão pipocando nos bastidores na nossa live.

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Que regras são essas? – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #281

SORTEIO DO MÊS: Um avental do GP da Cidade do México!

Mais um brinde que você não vai ver para vender por aí: um avental do GP da Cidade do México, que é conhecido por nos levar para verdadeiras viagens culinárias nos sabores do país. Então quem sabe o avental não te anime também a provar algo com um temperinho mais forte?

Os sorteios incluem sempre TODOS os assinantes e são feitos na última quarta-feira do mês, então fique ligado/a aqui na  newsletter para saber se você deu sorte dessa vez!


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Dobradinha da Ferrari com uma mãozinha de Verstappen

A sprint deixou claro que um carro estava se dando bem melhor com os pneus médios do que os outros: a Ferrari tinha sido a mais rápida no SQ1 e no SQ2 com o composto amarelo e tinha conseguido atacar até o final na sprint, chamando a atenção inclusive de Max Verstappen, feliz da vida por ter recebido a bandeira quadriculada na frente pela primeira vez desde junho, mas ciente de que a pista livre que teve desde o começo da sprint tinha sido muito importante para isso.

Mas Carlos Sainz, terceiro no grid, e Charles Leclerc, quarto, tinham um obstáculo: teriam que recuperar a posição de pista perdida na classificação (por um lado, porque a Ferrari não se entendeu tão bem com o composto macio, e por outro pela pole que Sainz parecia ser forte candidato a até a batida de Russell no final do classificatório).

DE ONDE VEIO O RITMO DA FERRARI EM AUSTIN

Na frente dos dois estavam Lando Norris em uma pole conquistada com uma volta no limite e uma dose de sorte, em um fim de semana no qual a McLaren não esteve tão plantada nas curvas de alta, talvez pelas ondulações de Austin, e na qual ficou devendo (como de costume) para a Ferrari no setor de baixa. E Verstappen, com um carro bem mais responsivo do que nas últimas etapas, resultado das atualizações que a Red Bull levou a Austin depois de entender o que vinha dando errado na comunicação entre a dianteira e a traseira do carro.

De 4º a primeiro usando a experiência com Max

Com a posição do pole na direita e a primeira curva para a esquerda, o primeiro colocado sempre se vê tomando uma linha mais defensiva. E, com Verstappen ao seu lado, você pode imaginar que será colocado para fora da pista dentro desse cenário, usando a leniência dos comissários para o início das provas.

Leclerc sabia que isso ia acontecer, se colocou por dentro, e pulou de quarto para primeiro. Sainz só não conseguiu segui-lo porque Verstappen voltou para a pista logo à frente dele, mas pelo menos deixou Norris para trás, lamentando-se por não ter se colocado como gostaria na primeira curva. Ele também devia imaginar o que Verstappen faria.

Sainz sabia que sua única chance de vencer seria livrando-se de Verstappen o mais rápido possível. Seu ritmo era bem melhor, mas ficaria escondido pela turbulência do carro da Red Bull, e seus pneus se desgastariam mais. Ele até tentou passar Verstappen ainda na primeira volta, mas completou a manobra por fora da pista e tirou o pé porque sabia que não valeria. 

Seria a única chance de Sainz até a Ferrari achar um espaço no pelotão na volta 21, chamá-lo para o box antes de Verstappen, e conseguir o undercut.

Red Bull desiste de segundo lugar e foca em Norris

A Red Bull, na verdade, nem defendeu a jogada da Ferrari, pois sabia que o ritmo era inferior e a posição já estava perdida de qualquer maneira. A corrida de Verstappen era com Norris, que estava a 5s do holandês e tinha começado a virar bem mais rápido.

Verstappen tinha dificuldades com o carro, que não se comportava da mesma maneira que no sábado, saindo muito de frente. Com isso, seus pneus estavam se desgastando mais do que os da McLaren, e Norris estava fazendo novamente seu grande trunfo nesta temporada: controlou a fase de graining dos pneus e estava conseguindo não só estender seu stint, como também se aproximar da luta pelo pódio. Atrás dele, Oscar Piastri vinha fazendo algo parecido.

