O GP da Rússia ficou no calendário da F1 de 2014 a 2021 e não deixou saudades, com uma pista de asfalto liso, poucas ultrapassagens e várias vitórias da Mercedes
Continue readingColuna Diversidade: Mudando de gênero dentro do automobilismo
A paixão pelo automobilismo acabou atrasando todo o processo simplesmente porque Charlie conhecia o ambiente com o qual estava lidando e temia a rejeição. Até que, em 2012, ela sentiu que não havia outro caminho: ou faria a transição, ou cometeria suicídio, tendo até decidido como tiraria a própria vida.
Continue readingPodcast No Paddock da F1 com a Ju: Papo com Felipe Drugovich
Falamos sobre como foi mudar para a Itália aos 12 anos, o que deu certo e errado nos últimos anos, sobre seu companheiro (e futuro piloto de F1, Guanyu Zhou) e o que ele projeta para 2022.
Continue readingRaio-X do GP da Itália e como a McLaren construiu a dobradinha
A McLaren tinha duas vantagens importantes: a configuração de utilização da UP usada pelo time inglês fazia com que o motor recuperasse energia no meio da reta e depois a entrega voltava, e o motor Mercedes esteve mais forte que o Honda em Monza. Para completar, como disse Norris, o carro parecia “ganhar vida” toda vez que estava sem trânsito à frente
Continue readingVídeo: Ju Responde sobre mais uma treta de Max e Lewis, a dobradinha da McLaren e o futuro da sprint
Aqui as respostas das perguntas enviadas no instagram @myf1life sobre o GP da Itália e mais um acidente entre Hamilton e Verstappen. Tem a explicação para a punição (e o pitstop ruim) de Verstappen e o que ela significa para a próxima corrida do holandês, por que a McLaren andou tão bem, o que explica a dificuldade em se ultrapassar em Monza e o que a Fórmula 1 planeja fazer com o formato sprint para o ano que vem.
Continue readingDrops dos bastidores do GP da Itália
Ah, e para quem ficou surpreso com o ótimo desempenho de Daniel Ricciardo neste fim de semana, ele tinha uma explicação bem técnica: “Eu fico mais rápido quando como pizza, e aqui na Itália é pizza todo dia.”
Continue readingPredominantemente culpado – parte 2
Os lances foram muito similares e totalmente diferentes ao mesmo tempo. Diferentes pelo tipo de curva, já que, em Silverstone, tratava-se de uma curva de alta velocidade e, em Monza, de uma chicane lenta. E semelhantes porque, em ambas as situações, os dois pilotos decidiram não ceder.
Continue readingConfira o placar entre companheiros e as diferenças no GP da Itália
Na Alfa Romeo, Antonio Giovinazzi foi 1s333 mais rápido que Robert Kubica. O polonês substitui Kimi Raikkonen.
Raio-X do GP da Holanda e as três missões que Verstappen cumpriu
Verstappen tinha três missões: para vencer o GP da Holanda: escapar logo do DRS, pois a velocidade no final da reta da Mercedes era superior, evitar ficar exposto a um undercut (o que em Zandvoort significava algo em torno dos 2s5) e, ao mesmo tempo, cuidar dos pneus, já que as interrupções nos treinos livres significaram que os times foram no escuro em termos de simulações de corrida.
Continue readingVídeo: Ju Responde se a Mercedes errou ou não na estratégia (e mais)
Fazendo um pit stop rápido em casa entre os GPs da Holanda e da Itália, tiro as dúvidas enviadas pelo instagram myf1life após o GP da Holanda e falo sobre a estratégia da Mercedes, os méritos de Verstappen, a briga interna na McLaren e na Haas, o rendimento da Ferrari e o que podemos esperar da pista de Zandvoort em 2022.
Continue readingDrops dos bastidores da balada holandesa (quer dizer, do GP)
Até porque os festivais, tão famosos na Holanda, não estão acontecendo devido às restrições feitas pelo governo, permitindo festas de até 750 pessoas, ao mesmo tempo em que eventos esportivos do tamanho do GP em Zandvoort, com 70 mil pessoas por dia, possam acontecer. E por isso o evento foi muito questionado na Holanda – e muita gente vai ficar de olho nos dados de covid após a bonança.