Todos de olho no grupo com pneus duros

O histórico e características da pista e a temperatura do asfalto de quase 50ºC faziam com que a estratégia de duas paradas fosse a mais óbvia antes do começo da corrida. Mas um SC curto, de três voltas, gerado pela rodada de um Lewis Hamilton que sofreu com o acerto do carro da Mercedes, e o rendimento surpreendente do pneu duro mudaram a cara da estratégia no GP.

Pilotos que estavam largando nas últimas posições, Russell (que saíra do pitlane) e Lawson (punido pela troca de motor) faziam a primeira parte da corrida com o composto duro e estavam abrindo caminho no pelotão. Antes mesmo das primeiras paradas, Lawson já era 11º e Russell era 13º. E eles continuariam na pista até as voltas 36 e 40, respectivamente. Com 56 voltas no GP, estava claro que era possível fazer uma parada.

Esses dois pilotos, inclusive, conseguiriam pontuar mesmo saindo lá de trás. Russell escalar, com a Mercedes, até a sexta colocação, até que não é tão impressionante assim. Mas Lawson, em sua primeira corrida em um ano, ir de 19º a nono com um carro que não pontuava fazia quatro corridas, são os quinhentos. Também na mesma estratégia, Franco Colapinto saiu de 16º na segunda volta para a décimo, pontuando pela segunda vez em quatro corridas na F1.

McLaren usa pilotagem de Norris a favor da estratégia

Chegando na metade da corrida, os dois carros com melhor ritmo estavam, na prática, nas duas primeiras colocações, e faltava definir o último lugar no pódio. A chance da McLaren era usar o trabalho que Norris tinha feito com os pneus, deixá-lo na pista o máximo possível, e criar uma diferença de número de voltas entre os pneus dele e de Verstappen para que ele pudesse ultrapassar na pista.

Verstappen para na volta 25. Norris vai até a 31. Ele volta 6s atrás, com 22 voltas para o final. Em 10 voltas, Norris chega no líder do campeonato.

Mais um Norris x Verstappen vira polêmica

É uma pista divertida para disputar posição. Em várias curvas, dá para andar lado a lado. Mas os comissários têm que ficar atentos porque tem muita área de escape asfaltada. E quando isso acontece é um tal de espalhar para fora da pista o tempo todo.

Dito e feito. Com quatro voltas para o final, Norris emparelha por fora na freada da curva 12, Verstappen mergulha por dentro para garantir que estará à frente na tangente da curva e, com isso, ganha o direito de fazer a curva como se Norris não estivesse ali. É isso o que determina o código de pilotagem de 2024.

Mas Verstappen não consegue ficar na pista. E Norris não tira o pé, faz a ultrapassagem por fora da pista. Ele estava convencido de que estava à frente na tangente (não estava), e acreditava que, como Verstappen também saiu da pista, isso mitigava o fato da manobra ter sido feita fora da linha branca.

A McLaren também acreditava nisso e não pediu para seu piloto devolver a posição. Ele conseguiu abrir pouco mais de 4s, o que não foi suficiente quando veio o veredito: Norris não tinha direito àquela curva porque não estava na frente na tangente, então sua manobra foi considerada como “sair da pista e ganhar vantagem”.

Verstappen vai ao pódio e aumenta a vantagem para 57 pontos no campeonato, enquanto Norris saiu do carro descontente com a punição, claro, mas se culpando pela largada. “Se não tivesse pilotado como um palhaço, não estaríamos tendo essa conversa.”

Leclerc, que fez o certo para evitar Verstappen na largada, comemorou sua terceira vitória do ano, a quarta da Ferrari na temporada.