Continue readingConfira o placar entre companheiros e as diferenças no GP da Holanda
Com Raikkonen com covid, Robert Kubica o substituiu e levou 1s251 de Antonio Giovinazzi
Vídeo: Ju Responde (ou tenta explicar) o não GP da Bélgica
Respondo às perguntas enviadas no instagram myf1life sobre como foi a cobertura do GP mais curto da história da F1 e explico (ou tento) por que a categoria optou por fazer os pontos valerem mesmo sem uma corrida de verdade.
Continue readingDrops dos bastidores do (não) GP da Bélgica
Vez ou outra você via os dentes de alguém, mas sorrindo só para fazer alguma brincadeira sarcástica. Como Lando parabenizando Max pela performance ou Daniel falando bem do primeiro setor do George.
Continue readingComo assim teve pódio, mas não teve corrida?
O GP da Bélgica não teve nenhuma volta de corrida de verdade, mas mesmo assim Max Verstappen estourou a champanhe na comemoração pela vitória e diminuiu a vantagem de Lewis Hamilton na liderança do campeonato de oito para três pontos, com dez etapas para o final da temporada. Mas por que a Fórmula 1 acabou ficando nesta situação de simplesmente não conseguir correr debaixo de chuva em Spa-Francorchamps neste domingo?
Primeiramente, tem chovido muito na região do circuito desde quinta-feira. E, neste domingo, a água começou a cair de forma intermitente por volta do meio-dia. A largada seria às 15h. “Provavelmente, o horário da melhor condição de pista foi justamente quando estávamos indo para o grid, então lá pelas 14h30”, disse Daniel Ricciardo, quarto colocado na classficação final, que acabou sendo a mesma do grid de largada na prática.
De fato, os carros não pareciam levantar muito spray, o que é a grande dificuldade neste tipo de condição, indo para o grid. E, mesmo assim, Sergio Perez perdeu o controle de sua Red Bull e bateu na volta de instalação.
Isso porque a a aquaplanagem é outro problema, especialmente com os carros tão baixos como aqueles com que a F1 corre atualmente. E o spray levantado é maior porque os pneus traseiros foram aumentados nos últimos anos. Esses dois fatores, juntamente com a situação da pista de Spa contribuíram para que a direção de prova considerasse inviável retirar o Safety Car da pista.
A grande preocupação era com a baixa visibilidade e a possibilidade de aquaplanagem na sequência das curvas Eau Rouge e Raidillon, palco de acidentes graves nos últimos anos, e que já tinha feito uma vítima na F1 neste fim de semana, Lando Norris, que bateu forte na classificação. O acidente ocorreu depois que vários pilotos pediram que a sessão fosse paralisada, mas não foram ouvidos pelo diretor de prova, Michael Masi. Descontente com a atuação do australiano, um dos diretores da associação de pilotos, Sebastian Vettel, foi pessoalmente cobrar que Masi ouvisse mais os pilotos.
E foi isso o que ele fez neste domingo. Como a chuva apertou perto do horário de largada, a opção foi por fazer duas voltas de apresentação atrás do Safety Car, e após ouvir de vários pilotos que a visibilidade era muito baixa, Masi decidiu interromper a prova.
Foram horas de espera até que ficou claro que a chuva não pararia – ela só cedeu às 21h, quando já estava escuro em Spa-Francorchamps – então a F1 passou a buscar soluções factíveis. Segundo Masi, há “uma lista de motivos” pelos quais não seria possível fazer uma corrida na segunda-feira, passando por questões relacionadas à organização, como os fiscais de pista, público e o próprio ‘circo’ da F1, que já começara a ser desmontado para ir para a próxima etapa, já no próximo final de semana, na Holanda.
Então a decisão foi por garantir que os pontos seriam dados, mesmo que pela metade. O regulamento prevê que é possível dar pontos aos pilotos assim que o líder completar pelo menos duas voltas, não importando como isso foi feito. E por conta disso Verstappen marcou 12.5 pontos, o segundo colocado George Russell fez 9 e o terceiro, Hamilton, conquistou 7.5. “Três voltas foram completadas porque, assim que os carros entraram de volta no pitlane após a bandeira vermelha, eles cruzaram a linha de chegada”, explicou Masi.