Live do GP dos EUA

Verstappen levou a sprint, Norris larga na frente, Sainz mostrou que a Ferrari está consumindo menos os pneus. É interessante o cenário para o GP dos Estados Unidos, enquanto as notícias no Brasil sobre os direitos de TV também movimentaram o fim de semana.

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Um novo campeonato por 6 corridas? – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #280

SORTEIO DO MÊS: Um avental do GP da Cidade do México!

Mais um brinde que você não vai ver para vender por aí: um avental do GP da Cidade do México, que é conhecido por nos levar para verdadeiras viagens culinárias nos sabores do país. Então quem sabe o avental não te anime também a provar algo com um temperinho mais forte?

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Podcast: Como é ser fiscal de pista da F1

Sabe aquele perrengue que a gente passa com gosto? É o que o Mauro Clermann descreveu nesse bate papo exclusivo contando como é ser fiscal de pista na Fórmula 1. Mas por que perrengue? Você paga do bolso, é um trabalho voluntário, escolhe dormir muitas vezes mal, levar chuva na cabeça, frio, mas quem gosta sabe que compensa. Ainda mais conhecendo uma galera que está na mesma vibe e ainda rodando o mundo!

O Mauro contou como ele deixou a vida de bancário para trás para ser fiscal de pista, explicou como chegar lá e contou umas curiosidades sobre o trabalho desse pessoal que é fundamental para as corridas acontecerem.

Aqui o insta do Mauro @mclermann para vocês acompanharem o trabalho dele mais de perto.

Confira os outros episódios clicando aqui. Se você é assinante VIP, Credenciado ou Uniformizado e não está vendo o arquivo, certifique-se de ter feito o login no site.

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Semana de exclusivas – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #279

SORTEIO DO MÊS: Um avental do GP da Cidade do México!

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Podcast: Como a F1 quase acabou no Brasil e renasceu das cinzas

Perdi a conta do número de vezes que eu ouvi que tinha que pular dessa barca chamada F1 antes que ela afundasse no Brasil. Tudo por conta de uma decisão que a Globo tomou lá em 2016 e que gerou uma série de outras decisões e outros acontecimentos que, de fato, quase fizeram a barca afundar.

Resolvi compilar tudo aqui. Tenho certeza que tem muita coisa que vocês não ficaram sabendo, e tem muita coisa que eu até hoje custo a acreditar.

Vou ficar esperando sugestões para o título do livro.

Cito duas entrevistas neste episódio:

Alan Adler, promotor do GP de SP

Jayme Brito, produtor da Globo e depois da Band, e consultor da Liberty para o Brasil

E aqui estão os podcasts produzidos exclusivamente para o No Paddock desde 2019.

Confira os outros episódios clicando aqui. Se você é assinante VIP, Credenciado ou Uniformizado e não está vendo o arquivo, certifique-se de ter feito o login no site. Se, mesmo assim não visualizar o áudio, peço que por favor entre em contato comigo porque está ocorrendo uma instabilidade no plugin que controla esse acesso.

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Norris mudado e Verstappen em grande forma – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #277

Norris mudado, Max boladão, loucura de Abu Dhabi e o futuro com Mariana Becker

Toda a história do Max boladão com a FIA em alguns capítulos

O presidente da FIA conseguiu até unir Hamilton e Verstappen na rebeldia contra a FIA com essa história de reclamar dos palavrões, e reclamar dos palavrões com uma comparação que diz muito sobre ele. A melhor parte dessa história foi a coletiva do sábado, em que Verstappen se portou muito bem o tempo todo, e até surpreendeu a assessoria de imprensa da Red Bull, que não sabia o que ele ia fazer. E depois ele deu seu recado no domingo, dizendo que, se a FIA realmente for no caminho de controlar o que os pilotos podem dizer, ele não está muito interessado em ficar. (Os dois primeiros link têm acesso gratuito)

Como Ricciardo virou personagem em GP com tom de despedida

Todos os olhos estavam em Ricciardo de qualquer maneira, e só ficaram mais ainda quando, primeiro, ele fez a melhor volta mesmo estando em último e roubou um ponto de Norris e, segundo, quando começou a falar em tom de despedida nas entrevistas, emocionado, e foi se despedir de todo mundo na garagem. LEIA MAIS (conteúdo aberto).