Embora os pilotos tenham concordado que não era aconselhável correr sob condições tão ruins, por falta de segurança, nem todos concordaram com a pontuação. “É meio que uma piada né?”, disse Sebastian Vettel, quinto na corrida. “Se você quiser dar pontos para a classificação, que dê”. Para Hamilton, “a maneira como as coisas foram feitas provam que o dinheiro comanda” a categoria.
Quem não teve motivos para reclamar foi Russell, que acabou subindo ao pódio e comemorando, efetivamente, uma excelente classificação, quando colocou a Williams na segunda colocação no grid sob chuva. “Honestamente, era muito difícil. Mesmo estando em segundo, às vezes eu não conseguia nem ver Max à minha frente. Sinto muito por quem estava assistindo, mas a segurança tem de vir em primeiro lugar. Mas um pódio é um pódio e, em duas semanas, eu provavelmente nem vou lembrar como ele foi conquistado. Claro que é uma sensação estranha. Nunca vivi isso na minha carreira, mas acabamos sendo recompensados por um trabalho incrível que fizemos na classificação.”
Sem previsão de chuva, o GP da Holanda será a próxima etapa da Fórmula 1, dia 5 de setembro.
Confira o placar entre companheiros e as diferenças no GP da Bélgica
Memórias de 10 anos de F1 e uma dobradinha marcante: Spa e Monza
O paddock fica bem longe daquela curva, mas também em uma zona mais alta, então o barulho foi alto e claro. Tinha acabado de fazer uma pergunta quando ouvimos a sequência de estrondos, e Lewis logo procurou o telão, que estava em um lugar que eu não conseguia ver. O que vi, pelos seus olhos, é que não tinha sido nada bom.
Continue readingA ‘polícia invisível’ da F1
Fazia tempo que a Fórmula 1 não vivia bastidores em tamanha combustão como neste ano em que a Mercedes perdeu terreno com as regras aerodinâmicas e a Red Bull cresceu
Continue readingUm caminho sustentável (de verdade) para a Fórmula 1
De onde vêm as emissões de carbono da Fórmula 1 e como a categoria pode trilhar um caminho mais sustentável atrás da meta de ser carbono zero em 2030
Continue readingPodcast No Paddock da F1 com a Ju: Um papo com Castilho de Andrade
A história de Castilho de Andrade se confunde com a da Fórmula 1 no Brasil. Mas ele caiu de pára-quedas na primeira cobertura, indo receber Emerson Fittipaldi no aeroporto após sua primeira vitória, em 1970. O hoje diretor de imprensa do GP de SP conta essa e outras histórias no podcast exclusivo do No Paddock da F1 com a Ju.
Confira os outros episódios usando a tag ‘podcast’
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Depois de mais de três anos, além de muito conteúdo bacana, acabamos formando um grupo bem legal, com um ambiente de respeito e parceria nas lives, algo que infelizmente vem faltando tanto na comunidade em geral.
Continue readingO mistério da velocidade de reta de Red Bull e Mercedes e suas versões
A Mercedes jura que a Red Bull na verdade levou um puxão de orelha em forma de diretiva técnica da FIA. A Red Bull desconfia que a Mercedes encontrou algo, no mínimo, nebuloso no regulamento
Continue readingRaio-X do GP da Hungria e a ajuda dupla de Alonso
É quando algo pega os pilotos e equipes de surpresa que a Fórmula 1 conta suas melhores histórias. E ela veio em dose dupla em Budapeste: primeiro com uma chuva fina e constante que caiu por uma meia hora, tornando a pista um sabão, e depois com uma bandeira vermelha longa o suficiente para que o asfalto secasse.
Continue readingVídeo: Ju Responde tirando as dúvidas sobre o GP da Hungria
Já de volta do calor úmido de Budapeste, tiro as dúvidas sobre uma corrida movimentada, em que vários carros fortes ficaram pelo caminho (ou aos pedaços, como no caso de Verstappen)
Continue readingDrops dos bastidores de mais um round Red Bull x Mercedes
utro assunto da semana foi a reunião entre a prefeitura e a organização do GP de São Paulo sobre a mudança de data da etapa brasileira para o dia 14 de novembro
Continue readingGP da redenção
Agora oito pontos na frente de Verstappen, depois de chegar a estar 33 pontos atrás antes do GP da Grã-Bretanha, Hamilton saiu de Hungaroring com um lucro muito maior do que poderia imaginar quando se viu na última colocação logo nas primeiras voltas da prova
Continue readingConfira o placar entre companheiros e as diferenças no GP da Hungria
Memórias de 10 anos de F1 (e de como o início foi cheio de dúvidas)
Eu vivia cada momento, cada GP, como se fosse o último. E cada viagem também. Porque realmente poderia ser!
Continue readingPodcast Exclusivo No Paddock da F1 com a Ju: Papo com Sergio Maurício
No podcast exclusivo para assinantes do No Paddock da F1 com a Ju, bati um papo com o narrador que assumiu a responsabilidade de se tornar, de vez, a voz da Fórmula 1 no Brasil.
Continue readingGP da França ao vivo: Turistando na F1
A organização está trabalhando duro para tornar a experiência de ver o GP da França ao vivo melhor, mas eles têm um problema crônico de acesso. Então, aquela ideia de ver uma sessão na pista e voltar para uma casa alugada com vista para vinhedos consumindo produtos locais pode virar algumas horas de trânsito parando para comer o que der no meio do caminho, até porque tudo fecha cedo. E francês que é francês não vai alterar sua rotina só porque há algumas milhares de pessoas famintas em um evento por perto.
Por isso, é importante saber os macetes de Paul Ricard antes de cair em uma cilada do tipo hospedar-se em Marselha, que é longe, e torcer pelo melhor.
Compre ingresso para: general admission
Como não há nenhuma arquibancada que se destaque e o ingresso de general adminission dá direito a optar por várias áreas, inclusive na chicane da mistral e na entrada da reta principal, este ingresso mais barato pode ser uma boa opção. Assim como em Silverstone, as arquibancadas acabam ficando distantes da pista, a não ser na reta principal, cujos ingressos, é claro, são mais caros.
Hospede-se: na costa
Toulon é a cidade maiorzinha mais próxima, mas há várias opções de lugares menores e bem mais charmosos. A dica é ficar na direção da rodovia DN8, pois é ela que será aberta ao público. A que chega a oeste do circuito é reservada para carros credenciados.
Vá de: transporte da organização
A grande preocupação da volta do GP da França especificamente em Paul Ricard é o trânsito, pois existe apenas uma única via de acesso. Então o ideal é utilizar o sistema de vans da própria organização, com paradas nas principais cidades das redondezas. É melhor do que ser um carro a mais aumentando o trânsito, lembrando que a estação de trem mais próxima fica a 20km da pista.
Não perca: as praias
Você estará em uma região conhecida pelo belo visual do mar em pleno verão europeu. Não precisa falar mais nada, não? Tudo bem que às vezes as praias dessa região desapontam brasileiros porque nem sempre são de areia, mas o azul do mar compensa. Um lugar que recomendo fortemente é Cassis, onde dá para fazer trilhas por penhascos e piscinas naturais.
Combine com: Mônaco
Para a viagem de F1 ficar completa, por que não dar um pulinho no Principado? Há outras opções interessantes também, como visitar o deslumbrante Parque Nacional do Verdon ou mesmo aproveitar um stopover em Paris. Opções na Provance mesmo, é claro, também não faltam.
Quanto fica ver o GP da França ao vivo?
São 185 dólares do ingresso para o general admission. Na hospedagem, para dá gastar menos de 350 (lembrando que economizar para ficar em um lugar fora de mão ou longe vai sair caro em termos de curtir a experiência. E as passagens saindo de São Paulo em julho, ou seja, em pleno verão europeu, o que encarece bastante, por volta de 900 dólares (havendo a opção de ir a Paris e pegar um trem ou voar para Marselha, Toulon ou mesmo Nice). É um GP que vai ficar acima de 1500 dólares.
Vale a pena ver o GP da França ao vivo?