Como Norris foi tão superior e mudou a cara do GP de Singapura

Na análise do GP de Singapura, o que tem no carro de Norris que o ajudou a ser por vezes um segundo por volta mais rápido que Verstappen; por que Verstappen pode dizer que ficou no lucro LEIA MAIS (conteúdo aberto)

Rapidinhas da semana

Recomendo dar uma olhada na coluna pole position e no Youtube do UOL Esporte amanhã porque notícias tem fresquinhas sobre a transmissão da F1 em 2025. Adianto que são notícias boas, mas lembrando que não tem nada assinado ainda (nem a rescisão da Band, para falar a verdade).

Um passarinho me contou que Bortoleto foi visto em Graz, na Áustria. Graz tem o aeroporto comercial mais perto do Red Bull Ring. Mas também tem um simulador potente que é muito usado pela equipe dele na F2. E também é onde mora o Marko. Não vou começar nenhum rumor não, é só para vocês saberem dos posicionamentos das minhas sentinelas.

Mas eu realmente não sei o que faria no lugar do Gabriel. A situação está se desenhando para: ou ele rompe com a McLaren para ser piloto júnior da Audi com a garantia de que estará no carro em 2026, ou se mantém no programa do time inglês com uma possibilidade de subir para uma equipe melhor, ou mesmo de conseguir uma liberação mais pra frente, mas sabe-se lá quando.

Reels no Insta: Acordando 13h para trabalhar em Singapura e suando “pouco”

As baixas na Red Bull também serão tema da coluna ainda nessa semana, com algumas informações interessantes que ouvi de fonte boa sobre Jonathan Wheatley. Não pegou bem ele ter se colocado como candidato quando Horner estava perigando. E ele ouviu logo depois que seu contrato não seria renovado. Mas acabou dando certo para ele: vai virar chefe da Audi ganhando três vezes mais!


O Melhor da Internet

Os problemas da regra do ponto da volta rápida

Edd Straw foi a fundo aqui nas questões do ponto da volta mais rápida. Ele acredita que, pela maneira como a regra está colocada, ela premia quem não tem muito motivo para ser premiado. Tem números para comprovar e tudo. LEIA MAIS

Só eu acho o Piastri hilário? Assiste e depois me fala

O que Franco Colapinto mostrou até aqui, e por que isso importa

Confesso que achava que Franco sofreria em Singapura. É uma pista mais difícil do que parece e não é por acaso que, na classificação, Verstappen ficou tão à frente de Perez, Alonso ficou tão à frente de Stroll, Hamilton conseguiu superar Russell, Piastri nem incomodou Norris. É difícil preparar os pneus com perfeição e depois executar a volta. Colapinto passou por um teste de fogo e Jolyon Palmer explica aqui os detalhes. LEIA MAIS

O texto mais completo que você vai ler sobre a despedida de Ricciardo

O Nate Saunders segue Ricciardo de perto faz tempo, até escreveu livro sobre ele. Nate foi acompanhar os passos de Daniel depois das entrevistas emocionadas que deu e conta tudo aqui. LEIA MAIS

Dentro da garagem da Williams com o mecânico do reabastecimento

Legal o artigo de opinião do Chris Medland sobre a “polêmica” dos palavrões

O mais legal ainda é a opção de título com um palavrão em um site norte-americano, justamente o público que a Liberty vem tentando conquistar a todo custo. Há um claro descompasso entre ben Sulayem e qualquer coisa que a Liberty faça, e Chris explora isso bem. LEIA MAIS

E O VENCEDOR DO SORTEIO DO MÊS É…

Ricardo Carlini, que é assinante desde o começo do No Paddock, foi o sorteado com essa camisa linda do Ayrton Senna. Parabéns!

Lembrando que TODOS os assinantes participam do sorteio, e semana que vem eu revelo qual é o prêmio de outubro.


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Norris mudado e Verstappen em grande forma – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #277


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McLaren com seus reais superpoderes em Singapura e o lucro de Verstappen

Como Mônaco, o GP de Singapura é daqueles que começa cadenciado, com o líder ditando um ritmo deliberadamente lento, sabendo que é difícil ultrapassar. Formam-se trenzinhos de DRS, e a corrida só engata quando alguém tem um encontro com o muro. Mas não dessa vez. 

Na volta 3, Lando Norris já tinha aberto quase 2s para Verstappen. Na volta 9, quase 4s. E foi só nessa volta que o engenheiro pediu que ele forçasse o ritmo.

Norris estava tratando Singapura como qualquer outra prova, por dois motivos: tinha uma vantagem de performance considerável para seu oponente mais próximo, que era Max Verstappen após falhas nas classificações de Oscar Piastri e das Ferrari (sofrendo para colocar temperatura no pneu para uma volta lançada), e porque SIngapura não estava sendo tão dura com os pneus como em anos anteriores, com o asfalto mais maduro.

Estratégia de Hamilton não funciona

Isso pegou Lewis Hamilton desprevenido. A Mercedes tinha optado por largar com o pneu macio pensando na possível vantagem na largada, com mais aderência. Depois, ele sofreria para manter as temperaturas, lembrando que, quanto mais macio o pneu, menor o regime de temperatura em que ele funciona de maneira otimizada. Mas era Singapura, o ritmo seria lento no começo, e seria mais fácil administrar isso.

Com a tocada forte de Norris, não foi. Seus pneus se superaqueceram, ele teve de parar cedo, na volta 17, e saiu da disputa pelo pódio. Na verdade, com essa opção de ritmo por parte de Norris, haveria uma real disputa pelo pódio, porque seria uma corrida mais franca. E isso era uma má notícia para a Mercedes, que também tinha lucrado com as classificações ruins de Piastri e as Ferrari e estava largando muito mais à frente do que merecia em termos de ritmo.

Por que Norris conseguiu apertar tanto o ritmo?

Mas por que Norris conseguia ser tão rápido sem superaquecer seus pneus médios? A McLaren já tinha mostrado em Zandvoort que é o carro mais eficiente quando todos estão com uma configuração de mais downforce. Na Hungria tinha sido a mesma coisa. E isso tem a ver não com (agora banida) a asa traseira que cujo flexibilidade foi visível (na pista de baixa pressão aerodinâmica de) Baku, mas que não traz tanta vantagem assim. O grande segredo deles, e a grande briga que existe é focada na flexão da asa dianteira. 

Em baixa velocidade, ela se move de uma maneira que “prende” mais o carro, e volta a uma posição mais normal quando a velocidade aumenta, ou seja, não tem um efeito prejudicial quando um ângulo tão agressivo não é necessário. Em teoria, a asa não poderia ter nenhuma flexão, mas todas têm algum nível. Contando que elas passem nos testes da FIA, elas são consideradas legais.

Isso faz com que o carro seja mais estável ao longo da volta. Ajuda na velocidade, ajuda no controle da temperatura dos pneus.

Ritmo de Norris ajudou Piastri

Essa corrida mais aberta ditada por Norris abriu a possibilidade de carros com melhor ritmo usarem isso com um overcut. Ou seja, ficando mais tempo na pista que seus rivais diretos para criar uma diferença de voltas nos pneus na parte final que permitiria ultrapassar, e aí entra outro elemento da corrida deste ano: a quarta zona de DRS, fazendo com que as ultrapassagens fossem menos raras e menos dependentes de carros estarem completamente fora da posição que mereciam por conta do ritmo.