Ninguém precisa de uma desculpa para visitar esta parte do mundo. Dito isso, a Fórmula 1 é uma ótima desculpa para visitar esta parte do mundo. É só se atentar para a questão do transporte que certamente será uma experiência positiva.
Raio-X do GP da Grã-Bretanha e o líder supresa (por 49 voltas)
Depois que Hamilton fez sua parada, na volta 27, a vantagem em relação ao ritmo da Ferrari ficou clara: era de pelo menos 0s7 por volta, ou seja, mesmo tendo Lando Norris e Valtteri Bottas pelo caminho antes de chegar de novo em Leclerc, os 10s da punição seriam tirados certamente em menos de 20 voltas, e havia 22 para o fim
Continue readingGuia do GP da França
O GP da França não costumava ser dos mais esperados da F1, mas o novo asfalto pode ter mudado isso de vez. Saiba tudo sobre Paul Ricard.
Continue readingVídeo: Ju Responde sobre aquele lance e mais dúvidas de Silverstone
Vocês perguntaram sobre Verstappen e Hamilton, os danos que a Red Bull vai ter que reparar, todo o processo de limpeza da pistas após uma panca dessas e mais!
Continue readingDrops dos bastidores do GP da Grã-Bretanha e várias novidades (mas não aquela)
Além de malabarismos para explicar que o pole não era pole e que o vencedor na verdade era o pole que muita gente saiu de Silverstone com a impressão de que o novo formato deu uma movimentada interessante no fim de semana, mas pode ser aperfeiçoado
Continue readingUma batida com cara de aviso
A batida entre Lewis Hamilton e Max Verstappen logo na primeira volta do GP da Grã-Bretanha deu o que falar no paddock da F1 neste domingo em Silverstone. De um lado, o holandês, que teve até que passar pelo hospital após o choque, acusou o rival de “antidesportividade”. De outro, o inglês, que acabou vencendo a prova, citou Ayrton Senna para justificar sua manobra. Pelo discurso do heptacampeão, ficou a impressão de que ele sentiu que esse não era o momento de aliviar contra um piloto conhecido pela agressividade nas lutas por posição após ter tirado o pé nas largadas na Emilia Romagna e na Espanha.
Em termos de campeonato, era o momento propício para uma reação mais forte: o sprint deixou claro que a vantagem da Red Bull na Áustria não se repetiria, e a opção de Hamilton por um acerto com menos asa lhe dava, ao contrário do que acontecera em todas as provas desde a Espanha, mais velocidade de reta, que ele tinha de aproveitar antes que a prova entrasse na fase de administração de pneus, importante debaixo de um calor de 30ºC em Silverstone.
A Verstappen, parece ter faltado calcular justamente isso: ao fazer a tomada normal da Copse, ele provavelmente imaginou que, como das outras vezes, Hamilton recolheria o carro. Mas desta vez seria diferente.
O lance aconteceu ainda na primeira volta da prova: Verstappen largou na pole, mas vinha sofrendo forte pressão de Hamilton até que os dois entraram colados na curva Copse, feita a 280km/h, com Verstappen ainda à frente e Hamilton por dentro. O holandês fez a trajetória da curva deixando o espaço de mais de um carro entre ele e a linha que delimita a pista, como manda a regra, mas Hamilton o tocou com sua roda dianteira esquerda na traseira direita do carro da Red Bull, que rodou e bateu com violência no muro. Com dores nas pernas, Verstappen passou por checagens preventivas no hospital, mas está bem.
Verstappen and Hamilton collide!
The title rivals come together at Copse, pitching Verstappen into a high-speed crash.
The Dutchman was able to walk away but he has been taken to hospital for precautionary checks#BritishGP #F1 pic.twitter.com/ol1s9dRJoa— Formula 1 (@F1) July 18, 2021
A corrida foi paralisada e Hamilton foi punido com 10s, pagos em sua parada nos boxes. Segundo na relargada, ele caiu para quinto após pagar a pena, passou Lando Norris, viu o companheiro Valtteri Bottas abrir passagem e superou Charles Leclerc com duas voltas para o final (com uma manobra na mesma curva em que tentara passar Verstappen na primeira volta) para vencer a corrida, e tirar 25 dos 33 pontos da vantagem de Verstappen no campeonato.