Foi assim que Piastri entrou na disputa pelo pódio, mesmo largando em quinto. Ele teria que superar as duas Mercedes. A de Hamilton seria mais fácil porque ele tinha tido de parar muito cedo. A de Russell exigia que ele ficasse mais tempo na pista, se segurando com o pneu médio.

Russell foi até onde conseguia, em uma Mercedes que não rendeu bem na corrida. Parou na volta 27.

Piastri foi até a 38 e, mesmo neste momento, a Mercedes já não se preocupava tanto com ele. Sabia que, com o ritmo superior e pneus bem mais novos, ele passaria Hamilton e Russell com facilidade. Dito e feito.

Ferrari tinha o segundo melhor ritmo do dia

A corrida da Mercedes a essa altura era com a Ferrari, que tentava estratégia semelhante com Leclerc. O monegasco, que largou em nono, tinha passado todo o primeiro stint preso atrás de Alonso e Hulkenberg, só vendo a diferença para Russell aumentar. Quando o inglês parou, estava 16s à frente de Leclerc.

Mas o ritmo da Ferrari assim que Leclerc passou Alonso e que Hulkenberg parou foi muito forte e comprovou que ele e Sainz deveriam ser os pilotos brigando pelo pódio em termos de ritmo puro. Só estavam atrás demais para conseguir isso.

Um bom exemplo disso é como a diferença de Russell para Leclerc se manteve estável na fase em que George estava com pneus duros e Charles, com médios bem usados. É por isso que a Mercedes estava monitorando a Ferrari, e não a McLaren de Piastri, que passaria de passagem Hamilton na volta 39 e Russell na 44.

Verstappen no lucro

Piastri não teria tempo para chegar em Verstappen, que teve o benefício de fazer seu ritmo o tempo todo. Quando ele passou Russell, estava a 19s de vantagem. Mesmo sabendo que não teria tempo de chegar no holandês em 18 voltas, ou seja, mesmo sabendo que não precisava forçar tanto o ritmo, chegou 11s atrás.

Ter Piastri ali foi importante para que Verstappen não tivesse uma vantagem grande o suficiente para tentar colocar pneus macios e fazer a melhor volta da prova no final. O que obrigaria a McLaren a tentar o mesmo com Norris (o que implicaria em aumentar o ritmo, já que ele nunca teve folga suficiente para isso). Com os pilotos no limite por conta da desidratação de Singapura, isso é sempre mais arriscado do que em outras pistas, como os dois erros de Norris, que geraram sustos, sem grandes consequências, comprovaram.

O fator Daniel Ricciardo

Quem foi aos boxes com quatro voltas para o final foi Daniel Ricciardo, último colocado, ou seja, alguém que não marcaria pontos se fizesse a volta mais rápida. O piloto da RB, de propriedade da Red Bull, conseguiu o melhor giro e roubou um ponto de Norris, no que, a julgar pela sua emoção e clima de despedida, foi sua última prova na F1.

Um melancólico último lugar para um piloto que tinha tentado uma estratégia de duas paradas (foram três, no final, com a troca para conseguir a volta mais rápida), algo que não costuma trazer dividendos em uma pista em que se perde tanto tempo nos boxes.

Vitória maiúscula de Norris, com Verstappen salvando pontos importantes em segundo, Piastri recuperando parte dos danos de seu Q3 ruim em terceiro, Russell sofrendo para se defender de Leclerc no final em quarto, o monegasco em quinto, Hamilton em sexto, e Sainz, que largou em décimo, em sétimo. Alonso conseguiu um undercut em Hulkenberg para ser oitavo, e o alemão segurou Sergio Perez, que largou fora do top 10 e sofreu com Franco Colapinto no primeiro stint, só conseguindo entrar na zona de pontuação quando fez um undercut no argentino.

Live do GP de Singapura

Lando Norris sai na frente em Singapura mas foi Max Verstappen quem roubou a cena após a classificação com seu protesto contra a punição por ter falado palavrões na coletiva da FIA. Ele sai em segundo e Lewis Hamilton estava felizão com uma inesperada terceira colocação

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Vem mais conteúdo em vídeo por aí – Newsletter No Paddock da F1 com a Ju #276

SORTEIO DO MÊS: Camiseta Ayrton Senna


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Uma vitória que Piastri construiu com as falhas do passado

O GP do Azerbaijão já teve edições de loucura total. E teve outras em que não aconteceu quase nada. A prova de 2024 não foi nenhuma das duas. Foi um duelo tenso, técnico, em que, por 15 voltas, os três primeiros ficaram divididos por menos de 2s. E eram três carros diferentes. Uma corrida em que deve ter caído a ficha para ainda não vê “tudo isso” em Oscar Piastri.

O piloto da McLaren largou na segunda posição e dava a impressão nas primeiras voltas de que passaria o pole position Charles Leclerc em uma questão de tempo. Mas a pressão durou cinco voltas, tempo suficiente para ele pedir demais de seus pneus e ver o ritmo cair.

Era um filme que Piastri já tinha visto nas últimas provas. Quando você está na turbulência de outro lado, ou você aproveita ao máximo a aderência logo de cara, ou fica vendido. Forçando por várias voltas atrás de outro carro, você vai perdendo o controle das temperaturas do pneu, de um jeito que pode não conseguir se recuperar mais.

Piastri atacou e teve que recuar no primeiro stint

Foi um filme que ele viu novamente no primeiro stint em Baku, a ponto da equipe começar a olhar para trás. Com menos a perder, em quinto e sexto lugares, a Red Bull e a Mercedes chamaram Max Verstappen e George Russell na volta 12, iniciando um efeito dominó em quem estava mais à frente.

Isso porque os pilotos estavam administrando tanto os pneus médios que o undercut estava se mostrando muito poderoso. Verstappen voltou rapidamente andando 2s mais rápido que o líder Leclerc, então o outro lado da garagem da Red Bull chamou Sergio Perez na volta 13 para evitar que a Ferrari conseguisse o undercut com Carlos Sainz.

Enquanto isso, Norris escalava o pelotão

Mas havia um preço. Ele voltaria atrás de Lando Norris, ainda longe de parar. E também de Alex Albon. Afinal, os dois estavam com os pneus duros e precisavam ir pelo menos até a volta 30.

Norris estava nesta situação porque pegou uma bandeira amarela relâmpago no final do Q1, se classificou em 17º e acabou largando em 15º com punições a Gasly e Hamilton. Em oito voltas, ele já estava no top 10 e rapidamente escalou até o quinto posto com as paradas dos rivais.

Norris teria um papel fundamental na vitória de Piastri, logo em um final de semana que começou com a equipe dizendo que iria trabalhar para que ele conseguisse diminuir a desvantagem para Verstappen.

Logo à frente de Perez após a parada do mexicano, ele diminuiu o ritmo e segurou a Red Bull, enquanto Piastri era instruído para forçar o ritmo e entrar no box. Perez estava a 2s de Piastri antes da parada, em terceiro lugar, então era para o undercut da Red Bull ter funcionado.

Ele perdeu tanto tempo com Norris que Piastri parou e voltou a sua frente.

Lá na frente, a Ferrari respondeu à parada de Piastri com Leclerc no giro seguinte, mas a volta de retorno dos boxes do monegasco foi lenta, enquanto Piastri conseguiu, até a exemplo do primeiro stint, aquecer mais rápido seus pneus.

Piastri aproveitou a “meia chance” que teve para vencer

E então, o que fazer agora? Piastri sabia que, se forçasse muito, perderia muito rendimento nos pneus depois. Mas, se conseguisse passar, poderia controlar o ritmo da frente, o que sempre ajuda a ter menos desgaste.