“Não quero vencer batendo com alguém, nunca é minha intenção. Mas estamos em uma corrida e temos de ser agressivos. E, como Ayrton disse, se você não aproveitar o espaço, o que você está fazendo? É melhor nem correr mais. Ele criou um espaço e eu fui, coloquei de lado, e ele não tirou o pé. Corridas são assim. Depois eu segui adiante e aproveitei a oportunidade que eu tive”, disse Hamilton em entrevista à TV Bandeirantes.
O vice-líder do campeonato disse ainda que, em sua opinião, Verstappen “é um dos pilotos mais agressivos do grid, e acho que todos nós temos de equilibrar o espaço que damos e o respeito um com o outro para que possamos continuar disputando sem bater.”
A principal testemunha ocular do acidente foi Valtteri Bottas, que vinha logo atrás dos dois: “Saindo da curva 7, eu tive a sensação de que aquilo iria acontecer. Dava para ver que a disputa? que não acabaria bem. Então eu decidi ficar um pouco distante.”
De fato, Hamilton e Verstappen vinham brigando de maneira forte em um circuito de curvas de alta velocidade. E, pelas palavras do inglês, parecia estar claro em sua cabeça que, desta vez, ele não aliviaria, mesmo sabendo que o rival é famoso pela agressividade nas lutas por posição. A frase de Senna citada por ele é “se você não aproveitar um espaço, não é mais um piloto de corrida”. O espaço havia e, embora Verstappen tenha feito a tomada da curva normalmente, nunca desapareceu totalmente.
É por isso que, no paddock da F1, muitos julgaram a batida como um incidente de corrida, ou seja, um acidente sem necessidade de punição, mas Hamilton foi punido porque havia espaço para ele à sua direita.
Os chefes de Mercedes e Red Bull, como era de se esperar, ficaram do lado de seus pilotos. “É uma situação que todos vimos no passado quando grandes pilotos estão numa disputa. Quando nenhum deles está preparado para ceder, esse tipo de situação acontece”, disse Toto Wolff, enquanto Christian Horner acredita que a punição de 10 segundos saiu barato para Hamilton.
“Eu revi a cena várias vezes e ainda não posso deixar de sentir que colocar uma roda por dentro na Copse, uma das curvas mais rápidas do campeonato, foi uma manobra que Lewis não julgou bem. Ele não estava significativamente do lado de Max, como dá para ver por onde eles bateram, a roda dianteira de Hamilton e traseira de Max. É uma manobra que nunca daria certo e que resultou em um impacto de 51G para Max.”
O holandês, por sua vez, se disse decepcionado com as comemorações de Hamilton. “Estou muito desapontado em ter sido tirado da corrida desta forma. A punição que foi dada não nos ajuda e não é suficiente para a manobra perigosa que Lewis fez na pista. Assistir a comemoração enquanto eu ainda estou no hospital é uma falta de respeito e um comportamento antidesportivo, mas seguimos adiante.”
‘Seguir adiante’ também é uma frase repetida por Hamilton, mas este “adiante” será em um cenário diferente no campeonato: Verstappen chegou a abrir 33 pontos na liderança, mas agora tem apenas oito após o resultado de Silverstone. E isso ajuda a explicar por que Hamilton sentiu que esse era o momento do campeonato para endurecer o jogo para cima do rival. E é difícil imaginar que essa será a última vez que os dois vão se encontrar na pista.
O que é o acerto do carro da F1?
O que significa falar em acerto do carro da F1? Quais as configurações que podem ser alteradas? O piloto acerta o carro da F1 ou é a equipe?
Continue readingConfira o placar entre companheiros e as diferenças no GP da Grã-Bretanha
Coluna Diversidade: um piloto negro pré-Lewis que virou político
“Com Lewis, havia muito mais hostilidade. Primeiro porque ele era bom e levava a coisa a sério, e acho que também por ele vir de classe baixa. Eu era um cara de classe média. Odiavam ele”
Continue readingRaio-X do GP da Áustria e mais um passo (largo) para Verstappen
Verstappen optou por andar com mais asa neste fim de semana, sabendo que não precisaria de tanta vantagem de reta quanto no GP passado, e que, desta forma, teria um carro mais comportado nas curvas, ajudando no trato dos pneus.