“Eu vi meia chance e fui”. Foi mesmo, no começo da volta 19, se lançando de longe por dentro na curva 1. A ultrapassagem surpreendeu Leclerc, que não entendia como Piastri estava conseguindo tirar tanto do pneu naquele momento, e também ficou surpreso com o ritmo de Perez, que vinha logo atrás e logo passou a pressioná-lo. “É para eu forçar ou não, o ritmo deles está uma loucura!”, disse o piloto da Ferrari.

E lá ficaram os três, muito próximos um do outro até que Perez começou a sofrer com os pneus lá pela volta 36, com 15 para o final.

Sainz chega na briga

Nesse ponto da prova, Carlos Sainz vinha crescendo. Ele tinha pneus mais novos do que todos os outros ali na ponta, tinha preparado sua prova para crescer no final.

Com cinco voltas para o fim, ele chegou de vez. Os quatro primeiros colocados estavam separados por menos de 4 segundos. Piastri se concentrava em sair bem da última curva e não errar a freada da curva um mesmo se posicionando um pouco mais para dentro no traçado, para evitar que Leclerc tivesse qualquer chance de ultrapassagem mesmo tendo, volta após volta, o DRS aberto. Os dois já estavam com os pneus detonados também, dando uma traseirada atrás da outra.

Com três voltas para o fim, Perez viu sua chance. Tentou mergulhar em cima de Leclerc, não conseguiu fazer a manobra, e foi passado por Sainz. Na tentativa de recuperar a posição, chocou-se com o espanhol. Com os dois carros batidos na pista, a corrida terminou com o Safety Car Virtual. E uma vitória suada de Piastri.

Norris x Verstappen, quem diria

Nem um dos dois pilotos mais bem colocados no campeonato participou dessa briga. Lando Norris foi bem levando em consideração de onde largou. Conseguiu levar seus pneus duros até a volta 37, mesmo tendo feito fila no começo da prova.

O ritmo também foi bom o suficiente para que ele não precisasse ultrapassar nenhum carro mais lento quando voltou à pista. Na verdade, Norris teve pista livre para fazer algo que nem ele, nem a equipe, que projetava um oitavo lugar, acreditavam ser possível antes da largada: ir à caça de Max Verstappen e ultrapassá-lo na pista.

Com toda a confusão das últimas voltas, essa foi uma luta pelo quarto lugar. E Norris, que também fez a volta mais rápida, conseguiu, largando em 15º, tirar três pontos da vantagem de Verstappen. O terceiro lugar no pódio acabou ficando com George Russell, que fez uma corrida solitária.

Verstappen teve um domingo apagado por conta de decisões erradas tomadas no sábado com o acerto do carro, que teimava em não ficar com as quatro rodas em contato com o asfalto o tempo todo. Mas se mostrou mais confiante do que duas semanas antes a respeito de seu campeonato. Afinal, a Red Bull finalmente encontrou a base de seus problemas – segundo Christian Horner, na atualização da Espanha de 2023! – e trouxe mudanças no assoalho que deixaram os pilotos mais contentes. Ou pelo menos quem não se perdeu no acerto no meio do caminho.

Colapinto roubando a cena

A batida de Sainz e Perez abriu o caminho para que vários pilotos do meio do pelotão pontuassem, mas mesmo sem o acidente Franco Colapinto seria um deles. Ele largou em nono, entrando no Q3 logo em sua segunda classificação, e se manteve ali no primeiro stint.

Foi o primeiro a parar, sofrendo com os pneus.

Uma comunicação intensa com o engenheiro foi ajudando Colapinto, que sequer fez uma temporada completa na F2, a entender o que deveria fazer com seu segundo jogo de pneus. Ele se viu perseguindo Fernando Alonso, depois perdendo posições para o companheiro Albon e para Nico Hulkenberg, e sendo perseguido por Lewis Hamilton, que tinha largado do pitlane após trocar o motor. Passou o piloto da Haas logo antes do acidente de Perez e Sainz com pneus 5 voltas mais usados e foi o oitavo colocado.

Hamilton e Ollie Bearman, que substituía o suspenso Kevin Magnussen, completaram o top 10.