Continue readingVídeo: O valor da pista livre e a ‘muralha’ McLaren no Ju Responde
Explico sobre as particularidades do Red Bull Ring para as ultrapassagens e da importância de se ter pista livre para tirar o melhor desempenho dos pneus Pirelli
Continue readingDrops dos bastidores: os ‘segredos’ de Alonso e a renovação de Lewis
A maneira como Alonso conseguiu entender o que precisava ser feito e executar isso impressionou até aqueles que já viram o espanhol operar muitos milagres no time de Enstone
Continue readingTrês semanas perfeitas para Max
Do lado da Mercedes, Wolff acredita que seria, sim, possível pressionar Verstappen sob condições normais, diferentemente do que aconteceu no primeiro GP disputado na Áustria.
Continue readingConfira o placar entre companheiros e as diferenças no GP da Áustria
Raio-X do GP da Estíria e o brilho da nova geração
Desta vez, a Red Bull não derreteu seus pneus como em Barcelona e Max Verstappen ainda deu um banho de ritmo em Lewis Hamilton que, como o rival seis semanas antes, saiu da corrida admitindo que não tinha armas suficientes para contra-atacar
Continue readingVídeo: Ju Responde tem Ricciardo, Russell e Mercedes nas cordas
Max ganhou de lavada, mas vocês quiseram saber mesmo é: o que está acontecendo com Daniel Ricciardo? E a Mercedes, jogou a toalha?
Continue readingBastidores do GP da Estíria e todos os olhos voltados à Red Bull
Na pista, não vimos aquele show de quebras que deixou a impressão, há 12 meses, que a F1 estava operando com menos gente do que o necessário. A maneira como a categoria se adaptou ao que teve de se adaptar não pode passar despercebida
Continue readingA mais contundente
Em 2020, foi Verstappen quem não conseguiu pressionar Hamilton e estava com mais de 10s de desvantagem quando a Red Bull o chamou aos boxes para, como Lewis fez hoje, colocar pneus novos para conseguir a volta mais rápida
Continue readingConfira o placar entre companheiros e as diferenças no GP da Estíria
Raio-X do GP da França: riscos que a Red Bull tomou, e a Mercedes não
O que escapou às contas da Mercedes foi o quanto que Verstappen ainda tinha em seus pneus velhos (0s6 na inlap), os ganhos no pitlane, com entrada, saída e a parada em si (0s46) e, principalmente, o quão rápido ele conseguiria aquecer o composto duro – algo que surpreendeu o próprio Max: 1s8
Continue readingVídeo: O que deu no GP da França e na estratégia da Mercedes?
Por que o GP da França de Fórmula 1 foi tão eletrizante desta vez, o que explica o erro da Mercedes ao não prever que Verstappen passaria Hamilton e a corrida para esquecer da Ferrari. Tem ainda a bela prova de Russell, o efeito Perez na disputa pelo título e por que a Mercedes parece não conseguir reagir como antes.
Continue readingBastidores do GP da França e o termômetro na Mercedes
Russell demonstra entender que ainda segue em observação. Ele já deve imaginar que Hamilton não é exatamente seu maior defensor na Mercedes
Continue readingVingando Barcelona (e Bahrein também)
Não é à toa que, pela terceira vez no ano, os rivais na disputa pelo título na Fórmula 1 se encontram nas voltas finais de uma corrida, e uma disputa direta entre Max Verstappen e Lewis Hamilton define a prova: há anos a categoria não vê carros tão igualados brigando por vitórias
Continue readingConfira o placar entre companheiros e as diferenças no GP da França
Por dentro da F1 e dos termos mais comuns da categoria – parte 2
Aqui vai a segunda parte do Dicionário da F1, com vários termos que a gente costuma ouvir e muitas vezes não entende de onde vem ou o que realmente significa
Continue readingPodcast no Paddock da F1 com a Ju: Entrevista Caio Collet
Nesta entrevista Caio Collet fala sobre a vida de piloto de academia e os desafios de crescer longe de casa. O piloto da Alpine é um dos brasileiros mais próximos da F1
Continue readingColuna Diversidade: Ela queria ser atriz, mas virou pioneira na F1
“É como alguém que eu amo no esporte um dia disse para mim: se fosse fácil, uma mulher poderia fazer!”
Continue readingRaio-X do GP do Azerbaijão e a vitória do piloto mais rápido do dia
Foi um pódio inédito na F1, com Sergio Perez se encontrando com a Red Bull justamente quando disse que o faria, após cinco provas, Sebastian Vettel se entendendo com os pneus e com sua Aston Martin e um Pierre Gasly que, finalmente, aproveitou uma ótima classificação com a AlphaTauri.
Continue readingVídeo: Do botão mágico às escolhas que decidiram GP do Azerbaijão
Do botão mágico ao “castelinho”, passando pelos estouros de pneu, o rendimento de Vettel, a queda da Ferrari na corrida, o fim de semana desastroso de Bottas, por que Baku é uma pista que gera corridas tão interessantes
Continue readingDrops dos bastidores do GP do Azerbaijão entre asas e calendário
Nos bastidores, quando se tem uma briga técnica como a tal história das asas flexíveis, geralmente quem fala na frente da mídia que está no time do “deixa disso” é quem mais pressiona
Continue readingA vitória de Perez em Baku e a importância de jogar no 2 x 1
Essa foi uma posição em que a Mercedes colocou seus rivais por tantas vezes nos últimos anos: muitas delas jogando com dois carros contra um do rival – uma Red Bull ou uma Ferrari – sempre teve mais alternativas.
Continue readingConfira o placar entre companheiros e as diferenças no GP do Azerbaijão
Por dentro da F1 e dos termos mais comuns da categoria – parte 1
Há várias camadas de compreensão para uma corrida, e entender melhor os termos específicos também vai ajudar a mergulhar pelas camadas mais profundas.
Continue readingMemórias de 10 anos de F1: e os mil e um causos em Baku
Vocês podem estar pensando que eu odeio Baku, mas não. Pelo menos lá eu vivo a expectativa de que sempre vai acontecer alguma coisa da qual eu vou rir depois
Continue readingRaio-X do GP de Mônaco e as duas jogadas certeiras da Red Bull
Como já aconteceu em Mônaco em outras oportunidades, logo que percebeu que Bottas não tinha ritmo para ameaçá-lo, coube a Verstappen controlar o ritmo de maneira que não fosse aberta uma brecha para a Mercedes arriscar alguma tática diferente
Continue readingVídeo: Os erros (Mercedes, Ferrari, Ricciardo) e os acertos (Vettel, Norris) de Mônaco
No vídeo gravado na segunda à tarde em Mônaco (portanto antes de a Ferrari admitir que não checou mesmo o lado esquerdo do carro de Leclerc e que a peça estava quebrada por conta do acidente, e antes de ficar mais claro que o que rolou no pitstop da Mercedes está mais para falha humana do que do equipamento), respondi perguntas vindas lá do Instagram @myf1life sobre o fim de semana ruim da Mercedes e de #Hamilton, a guinada (e o que deu errado também) na #Ferrari, os pontos de #Vettel, o abismo na #McLaren e onde ficam os carros das outras categorias que correm junto com a #F1 em Mônaco
Ah, vira e mexe tem gente que pergunta por que eu não comento muita coisa sobre o vencedor, seja quem for. É porque não teve pergunta mesmo! As únicas no caso do Max nesse GP foram questionando o posicionamento dele na largada, que foi normal.
Drops do GP de Mônaco e pressão por tudo quanto é lado
Lewis Hamilton soltou os cachorros para cima da equipe na reunião pós-classificação. Ele não concordava com a abordagem do time em termos de acerto e reclamava de erros na sessão. Nenhuma crise, já que Toto diz preferir que as coisas duras sejam ditas cara a cara
Continue readingConfira o placar entre companheiros e as diferenças no GP de Mônaco
Entenda como funciona a tática da sessão de classificação na F1
É uma série de detalhes que, somados, ajudam a entender por que muitas vezes vemos o final de semana de companheiros de equipe começar a se desequilibrar ainda no sábado
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